Leon Eliachar

Leon Eliachar

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Objetivo do Texto

 

 

 

Para quem não conheceu ou não conhece, aí vão algumas gozações do cairoca Leon Eliachar. Para quem conheceu o Leon, este texto valerá como recordação. Eu tive o maior prazer em prepará-lo. Espero que você se divirta e goste do humor suave e singelo do Leon.

 

 

 

Nota Biográfica

 

 

 

Leon Eliachar

Leon Eliachar

 

 

 

Leon Eliachar (Cairo, 12 de outubro de 1922 – Rio de Janeiro, 29 de maio de 1987) foi um jornalista de humor e escritor brasileiro nascido no Egito. Por ter nascido no Cairo e viver no Rio de Janeiro, embora conste que nunca tenha se naturalizado, Leon se autodenominava cairoca.

 

Veio para o Brasil muito pequeno, e viveu quase toda a sua vida no Rio de Janeiro, onde morreu assassinado. Segundo notícias da época, ele foi assassinado a mando de um rico fazendeiro paranaense, com cuja esposa Leon vinha mantendo um romance.

 

Jornalista desde os 19 anos de idade, trabalhou em diversos jornais e revistas, fixando-se, por último, no Última Hora, onde mantinha uma página com o título de Penúltima Hora. Justificava o nome da página com a legenda um jornal feito na véspera.

 

Foi colaborador dos roteiros de dois filmes carnavalescos, autor de programas de rádio e secretário da revista Manchete.

 

Em 1956, foi laureado com o primeiro prêmio na IX Exposição Internacional de Humorismo, realizada na Europa, em Bordighera, na Itália.

 

 

 

Fragmentos do Humorismo Eliachariano

 

 

 

 

 

 

Nasci no Cairo, fui criado no Rio. Sou, portanto, cairoca. Tenho cabelos castanhos, cada vez menos castanhos e menos cabelos.

 

Em 1492, Colombo descobriu a América; em 1922, a América me descobriu.

 

Minha carreira de criança começou quando quebrei a cabeça, aos dois anos de idade. Minha carreira de adulto, quando comecei a fazer humorismo (passei a quebrar a cabeça diariamente).

 

Meu maior sonho é ter uma casa de campo com piscina, um iate, um apartamento duplex, um corpo de secretárias, um helicóptero, uma conta no banco, uma praia particular e um 'short'. Por enquanto, já tenho o 'short'.

 

Sou a favor do divórcio, a favor do desquite e a favor do casamento. Sem ser a favor deste último não poderia ser dos primeiros.

 

O que mais adoro: escrever cartas. O que mais detesto: pô-las no Correio. Minha cor preferida é a morena; algumas vezes, a loura. Meu prato predileto é o prato fundo. O que mais aprecio nos homens: suas mulheres. E nas mulheres, as próprias. Acho a pena de morte uma pena.

 

Não sou superticioso. Mas, por via das dúvidas, evito o "s" depois do "r" nessa palavra.

 

 

Faquir é esse sujeito que fica deitado sobre pregos para ganhar o seu pão de cada 100 dias.

 

 

 

Se não fosse o que sou, gostaria de ser humorista.

 

Acho que a mulher ideal é a que gosta da gente como a gente gostaria que ela gostasse. Isso, se a gente gostasse dela.

 

Fui fichado com dificuldade no Instituto Félix Pacheco. Não pelo atestado de bons antecedentes, mas, pelas dificuldades com que se tira um atestado.

 

Ninguém faz nada por necessidade, mas, por vocação, isto é, por vocação da necessidade.

 

Sou a favor das camas separadas, principalmente para quem se casou com separação de bens.

 

Não guardo rancor por absoluta falta de espaço.

 

Desde criança faço força para ser original, e o máximo que consigo é ser uma cópia de mim mesmo.

 

Meu grande complexo é não saber tocar piano, mas, muito maior deve ser o complexo de outros homens, que também não sabem tocar e são pianistas.

 

Em um enterro, fico triste, por não saber fingir que estou triste.

 

Aprecio as quatro estações, mas, prefiro o verão no inverno e o inverno no verão.

 

Cobrador, na minha casa, não bate na porta perguntando se pode entrar; eu é que bato perguntando se posso sair.

 

De nada me valerá a vaidade depois de eu morrer, a não ser a vaidade de estar morto.

 

Meus piores defeitos: nunca roubei e nunca menti. Minha grande qualidade: ter todos os outros defeitos.

 

Nunca amei o próximo como a mim mesmo. Em compensação, nunca ninguém me amou como eu mesmo.

 

Nunca dei nem tomei nada de ninguém, mas, faço questão de deixar tudo o que não tenho para os que têm menos do que eu.

 

Nunca cobicei a mulher do próximo: só a do afastado.

