Linus Pauling

 

 

 

 

 

Uma contribuição
de
Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

Breve Biografia de
Linus Pauling

 

 

 

 

Linus Carl Pauling (Portland, Oregon, 28 de fevereiro de 1901 – Big Sur, Califórnia, 19 de agosto de 1994), que aos nove anos já tinha lido a Bíblia e a Origem das Espécies de Charles Darwin, foi um químico quântico e bioquímico dos Estados Unidos da América. Também é reconhecido como cristalógrafo, biólogo molecular e pesquisador médico. Um dos maiores químicos de todos os tempos, Pauling também é famoso por suas atividades humanísticas, por seu comprometimento civil pela paz e por se manifestar contra a bomba nuclear. Aos 24 anos, obteve o grau de Doctor of Philosophy (PhD) em Química Summa cum Laude (Com a Maior das Honras) no California Institute of Technology (Caltech), nos Estados Unidos, onde viria a lecionar.

 

Estudou a estrutura da hemoglobina, o pigmento vermelho das células do sangue, e de como ela consegue efetuar a troca de oxigênio e carbono. Graças a seus experimentos, pôde teorizar que as anemias tinham origem em variações de aminoácidos localizados em algumas regiões específicas da molécula de hemoglobina.

 

A sua obra A Natureza das Ligações Químicas, publicada em 1939, apresentou as bases da ligação covalente entre os átomos para formar as moléculas. Essas descobertas lhe valeram o prêmio Nobel de Química, em 1954, justificado pelas suas investigações sobre a natureza da ligação química e suas aplicações na determinação da estrutura das substâncias complexas.

 

 

 

 

 

 

Oito anos depois, em 1962, ganharia outro Nobel, desta vez o da Paz, graças à sua luta contra as alterações genéticas em seres humanos causadas pelos testes nucleares. A descrição do Prêmio, pelo Comitê Nobel Norueguês, justificou: A Linus Pauling, que desde 1946 tem advogado incessantemente, não somente contra os testes nucleares, nem somente contra a proliferação das armas nucleares, nem somente contra o seu uso; mas contra qualquer forma de resolver os conflitos internacionais pela via bélica. Pauling é a única personalidade a ter recebido dois Prêmios Nobel não compartilhados. Em 1970, Pauling recebeu o Prêmio Lenin da Paz, outorgado pela URSS. Até ao fim da sua vida, Pauling fez-se valer da sua notoriedade como personalidade pública para protestar contra os conflitos armados, incluindo a guerra do Vietname. Foi também um crítico do intervencionismo dos Estados Unidos da América na América Latina, especialmente na Nicarágua.

 

Curiosamente, as más classificações que Pauling obteve em História dos Estados Unidos da América impediram-no de obter o seu diploma de ensino médio. A escola concedeu-lhe o diploma quarenta e cinco anos mais tarde, depois de ter ganho os seus dois Prêmios Nobel.

 

O fato é que Pauling participou ativamente de manifestações contra os testes nucleares, contra o uso de bombas nucleares como armas de guerra e contra a construção de usinas nucleares. Julius Robert Oppenheimer (22 de abril de 1904 – 18 de fevereiro de 1967) chegou a propor a Pauling a chefia na área de Química do Projeto Manhattan. Pauling recusou a proposta, argumentando que era pacifista.

 

Em 1952, em plena era de caça às bruxas, como era chamada a perseguição anticomunista do senador Joseph Raymond McCarthy (14 de novembro de 1908 – 2 de maio de 1957) Pauling se recusou a denunciar companheiros de movimentos pacifistas. Por isto, o Governo Norte-americano negou-lhe o passaporte para ir à Inglaterra participar de um congresso sobre estruturas moleculares de proteínas, outro campo em que o cientista fez importantes contribuições. É importante que se recorde que o período compreendido entre 1950 e 1956 ficou conhecido como o Terror Vermelho (Red Scare), também conhecido como macarthismo ou ainda como caça às bruxas, numa alusão aos simulacros de processos que sofreram as mulheres acusadas de bruxaria durante a Idade Média e parte da Idade moderna. Nessa época furiosa, McCarthy e sua equipe tornaram-se célebres pelas investigações agressivas contra o Governo Federal dos EUA e pela campanha contra todos aqueles que eles suspeitassem ser comunistas ou simpatizar com os comunistas. Assim, durante esse período, todos aqueles que fossem suspeitos de simpatia com o Comunismo tornaram-se objeto de pesadas investigações. Pessoas da mídia, do cinema, do Governo e do exército foram acusadas de espionagem a soldo da URSS. O termo macarthismo é, desde então, sinônimo de atividades governamentais visando a reduzir a expressão de opiniões políticas ou sociais julgadas desfavoráveis, limitando, para isso, os direitos civis sob pretexto de segurança nacional.

