FRAGMENTOS DAS REFLEXÕES
ESOTÉRICO-INICIÁTICAS DE
SERGE RAYNAUD DE LA FERRIÈRE
Rodolfo
Domenico Pizzinga
Música
de fundo: Burbujas de Amor
(Juan Luis Guerra)
Fonte: http://www.musicasmaq.com.br/
Serge
Raynaud de la Ferrière
Mahatma
Chandra Bala Guruji
Fundador
de la Gran Fraternidad Universal (GFU)
Fundador de la Agrupación Mundial de Cosmobiología
Fundador de la Federación Internacional de Sociedades
Científicas
Instructor Mundial de la Nueva Era del Aquarius
Fonte: http://aquarius-studiesenter.no/2003/yogaskole/raynaud.htm
(Acesso em 18/12/2003)
Serge
Raynaud de la Ferrière (1916-1962) foi o Fundador
de uma organização à qual denominou
Ordem de Aquarius, veículo, segundo afirmação
do próprio Fundador, da Grande Fraternidade Universal
(GFU), e que existe há milhares de anos, mas só
em 18 de Janeiro de 1948 deu-se a conhecer aberta e publicamente,
instalando a Sede Central da Instituição na
Cidade de Caracas (Venezuela), de tal sorte a divulgar,
dentro de limites, seus milenares ensinamentos. A GFU elabora
sua estrutura teórica e seu conteúdo para
estes tempos com base nos princípios que foram entregues,
segundo a GFU, a La Ferrière pelo Mestre Sun Wu Kung,
proveniente dos Colégios Iniciáticos do Tibete,
e que atuou como o preceptor do Mestre Serge Raynaud de
la Ferrière.
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A
G.F.U. é, antes de mais nada, um movimento Iniciático
para a reeducação da Humanidade e, portanto,
suas bases são determinadas por uma Assembléia
de Sábios. A G.F.U. é uma Instituição
cultural de tipo mundial e, por conseguinte, seus membros
(no sentido individual ou coletivo) podem sustentar
diversas concepções, inclusive pertencer
a outras organizações. Por outro lado,
a G.F.U. é um termo genérico que engloba
no seu seio numerosos movimentos (várias organizações
trabalham em coordenação com a G.F.U.,
inclusive algumas associações se amalgamaram
por completo). Além disso, a Instituição
conta com um corpo missonal: a Ordem de Aquarius, na
qual se formam seus verdadeiros membros.
A GRANDE FRATERNIDADE
UNIVERSAL (G. F. U.) ... é uma organização
civil e cultural que tem como objetivo reunir a Ciência,
a Arte e a Religião para um aperfeiçoamento
intelectual e uma reeducação espiritual,
mediante a fusão de todas as seitas, associações,
sociedades humanitárias, filosóficas,
científicas, artísticas, esotéricas,
religiosas e iniciáticas. As metas desta Instituição
se resumem como segue: unir em um todo as pessoas, seja
quais forem suas crenças, nacionalidades, sexo
e condições, para que lutem pela supremacia
do Espírito, e que estejam de acordo para instaurar
no mundo a Paz no coração de todos os
homens, a fim de realizar uma Fraternidade Universal,
representada atualmente por mais de cento e cinqüenta
movimentos diversos, amalgamados sob o nome de GRANDE
FRATERNIDADE UNIVERSAL.
A GRANDE FRATERNIDADE
UNIVERSAL está atualmente inscrita na ONU como
uma Organização Não-Governamental.
Esteve inscrita também no registro de organizações
da UNESCO colaborando com seus programas educativos.
Não é uma organização sectária
ou política. Seus 22 Estatutos Universais estão
legalmente depositados em cada um dos países
onde trabalha. Atua no bem-estar social com: escolas
para crianças, campanhas de alfabetização,
creches, bibliotecas, atenção aos presos,
ligas femininas de assistência social, clubes
desportivos ecológicos (infantis e para adultos),
atos recreativos, teatrais, artísticos, grupos
de apoio a flagelados, colônias para idealistas,
colégios iniciáticos, santuários
para místicos, templos para meditação,
ensinamentos sobre religiões comparadas, ciências,
arte, filosofía, metafísica, esoterismo,
psicologia etc. Celebramos atualmente o ano 56 da fundação
(18 de janeiro de 1948) trabalhando mundialmente pela
união dos povos através da Sabedoria,
da Tolerância e da Paz.
Por
inspiração do Fundador, a instalação
da Fraternidade coincidiu astrologicamente com o início
da Era de Aquarius, e, segundo Ferrière, simbolicamente,
já se começam a observar as características
próprias deste signo do Zodíaco: fraternidade,
elevação, espiritualidade, movimentos universais
e tentativas de aproximação em grande escala1.
Para
La Ferrière, a mudança da Era Pisciana para
a Era Aquariana, não ocorreu em 5 de Fevereiro de
1962, como pensa Raymond Bernard. Os critérios adotados
por Serge Raynaud de la Ferrière são diferentes,
e, por isso, o fim do signo de Pisces deu-se em
1948. Neste particular, acompanha-se Raymond Bernard e se
admite 5 de Fevereiro de 1962 como
a data do início da Era de Aquarius. Deve-se
ressaltar que, o que importou para os fins desta pesquisa,
são os aspectos esotéricos, simbólicos
e numéricos veiculados publicamente pela GFU, que
possam estar em sintonia com os princípios filosóficos,
cabalísticos, teodiceicos e espiritualistas examinados
nos trabalhos anteriores e divulgados neste site.
Quando informações novas surgiram, foram incluídas
no sentido de se tentar complementar os assuntos que nas
reflexões anteriores havia sido discutido. Obviamente,
não se esgotou o pensamento de Ferrière, e
este texto não tem a finalidade de contraditar ou
de apoiar o pensamento do autor. Trata-se de uma mera pesquisa
bibliográfica.
Inicialmente,
entretanto, é deveras ilustrativo examinar como Ferrière
associou os números ao surgimento da percepção
dos signos zodiacais. Sintetizando o que a Tradição
sempre conheceu [que o Universo ou Macrocosmo e o(s) ser(es)
ou microcosmo(s) estão interligados e são
interdependentes] com as pesquisas de Lavezzeri, anunciou:
o coração de um ser humano, com saúde
cosmicamente equilibrada pulsa 72 (setenta e duas) vezes
por minuto; e 72 anos é o tempo que o Sol leva para
se deslocar 1 (um) grau através do firmamento. Portanto,
ao se deslocar 360 (trezentos e sessenta) graus, o Sol empenha
nessa jornada 360 x 72 = 25920 anos (vinte e cinco mil novecentos
e vinte anos). Por outro lado, a cada respiração
o coração bate 4 (quatro) vezes, e o número
de batimentos cardíacos e de respirações
por minuto correspondem, aproximadamente, às 4 estações
do ano e aos 18 (dezoito) anos da nutação
do eixo da Terra sob a influência da Lua. Em 24 (vinte
e quatro) horas - um dia - o ser respira 25920 (vinte e
cinco mil novecentas e vinte) vezes, ou seja, 18 x 60 x
24 = 25920. Este número equivale ao Grande Ciclo
de Precessão Equinocial (número de anos das
grandes eras precessionais), ao final do qual as constelações
completam seu passeio zodiacal (o Grande Ciclo de Precessão
Equinocial também pode ser obtido multiplicando-se
180 por 122, ou seja: 180 x 144 = 25920). Assim, cada signo
manifesta-se por 2160 (dois mil cento e sessenta) anos,
ou seja, 25920 ÷ 12 = 2160. A Era de Aquarius
vem inaugurar um novo ciclo com características diferentes
da Era anterior.2
Contudo,
afirma La Ferrière em uma de suas cartas circulares
Como Calculam os Aquarianos a Posição
do Universo na Era de Aquarius (retirado de:
http://www.soa.edu/articulos03.htm):
São
muitos os que parecem esquecer duas coisas primordiais
(...) É verdade que o fenômeno da precessão
equinocial TOTAL requer 25.920 anos. Por outro lado,
não é completamente exato que cada ‘Era’
seja um lapso de tempo igual a 2.160 anos (...) Não
é de nenhuma maneira seguro que estejamos em
1958 ou 1959 (já que nosso calendário
foi ‘cortado’ em várias ocasiões)
e, ademais, não se sabe exatamente o momento
a partir do qual os cristãos começaram
a contar o tempo, já que tudo foi organizado
vários anos depois da morte de Cristo Jesus (...).
