Uma força que não
a razão2
A queimar o que resta da inocência3
Da minha exausta e dolorosa consciência.4
Nenhum tormento mais, nenhuma imagem.5
Eu estou pronto para a Viagem.6
Foi vencida a dolente indolência!
O Lázaro sou eu aqui sentado7
— A LLuz a me mostrar a face
pecadora;8
Lázaro já de pé,
não mais deitado,
A viver uma Nova Vida encantadora.
LLuz-Liberdade gloriosa, enfim,
Acabastes por matar a minha fome!
Ó LLuz-Liberdade! Sempre
estivestes em mim!
Santificado seja o Vosso Nome.9
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Notas
1. De seu nome completo
Adolfo Correia da Rocha, adotou o pseudônimo de Miguel Torga porque:
Eu sou quem sou. Torga é uma planta transmontana, urze campestre,
cor de vinho, com as raízes muito agarradas e duras, metidas
entre as rochas. Assim como eu sou duro e tenho raízes em rochas
duras, rígidas, Miguel Torga é um nome ibérico,
característico da nossa Península...
2. Fronteira, Miguel Torga.
3. Amor, Miguel Torga.
4. Amor, Miguel Torga.
5. A Morte, Miguel Torga.
6. A Morte, Miguel Torga.
7. O Lázaro, Miguel
Torga.
8. Segunda Lamentação,
Miguel Torga.
9. Liberdade,
Miguel Torga. (— Liberdade, que estais em mim,/Santificado
seja o vosso nome.)
Música de fundo:
A Casa (Toquinho e Vinicius)
Fonte:
http://www.cifrantiga.hpg.ig.com.br/Crono3/midis.htm
Websites Consultados
http://www.bragancanet.pt/filustres/torga.html
http://www.vidaslusofonas.pt/miguel_torga.htm