 

Pauling dizia que se preocupava mais com as idéias do que com as fórmulas, e se interessava mais em entender, explicar e prever fenômenos, deixando a formulação matemática em segundo plano. Dedicou-se também ao estudo da vitamina C, molécula que considerava importante para a prevenção e a cura de várias doenças. No final dos anos 1960, começou a trabalhar na Universidade de Stanford. Foi ali que, mediante a técnica da difração dos raios X, criou um novo método para revelar a estrutura dos cristais. Isto permitiu à ciência desvendar a estrutura de várias moléculas orgânicas. Nos seus últimos anos de vida, publicou um trabalho relatando que concentrações significativas de vitamina C podem impedir a duplicação do vírus HIV. Foi um pesquisador ativo até a sua morte, quando atuava como Diretor de Pesquisa no Instituto Linus Pauling de Ciências e Medicina, em Palo Alto.

 

A contribuição de Linus Pauling para o desenvolvimento científico no século XX é de especial importância. Pauling integrou uma lista com os vinte maiores cientistas de todos os tempos, segundo a revista britânica New Scientist. Pauling é, a par de Albert Einstein, a única personalidade do século XX a aparecer na dita lista. Gautam R. Desiraju, autor de Ensaio do Milênio, na revista Nature, descreveu Pauling como um dos maiores pensadores e visionários do milênio, juntamente com Galileu, Newton e Einstein. Outro aspecto de relevo em Pauling é a diversidade de suas investigações. Pauling moveu-se em diversas áreas, fazendo contribuições importantes em Mecânica Quântica, Química Quântica, Química Inorgânica, Química Orgânica, Bioquímica, Biologia Molecular e Medicina, trazendo contribuições especialmente significativas nas fronteiras entre as ditas áreas. As suas investigações sobre a natureza das ligações químicas marcaram o início da Química Quântica, e muitos conceitos inovadores, como a hibridização de orbitais atômicos e a eletronegatividade, fazem parte das bases da Química moderna, ainda que a teoria da hibridização fosse substituída pela teoria de orbitais moleculares de Robert Mulliken. Ainda que a teoria de Pauling falhasse ao não descrever quantitativamente algumas das características moleculares, como a natureza paramagnética do oxigênio ou a cor dos compostos organometálicos, a sua simplicidade fez com que perdurasse nos livros de Química. O trabalho de Pauling sobre a estrutura cristalina contribuiu para o avanço na predição e entendimento das estruturas dos minerais. As suas descobertas sobre a alfa-hélice e a folha-beta estabeleceram a base para a compreensão e estudo da estrutura das proteínas. Na sua época, Pauling era comumente chamado de pai da Biologia Molecular. Desde a altura em que Pauling entendeu que a anemia falciforme (nome dado a uma doença hereditária que causa a má formação das hemácias) era uma enfermidade com bases moleculares, abriram-se as portas para o exame das mutações genéticas em um nível molecular.

 

Ainda que grande parte da comunidade científica não comungasse com as conclusões de Pauling nas suas investigações médicas a respeito do consumo de vitaminas, a participação de Pauling na polêmica levou o público a sensibilizar-se para a importância do consumo de vitaminas e minerais na prevenção de doenças. A firme posição de Pauling nesta controvérsia ajudou também a redobrar os esforços que outros investigadores dedicaram a este campo, incluindo os que laboram no Instituto Linus Pauling, no qual diversos investigadores e acadêmicos exploram a importância dos micronutrientes na saúde humana.

 

 

 

 

 

Algumas Ideações de
Linus Pauling

 

 

 

 

A melhor maneira de se ter uma boa idéia é ter várias boas idéias.1

 

A ciência é a procura da verdade. Não é um jogo no qual uma pessoa tenta bater seus oponentes e prejudicar outras pessoas.