 

Leocádia era dessas que tinham verdadeira alucinação por lingerie. Para ela, o mais importante na linha da elegância era a roupa de baixo. Todos os dias, chegava em casa, abria os embrulhos na frente do marido, exibia calcinhas com bordadinhos e rendinhas de todas as cores e de todas as qualidades de tecidos. O marido não entendia: — De que adianta tudo isso, se ninguém vê?

Ela sorria, orgulhosa: — É o que você pensa. Pode dar um ventinho na rua, sabe lá?

Um dia ele estava no escritório, quando o chamaram ao telefone. Era do Hospital dos Acidentados, para lhe comunicar que a sua mulher havia sofrido um desastre. Correu para lá e assim que fez a descrição da mulher, um enfermeiro disse para o outro: — Ei, você aí. Leve este senhor naquele quarto. Está procurando aquela senhora sem calça. O marido teve um troço, foi medicado ali mesmo. Duas semanas depois de Leocádia ter alta, ele continuou no hospital, em convalescença.

 

Defendi a minha vida como pude, mas nunca arrisquei a vida para defendê-la.

 

Nunca me preocupei com dinheiro, pois sempre tive pouco.

 

Acreditei mais nos inimigos do que nos amigos, porque os amigos nem sempre se preocupam com a gente.

 

Jamais tive um segredo, passei todos adiante.

 

Conquistei muitas mulheres, algumas com os olhos, outras com os lábios e outras com o braço.

 

Tive pavor dos médicos, porque eles sempre descobrem as doenças que a gente nem sabia que tinha há tanto tempo.

 

Orgulho-me de ter vivido oitenta anos em apenas quarenta: finalmente me livrei dessa maldita insônia.

 

Acho a rosa uma mensagem definitiva, porque custa menos do que um telegrama e diz muito mais.

 

Viver honestamente é fácil; difícil é viver desonestamente.

 

Zora chegou em casa tarde da noite, encontrou a porta encostada, foi diretamente para o quarto. Mudou de roupa no escuro, para não acordar o marido, deitou ao seu lado. Quando percebeu que ele estava acordado, foi falando: — Você me desculpe, Henrique, mas é que estou com amnésia profunda. Não me lembro de nada, perco a memória temporariamente e quando a recupero, não tenho a menor idéia do que se passou. Hoje peguei um ônibus para vir para casa, mas devo ter ido parar muito longe, não sei nem como explicar. Se você me perguntar como foi, não sei dizer.

A luz se acendeu e Zora pôde ver um homem nu ao seu lado exclamar: — E agora, já recuperou a memória?

Zora ficou perplexa, quase muda de emoção: — Claro que já.

E ele: — Então, pode ver facilmente que não me chamo Henrique, não sou seu marido e a senhora provavelmente deve ter entrado no apartamento errado. Zora desmaiou. Dessa, nunca mais ela ia esquecer.

 

Algumas mulheres são contra o biquíni porque o biquíni é contra elas.

 

Biquíni são dois pedaços de pano cercado de mulher por todos os lados.

 

Vício é o que sempre estamos fazendo pela última vez.

 

 

Eta!, viciozinho bão!

 

 

Quando Gertrudes ligou para saber do quarto de frente para o mar, não esqueceu da exigência do locador: "para pessoa de fino trato".

— Por obséquio, cavalheiro, foi daí que colocaram um anúncio muito bem redigido, procurando uma pessoa para coabitar com a sua distinta família?

— Em primeiro lugar, minha senhora, não tenho família, em segundo, não botei nenhum anúncio no jornal, em terceiro, isto aqui é um supermercado e tenho muito que fazer, e vê se não amola.

Desligaram. Gertrudes tentou de novo, veio a mesma voz e a mesma resposta. Tentou diversas vezes, o sujeito já estava engrossando. Olhou o anúncio com cuidado, conferiu o número, a mesma voz sem educação. Gertrudes perdeu a paciência, acabou perdendo também o "fino trato" e discou pela última vez:

— Olha aqui, seu cafajeste. Sei que o senhor não tem família, sei que o senhor não quer alugar um quarto, sei que aí é um supermercado. Mas, presta atenção, seu imbecil, de outra vez que botar um anúncio no jornal vê se põe o telefone direito, ouviu? E desligou, aliviada.

 

A mulher é uma coisa tão complexa que quando o homem chega a compreendê-la o jeito é abandoná-la.

 

Herói é o sujeito que teve a sorte de escapar vivo.

 

Pontualidade é a coincidência de duas pessoas chegarem com o mesmo atraso.

 

O divórcio é uma chance que se dá ao indivíduo para errar outra vez.1

 

Humorismo é a arte de fazer cócegas no raciocínio dos outros. Há duas espécies de humorismo: o trágico e o cômico. O trágico é o que não consegue fazer rir; o cômico é o que é verdadeiramente trágico para se fazer.