O
Zodíaco é uma ronda SIMBÓLICA de
12 signos, cada um com 30 graus simbólicos; enquanto
a eclíptica (não confundi-la com o equador
celeste) é uma linha que passa dentro das constelações
principais, as quais, de nenhuma maneira, são
iguais entre si.
Assim,
temos a Astrologia tradicional, que considera que o
Sol recorre (...) sempre segundo a ‘simbologia’,
à razão de mais ou menos um grau por dia.
Enquanto a Astronomia, ela se ocupa preferentemente
do estudo das constelações (e não
dos signos zodiacais). Assim, no que concerne à
precessão dos equinócios (movimento aparente
do Sol que recorre em sentido inverso ao do Zodíaco
– a eclíptica – à razão
de um grau a cada 72 anos), devemos saber que cada constelação
não tem 30 graus exatamente cada uma, e que,
assim, as Eras duram algumas delas mais, outras menos
de 2.160 anos (...).
Por
exemplo, se levamos em conta CIENTIFICAMENTE, as posições
exatas (segundo a precessão dos equinócios
– ou seja, um grau a cada 72 anos), devemos corrigir
que Áries não se situa entre 21 de março
a 20 de abril; Touro não está compreendido
entre 21 de abril e 21 de maio etc... senão,
que há que mudar essas datas e estabelecer assim:
Áries, 17 de abril; Touro, 14 de maio; Gêmeos,
20 de junho; Câncer, 19 de julho; Leão,
9 de agosto, Virgem, 15 de setembro; Libra, 29 de outubro,
Escorpião, 23 de novembro; Ofiucus, 28 de novembro;
Sagitário, 17 de dezembro; Capricórnio,
18 de janeiro; Aquário, 14 de fevereiro; Peixes,
21 de março (...) Tiramos, em seguida, uma lição,
que é a de que assim se pode verificar que as
constelações têm tamanhos irregulares
entre si (Áries, 27 graus; Touro, 37 graus; Gêmeos,
29 graus etc.) (...)
Acrescentando
alguns conhecimentos veiculados pela Doutrina Secreta
não abordados por Ferrière (pelo menos em
As Grandes Mensagens), ao se multiplicar o valor
numérico do Grande Ciclo de Precessão Equinocial
por 12 x 109, obtém-se
o valor 311 040 000 000 000, que equivale ao número
de anos da Grande Noite de Absorção em Brahman.
Durante o curso da evolução cíclica,
só haverá repouso no seio das Trevas Desconhecidas,
que, em realidade, são a Verdadeira
LLUZ, para
aqueles que se acercarem do limiar do Paranirvana.
Todos foram chamados e todos estão eleitos para esta
ULTIMÍSSIMA CEIA do DIA SÊ CONOSCO. Este é
o significado oculto dos 144000 eleitos! Pois 144000/360
= 400, Valor Athbash da letra ALeF, é,
concomitantemente, Valor Aritmológico da letra TaV.
Mas para alcançar e ultrapassar o ANEL NÃO
PASSARÁS, é insubstituivelmente necessário
haver renúncia, serviço, mérito, ascensão,
reintegração e comunhão. Três
mil ciclos de existência deverão, no mínimo,
ser cumpridos, para que o retorno ao Absoluto possa se verificar.
Nesta ascensão-reintegração, o ser
está, permanentemente, sujeito às duas Leis
Fundamentais que reciclam cada mônada, e permeiam
todo o Universo: Lei da Necessidade e Lei da Reciprocidade.
Tudo deve ser compreendido e tudo deve ser compensado. Nesse
sentido, salvação, prêmio e castigo
são entendimentos hipotéticos vulgares e teologicamente
absurdos e distorcidos de uma compreensão categórica
atual e iniciática da ordem e do sistema universais.
Reduzindo-se tudo isso à mais singela simplicidade,
todas as mônadas haverão de, no tempo, dançar
na LLUZ.
A dor de querer ou de não querer...
Bem, esse é o livre-arbítrio. O livre-arbítrio,
inclusive, pode levar o ente a MORRER. Então, a opção
entre VIVER
e MORRER é
exclusivamente pessoal.
Antes
de seguir com esta pesquisa deseja-se parafrasear Francis
Bacon: um pouco de esoterismo afasta o buscador da Verdade;
um pouco mais, aproxima-o e o conduz à Iluminação.
Por isso, no que concerne a esse campo particular da humana
especulação, é preciso ter o máximo
de precaução. Falsos profetas, falsos deuses,
falsos esoterismos e falsas fraternidades pululam aqui e
ali pelos quatro cantos da Terra. Ao neófito, uma
recomendação: Cuidado! Observa-se, hodiernamente,
uma desenfreada proliferação de livros sobre
Ocultismo, Cabala, Numerologia, Astrologia etc., bem como
o aparecimento de religiões, sociedades e fraternidades,
cuja meta, geralmente, é apenas o lucro auferido
ilicitamente pela adesão de buscadores bem-intencionados,
todavia desavisados quanto à honradez e à
autenticidade dessas propostas. Ás vezes, são
manifestações esquizofrênicas que atraem
esquizofrênicos. Esses comentários não
se dirigem, em absoluto, a Serge Raynaud de la Ferrière
nem à GFU, e, muito menos à Ordem de Aquarius,
que oferecem, com seus ensinamentos, uma opção
e uma alternativa de estudo para aqueles que desejarem conhecê-los.
Eu não julgo nada, nem sou, por príncípio,
anti-coisa-nenhuma. Cada um deverá chegar às
suas próprias conclusões quanto a este movimento
e quanto a todos os outros existentes neste Planeta. A pesquisa
é difícil e, muitas vezes, infrutífera.
Então... Só o Mestre-Deus-Interior poderá
ensinar. Outros pontos a considerar são a laicização
inconseqüente e a exoterização progressiva
e inconsistente, nas quais mergulharam (e vêm mergulhando
assustadoramente) as religiões tradicionais. Este
milênio nasceu produzindo mais um deus à disposição
dos interessados: o deus-guerra-para-suplício-da-Humanidade.
Daí a pululação de fraternidades, organizações
místicas, ONGs etc. Sob determinada ótica,
isto é muito bom. Esse deus-infernal + o deus-neoliberalsimo,
que tanto sofrimento têm causado à Humanidade,
serão dissolvidos.
Simbolismo:
O Ente e seu Mestre-Deus-Interior
Voltando
a Serge Raynaud de la Ferrière, recordou o Pensador
que antes da Era de Aquarius, três Eras sucederam-se
com características peculiares. Por 2160 anos Taurus
prevaleceu, e o que representou esse período foi
o Boi Apis. São símbolos desse Ciclo o Egito
e a Caldéia. Em Creta e na Assíria as religiões
predominantes deixaram registrado com emblemas esse tempo
da história da Humanidade. Os 2160 anos que se seguiram
compuseram o signo de Aries. O emblema da Deidade
dessa Era foi o carneiro e sacrifícios eram oferecidos
à Divindade. Em Aries, portanto, o Bezerro de Ouro
foi substituído pelo Velocino de Ouro. Tomarás
- disse o Eterno - sangue de Carneiro e óleo
de ungir e farás aspersão sobre Aarão
e sobre suas vestes, e sobre seus filhos e sobre suas vestes.
