Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

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Tudo bem, olvidamos;

mas já fomos animais.1a

Antes, fomos vegetais,1b

e, bem antes, minerais.1c

 

Antes (bota antes nisto),

incônscios em nosso viver,

todos éramos sem saber!

 

Tintinada a Hora, a Lex

– que faz valer a Estrada –

autorizou a caridosa Fada

que desvelasse a Escada.

 

 

 

 

O antanho está em nós,

como o futuro também.

Tudo isto é Sumo Bem,

mas temos de voar além.

 

Nisto havendo justeza

– ouvindo a Voz-Coração –

vai de nós a disposição

de fazer a Transmutação.

 

Esta é a história do ser:

inconsciência –› homens;

homens –› super-homens.

Mas, é vago o modus tollens!2

 

 

 

— Tá tudo aqui; no bestunto!

 

 

 

______

Notas:

1a, 1b e 1c. É mais correto dizer: semelhantes a animais, semelhantes a vegetais e semelhantes a minerais. Não esqueçamos de que, se tudo evolui, se tudo se reintegra, os minerais de hoje não são iguais aos minerais do Período de Saturno; os minerais e os vegetais de hoje não são iguais aos minerais e aos vegetais do Período Solar; e os minerais, os vegetais e os animais de hoje não são iguais aos minerais, aos vegetais e aos animais do Período Lunar. E os minerais, os vegetais, os animais e o homem terão outras constituições nos Períodos de Júpiter, de Vênus e de Vulcano. Resumidamente, quanto à consciência, o processo evolutivo foi, tem sido e será mais ou menos assim: Período de Saturno: consciência semelhante à condição de transe profundo –› Período Solar: consciência semelhante à do sono sem sonhos –› Período Lunar: consciência pictórica semelhante à do sono com sonhos –› Período Terrestre: desenvolvimento da individualidade e da autoconsciência –› Período de Júpiter: consciência própria e de imagens conscientes –› Período de Vênus: consciência objetiva, autoconsciente e criadora –› Período de Vulcano: a mais elevada Consciência Espiritual. Mas, que ninguém pense que isto será automaticamente assim. Não será. Tudo depende de nós.

2. Modus tollens (do latim: modo que nega) é o nome formal para a prova indireta. Veja abaixo os exemplos.

1º exemplo:

Premissa 1: Se M, então, N.
Premissa 2: Não-N.
Conclusão: Portanto, não-M.

2º exemplo (em notação de Lógica):

Premissa 1: M –› N.
Premissa 2: ¬ N.
Conclusão: ¬ M.

3º exemplo (Teoria dos Conjuntos):

Premissa 1: M é um subconjunto de N.
Premissa 2: x não pertence a N.
Conclusão: Logo, x não pertence a M.

4º exemplo:

Premissa 1: Se existe fogo aqui, então, aqui também há oxigênio.
Premissa 2: Não há oxigênio aqui.
Conclusão: Então, aqui não há fogo.

5º exemplo (Tollendo Tollens; do latim, negando o negado):

Premissa 1: Se a água atingir a temperatura de 100°C, a água ferverá.
Premissa 2: Ora, a água não ferveu.
Conclusão: Logo, a água não atingiu a temperatura de 100°C.

6º exemplo (Ponendo Tollens. Afirma uma das proposições simples da premissa maior na premissa menor; nega a conclusão):

Premissa 1: Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem.
Premissa 2: Ora, a sociedade tem um chefe.
Conclusão: Logo, a sociedade não tem desordem.

7º exemplo (Tollendo Ponens. Nega uma das proposições simples da premissa maior na premissa menor; afirma a conclusão):

Premissa 1: Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem.
Premissa 2: Ora, a sociedade não tem um chefe.
Conclusão: Logo, a sociedade tem desordem.

8º exemplo (Dilema):

Premissa 1: Se dizes o que é justo, os homens te odiarão.
Premissa 2: Se dizes o que é injusto, os deuses te odiarão.
Conclusão: Portanto, de qualquer modo, serás odiado.

9º exemplo (relativo à Iniciação):

Premissa 1: A Iniciação é o principal sustentáculo do Rosacrucianismo.
Premissa 2: Espanta-neném não é um Rosa+Cruz.
Conclusão: Então, Espanta-neném não é um Iniciado.

Ora, este último exemplo é totalmente falso, não porque um Espanta-neném não possa ser um Iniciado, mas porque há muitos Iniciados (termo que, segundo Papus, designa o começo da carreira de um ocultista... um Filósofo da Unidade inserido na sociedade... porque a pesquisa da Unidade Universal é o objetivo dos seus esforços... pois compreende a necessidade impreterível e imperatória de união fraternal entre todos os homens) que não são Rosacruzes, como Maçons, Templários, Martinistas, Teosofistas, Antroposofistas, Pitagoristas, Sufistas e tantos outros, ainda que haja Maçons, Templários, Martinistas etc, que sejam Rosacruzes. O que é inquestionável é que a Fonte Iniciática Primigênia de todas as Fraternidades é a mesma, e que todos os cultos e todas as Iniciações não deixam de ser adaptações epocais, como as cores são aspectos diversos de uma única luz branca. Quem poderia compreender o significado de uma Lei Cósmica, hoje, se os exemplos para a ilustrar fossem o astrolábio, a régua de calcular ou o telégrafo sem fio? Portanto, é mais do que certo que, no futuro, o computador também se tornará obsoleto.

 

 

 

A meta de todo Iniciado é, um dia, por mérito e esforço individual, se tornar um Adepto. Por isto, eu terminei o poema, dizendo: Mas, é vago o modus tollens! O que ficou conhecido como silogismo é uma argumentação lógica constituída de três proposições declarativas que se conectam, de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas premissas, é possível ser deduzida uma conclusão (que poderá ser verdadeira ou falsa). Este tema foi tratado por Aristóteles (Estagira, 384 a.C. – Atenas, 322 a.C.) em Analíticos Anteriores – terceiro livro do Organon, sucedendo Da Interpretação e antecedendo os Analíticos Posteriores. O fato é que, quando o silogismo está correto, ajuda; quando não está, mais do que atrapalhar, faz empacar ou faz andar de marcha a ré. Pense nestes dois exemplos:

1º exemplo:

As pedras afundam.
A pedra-pomes é uma pedra.
A pedra-pomes afunda.

2º exemplo:

O Povo de Deus está salvo e vai para o céu.
Xunxanxim não faz parte do Povo de Deus.
Logo, Xunxanxim não está salvo e vai para o inferno.

Nota editada das fontes:

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Anal%C3%ADticos_Anteriores

http://sm.wikipedia.org/
wiki/File:Light_dispersion_conceptual.gif

http://pt.wikipedia.org
/wiki/Silogismo

http://pt.wikipedia.org
/wiki/Modus_tollens

 

Vale muitíssimo a pena ler o texto (que não é grande) O que é um Iniciado, de Papus, L'Initiation, nº 4, 1973. Link:

http://www.sca.org.br/artigos/OqueumIniciado.pdf

 

Música de fundo

Love Is A Many Splendored Thing
Composição: Alfred Newman & Sammy Fain
Interpretação: Ray Conniff & Orquestra

Fonte:

http://www.umnovoencontro
musical.com/Ray-Conniff.htm

 

Páginas da Internet consultadas:

http://mauevivian.blogspot.com.br/
2011/03/modus-tollens.html

http://www.tigersafari.us/
animal_view.asp?animalID=26

http://nr1a.com/
animated/cat-gifs-2.htm

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.