 

 

Para bailar la bamba, se necesita
una poca de gracia y otra cosita!

 

 

O homem se casa para ficar em casa; a mulher, para sair.

 

Quando o ônibus parou, Dorotéia viu um anúncio de cartomante. Saltou depressa, decidiu arriscar a sorte. No velho casarão, com móveis antigos, uma senhora idosa espalhou as cartas em sua frente: — Vejo um louro em sua vida.

Dorotéia se arrepiou, dentro dos seus quarenta e seis anos: — Um louro alto e forte?

E a cartomante, sinistra: — Um louro baixo e fraco. Um papagaio.

 

O homem se casa para vencer a solidão; a mulher, para ficar só.

 

O homem se casa por descuido; a mulher, por precaução.

 

O cinema é uma arte complexa e inexplicável. De cada dez filmes americanos, um é ótimo, dois são bons, três regulares e quatro fracos. De cada dez filmes nacionais, todos os dez são de boa qualidade.

 

Segredo é isso que vai rolando de ouvido em ouvido e volta sempre com mais detalhes.

 

Há dois tipos de mulheres: a nossa e a dos outros.

 

Quando um homem se casa, passa a alimentar duas bocas e a calçar quatro pés.

 

Um homem casado vale por dois. A maioria deles sustenta duas casas.

 

Sentir vergonha dos outros menos que de si mesmo, porque os outros sempre vão embora.

 

As mulheres são sempre muito queridas. Umas quando chegam, outras quando partem.

 

A mulher ideal é a eventual.

 

Procuro manter sempre o mesmo nível de humor, mas, a culpa não é minha: há dias que o leitor está mais fraco.

 

O casamento civil é o que ninguém vê; o religioso é onde todo mundo se vê.

 

Adultério: é o que liga três pessoas sem uma saber.

 

Quando chega ao altar, a mulher diz o último 'sim' ao homem.

 

As estatísticas não falham: para cada homem solteiro há sempre uma mulher casada.

 

Mulher que se preza não mente: inventa verdades.

 

Gracinda só gostava de dormir com a janela fechada. Seu marido, João, só gostava de dormir com a janela aberta. Moravam no térreo, o que vem provar a teoria de que os últimos serão os primeiros, pois no mundo de hoje começa-se a morar de cima para baixo – por causa das cascas de banana que costumam jogar lá do alto. Mas, isso não vem ao caso, o que importa é que quando apagavam as luzes para deitar, Gracinda e João mantinham sempre o mesmo diálogo:

— Estou com frio, João.

— Estou com calor, Gracinda.

Ninguém dormia. Um esperava o outro cochilar, levantava de mansinho, e ia até a janela para colocá-la a seu gosto. O outro levantava depois e fazia o contrário. Depois das quatro é que dormiam de cansaço, às vezes, com a janela aberta, às vezes, fechada. Só de manhã cedo é que conferiam para ver quem ganhou a parada. Nesta noite, a cena se repetiu, como num videoteipe.Gracinda falou sem sair debaixo do lençol, com a voz sonolenta: — Fecha a janela, João.

Um vulto saiu por detrás das cortinas: — João, não, Pedro.

No dia seguinte, deram por falta das jóias.

 

Mais vale dois carros na contramão do que uma mulher na mão.

 

Idade da razão = Idade do disparate.

 

 

 

 

A grande conquista da mulher é saber que pode ser conquistada à hora que quiser.

 

Antes de tudo, é necessário que a pessoa se conheça cada vez mais, para ir se moldando ao próprio temperamento. Até o chato pode viver bem, desde que aprenda a se aturar. O conceito de felicidade vai mudando dentro de nós, à medida que o tempo vai passando: o homem só consegue ser completamente feliz quando não se preocupa mais com isso. Mas, existem aquelas três coisinhas básicas que ajudam bastante, como dinheiro (algum), amor (um pouco mais) e fantasia (mais ainda). Se conseguir inverter, melhora muito. O importante é ver tudo em tecnicólor, pois o preto-e-branco já está superado, e carregar bem nas tintas, com o cuidado de não
misturá-las, senão borra tudo.

 

Não devemos pensar muito no futuro, nem muito no passado, nem muito no presente: quem pensa muito não faz nada, e quem não faz nada não vive.

 

Devemos amar o próximo como a nós mesmos, sem deixar que ele seja próximo demais, e trabalhar o suficiente para não ter que trabalhar.

 

Devemos amar nas horas próprias, isto é, todas, e, nos momentos de folga, arranjar um contrabando sem maiores conseqüências que as conseqüências naturais.

 

O homem deve ser livre como um homem nu no banheiro. Deve dormir quando tem sono. Deve comer quando tem fome. Deve trabalhar quando tem vontade; a quantidade não importa – o que vale é a intenção. Deve ter a consciência tão leve que não sinta que tem uma consciência. Deve se vender tão caro, que não haja preço que se possa pagar, para que não haja oportunidade de se vender.