Mas no signo de Piscis a religião sofreu
nova transformação. Tertuliano, Santo Agostinho
e São Jerônimo empregaram a palavra Peixe para
designar o Avatar da nova Era. Ferrière observou
que, surpreendentemente, o peixe é amiúde,
representado por um Solha, cujo nome em latim é ‘Lucius’,
ou seja, Luz. Os primeiros cristãos reconheciam-se
entre eles desenhando um peixe, e usavam a expressão
THEOU UIOS SOTER, para referir-se a Jesus Cristo,
Deus Filho Salvador. Usando as iniciais dessas três
palavras, precedidas das letras I e X,
iniciais de IESOUS XRISTOS, compõe-se
a palavra IXTUS, que significa
PEIXE, vocábulo que foi durante algum
tempo designativo de Jesus e emblema dos cristãos.
(Esta concepção é puramente teológica.
Ninguém salva ninguém de nada. Se salvação
existe, só o próprio ente poderá salvar-se
de si mesmo. E mais: precisamos parar de dar importância
ao fato de Jesus ter ou não ter existido. Se foi
uma criação mental do Hierofante Paulo ou
não, isto é absolutamente irrelevante. Precisamos,
sim, realizar conscientemente o Cristo Cósmico em
nossos corações.). Em aditamento a essas considerações,
Ferrière lembrou que foram encontrados diversos jarros,
lâmpadas, pias de água benta, chafarizes e
gárgulas de catedrais com a figura do peixe sagrado
representando o Salvador.3 Há
ainda a recordar a pesca milagrosa dos 153 (cento e cinqüenta
e três) peixes (João, XXI, 11), os
2 (dois) peixes (que simbolizam o signo zodiacal de Piscis)
e as 12 (doze) cestas (Mateus, XIV, 20), representativas
do próprio Zodíaco. E, em sânscrito,
Jesus é denominado Samudra-Pala (Filho do
Oceano), indicando que era identificado com a Era Pisciana.
Sobre
a palavra CHRISTUS Ferrière
ensinou que este título é geralmente dado
a Jesus, como Buddha é dado a Siddharta Gautama.
A palavra Cristo tem o seguinte significado:
...‘plano
ou estado’ e este nível Crístico
testemunha a presença de um raio do Espírito
Universal, que vem iluminar, inspirar e fortalecer a
Chispa Divina, que mora no interior de todo o ser humano.
O Logos Universal encarna sob forma humana, como há
2000 anos se manifestou na carne do pequeno Emanuel,
que tomou o nome de Jhesu no dia de sua Iniciação...4
É evidente que
este conceito esboçado por La Ferriére não
condiz exatamente com a Tradição, desde sempre
una e idêntica a si mesma. Hermes, o três vezes
grande, João, o Batista e outros além de Jesus
alcançaram a Iniciação Crística.
CHRISTUS é o Logos Solar
Central representado simbolicamente pelo Sol físico.
É este Logos Solar Central que foi 'adorado'
pelos Incas, Nahuas, Maias
e Egípcios. Isto se resume a: CHRISTUS
em meu interior. Meritocraticamente.
Pedra do Sol - Pedra
basáltica (rocha vulcânica) esculpida,
com peso aproximado de 25 toneladas e diâmetro de
3,6 metros
E
como as palavras INICIAÇÃO e INICIADO têm
sido utilizadas, lamentavelmente, nos mais variados e equivocados
contextos, transcrevem-se abaixo duas definições
(a primeira retirada do Manual Rosacruz, e a segunda
de As Grandes Mensagens) para esclarecer o significado
que se intentou emprestar a esses vocábulos nesta
pesquisa, e ampliar o que havia sido apresentado no estudo
do Martinismo:
Iniciação
– Rito, cerimônia ou processo pelo qual
ao indivíduo é apresentado conhecimento
especial. As antigas iniciações nos mistérios
objetivavam revelar, em forma dramática, uma
gnose ou sabedoria secreta, ao candidato. Essas iniciações,
geralmente, eram divididas em quatro partes; cada uma
delas consistia de um rito solene. As iniciações
Rosacruzes são dessa natureza.5
O
verdadeiro INICIADO é aquele que há
tempos se inclina aos problemas mais simples da vida,
meditando tanto sobre as pequenas quanto sobre as grandes
coisas, e compreendeu, finalmente, que tudo na matéria
é somente ilusão e que só o espírito
pode evoluir. Por sua vida de busca e de humildade,
merece o título de ‘Justo’. Tendo-se
inclinado às questões mais abstratas,
compreendeu o sentido delas. As manifestações
das religiões, as concepções, não
têm para ele senão um valor documental:
as GRANDES VERDADES são imutáveis
e, tendo alcançado os Arcanos Maiores, tem poderes
dos quais não abusa e os emprega, quando muito,
para o alívio de seu próximo; alívio
que se traduz em ensinamento, em luzes que oferece,
germens que se depositam no cérebro dos que duvidam;
aos que sofrem, tanto espiritual quanto fisicamente,
traz, enfim, um remédio efetivo, sem esperança
de benefício ou de qualquer interesse. É
um MESTRE graças a seus conhecimentos do esoterismo,
graças a seu saber do qual não se orgulha;
é um ‘Justo’ por sua vida de exemplo,
de humildade, e de fraternidade. É o INICIADO
tal como deve ser concebido e o único que tem
valor na escala da elevação.6
(Maiúsculas e grifos meus).
Dilatando
um pouco o conceito de Era, cada uma guarda as peculiaridades
das que a precederam, e se estende, segundo Raymond Bernard,
por trinta graus, ou seja, três partes de dez graus
cada uma. Assim, cada Era subdivide-se em aproximadamente
três períodos de 720 (setecentos e vinte) anos,
e cada grau possui 72 (setenta e dois) anos. Nesse sentido,
cada Era é formada por um grande triângulo
com 720 anos de lado, e cada grau forma um pequeno triângulo
de 24 (vinte e quatro) anos de lado. Cada Era é,
na realidade, a síntese das precedentes em um Nível
ou Plano Superior. De certa forma pode-se então compreender
como são possíveis - ou como foram possíveis
- a previsão e a realização de profecias,
em particular as de Malaquias e as de Nostradamus. Estas
nada mais são do que a percepção e
a compreensão de dois pontos do grande e/ou do pequeno
triângulo. Estas percepções conduzem
à intuição de cada lado dos triângulos.
Duas observações rapidamente devem ser acrescentadas:
a) o cumprimento das profecias autênticas não
pode ser anulado, mas, certamente, seus efeitos podem ser
amenizados e até transmutados pelo AMOR, pela MISERICÓRDIA
e pela COMPREENSÃO (os astros inclinam mas não
obrigam); e b) quanto a Nostradamus, segundo Raymond Bernard,
este não é o nome de um homem, mas de uma
ASSEMBLÉIA DE ALTOS INICIADOS.
O mais elevado,
até o presente, de todos os INICIADOS que visitaram
este Planeta, segundo a tradição histórica
e iniciática, foi Jesus. Entretanto, não incorrerá
em erro aquele que admitir que seu Iniciador(?), hierarquicamente,
estaria em um Plano Superior de conhecimento Espiritual
e Místico. Mas, se considerarmos que neste Plano
TODOS SÃO UM... Assim, no momento em que a pomba
branca desceu e pousou sobre a cabeça do homem
e foi Ele proclamado o Logos Vivente, tornou-se
efetivamente O Mestre entre os Mestres. E pela frase
Este é Jhesu, o Cristo; levanta-Te, tornou-se
Jesus, o AMeN do Mundo. Presumir, por outro lado,
que o Avatar da Era Pisciana tenha sido o Filho Dileto e
Exclusivo de Deus ou o próprio Deus encarnado (como
segunda Pessoa da Trindade), é um equívoco
tão absurdo, quanto crer na salvação
ou condenação eternas. O conceito de SALVAÇÃO
é de outra ordem, e só há um Deus no
Universo, sentido, construído e realizado pelos Rosacruzes
em seus Corações. Aliás, quando Akhnaton
instalou o Monoteísmo, apenas retransmitiu a Lei
Eterna.