 

Calculo que os depósitos de bombas atômicas criadas no mundo atual compreendem umas 16.000 de 20 megatons ou seu equivalente. Porém, como não há 16.000 cidades grandes no mundo, cabe perguntar por que se criou uma quantidade tão irracionalmente grande de material explosivo. Responderei a essa pergunta dizendo que isto ocorreu porque o sistema de educação científico foi defeituoso, e, em conseqüência, as pessoas que tomavam as decisões correspondentes não podiam ter uma idéia clara do que faziam, se é que houve alguém que tomasse as decisões, porque há dúvidas de que a acumulação destes enormes depósitos nucleares tenha resultado de uma decisão e não de um acidente ou de um repasse de responsabilidades a respeito, principalmente nos Estados Unidos e na União Soviética, e talvez também na Grã Bretanha, pelo menos até certo ponto... Assim, calculo o volume da existência atual de armas nucleares no mundo: se 10% deste depósito (32.000 megatons) fossem empregados em uma guerra nuclear, explodindo as bombas, em média, a 150 quilômetros do alvo (não se necessita acertar o alvo para obter os resultados que se buscam), 60 dias depois desse único dia de guerra – supondo que abranja o conjunto Europa, toda a União Soviética e os Estados Unidos – dos 800 milhões de pessoas que vivem nessas regiões, 720 milhões morreriam, 60 milhões ficariam gravemente feridos e os 20 milhões restantes sofreriam feridas e danos menores, mas teriam que enfrentar o problema da destruição completa de todas as cidades e distritos metropolitanos, dos meios de comunicação e transporte, assim como a desorganização completa da sociedade, a morte de todo o gado e uma imensa contaminação radiativa de todo vegetal e grão. Isto suporia o fim desta parte do mundo; o tipo de dano que causaria ao resto do Planeta ninguém pôde calcular em forma digna de crédito.

 

Em lugar de tomar o divino dom de entrar no mundo energético com um sentido de bem, o homem o tomou como um poder coletivo de agrupações, e colocou sobre ele o selo da destruição e da morte.

 

Ainda jovem eu desenvolvi uma grande curiosidade sobre a natureza do mundo – a natureza do Universo. Então, logo que pude, eu me interessei em estudar e ler sobre o Universo para poder descobrir algo novo.

 

Fico perturbado quando vejo um cigarro entre os lábios ou os dedos de alguma pessoa importante, de cuja inteligência e julgamento depende, em parte, o bem-estar do mundo.

 

Megadoses de vitaminas podem melhorar sua saúde geral... aumentar sua satisfação com a vida e ajudar no controle de doenças cardíacas, câncer e outras doenças e, ainda, retardar o processo de envelhecimento.2

 

Por alguma razão ainda não determinada, o organismo do homem primitivo perdeu a capacidade de fabricar a vitamina C, ao contrário da grande maioria dos animais. As cabras, por exemplo, fazem 13 gramas diários dessa vitamina. O Governo Americano recomenda que tomemos 60 miligramas por dia de vitamina C. Acho que as cabras sabem muito mais que os homens.

 

Nenhuma moral racional pode proibir categoricamente ao indivíduo pôr termo à sua vida, se padece de uma horrível doença em relação à qual os meios conhecidos são ineficazes.3

 

Eu acredito que há um poder no mundo maior do que o maléfico poder da força militar ou das bombas nucleares – há o poder da bondade, da moralidade, do humanismo. Eu acredito no poder do espírito humano.

 

Eu nunca fiz uma contribuição que não viesse de uma nova idéia. Aí, sim, eu procurava a equação que ajudasse a sustentar a idéia!

 

As tuas descobertas são tão importantes que ameaçam empresas inteiras. Poderão, algum dia, irromper guerras, só para evitar que as tuas descobertas sejam aceitas em nível geral.

 

A natureza do mundo de amanhã depende do que fizermos hoje.

 

Se podemos entender as fibras de asbesto, por que não entendemos também as fibras do corpo humano? O cabelo, os músculos, até as unhas são feitas de fibras.

 

Quando lhe perguntavam por que se tornara num cientista, respondia: — Quero conhecer o mundo.

 

Pauling costumava dizer-se adepto do método do estocástico: adivinhar a verdade a partir de conjecturas.

 

Um dia, o chefe do Departamento de Química do Caltech passou pelo laboratório de Pauling para saber das novidades, e perguntou: — Em que anda metido agora, Linus? Sangue, sangue respondeu Pauling.

 

Da mesma forma que tijolos são feitos de pequenas partículas de barro assadas juntas, as moléculas são feitas de átomos ligados uns aos outros.

 

Dúvidas de Pauling: Como o xenônio, que não reage quimicamente, que não forma nenhum composto conhecido, pode atuar como anestésico? O que faz de uma substância um anestésico?

 

Eu gosto de gente. Gosto de animais, também, baleias e codornas, dinossauros e guaxinins. Mas gosto especialmente dos seres humanos, e ando triste com o fato de que o poço do plasma embrionário, que determina a natureza da raça humana, está se deteriorando.