 

O homem não deve fazer nada forçado, nem mesmo os trabalhos forçados. Deve ser comodista ao máximo, ainda que isto custe anos e anos de sacrifícios.

 

O homem deve comer maçã na hora que tem vontade de comer maçã, levando-se em conta que a maçã é simbólica, donde se conclui que viver bem é comer os símbolos na hora que se têm vontade de comer símbolos. Deve jogar fora o relógio, chutar o emprego, não ser empregado nem patrão, nem marido nem amante, nenhuma palavra que possa limitar a ação da vontade dentro do espaço e do tempo, enfim, deixar o barco correr mesmo quando não tem um barco.

 

O homem deve compreender os outros sem a preocupação de ser compreendido, porque nunca nos compreenderão como a gente gostaria que compreendessem. O homem feliz faz o que quer, quando quer e onde quer: se tem vontade de se pendurar no lustre da sala, deve se pendurar, mas não custa olhar primeiro se tem gente na sala, pode chegar um engraçadinho e acender a luz. A verdadeira felicidade do homem está no lar. Por isto, recomendo a todos que tenham dois, três e até quatro lares, que é um número bem razoável, para começar.

 

Uma grande verdade é que a vida começa aos quarenta, e uma grande descoberta é que começa pela segunda vez: antes disso, não; se vive, é tudo um vestibular. E dizer que muita gente passa a metade da vida estudando e, quando chega aos quarenta, leva pau e fica para segunda época!

 

Antigamente, quando um homem olhava para o tornozelo da namorada era um audacioso. Hoje, é um idiota.

 

É sim, irmão: convém não esquecer que o dinheiro não é tudo na vida. Tudo na vida é a falta de dinheiro.

 

É muita falta de imaginação de sua parte, Valentim. Só consegue ver mulher nua com um pincel na mão.

Ele deu um riso de piedade: — O ciúme transtornou você, Margarida.

Ela se queimou: — Ciumento é você, quer apostar?

Ele não recuou: — Quero.

— Então, me pinte nua, agorinha mesmo, e depois ponha o quadro numa exposição.

— Feito.

Ela tirou a roupa, ele espalhou as tintas. Dois meses depois, o quadro ganhou medalha de ouro numa exposição abstracionista.

 

Dançou o tempo todo em 33 rotações.

 

Caminhou um par de sapatos inteirinhos.

 

Ficou sem graça como quem está tirando fotografia.

 

Bebeu durante duas garrafas de uísque e uma radiopatrulha.

 

Era uma pequena que nunca beijava menos de meio batom.

 

Ficou na ilha durante dois navios e a filha do comandante.

 

Entrevistou 47 índios e um antropófago.

 

A mulher virou para o lado, cobriu a cabeça com o travesseiro e falou, com a voz sufocada: — Desliga esse rádio, Élcio. Já é meia-noite e você precisa ir embora.

Élcio nem dava bola. As palavras agora não eram tão importantes quanto os números. Aumentou o volume do rádio e falou: — Só mais uma urna.

A mulher sentou-se na cama, indignada: — Só quero ver a sua cara, quando o meu marido chegar.

Élcio sorriu: — E quem é que você pensa que estou ouvindo no rádio, meu bem?

 

Assistiu ao filme durante oito beijos e um vaga-lume.

 

Leu o jornal durante dezoito "me empresta um instantinho".

 

Chegou ao fim da linha com um adiantamento de quatro sinais vermelhos.

 

Estacionou o carro durante quinze minutos e um reboque.

 

Foi pára-quedista durante 392 saltos e um pára-quedas novo.

 

Não jogava pôquer há mais de 23.500 cruzeiros.

 

Zoroni era mágico há dezoito anos; há dois meses estava sem emprego. Sua mulher não se conformava: — E agora, de que adiantam os seus truques? Quero ver é você tirar o bife da cartola. De conversa já ando cheia.

Uma noite, ele chegou em casa e teve a surpresa: a mesa estava posta, com os melhores pratos que pudesse pensar. Aparelho de jantar inglês, faqueiro de 'vermeil' francês, cristais tchecos e toalhas de cambraia bordadas em Portugal. Ficou intrigado, mas não disse palavra. Comeu o que pôde, acendeu um cigarro, esparramou-se no divã, pensativo. Quando a mulher lhe perguntou por que estava tão triste, aproveitou: — Nada, não. É que arranjei hoje um emprego de faquir.

E ela: — E isso é tão trágico assim?

— Trágico, não, humilhante. O mágico sou eu, mas quem faz a mágica é você.

 

Não passava pela Avenida Brasil há 3 costelas e 1 clavícula.

 

Ela só beijava de perfil.