Nesse
sentido, a GFU e a Ordem de Aquarius entendem que a manifestação
de Deus é tríplice, mas em outro sentido,
operando pela Vida, pela Forma e pelo
Pensamento, que têm suas equivalências
na teologia católica (Pai, Filho e Espírito
Santo), na filosofia hindu (Sat, Chit, Ananda),
na teoria sefirótica hebraica (KeTheR, ChoKMaH,
BINaH), na teologia chinesa (Tei, Yang, Yin),
entre outras. Mas, no Universo, há tão-somente
um único Deus. O PRIMEIRO UM: a NATUREZA NATURANTE
UNIVERSAL que pode e deve ser realizada interiormente —
in corde — por todos os seres.
Nos
ensinamentos da GFU, há o entendimento de que a manifestação
do ser encarnado neste plano segue um ritmo universal invariável:
gérmen, desenvolvimento, nascimento, maturidade,
decadência, morte, renascimento7.
Esta é uma Lei Cósmica (Lei da Necessidade
ou Doutrina Palingenética) que não permite
adulterações, supressões ou quaisquer
outras interpretações, que não sejam
exatamente o que a Lei explicita. Nesse particular, como
em muitos outros, concordam todas as Fraternidades Esotéricas.
O cumprimento dessa Lei insubstituível e imutável
faz-se segundo a UNIDADE, que harmoniza tanto as idéias
quanto a matéria universal. Essa UNIDADE - que é
aquilo que é entendido como Deus - é um Princípio
Universal Eterno e Ativo. E nessa linha de especulação,
metafraseando La Ferrière, pode-se argumentar: em
qualquer tempo não podem coexistir harmoniosamente
dois Princípios Constitutivos do Universo. Se houvesse,
pois, dois Princípios, ou seriam diferentes, ou seriam
iguais. Se fossem diferentes, anular-se-iam mutuamente;
se fossem iguais, seriam idênticos como se um só
houvesse. A multiplicação e a proliferação
de deuses é produto da humana ignorância. Hoje,
no mundo associaram-se em um consórcio de brutalidades
e de cobiças o deus-dinheiro com o deus-guerra. A
Unidade é. É Aquilo que é. E por ser
Aquilo que é, sempre foi, será e não
pode não ser. Na inexistente eternidade sempre será.
Assim, simplesmente é.8
O que não pode ser confundido é a existência
do Primeiro UM com a manifestação do Segundo
UM. Os Planos são interligados, mas nossa compreensão
das Altas Esferas é em certo sentido limitada, e,
em outro, impossível.
Há,
portanto, um só Princípio que opera no Ser,
e esse mesmo Princípio opera e rege todos os mundos,
havendo uma só Causa Universal sempre presente e
atuante. Por isso, o ser humano deve viver integrado e de
acordo com o Universo, jamais contra ele. E viver com o
Universo significa viver Nele, integrá-Lo e com Ee
procurar harmonizar-se, sempre avançando em sua compreensão.
Os princípios e ensinamentos Rosacruzes postulam
que dois triângulos eqüiláteros entrelaçados
simbolizam o Macro e o Microcosmo. Ferrière ofereceu
uma simbologia mais complexa, mas não menos importante
e esotérica, ao numerar o Emblema (Estrela de David)
de forma diferente:
Figura 1: Numeração
da Estrela de David Segundo Ferrière
Observa-se, nessa
numeração proposta por Ferrière, que
a soma dos números que se encontram em oposição,
é igual a 9 (nove), e dele (Emblema) pode ser extraído
um número conhecido como Número Mágico
ou Número da Eterna Evolução do Cosmo
Ilimitado: 142857, cujo significado hermético
é, sucintamente, o que segue (como se mostrou em
outros trabalhos, 22/7 = 3, 142857 142857 142857...):
1 : Princípio Universal – Deus, o Absoluto,
o Primeiro Um, a Causa sem Causa.
4 : Os Quatro Elementos: Fogo, Ar, Água, Terra.
2 : Cifra da divisão. Representa, também a
dualidade universal.
8 : Multiplicação por divisão celular
(2 x 4). A matéria da qual o ser se origina.
5 : A cifra do ser, cujo simbolismo aparece na estrela de
cinco pontas. Pentáculo.
7 : Simboliza a morte (A Foice). O sete também indica
a renovação celular dos tecidos, a manifestação
dos mundos em sete planos (Divino, Monádico, Espiritual,
Afetivo, Mental, Astral e Físico) e, como indica
a Estrela de Sete Pontas (septenário), as sete maneiras
de como o espírito move a matéria (mens
agitat molem), quais sejam: Solar, Lunar, Mercurial,
Venusiana, Marciana, Jupiteriana e Saturniana. Os filósofos
da antiga Índia admitiam, também, a existência
de sete planos, a saber: físico, astral, mental,
búdico, nirvânico, paranirvânico e mahaparanirvânico.
O sete pode simbolizar também, segundo Aristóteles,
as virtudes éticas correspondentes à parte
apetitiva da alma, quais sejam: coragem, temperança,
liberalidade, magnanimidade, mansidão, franqueza
e justiça. Ao se multiplicar o Número Mágico
por 2, 3, 4, 5 e 6, obtêm-se os números com
as mesmas cifras que os constituem e na mesma ordem. A única
exceção é quando se o multiplica por
7, pois se encontra 999999. O número 9 é
a cifra da semente, da semeadura e do renascimento, que
requer nove meses9. Mas
quando se o multiplica por 8 ou por 9, obtém-se,
respectivamente, 1142856 e 1285713. Refletindo-se...
A
Tábua de Esmeralda, já examinada em outro
texto, também foi objeto de reflexão de La
Ferrière, que a considerou o Arcano mais profundo
e a chave-mestra de toda a Alta Ciência. Recordou
o Filósofo, que muito mais do que uma simples e obscura
Fórmula Alquímica, o que de fato é,
encerra ensinamentos que só podem ser desvendados
lenta e ascensionalmente pelo buscador, ao percorrer os
diversos graus da vereda iniciática. Além
dos Rosacruzes, dos Martinistas e de Ferrière, todos
os estudantes da Tradição à ela dedicaram
(e dedicam) profundas reflexões, como foi o caso,
por exemplo, de Papus e de Éliphas Lèvi.
Ferrière,
elucubrando incessantemente sobre as questões herméticas,
entendeu que a Trindade Cósmica integra três
planos inseparáveis; MUNDO ARQUETÍPICO, MACROCOSMO
(NATUREZA) E MICROCOSMO (SER HUMANO). Estes são,
para a Ordem de Aquarius e para a GFU, os três princípios
constituintes do Universo, ou seja, do Absoluto manifestam-se
três atributos. A trindade está, portanto,
presente em todas as coisas, e no ser humano manifesta-se,
particularmente, como Triunidade: corpo físico,
corpo astral e corpo psíquico. A TRIUNIDADE
HUMANA, segundo o Pensador, pode ser exemplificada pelo
sentimento do amor. O desejo é próprio
do corpo material (amor físico); a atração
está relacionada ao corpo astral (amor sentimental);
e a simpatia (amor cerebral) é uma característica
do corpo psíquico. O simbolismo numérico
aparece, também, muito marcadamente no emblema da
Ordem de Aquarius, ao lado do obscuro Axioma Zoroastriano:
SABER, QUERER, OUSAR, CALAR.
Não se pode deixar de comentar nesta oportunidade,
que, sob um entendimento mais esotérico, deve-se
considerar o ser como sétuplo, ou seja, um Triângulo
superposto a um Quadrado.
Figura 2: Emblema
da Ordem de Aquarius
O Axioma pode
ter várias explicações, de acordo com
o que estiver sendo estudado, ou seja, há um progressivo
aprofundamento esotérico na sua compreensão.
Talvez, uma das mais interessantes revelações
desta Máxima, seja a que se refere à progressão
espiritual do homem, que começa com o nascimento
do espírito (propulsão de energia) até
a fusão no Grande-Todo. Os quatro últimos
degraus desta peregrinação ascensional são
os da ordem da Sentença, conforme foi há milênios
compreendido. Ferrière propugnou também que
o Axioma está intimamente relacionado com os quatro
elementos, com as quatro grandes etnias (amarela, negra,
vermelha e branca) e com os quatro signos fixos do Zodíaco,
que são: Taurus, Leo, Scorpius e Aquarius.
