Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

A morte de todos nós não é

uma condenação da alma pela eternidade,

a viver em padecimento e em soledade.

 

 

A morte de todos nós não é

a inevitável gangrena de uma vida que viveu,

e que, um dia, incidentalmente, desviveu.

 

 

A morte de todos nós não é

uma emboscada ferina, amaldiçoada e infame,

que amputa liame por liame.

 

 

A morte de todos nós não é

a inauguração de uma cegueira interminável,

em um não-sei-onde irrevogável.

 

 

A morte de todos nós não é

uma decepção tresloucada-não-anunciada

nem mesmo o término da Estrada.

 

 

Sim, a morte de cada um de nós é

que precisa ser aprendida a ser Vivida.

 

 

Enfim, a morte, para cada um de nós, é

meramente uma mudança – uma transição.

Talvez uma fusão com o Deus de nosso Coração!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas, por ser ainda um quaternário bebé,

o ente nasce, morre, renasce, remorre...

 

 

 

Porre-sem-fim-porre

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

O Bêbado e o Equilibrista
Compositores: João Bosco & Aldir Blanc
Intérprete: Elis Regina

Fonte:

http://www.charles50tao.com.br/samba_I.htm

 

Página da Internet consultada:

http://media.photobucket.com/image/
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