 

Quando me falta "inspiração" (que em verdade é mesmo "disposição"), nunca uso fotografia de ninguém; uso a minha, que, em última instância, é uma promoção. Os outros humoristas podem fazer o mesmo, isto é: podem usar também a minha fotografia.

 

O bom humorista, no duro, não precisa de dez pretextos para não trabalhar. Bastam sete.

 

Se há falta, é exclusivamente de lugar. A população feminina cresce de tal maneira, que os ônibus andam superlotados. Tão superlotados que não há lugar nem para o cavalheirismo.

 

Todos os dias de manhã, Eugênia vestia o 'short', pegava a barraca, despedia-se do marido, e dizia que ia para a praia. Apesar da chuva, o marido não dava muita importância, pois não queria desmoralizar o seu emprego: trabalhava no Serviço de Meteorologia. Na véspera, Eugênia perguntava: — Amanhã vai chover?

— Claro que não.

Não dava outra coisa. Às vezes, ele tentava sair pela tangente:

— Tempo instável, sujeito a chuvas.

Essa não. Ela queria saber, no duro, e quando ele afirmava, dava sempre o contrário. Era discussão em cima de discussão. Até que um dia, ele resolveu ir à forra. Quando ela chegou na sala de 'short' e barraca em punho, ele apontou a chuva na vidraça: — Hoje não sai, não senhora, que a culpa do mau tempo não é minha. Pedi demissão ontem, olha aqui o papel assinado pelo chefe.

Quando acabou de falar, apareceu o maior Sol na janela.

 

O jogo a gente revela quando está ganhando; o caráter, quando está perdendo. Muita gente de caráter perde tanto no jogo que, inclusive, acaba perdendo o caráter. Algumas vezes, chega a recuperar tudo – menos o caráter.

 

 

 

UM DIA NAS CORRIDAS

 

O HIPÓDROMO: Hipódromo é um gramado cheio de cavalos cercado de pules por todos os lados. No hipódromo existe uma cerca: de um lado, cavalos rasgam distância, do outro, homens rasgam pules. No hipódromo existem sete páreos e seis intervalos. Os intervalos foram feitos para se "estudar" de que modo se deve perder no próximo páreo. Há gente que joga sem intenção de ganhar nem perder. Para isso é que se fizeram os francos favoritos, que pagam sempre o preço da pule. A alma do hipódromo é o cavalo, a alma do cavalo é o jóquei, a alma do jóquei é o 'stud', a alma do 'stud' é a pule, a alma da pule é o apostador e a alma do apostador é o hipódromo. De onde se conclui que o hipódromo, além de ser um círculo vicioso, é também um círculo viciado.

O JÓQUEI: Há sujeitos que têm queda para jóquei. Mas, só depois que montam é que a queda se verifica. O bom jóquei corre uma vez e passa o resto do tempo montado no dinheiro. Há jóqueis que, para terem sorte, penduram as ferraduras do cavalo atrás da porta. Outros deveriam pendurar o próprio cavalo. O turfe não é jogo de azar: a gente joga sabendo que vai perder. A única maneira de um jóquei enriquecer é fazer a pista o mais rápido possível. Para o apostador, não existem condições meteorológicas. Antes da corrida ele se pendura no guarda-chuva e no binóculo. Depois, pendura o guarda-chuva e o binóculo.

O EQUIPAMENTO: Do 'turfman': dinheiro, binóculo e paciência. Da 'turfwoman': binóculo, chapéu e marido.

 

 

A mulher exemplar: Antes de tudo, linda. Esbelta. Elegante. Um olhar inteligente. Lábios frescos, bem vermelhos. Pele rosada. Cabelos castanhos-claros. Jóias caríssimas. Não fumava. Não bebia. Não jogava. Centenas de pessoas paravam para admirá-la. Era discutida. Na maioria das vezes elogiada. Enaltecida. Permanecia impassível. Indiferente. Seus olhos azuis pareciam brilhar de orgulho. Incapaz de dar um sorriso para quem quer que a fitasse. Era um quadro.

 

O pior cego não é aquele que não quer ver: é aquele que não quer ser visto.

 

Um homem prevenido vale por dois; dois homens prevenidos não sobra nenhum.

 

Saca-rolha é esse instrumento que foi inventado para empurrar a rolha para dentro da garrafa.

 

A alegria do geômetra é ver o círculo pegar fogo.

 

 

 

 

O que mais pesa em cima de um travesseiro é a consciência.

 

Só uma coisa o homem faz questão de acompanhar durante toda a sua vida com verdadeiro carinho: a queda dos cabelos.

 

Liberdade de imprensa é fácil. Difícil é ser jornalista livre.

 

Sogra é esse parente afastado que se torna cada vez mais próximo.

 

Como evoluiu a Odontologia! Cada dia se inventa um aparelho diferente para provocar uma dor diferente.

 

Pai moderno é uma ilha de afeto cercada de contas por todos os lados.