Há outras relações, entretanto, que
não foram explicitadas pelo autor. O cálice
no centro do círculo é uma ânfora, sobre
a qual está inscrito o símbolo alquímico
representativo da transmutação.10
Com relação às quatro etnias, Ferrière
desvela um segredo pouco conhecido, mas de profundo significado
iniciático. Consultando o Diagrama reproduzido da
obra As Grandes Mensagens, pode-se entender a explicação
do autor.
Diagrama
1: Vista Cinética da Evolução das Quatro
Raças
No
diagrama vemos o sentido da evolução das
civilizações, isto é, a Raça
Amarela, na sua velhice, vai cair no esquecimento (até
uma nova regeneração); os mais avançados
conhecimentos esotéricos estavam no Tibet, que
vai ceder seu lugar ao novo Pólo Magnético
de Espiritualidade. Este trânsito do Saber, conservado
nos Santuários da Ásia, para os Colégios
de Iniciação do Ocidente, é algo
assim como a Sabedoria do Guru que é dada ao
discípulo. A Raça Branca vai, pois, tomar
o lugar de máxima plenitude, já que se
acha em pleno desenvolvimento para isso. A raça
descendente dos Peles Vermelhas e dos Índios
da América, atualmente em sua fase representativa
do Verão, vai chegar ao Outono e tomará
o lugar da Raça Branca, chegada ao Inverno neste
símbolo; e a Raça Negra, agora muito jovem,
cederá seu lugar à Raça Amarela...
Naturalmente, isto se produz em períodos muito
grandes, pois se trata de ciclos devidos aos movimentos
estelares...11
Pode-se aduzir, da obra de
Ferrière, que a Tradição teve como
principais focos de transmissão a Lemúria,
a Atlântida, a África, a Ásia e a Europa.
Reconhece-se que essas considerações (como
outras constantes dos textos apresentados neste Website)
estão em aberto. São, todavia, apresentadas
para enfatizar os motivos que suscitaram a elaboração
deste Website, e também porque a ciência
oficial tem demonstrado, nestes últimos vinte e cinco
anos, que há mais verdade e coerência nas ciências
ditas esotéricas do que se admitia no começo
do século XX. 1962...! 2034...! 2106...! ... A animação
abaixo mostra melhor o que anteriormente foi explicado.
Talvez,
ao se refletir sobre os meios de expressão escrita
dessas quatro etnias, observar-se-á uma transformação
que está acorde com uma Lei Geral. As grandes civilizações
dos continentes desaparecidos escreviam de baixo para cima,
da mesma forma que elevavam suas orações à(s)
Divindade(s); em oposição há o tipo
chinês de escrita, ou seja, de cima para baixo; a
escrita semítica passando para o sentido horizontal
orienta-se da direita para a esquerda; e, por último,
há a escrita da esquerda para a direita. Desses modos
de expressão progressivos, os três últimos
ainda se manifestam. Todavia há vestígios
da escrita primitiva que se denomina adâmica ou vattan.
Ferrière
transmitiu também, que todo número possui
um valor visível e um valor invisível (esotérico).
O valor invisível, ou Valor Secreto do Número
(VSN), é a soma acumulada, a partir da unidade, até
o alcançamento do valor visível do número
em questão. Assim, o Valor Secreto de 6 (seis) é
21 (vinte e um), porque: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 = 21. A fórmula
(que é uma variação da fórmula
da soma dos termos de uma progressão aritmética)
que permite obter o Valor Secreto de um Número é:
VSN = N(N + 1) ÷ 2, na qual N é o valor visível
do número.12
Nesse
sentido, O VALOR SECRETO DO NÚMERO 1 É UM,
e, assim, a UNIDADE É. O número 1 é
o único número cujos valores, Visível
e Secreto, se equivalem. O Valor Secreto de 4 (quatro) é
10 (dez), e assim os quatro elementos (Fogo, Ar, Água
e Terra) estão acordes com a TETRACTYS PITAGÓRICA.
TETRACTYS
PITAGÓRICA
Quando
se resumiu o pensamento de Pitágoras, afirmou-se
que, num sentido, 10 (dez) era considerado como perfeito.
Agora, pode-se acrescentar também, que qualquer número
pode ser reduzido pela soma dos algarismos que o compõem,
que é outra forma simbólico-cabalística
de se examinar a questão para um fim específico.
O Valor Secreto de 6 é 21, porque 6(6 + 1) ÷
2 = 21, ou porque 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 = 21. Mas, 6 também
equivale a 3, porque 21 é, por adição,
(2 + 1) = 3. E, ainda, por duas operações
distintas há uma equivalência com o número
9 (nove), pois 6 + 3 = 9, e 6 + 21 = 27, e 27 equivale a
9 porque 2 + 7 = 9.
O
aprofundamento desse estudo, que já era conhecido
da Escola Pitagórica, possibilita a realização
de experiências no domínio da quarta dimensão,
do hiperespaço e da projeção da consciência.
KaBaLa...! Iniciação...!
Voltando
ao número 4, observa-se que seu Valor Secreto é
10, mas por adição é 1, ou seja, equivale
à Unidade, e, por isso, foi por Pitágoras
considerado perfeito. Por outro lado, se se calcula o Valor
Secreto de 10, acha-se 55 (cinqüenta e cinco), que,
por adição e posterior redução,
é também igual a 1, ou seja:
10(10 + 1) ÷ 2 = 55 —›
5 + 5 = 10 —› 1
E, quanto ao número
22, observa-se que seu Valor Secreto é 253, ou seja,
10, ou ainda, UM. Por outro lado, 22 —› 4: três
quadrados sobre um triângulo —› CRIAÇÃO.
PAI, MÃE E FILHO. Pitágoras. TETRACTYS
SAGRADA.
Se se toma, agora, por exemplo,
a subdivisão do Zodíaco que possui 36 (trinta
e seis) decanatos, seu Valor Secreto é 666 (seiscentos
e sessenta e seis). Esse número, segundo consta no
Livro da Revelação de São
João (XIII, 18), é o número da besta,
mas também é, por outro lado, como um símbolo
cósmico, o número do homem, e a correlação
histérica e irracional com qualquer personagem inimigo
de DEUS desaparecem. O exemplo serve para reforçar
o entendimento de que nada no Universo (ainda que sempre
necessária enquanto coisa em manifestação)
é absoluto, com exceção do próprio
Absoluto, que é o que sempre foi, é e será.
O Absoluto é o que é. Mas, cada ente pode
caminhar nessa direção. Sob outra especulação,
parece ter ficado evidente que os números nem sempre
representam aquilo que aparentam. Chama-se atenção,
novamente, para o número 666. Por adição
e redução é equivalente a 9. Seu valor
visível (36) simboliza a manifestação
espiritual em conexão com idéias de divisão
(3 + 6 = 9). (Consultar o trabalho 666 apresentado neste
site).
O
hierograma de ADÃO encerra, conforme afirmou Papus,
os mais profundos arcanos do Universo, e dele se podem extrair
informações altamente clarificadoras. Em hebreu
é escrito com as letras MeM, DaLeT
e ALeF, ou seja, MDA. A soma das letras
componentes do hierograma é 45 (40 + 4 + 1 = 45),
que por adição é igual a 9 (4 + 5 =
9). Ao se adicionar a unidade específica à
cifra analítica de ADÃO (nove), obtém-se
10 (dez); a análise encerra-se na síntese
e o ciclo é conduzido ao seu ponto de partida. Dez
(10) é a cifra correspondente ao IOD ETERNO,
princípio e fim de tudo. Há, ainda, que ser
observado que o Valor Secreto de 9 é 45 (quarenta
e cinco), que por adição é 9. Já
LILITh tem a soma de suas letras igual a 480 (quatrocentos
e oitenta), ou seja, 30 + 10 + 30 + 10 + 400 = 480. A adição
gera o 12, e a redução conduz ao 3. Tudo isto
é simbólico; mas este simbolismo não
se encerra em si mesmo, pois oculta Leis perenes do(s) Universo(s).