 

A doença tem uma base – um substrato molecular. Distúrbios na complexa interação e cadeias entre moléculas geram doenças.

 

Em fins de 1930, Pauling acabou resolvendo o problema das ligações químicas, que o intrigava havia dez anos. Em uma única noite ele rastreou as forças que garantem a estabilidade dos cristais e as codificou segundo seis princípios. Ele contou como o estalo de gênio matou o problema que desafiava cientistas do mundo inteiro: — Um belo dia, consegui contornar as dificuldades matemáticas simplificando a questão. Fiquei tão excitado e feliz que passei a noite inteira elaborando e resolvendo equações. À medida que as fazia, descobria que eram tão simples, que podiam ser resolvidas em minutos. Eu resolvia uma equação e obtinha a resposta, resolvia outra e conseguia outra resposta, e assim por diante. Fiquei cada vez mais eufórico e escrevi uma série de equações numa madrugada. Foi uma fantástica noitada.

 

Repórter :— Como você só tem idéias tão boas? Pauling: — Não tenho só boas idéias. Tenho muitas idéias.4

 

Gosto de entender o mundo, sempre tive enorme interesse em aprender. Sinto enorme satisfação em ter idéias, fazer descobertas.

 

As coisas constituem um todo e não basta lutar contra a corrida do armamento, as explosões nucleares, o uso e, inclusive, o armazenamento das armas biológicas e químicas; é indispensável, se se quiser atacar as causas originais, lutar contra o subdesenvolvimento. O verdadeiro problema consiste em saber o que vamos fazer do nosso planeta. Eu creio que o futuro do homem será se manter na Terra, já que estamos longe do momento de podermos pensar em termos de expatriação para diferentes planetas. Sob este ponto de vista, julgo excessivas e abusivas as enormes inversões da investigação espacial. Seria, sem dúvida, mais vantajoso escalonar essas investigações num período mais amplo, mais paciente, menos precipitado. A competição soviético-americana, fruto desse nacionalismo cuja ressurreição é o mal do século, teve, neste domínio, os mais funestos efeitos.

 

Há tanta coisa a fazer!

 

 

 

Diagrama de Pauling5

 

 

 

 


 

 

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Notas:

1. Já o jornalista e humorista gaúcho Aparecido Torelly, o Barão de Itararé (1895-1971), disse: Não é triste mudar de idéia; triste é não ter idéias para mudar.

2. Pauling é largamente responsável pela disseminação da crença de que altas doses de vitamina C são eficazes contra resfriados, gripes e outras doenças. Em 1968, ele postulou que as necessidades das pessoas por vitaminas e outros nutrientes variam notadamente e que para manter boa saúde, muitas pessoas precisam de quantidades de nutrientes muito superior a Ingestão Diária Recomendada (IDRs). E ele especulava que megadoses de certas vitaminas e minerais podiam muito bem ser o tratamento de escolha para algumas formas de doenças mentais. Denominou esta abordagem de ortomolecular, que significa molécula certa. Continuamente expandiu a lista de doenças que ele acreditava que poderiam ser influenciadas pela terapia ortomolecular e o número de nutrientes disponíveis para tal uso. Atualmente, de maneira geral, os cientistas da nutrição e os médicos compartilham destes pontos de vista. Enfim, dono de uma enorme inteligência, Pauling utilizou toda a sua credibilidade para difundir a idéia de que o consumo de doses maiores de vitaminas – várias vezes mais elevadas do que as doses diárias normais – poderia evitar a ocorrência de enfermidades e até nos proporcionar uma vida mais saudável. Pauling, inclusive, passou a empregar em si próprio a sua teoria e consumiu durante a vida quantidades diárias gigantescas de vitamina C, na crença de que esse nutriente iria fortalecer seu sistema imune e prevenir o resfriado e outras doenças. Pauling e seus seguidores contribuíram para difundir a crença de que o consumo de vitaminas poderia, sem efeitos adversos, zelar por nosso bem-estar físico e mental. Contudo, pesquisas posteriores vieram demonstrar que o consumo diário de vitamina C não evita a ocorrência de resfriados ou mesmo de outras doenças. Isto ocorre porque nosso organismo é incapaz de absorver doses elevadas dessa vitamina. Além disso, seu consumo elevado pode ocasionar efeitos colaterais como uricosúria (excesso de ácido úrico na urina), absorção aumentada de ferro, acidose sistêmica e hemólise infantil. Outras pessoas consomem vitaminas diariamente para evitar os radicais livres e seus efeitos danosos sobre o cérebro, sistema circulatório e envelhecimento. A ingestão de pílulas contendo dezenas de vezes a dose diária das vitaminas A, C e E é comumente empregada com esse propósito. Todavia, este procedimento normalmente mostra-se inócuo, pois nosso organismo não é capaz de absorver as doses elevadas, que podem, inclusive, provocar efeitos adversos como distúrbios gastrointestinais, interferência na captação das vitaminas A e K e mesmo predisposição para infecções entéricas em crianças. O consumo excessivo da vitamina A, por outro lado, pode representar perigos para a saúde. Doses elevadas deste nutriente, consumidas diariamente durante períodos prolongados por fumantes, podem aumentar em até 30% o risco de câncer de pulmão nesses indivíduos. O consumo de retinóides pode, por sua vez, causar lesões hepáticas e osteoporose em indivíduos com predisposição genética ou comportamentos de risco. As pesquisas mostraram que esses compostos químicos não são inertes e incapazes de causar males. As vitaminas são substâncias cujo consumo desregrado envolve conseqüências inesperadas e enormes perigos e, por isso, devem somente ser prescritas de forma criteriosa por profissionais da medicina.