 

Da discussão não nasce a luz; nasce a conta da luz.

 

A grande luta dos anunciantes de sabão em pó é querer tornar o seu branco mais branco que o do outro.

 

Pediatra é um sujeito de profissão difícil: tem de agradar as mães sem prejudicar a saúde das crianças.

 

O sim mais caro do mundo o homem deposita na igreja, e a mulher fica sacando o resto da vida.

 

Agora que existe o parto sem dor só falta inventarem a conta com anestesia.

 

Marido é um homem que passa a metade da vida procurando uma mulher e a outra metade tentando se livrar dela.

 

É mais cômodo ter três mulheres fora de casa do que uma dentro.

 

O crime perfeito leva tanto tempo para ser planejado que, às vezes, o criminoso morre antes da vítima.

 

O chato da bebida não é o mal que ela nos pode trazer; são os bêbados que ela nos traz.

 

Não são os cavalheiros que estão acabando; é o "h" que já não se usa mais.

 

Com a primeira folha de parreira surgiu o primeiro problema da moda feminina: onde colocá-la?

 

Certos sujeitos da época do ‘ph’ não se convencem que já estamos em plena era do ‘f’.

 

O dentista: — Não vai doer nada.

 

A avó: — No meu tempo as coisas eram muito diferentes.

 

O suicida: — Perdoe meu gesto.

 

O viciado: Essa vai ser a última.

 

O sapateiro: Depois alarga no pé.

 

 

 

Epitáfios

 

De um humorista: Aqui jaz uma gargalhada cercada de choro por todos os lados.

De um prefeito: Este foi o único buraco que ele não fez.

De um açougueiro: A carne é fraca.

De um coveiro: Chegou a minha vez.

 

 

Epitáfio do Rodolfo:

 

 

 

 

O táxi é o único veículo que não anda quilômetros; anda cruzeiros [hoje, anda reais]. Mas, cada cruzeiro que anda quer cobrar dois. Por isto, os passageiros têm ódio do táxi. Mas, não tem importância, porque o ódio do táxi é muito maior e o chofer leva mais vantagem, porque é um ódio que vem de dentro para fora. O táxi está sempre em pé de guerra: quando o motorista desce a bandeirinha, começa o conflito. É o veículo que mais enguiça, mas raramente traz um macaco na mala, porque o macaco do táxi anda sempre no volante.2

 

Quando um homem escala uma montanha, ninguém toma conhecimento. Quando se joga de lá de cima, pega logo uma primeira página.

 

Os estrangeiros pensam que o Brasil é terra de índios. Chegam aqui, pegam um táxi e vêem que é mesmo.

 

Quando um sujeito fica a espiar as janelas dos vizinhos de binóculo, das duas uma: ou vai fazer dezessete anos ou já fez faz tempo.3

 

De bomba em bomba o mundo vai construindo sua paz.

 

Conversa de bêbado entra por uma narina e sai pela outra.

 

O Judeu: Faltavam apenas 6 cruzeiros e 50 centavos para ele descer do táxi. Já eram 80 cruzeiros da noite e ele ainda não havia feito um bom negócio. Entrou num restaurante e comeu 18 cruzeiros; tomou 8 centavos de café e saiu 10% mais tarde. Na rua, encontrou uma belíssima mulher, trajada com 48.000 cruzeiros de jóias. Há mais de 2 milhões de cruzeiros que ele não via uma mulher tão elegante. Convidou-a para um cinema. Ela regateou um pouco, mas, por fim, cedeu. Sentaram-se, primeiro, em uma confeitaria e bateram um papo de 25 cruzeiros. Depois, assistiram a 12 cruzeiros de CinemaScope: namoraram 6 cruzeiros de entrada e o resto a longo prazo. Um dia, decorridos 85.000 cruzeiros de vida em comum, terminaram tudo. À vista.

 

Os Seis 'Gangsters' de Chicago: O primeiro gangster chegou na janela, apontou a metralhadora para a rua: BANG — BANG — BANG — BANG — BANG — BANG — BANG — BANG — BANG — BANG! O segundo gangster escondeu-se atrás do prédio da esquina e reagiu imediatamente: BENG — BENG — BENG — BENG — BENG — BENG — BENG — BENG -- BENG! O terceiro gangster surgiu no prédio em frente e começou a atirar: BING — BING — BING — BING — BING — BING BING BING — BING — BING — BING! Foi quando se ouviu, lá no terraço, o quarto gangster em ação: BONG — BONG — BONG — BONG — BONG — BONG — BONG — BONG — BONG — BONG BONG! O quinto gangster saiu do banco empunhando a sua metralhadora de mão e atirou nos policiais que cercavam o prédio: BUNG — BUNG — BUNG — BUNG — BUNG — BUNG — BUNG — BUNG — BUNG — BUNG — BUNG! O sexto gangster ficou completamente impassível porque não havia mais vogais.