Assim, muito sinteticamente,
resumiu-se, analisou-se e, com alguns exemplos não
constantes de sua obra, comentou-se o pensamento de Serge
Raynaud de la Ferrière. Os números e suas
relações com o Universo são uma constante
em suas meditações, sempre em perseguição
a um entendimento adequado e verdadeiro para a Vida Universal,
que, a bem da verdade, são patrimônio da Humanidade.
Se os homens deles se servirem de maneira altruística,
generosa e fraterna produzirão o bem, imagem e semelhança
do BEM; se não, haverá dor e constrangimento,
choro e ranger de dentes. Mutatis mutandis, com
a Filosofia e com a percepção da Divindade
também ocorre o mesmo. Como disse Francis Bacon,
Um pouco de filosofia nos afasta de Deus; um pouco mais
nos faz voltar a Ele.
Ultimando a revisitação
do pensamento de Ferrière, reproduz-se um QUADRADO
HIPERMÁGICO, extraído de As Grandes Mensagens,
que por conservar sua operação mágica
nas colunas, nas linhas, nas diagonais, bem como com a soma
de qualquer quadrado contido no próprio quadro (soma
igual a trinta e quatro) é denominado diabólico.13
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16 |
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2 |
7 |
1 |
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15 |
10 |
3 |
6 |
Figura 3: Quadrado Diabólico
Os
quadros (ou quadrados) mágicos sempre foram utilizados
para ocultar Leis Herméticas, cujos valores são
secretos. As agremiações fraternais e as Ordens
Iniciáticas proporcionam aos seus confrades e membros
o estudo da matemática secreta desde os graus iniciais.
Diversos quadros (ou quadrados) mágicos podem ser
elaborados para os mais variados fins. Edouard Barbette
elaborou um quadrado matemático com os 1024 (mil
e vinte e quatro) primeiros números (210).
O Quadrado Diabólico ainda permite, sem alteração
de suas propriedades, que uma coluna que se ache à
direita seja deslocada para a esquerda, e que uma linha
que esteja em baixo seja transportada para cima, e vice-versa.
Observa-se, ainda, que a soma total dos números deste
quadrado é 136 (cento e trinta e seis), Valor Secreto
do número 16 (dezesseis). E há 86 (oitenta
e seis) maneiras de se obter o número 34 no Quadrado
Diabólico acima reproduzido. Um exame mais aprofundado
de todos estes números proporcionará revelações
interessantíssimas. Observe-se, ainda, que a adição
de 86 produz o número 14 (duplo 7), e que sua redução
mostra o 5 – o PENTÁCULO. O próprio
número 136 se reduz à UNIDADE.
É
conhecido, no âmbito da Tradição, que
um dos sistemas básicos para representar os números,
era (e é) a através da correlação
entre letras e números. A inscrição
FRANCORVM
TVRBIS
SICVLVS
FERT FVNERA
VESPER
exemplifica essa asserção. Ao se retirarem
as letras equivalentes aos algarismos romanos e somá-las
na ordem numeral decrescente, aparece o número
MCCLVVVVVVII,
ou seja, 1282 (mil duzentos e oitenta e dois), que foi a
data das Vésperas Sicilianas. A explicação
que se segue (muito provavelmente retirada do Dictionnaire
de L'Académie Française, 6ª edição,
1835, página 1:318) é
de David Ferriz Olivares, alto oficial da Ordem de Aquarius:
Matança geral dos franceses que ocorreu na Sicília
em 1282, sob o governo de Carlos de Anjou, irmão
de São Luís. Na segunda-feira de Páscoa,
no momento em que todos os sinos tocavam as Vésperas,
os sicilianos rebelaram-se e mataram todos os franceses
que se encontravam na Ilha.14
E,
assim, a Tradição se perpetua. Quer seja nas
lojas ou nos templos, quer seja ao serem comentadas, aqui
e ali, semelhanças e coincidências que o não-iniciado
desconhece, mas que, também auxiliam a manter acesa
a chama da vela eterna. O Patinho Feio, O Profeta, A Terra
Oca, Branca de Neve e os Sete Anões, O Irmão
do Terceiro Grau, Ali Babá e os Quarenta Ladrões,
Zanoni, Adonai, Uma Aventura na Mansão dos Adeptos
Rosacruzes, Horizonte Perdido, Alice no País das
Maravilhas, Cidade do Sol, Viagem ao Centro do Sol, A Raça
Futura são exemplos de obras que têm auxiliado
a perpetuar a Tradição. As brincadeiras infantis,
os jogos, as parábolas etc. também cumprem
este insubstituível papel.
Que
terá pretendido ocultar São João no
Livro da Revelação, Capítulo XI,
Versículos 2 e 3 com os números 42 (quarenta
e dois) e 1260 (mil duzentos e sessenta)? 42 meses equivalem
a três anos e meio. Se considerarmos o mês como
tendo trinta dias, 42 e 1260 se equivalem. São João,
ou quem escreveu o Evangelho Joanita, certamente, não
escolheu esses números ao léu, muito menos
os colocou no Apocalipse irresponsavelmente. Não
se pode esquecer de que o calendário egípcio
(usado no Egito Antigo) era formado por 12 meses de 30 dias
e 5 dias epagômenos que o completavam. E 360 ÷
12 = 30! E 360 ÷ 30 = 12! Neste particular, os múltiplos
e submúltiplos de 360 (que representa a décima
parte de saros, ou seja, 3600 anos, ou 720 lustros) estão
acordes com as antigas cronologias hinduístas e caldéias,
segundo o sistema sexagesimal imbricado. Adverte-se que
360 x 72 = 25920. E da operação 25920 ÷
1260 obtém-se 20,57 142857... E da operação
25920 ÷ 42 obtém-se 617, 142857... Já
360 ÷ 42 é igual a 8,57 142857... E ao se
proceder à divisão de 360 por 1260 obtém-se
0, 2857 142857... Há ainda a considerar as divisões
de 72 por 42 e por 1260. Observa-se que o repetidor 142857
aparece em todas essas operações, como aparecerá
em outras divisões envolvendo múltiplos e
submúltiplos desses números. SETE. E 42 ÷
7 = 6 e 1260 ÷ 7 = 180!... 6 : 12
: : 180 : 360!... Outros
números também aparecem no Apocalipse Joanino,
e devem ser pesquisados e entendidos à luz de conhecimentos
que não se limitem exclusivamente aos dogmas de qualquer
religião instituída. Para decifrá-los
é preciso ter acesso à chave que abre o cofre
sacrossanto da Santa KaBaLa. O contrário
é fé e ignorância. Trevas. Por isso,
adverte-se, é preciso aprender, por exemplo, a meditar
sobre o injustamente estigmatizado número 666. Sob
um aspecto, simboliza a ignorância; sob outro, o OURO
iniciático da SABEDORIA OCULTA. Tôdolos são
aspectos pontuais de um mesmo TODO.
Uma
última informação colheu-se do pensamento
de Papus que remete a reflexões numérico-cabalísticas
interessantes. Estas são referentes, por exemplo,
a dois(?) quadrados mágicos que podem ser elaborados
com os 9 (nove) primeiros algarismos. O quadro da esquerda
representa o Quadrado Mágico de Saturno; o da direita
integra uma figura sintética, da qual fazem parte
o triângulo e o círculo. Os dois quadros são
de terceira ordem, e suas constantes específicas
são iguais a 15 (quinze). Segundo a Tradição,
o Anjo associado ao planeta Saturno é Cassiel, e
seu dia é o Sábado. Seu perfume é o
Enxofre. There are more things in heaven and
earth, Horatio... E quinze é o Valor
Secreto de 5. E o valor total de cada um dos dois quadrados
é 45, que, por sua vez, é o Valor Secreto
de 9. Há, ainda, as letras... E há, outrossim,
outros quadrados.
4
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9 |
2 |
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1 |
8 |
3 |
5 |
7 |
|
7 |
5 |
3 |
8 |
1 |
6 |
|
2 |
9 |
4 |
Figura 4: Quadrados
Mágicos
Mais uma vez observa-se
a infinidade de aplicações que os números
podem oferecer. Na contemporaneidade, o exemplo mais evidente
materializa-se na ciência computacional, já
oferecendo à Humanidade ilimitadas possibilidades.
