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Notas:
1 e
1a. Ensinou o Mestre Kut Hu Mi: 'Bardo'
é o período entre a morte e o renascimento, e pode durar de
uns poucos anos até um 'kalpa'. Ele é dividido em três
subperíodos: (1) quando o Ego, livre do seu envoltório mortal,
entra no Kama Loka (a morada dos Elementares); (2) quando entra no seu Estado
de Gestação; e (3) quando renasce no 'Rupa Loka' do 'Devachan'.
O subperíodo (1) – o
Kama Loka – pode
durar de uns poucos minutos até alguns anos. O subperíodo
(2) é 'muito grande' como dizeis, às vezes mais prolongado
do que possais mesmo imaginar; entretanto, é proporcional ao vigor
espiritual do Ego. O subperíodo (3) dura em proporção
ao bom Karma, após o qual a Mônada é novamente reencarnada...
'A Natureza vomita os frouxos pela sua boca' significa apenas que ela aniquila
os Egos pessoais (não os cascões, nem tão pouco o Sexto
Princípio) no 'Kama-Loka' e no 'Devachan'. Isto não lhes impede
de renascer imediatamente; e se suas vidas não foram muito, mas muito
más, não há razão para que a Eterna Mônada
não encontre a página dessa vida intacta no Livro da Vida.
Mas, enfim, o que é o 'Devachan'?
Como explica o Mestre Kut Hu Mi, o
'Devachan' é um estado, digamos, de intenso egoísmo, durante
o qual o Ego (combinação do Sexto e do Sétimo Princípios)
colhe a recompensa do seu altruísmo na Terra. Está completamente
mergulhado na felicidade de todos os seus afetos pessoais, preferências
e pensamentos terrenos, e recolhe o fruto de suas ações meritórias.
Nenhuma dor, nenhuma pena, nem mesmo a sombra de uma aflição
obscurecem o brilhante horizonte de sua incontaminada felicidade, porque
é um estado de perpétuo 'mâyâ'. Vai ao 'Devachan'
o ego pessoal, mas beatificado, purificado, santificado. Todo Ego que, depois
do período de gestação inconsciente, renasce no 'Devachan'
é necessariamente tão puro e inocente como uma criança
recém-nascida. O fato de haver renascido comprova, já por
aí, a preponderância do bem sobre o mal em sua velha personalidade.
E, enquanto o 'karma' (do mal) fica temporariamente suspenso, para segui-lo
mais tarde em sua futura encarnação terrena, ele só
leva ao 'Devachan' o 'karma' de suas boas obras, suas boas palavras
e seus bons pensamentos.
2
Ser-aí (ou ser-aí-no-mundo)
é a tradução portuguesa da palavra dasein
–
termo principal na Filosofia Existencialista de Martin Heidegger
(1889 – 1976) – muito usada no contexto filosófico como
sinônima para existência. O
dasein,
pela sua especificidade, inicia qualquer interrogação. O dasein
é o ente que, em cada caso propriamente, questiona e investiga. É
também o dasein
que detém a possibilidade de enunciar o ser, pois é ele que
tem o poder da proposição em geral. Daí que, na questão
acerca do sentido de ser, seja fundamental começar por abordar o
ser deste ente particular. E tem que ser o próprio dasein
a fazer isso; tem que
ser ele próprio a mostrá-lo, a partir de uma análise
fenomenológica esclarecida.
3. Entre
os antigos, a catástase (katastasis)
era a terceira parte da tragédia clássica, posterior à
prótase (protasis)
e à epítase (epitasis),
na qual os acontecimentos se precipitam e, afinal, se esclarecem.