 

A Dúvida: O marido já não acreditava mais naquela história de dentista. Primeiro, era uma vez por semana, depois passou a três, e, agora, era todo dia.

A desculpa não variava nunca: — Querido, hoje vou ao dentista.

Foi por isto que resolveu tirar tudo a limpo. Quando a esposa se arrumou e saiu, ele resolveu segui-la. Meia hora depois entrava em um prédio, pegava um elevador e entrava em um consultório de dentista. Foi aí que ele passou a dormir calmamente e a viver tranqüilo. E foi aí que ela passou a ter mais liberdade de traí-lo com o dentista.

 

Violência: Segurou a moça pelo braço e fê-la se deitar. Depois, deu-lhe vários puxões no pescoço. Ela gritou. Ele não teve a menor reação. Passou a lhe dar tapas no rosto. Ela tentou se retirar, mas ele a segurou violentamente e a colocou de costas. Puxou-lhe as pernas, os braços e a lhe começou dar socos nas costas. Depois de algum tempo, disse apenas: — Agora pode ir. Era massagista.

 

 

 

Inflação é um camarada chegar perto do outro e perguntar: — Tem troco pra mil?

E o outro responder: — Serve três de quinhentos?

 

O cigarro não provoca o câncer. O câncer, sim, é que vive provocando o cigarro.

 

Pior do que a criança do vizinho só a nossa – segundo o nosso vizinho.

 

Adiar: é essa atitude que estamos sempre tomando daqui a pouco.

 

Cabotino: É esse sujeito que consegue transformar qualquer assunto numa autobiografia.

 

Zarolho: sujeito que tira uma pequena para dançar e saem as duas.

 

Datilógrapha conservadora é a que não se conphorma com a ortographia moderna.

 

Dalitófraga estrábica: É a que passa o dia inreito trocadno as lestra e as síbalas.

 

Datilgfa pregç n/ precis nem compl as plavras.

 

Datilógrafa de kolunixta çossial tem de comtar mezmu é com a revizãu.

 

Sou branca, meu marido é branco e tivemos um filho preto. Como o senhor explica isso?

— Lamento muito, mas quem tem de se explicar é a senhora. Vocês que são brancos que se entendam.

 

Sonho sempre com duas mulheres, doutor. Gostaria que o senhor desse um jeito de eu vê-las em sonhos separados.

 

Disco voador é um objeto que ninguém identifica, mas todo mundo fotografa.

 

 

 

Há dois tipos de esposas: a que arruma a casa e a que se arruma.

 

Só poderemos melhorar o mundo distribuindo a verdadeira fé entre todos os povos do mundo.

 

 

 

 

 

 

Minha Colaboração Despretensiosa
(Casablanca Carioca)

 

 

 

Analgesina Vicentina Bucethyldes Pacífica da Crucificação Sossegadíssima – Dona Gegê, para uns amigos; para outros, Thyldinha – queria porque queria ser sogra de Asteróide Charuto Humphrey-Bogart de Magalhães Apocopado, que nunca namorou nem, muito menos, casou com sua filha Avagina Gardner-Lolobrigida Sossegadíssima Masnentanto, que gostava de Alambique Destilado Militão, que era fissurado em Benemérita do Rego da Lua Minguadinha, que era gamadão (gamadão porque era drag queen) por Asteróide e pelas sinfonias de Brahms, que não queria bu-lhu-fas com ela (ele) e muito menos com Brahms e suas sinfonias brahmsianas. Bem, para encurtar a estória, a pipoca acabou, o nevoeiro nevoou, Heinrich Strasser descansou, Ilsa Lund lacrimejou, Rick Blaine se emocionou, Louis Renault só observou, o avião decolou, o filme findou, as luzes acenderam e o cinema clareou... Ninguém namorou ninguém, ninguém beijou ninguém, ninguém ficou com ninguém. As time goes by... E Analgesina, que queria porque queria ser sogra de Asteróide e também ser avó de qualquer jeito, frustrada e desconsolada, tentou se ataganhar em um pé de Cannabis sativa. Não defuntou, claro – a Cannabis vergou! – mas, com a decepção, passou o resto da vida puxando um fuminho de leve, sossegadamente em sua macrobia-abstrata-sossegada. Na véspera de morrer, aos 99 anos, 9 meses e 9 dias, Analgesina, que era atéia, se converteu ao Rastafarianismo. Segundo dizem, seu último vocábulo, antes de entregar a alma ao Criador, foi: — Ganja! Dizem também que Bob Marley cantou um reggae nas exéquias de Analgesina, que, apesar de não ser católica e muito menos papisa, duraram nove dias consecutivos. O vazio vacante da venerável vetusta nunca foi veramente vindicado. Agora que contei esta estorinha carioca [kari' (homem branco) + oka (casa) = casa de homem branco], vou requentar e devorar, com velocidade moderada, um spaghetti al sugo, pois estou morrendo de fome. Vocês estão todos convidados para fazer uma boquinha. Aprocheguem-se.