Ilimitadas possibilidades oferece também a Tradição
e, por exemplo, toda a obra de Serge Raynaud de la Ferrière.
E as reflexões esotéricas gráficas
dos iniciados de todos os tempos só têm feito
reafirmar o princípio máximo da KaBaLa:
Ele é um acima de três, três
estão acima de sete, sete estão acima de doze,
e todos estão ligados.
Encerra-se
este item com as palavras de São Paulo na sua Primeira
Epístola aos Coríntios, Capítulo
II, Versículos 7 e 8 (Corinto era famosa pelo comércio
e pela vida imoralíssima de seus habitantes): ...
pregamos a sabedoria de Deus no mistério... a
qual nenhum dos príncipes deste século conheceu;
porque, se a tivessem conhecido, nunca teriam crucificado
o Senhor da glória. Acrescentando: crucificaram-No,
mas não O mataram. De uma certa forma Ele está
em todos os seres. IN CORDE.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Ao se encerrar
esta pesquisa parece ter ficado irrecusavelmente patente
que as fronteiras ainda existentes entre a Filosofia, a
Ciência, a KaBaLa, a(s) Teodicéia(s),
a Alquimia e a Tradição Arcaica são
tão-somente produto da ignorância, da vaidade,
do preconceito, enfim, da irracionalidade própria
da Humanidade. Ao findar o necessário período
negativo que caracterizou a Era Zodiacal de Peixes e se
iniciar o ciclo positivo de Aquarius, uma mathesis
universalis (já em germinação)
iluminará os caminhos do ser, que perceberá
que não se basta a si próprio (e, em certo
aspecto, se basta a si próprio) e que não
está (mas, de certa forma, está) sozinho no
Universo. O sono de dois mil anos está acabando,
e os primeiros espreguiçamentos de um refúlgido
despertar já se fazem observar. Lamentavelmente,
guerras, desencontros emocionais, mais-valias, fome, conflitos,
doenças, dor, equívocos e outros males paralelos
fazem parte da ignorância descontrolada individual
e global, oriundas do grande choque que sempre ocorre ao
término de um ciclo e começo de outro. No
futuro distante - não tão distante - esses
embates serão menos intensos e de outra natureza,
pois de outra natureza será o ser e sua compreensão
sobre si mesmo, sobre todos os seus irmãos (minerais,
vegetais, animais e os presumidamente seus iguais) e sobre
o Cósmico e suas Leis Eternas, Incriadas, Irredutíveis,
Soberanas, Harmônicas e conducentes ao LESTE.
IN CORDE.
E é por tudo isso (e
por muitas outras coisas mais) que o INICIADO VERDADEIRO
É MODESTO QUANTO AO CONHECIMENTO QUE POSSUI. Não
ostenta seus atos filantrópicos; tem por normas básicas
de conduta a bondade, a caridade e a humildade; e se esmera
para alcançar, manter e aperfeiçoar seu caráter.
Sabe fundamentalmente que ele está no outro, como
reconhece que o(s) outro(s) está(ão) nele.
E que todos estão inalienavelmente no Todo. Tudo
é UM, pois só há uma LEI que rege os
mundos Natural, Humano e Divino.
Finalmente,
cabe salientar que se reconhece que algumas das afirmações
que se fizeram em alguns trabalhos publicados neste site,
e outras que, eventualmente, aparecerão no futuro,
poderão ser consideradas aporias. Todavia, se está
absolutamente cônscio de que cada um (e todos) na
medida exata de seu esforço, de sua vontade e de
seu merecimento, poderá confirmar a maioria –
senão a totalidade – dos pontos fundamentais
destes trabalhos. Nada está vedado. E o privilégio
de que alguns poucos possam possuir relativamente a algum
conhecimento específico (e para compreender, primeiro
é preciso esquecer e depois recordar), deve ser entendido
como PRIVILÉGIO CONQUISTADO pela
vontade de superar suas limitações pessoais,
pelo esforço em vencer as dificuldades de suas humanas
condições, pelo reconhecimento de que, EXCLUSIVAMENTE,
não se bastam a si, pela compreensão de que
são células do Grande Corpo Universal, e pelo
mérito de suas condutas perante a vida, que envolve
trabalho contínuo, reflexão permanente e serviço
ininterrupto. Ainda que nada seja proibido e que tudo esteja
disponível a todos, a conquista de um conhecimento
mais elevado é intransferível e privilégio
exclusivo daqueles que decidiram PEREGRINAR NA SENDA
ILUMINADA DA SABEDORIA CÓSMICA.
Todavia, discordar das especulações
apresentadas e por apresentar, é um apanágio
da razão. Aliás, ninguém deve acreditar
em nada simplesmente porque a coisa parece ser honesta.
É necessário investigar. Tudo. Como, por exemplo,
Louise B. de Raynaud, esposa de La Ferrière, fez
editar um livro – Los Falsos Maestros (publicado
em Caracas em 1991) –
desmascarando, de modo detalhado, o "Profeta da
Nova Era", isto é, seu próprio marido.
Eu não julgo. Divulgo aquilo que considero importante.
Uma frase – e mesmo uma palavra –
pode
mudar definitivamente a vida de uma pessoa. Espero que seja
sempre para o BEM. A cada um cabe, se for conveniente, pesquisar
mais aprofundadamente os temas que publico.
No dia seguinte,
pôs-se a caminho, cingindo as espáduas
com uma faixa vermelho-sangue sobre o avental branco
e quatro rosas vermelhas no chapéu.
|
No
tempo próprio, o casamento místico-alquímico
do Prometido e da Prometida haverá incontestavelmente
de se realizar. Então, que a LUZ (ROUA ELOHIM
AOUR) se faça em cada personalidade-alma vivente.
AUM
MANI
PADME
HUM.
A Prometida é, em última instância,
o Mestre-Deus Interno que habita em todos os seres do Universo.
AUM
MANI
... PADME
HUM |
AUM
RAH MAH HUM |
AUM
DADOS
SOBRE O AUTOR
Mestre
em Educação, UFRJ, 1980. Doutor em Filosofia,
UGF, 1988. Professor Adjunto IV (aposentado) do CEFET-RJ.
Consultor em Administração Escolar. Presidente
do Comitê Editorial da Revista Tecnologia & Cultura
do CEFET-RJ. Professor de Metodologia da Ciência e
da Pesquisa Científica e Coordenador Acadêmico
do Instituto de Desenvolvimento Humano - IDHGE.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
As Grandes Mensagens, Serge Raynaud de la Ferrière,
São Paulo: Editora Parma Ltda., p. 53.
2. Ibid., p. 42.
3 Ibid., p. 52. Éliphas Lèvi ensinou
que o peixe simboliza a vida física em seu primeiro
elemento – a água.
4. Ibid., pp. 452 e 453.
5. Op. cit., p. 211.
6. As Grandes Mensagens, p. 58. No Fedro
– obra que resume a filosofia platônica –
está escrito: aquele que não foi
[iniciado]... não se alça com ardor para
o além, para a beleza em si mesma.
7. Ibid., p. 69. Platão, no Fedro,
refere-se a este conceito como Lei de Adrástea
(Adrástea era, na mitologia, a personificação
do inevitável – Regra Necessária).
8. Ibid., p. 68. O significado exclusivo desta
unidade é numérico e também aparece
em todas as religiões monoteístas, como, por
exemplo, no Judaísmo. Em Isaías XL,
18 lê-se: A quem, pois, fareis semelhante a Deus?
Ou com quem O comparareis?
9. Ibid., p. 157.
10. Ibid., p. 287. Fulcanelli nas conclusões
da obra O Mistério das Catedrais, p. 204,
baseado no axioma de Zoroastro (Scire. Potere. Audere.
Tacere.) advertiu: Pelo exercício... CALAR-SE.