3. Afirmação publicada no The Humanist, de julho de 1974, por quarenta personalidades da cultura e da ciência, entre as quais se encontravam três Prêmios Nobel: George Paget Thomson (Física, 1937, pela verificação experimental da difração do elétron por cristais), Linus Pauling (Química, 1954, pelo seu trabalho relativo à natureza das ligações químicas; Paz, 1962, pela sua campanha contra os testes nucleares) e Jacques Monod (Biologia, 1965, pelos estudos sobre as células das bactérias).

4. Mas, como deixou escrito Louis Pasteur (1822 – 1895), o acaso só favorece a mente preparada.

5. O Diagrama de Linus Pauling (ou Diagrama de Pauling) é um Diagrama proposto por Linus Pauling para auxiliar na distribuição dos elétrons pelos subníveis da eletrosfera. Os subníveis são designados por letras: s (sharp), p (principal), d (diffuse), f (frequentely), g, h e i, sendo esses 3 últimos ausentes do Diagrama convencional, pois, apesar de existirem na teoria, não há átomo que possua tantos elétrons e que seja necessário utilizar esses subníveis. A camada K é composta pelo subnível s. A camada L é composta pelos subníveis s e p. A camada M é composta pelos subníveis s, p e d. A camada N é composta pelos subníveis s, p, d e f. A camada O é composta pelos subníveis s, p, d, f e g. A camada P é composta pelos subníveis s, p, d, f, g, e h. A camada Q é composta pelos subníveis s, p, d, f, g, h e i. As subcamadas suportam no máximo: s - 2 elétrons; p - 6 elétrons; d - 10 elétrons; e f - 14 elétrons. A ordem do Diagrama que se lê é: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p6, 5s2, 4d10, 5p6, 6s2, 4f14, 5d10, 6p6, 7s2 5f14.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/
diagrama_de_Linus_Pauling

http://www.4tons.com/0195.doc

http://road-book.blogspot.com/
2006/06/lc-pauling-1970.html

http://super.abril.com.br/
superarquivo/1989/conteudo_111552.shtml

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Joseph_McCarthy

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Linus_Pauling

http://www.camep.com.br/
areas_atuacao.htm

http://www.apascs.org.br/citacoes7.php

http://www.resultson.com.br/
NovoProjeto/onSiteInterna_6_2.php

http://www.yasminrs.com/
Reflexoes.html

http://www.cdcc.sc.usp.br/
quimica/galeria/pauling.html

http://www.fontedeluz.com/
main.php?ver=2&id=162

http://eutanasia.aaldeia.net/
precedentes.htm

http://www.achievement.org/
autodoc/page/pau0int-1

http://www.controversia.com.br/
textos/textos.asp?codigo=2035

http://www.santiagobovisio.com/
por/reflexoes/81ref.htm

http://www.geocities.com/
quackwatch/pauling.html

http://conhecer-biografias.blogspot.com/
2008/01/linus-pauling.html

 

Fundo musical:

Pata Pata (Miriam Makeba)

Fonte:

http://www.websubito.net/
asterisk/file_midi/p_midi/midi.htm

 

 

 

Miriam Makeba

 

 

iriam Makeba (Joanesburgo, 4 de março de 1932 – Castel Volturno, Itália, 10 de novembro de 2008) foi uma cantora sul-africana também conhecida como Mama África e grande ativista pelos direitos humanos e contra o apartheid na sua terra natal. Grande Miriam Makeba!

