Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Se eu não tomar um Lexotan®,

tenho certeza que acabarei tantã.

Todosdias, papo uma perseguida;

senão, vale o quê viver esta vida?

 

 

E se eu não rangar uma feijoada,

parece que a vida não vale nada.

Caminha e escurinho, em seguida,

para repor a energia consumida.

 

 

Se eu não isto, se eu não aquilo,

sim, sou capaz de amaluquecer.

Mas sempre fi-lo porque qui-lo!1

 

 

Cê que sabe! Então, tudo bem.

Mas saiba que seu Interno Ser

precisa se alimentar também!

 

 

 

 

 

 

_____

Nota:

1. A construção lingüística fi-lo porque qui-lo é do ex-Presidente Jânio da Silva Quadros (Campo Grande, 25 de janeiro de 1917 – São Paulo, 16 de fevereiro de 1992), 22° Presidente do Brasil. Ainda que a frase apresente grave defeito de colocação pronominal, a gracinha pode muito bem ser aceita como uma espécie de licença poética janista. Em sua campanha à Presidência pelo Partido Democrata Cristão, com apoio da União Democrática Nacional, Jânio utilizou como mote da campanha o varre, varre vassourinha, varre a bandalheira, que é, provavelmente, o melhor jingle eleitoral de todo os tempos e um clássico da propaganda eleitoral. Eis a letra:

Varre, varre, varre,
Varre, varre vassourinha.
Varre, varre a bandalheira
Que o povo já está cansado
De sofrer desta maneira.
Jânio Quadros é a esperança
Desse povo abandonado.

Jânio Quadros é a certeza
De um Brasil moralizado.
Alerta, meu irmão,
Vassoura, conterrâneo,
Vamos vencer com Jânio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.euvoupassar.com.br/

http://www.eteamz.com/gbhc/

http://www.gobiernodecanarias.org/