 

 

Pastasciutta

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Mas, há ainda o trivórcio, o tetravórcio e por aí vai (longe). E há o caso particular do maluquivórcio, que é quando sói acontecer de o casal se separar judicialmente, passar um tempo (mais maior ou mais menor) separado, e contrair novamente segundas núpcias um com o outro, que foi, por exemplo, o que ocorreu com The VIPs Elizabeth Taylor (1932 – 2011) e Richard Burton (1925 – 1984), que se casaram duas vezes. Primeiro banho-de-igreja: de 1964 a 1974; segundo banho-de-igreja: de 1975 a 1976.

2. Quando Leon Eliachar estava vivo, esta nota seria desnecessária, pois todo mundo sabia que, absolutamente, ele não era preconceituoso. Mas, hoje, passados 26 anos de sua morte, acho que vale a pena comentar que macaco, para ele, certamente, era, no caso, um taxista astucioso, finório e golpista, como alguns que ainda existem por aí que adulteram o taxímetro, para faturar uns tico-ticos a mais.

3. Ou terceira: É voyeur de carteirinha. A prática do voyeurismo se manifesta de várias formas, embora uma das características-chave é que o indivíduo não interage com o objeto (por vezes, não-ciente de estar sendo observado). Em vez disso, observa-o tipicamente a uma relativa distância, talvez escondido, com o auxílio de binóculos, câmeras etc., o que servirá de estímulo para a masturbação, durante ou após a observação. Alfred Hitchcock (1899 – 1980), foi quem primeiro deu destaque ao voyeurismo, particularmente no filme Rear Window (Janela Indiscreta) – um dos clássicos do suspense hitchcockiano.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Ficheiro:Pastasciutta.JPG

http://pt.wikipedia.org/wiki/Voyeurismo

http://www.netanimations.net/aliens.htm

http://emaranhadodemaluquice.blogspot.com.br/
2012/01/drops-de-maluquice_21.html

http://oblogdadeca.blogspot.com.br/
2012/10/a-meleca-e-o-cerumano.html

http://cpemslie.wordpress.com/2010/
07/19/dont-make-me-laugh-2/

http://www.gifbin.com/983956

http://www.goodlightscraps.com/
funny-animation.php

http://pensamentosemformadepoesia.blogspot.com.br
/2011/06/contos-humoristicos-de-leon-eliachar.html

http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/
04/pensamentos-de-leon-eliachar.html

http://www.frazz.com.br/autor.html/Leon_Eliachar

http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/
09/leon-eliachar-frases-com-algum-nexo.html

http://kdfrases.com/autor/leon-eliachar

http://contobrasileiro.com.br/
?p=632#more-632

http://www.teclasap.com.br/2009/06/26/
o-que-significa-a-sigla-rip-em-ingles/

http://hepaticas.wordpress.com/
2013/01/15/351-leon-eliachar/

http://pensamentosefrases.com.br/
Leon+Eliachar.html

http://pensamentosemformadepoesia.blogspot.com.br/
2011/06/contos-humoristicos-de-leon-eliachar-2.html

http://peramblogando.blogspot.com.br/2010/
11/frases-antologicas-leon-eliachar.html

http://fineartamerica.com/featured/
fakir-michal-boubin.html

http://fineartamerica.com/featured/
fakir-michal-boubin.html

http://s499.photobucket.com/

http://pedrolusodecarvalho.blogspot.com.br/
2011/12/conto-leon-eliachar-mulher-exemplar.html

http://pt.scribd.com/doc/6871120/
Leon-Eliachar-O-homem-ao-Quadrado

http://pt.scribd.com/doc/7022746/
Leon-Eliachar-o-Homem-Ao-Cubo

http://www.rivalcir.com.br/
frases/leoneliachar.html

http://pensador.uol.com.br/
autor/leon_eliachar/

http://www.releituras.com/
leoneliachar_bio.asp

http://www.frasesfamosas.com.br/
de/leon-eliachar/pag/2.html

http://www.frasesfamosas.com.br/
de/leon-eliachar.html

http://www.frasesfamosas.com.br/
de/leon-eliachar.html

http://www2.uol.com.br/millor/aberto/
dailymillor/001/013_2.htm

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Leon_Eliachar

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Elizabeth_Taylor

http://pt.wikiquote.org/
wiki/Leon_Eliachar

 

Música de fundo:

Carioca da Gema
Composição: Arlindo Cruz, Franco & Sombrinha
Interpretação: Beth Carvalho

Fonte:

http://www.mp3olimp.net/service/download/
index/rlWcMPV6VwL0AGZjZQZ5Va0%3D

 

Direitos autorais:

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