Makeba começou a carreira em grupos vocais nos anos 50, interpretando uma mistura de blues americanos e ritmos tradicionais da África do Sul. No fim da década, apesar de vender bastantes discos no País, recebia muito pouco pelas gravações e nem um centavo de royalties, o que lhe despertou a vontade de emigrar para os Estados Unidos a fim de poder viver profissionalmente como cantora.

O seu momento decisivo aconteceu em 1960, quando participou no documentário antiapartheid Come Back Africa, no Festival de Veneza a cuja apresentação compareceu. A recepção que teve na Europa e as condições que enfrentava na África do Sul fizeram com que Miriam resolvesse não regressar ao País, o que causou a anulação do seu passaporte sul-africano.

Foi então para Londres, onde se encontrou com o cantor e ator negro norte-americano Harry Belafonte, no auge do sucesso e prestígio e que seria o responsável pela entrada de Miriam no mercado americano. Através de Belafonte, também um grande ativista pelos direitos civis nos Estados Unidos, Miriam gravou vários discos de grande popularidade naquele país. A sua canção Pata Pata tornou-se um enorme sucesso mundial. Em 1966, os dois ganharam o Prêmio Grammy na categoria de música folk, pelo disco An Evening With Belafonte/Makeba.

Em 1963, depois de um testemunho veemente sobre as condições dos negros na África do Sul, perante o Comitê das Nações Unidas contra o Apartheid, os seus discos foram banidos do País pelo Governo racista; o seu direito de regresso ao lar e a sua nacionalidade sul-africana foram cassados, tornando-se apátrida.

Os problemas nos Estados Unidos começaram em 1968, quando se casou com o ativista político Stokely Carmichael, um dos idealizadores do chamado Black Power e porta-voz dos Panteras Negras, levando ao cancelamento dos seus contratos de gravação e das suas digressões artísticas. Por este motivo, o casal mudou-se para a Guiné, onde se tornaram amigos do presidente Ahmed Sékou Touré. Nos anos 80, Makeba chegou a servir como delegada da Guiné junto à ONU, que lhe atribuiu o Prêmio da Paz Dag Hammarskjöld. Separada de Carmichael em 1973, continuou a vender discos e a fazer espetáculos na África, na América do Sul e na Europa.

A morte da sua filha única em 1985 levou-a a se mudar para a Bélgica, onde se estabeleceu. Dois anos depois, voltaria triunfalmente ao mercado norte-americano, participando no disco de Paul Simon Graceland e na digressão que se lhe seguiu.

Com o fim do apartheid e a revogação das respectivas leis, Miriam Makeba regressou finalmente à sua pátria em 1990, a pedido do presidente Nelson Mandela, que foi recebê-la pessoalmente na chegada. Na África do Sul, participou em dois filmes de sucesso sobre a época do apartheid e do levantamento de Soweto, ocorrido em 1976.

Agraciada em 2001 com a Medalha de Ouro da Paz Otto Hahn, outorgada pela Associação da Alemanha nas Nações Unidas por relevantes serviços pela paz e pelo entendimento mundial, Miriam continuou a fazer shows em todo mundo e anunciou uma digressão de despedida, com dezoito meses de duração.

Em 9 de novembro de 2008, apresentou-se num concerto em favor de Roberto Saviano, em Castel Volturno (Itália). No palco, sofreu um ataque cardíaco e morreu no hospital na madrugada do dia 10 de novembro. Grande Miriam Makeba! Sat wuguga sat ju benga, sat si, pata pata! Tá com pulga na cueca! Já vi, vou catar!

 

 

 

 

 

Eu já havia concluído este trabalho quando me occorreu uma idéia macabra. Recentemente, em visita oficial à Rússia, o Primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, referindo-se ao Presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, pisou feio na bola e disse: È bello, giovane e anche abbronzato. Bolas! Miriam Makeba, na altura dos seus 76 anos, seria o quê? Uma velha gagá feia como um tição? É. Pode até ser. Mas sua alma era branca como o Kilima Njaro.

Ora, dane-se o Silvio e todo o seu preconceito! Agora, se você quiser meter uma palavra diferente em lugar do dane-se, eu deixo; mas preconceito tem que manter.

 

 

 

 

Fonte da referência à Miriam Makeba:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Miriam_Makeba