11. Ibid., pp. 284 e 285. Ciclicamente, 4 (quatro)
raças dominaram o mundo. A referência temporal
é o Grande Ciclo de Precessão Equinocial ou
Grande Ano de Platão, isto é: 25920 anos.
Cada uma das raças citadas predominou por aproximadamente
meio Ano de Platão, ou seja, 12960 anos. Certamente
outras raças com diversas sub-raças existiram
e desapareceram.
12. Ibid., p. 427.
13. Ibid., p. 444.
14. Ibid., p. 225. Mas a malignidade também
tem seus aderentes e seus profetas. Discordar da dogmática
teológica católica, uma coisa; enxovalhar
todos os Sucessores de Pedro, outra. Isto é inaceitável.
Somando-se os valores numéricos das letras, em latim,
do título papal inexistente mas perversamente
engendrado VICARIVS FILII DEI
obtém-se equivocadamente segundo os maledicentes
detratores o número 666: (5 + 1 + 100 + 1 + 5 + 1
+ 50 + 1 + 1 + 500 +1). Ora, 666 não se refere a
um cargo hierárquico, nem a um homem singular qualquer.
É o número do homem – de todo e qualquer
ser humano – enquanto besta idólatra atuando
no Plano da Concretização (Plano Terra), submetido
inconscientemente (às vezes conscientemente) às
tentações luciféricas e arimânicas
que comprometem seu Corpo Astral, e, por extensão,
sua própria vida. Há ainda a considerar que
IV na palavra VICARIVS
é igual a 4, produzindo, então, 664.(Consultar
o trabalho publicado neste site sob o título
666). Mas, que não se esqueça jamais: A
IGREJA JOANITA EXISTE E É ATUANTE.
WEBSITES
CONSULTADOS
http://www.soa.edu/articulos.htm
http://www.plexoft.com/DTF/Sator.html
http://www.geocities.com/findeciclo/ps15mom1.htm
http://www._chato_na_estrada_.weblogger.terra.com.
br/200308__chato_na_estrada__arquivo.htm
http://128.121.163.149/literatura_pg.htm
http://angolohermes.interfree.it/Sermoneta/Valvisciolo.html
http://digilander.libero.it/epiur/valvisciolo.htm
http://www.seekitaly.com/tourism_italy
/lazio/sermoneta_valvisciolo.html
http://www.sergeraynauddelaferriere.net/
http://www.maestre.org/english.htm
http://members.tripod.com/escepticos_gfu/srfv.htm
http://personal.redestb.es/ais.old/fitxes7.htm
http://infosec.tripod.com/
ANEXO
I
O PEREGRINO
(ALQUIMIA E MISTICISMO, Alexander Roob, p. 694,
Johann Valentin Andreä, Die Alchemieshce Hochzeit von
Christian Rosenkreutz, 1616)
No
dia seguinte ao convite, o peregrino põe-se a caminho
cingindo as espáduas com uma faixa vermelho-sangue
sobre o avental branco e quatro rosas vermelhas no chapéu.
ANEXO II
O
QUADRADO SATOR
CICLOS CÓSMICOS DA HUMANIDADE
MANRIQUE MIGUEL MOM (†)
Fonte:
http://www.geocities.com/findeciclo/ps15mom1.htm
Acesso: 30/12/2003
Desde
1750 se realizam escavações em Pompéia.
Numa delas, feita há mais de 60 anos, foi encontrada
uma estranha inscrição datada, com certeza,
da época destruição da Cidade, no ano
de 79 d.C., e que os arquitetos cristãos reproduziram
profusamente mais tarde em diversos monumentos da Itália
e da França — na Igreja de Pievi Iersagui,
perto de Cremona, no castelo de Carnac, sobre a Baía
de Quiberam (Morhiban, Bretanha, zona famosa por seus monumentos
megalíticos, dolmens e menires estranhamente alinhados)
e no templo de Saint-Laurent de Rochemaure. Da mesma forma,
e além de outros lugares, a inscrição
foi descoberta em ruínas romanas situadas em Cirencester
(Inglaterra), 55 quilômetros a noroeste de Bristol,
e em Doura Europos, antiga cidade síria sobre a margem
direita do Eufrates, onde atualmente se eleva a localidade
de Qalat es Salihiya, uns 440 quilômetros a Nor–nordeste
de Damasco. Apelidada o quadrado mágico – ou,
com mais propriedade, de QUADRADO SATOR
– a inscrição se apresenta na seguinte
forma:
S A T O
R
A R E P O
T E N
E T
O P E R A
R O T A S
Este
palíndromo latino é, com toda segurança,
uma inscrição paleocristã. De fato,
as vinte e cinco letras que o formam permitem escrever –
sem repetições – duas vezes a palavra
PATERNOSTER, e duas vezes também as letras A e O,
o alfa e o ômega – o Princípio e o Fim
– que relata o Livro da Revelação
do Apóstolo João (IV, 21.6), tal como se pode
comprovar a seguir:
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P |
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P |
A |
T |
E |
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N |
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S |
T |
E |
R |
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O |
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S |
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E |
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R |
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O
vocábulo SATOR, na tradução
que melhor responde à mensagem do palíndromo,
significa criador; AREPO carece de sentido em latim,
porém devemos assinalar que é o inverso de
OPERA; TENET, nas acepções
que podem interessar, significa manter, ocupar, dirigir,
governar; OPERA nos indica os sentidos de ato,
trabalho, obra, ou processo; ROTAS pode ser roda,
círculo, ciclo, ou também disco do Sol.
Na
nossa opinião – eliminando transitoriamente
AREPO – o palíndromo deve ser interpretado
assim: O Criador governa os processos cíclicos…,
e o realiza com AREPO, ou seja, com trabalho, ato
ou processo (OPERA) inverso do que executa com
outro ou outros fins. Desta maneira, obtemos provisoriamente
o seguinte resultado parcial: O Criador governa os processos
cíclicos com um trabalho inverso… (SATOR
– AREPO – TENET – OPERA – ROTAS).
Porém
todo palíndromo se caracteriza por ser lido igual
de cima para baixo e ao contrário, ou da esquerda
para a direita e reciprocamente. Em conseqüência,
se o palíndromo SATOR se lê de cima
para baixo e, de imediato, de baixo para cima, sempre à
partir da esquerda, tal como se escreve e se lê em
latim, encontramos a chave na mensagem do palíndromo,
já que se é certo que SATOR – AREPO
– TENET – OPERA – ROTAS significa
O Criador governa os processos cíclicos com um
trabalho inverso, não é menos certo do
que ROTAS – OPERA – TENET – AREPO
– SATOR expressa sem a mais leve dúvida
que o Sol se ocupa dos trabalhos inversos do Criador. Ambas
as leituras são absoluta e necessariamente complementares
para decifrar a mensagem colocada no palíndromo.
Porém, às vezes, confirmam o desconhecimento
– ainda existente nos tempos imediatamente anteriores
e posteriores ao início da Era Cristã –
dos descobrimentos de Aristarco de Samos (de 310-230 a.C.)
referentes à rotação da Terra sobre
seu eixo polar e em torno ao Sol (heliocentrismo), e os
de Hiparco de Rodas (cerca de 150 a.C.), relacionados com
o fenômeno astronômico da precessão dos
equinócios, que constitui uma das resultantes dos
diversos movimentos simultâneos e combinados que,
pelos efeitos gravitacionais conjuntos do Sol, da Lua, e
de outros corpos celestes, nosso Planeta – e sua órbita
– realizam em torno ao Sol. O desconhecido autor do
palíndromo SATOR – aferrado ainda
ao geocentrismo anterior a Aristarco de Samos, e desconhecendo,
sem dúvida, os descobrimentos de Hiparco de Rodas,
atribuiu diretamente ao Sol a função de executor
dos trabalhos inversos do Criador, ou seja, dos efeitos
emergentes da precessão dos equinócios, os
quais regulam Nolens Volens o ritmo e a duração
dos ciclos cósmicos da Humanidade. De fato, para
o Hemisfério Norte, o equinócio da primavera
marca o ponto no qual a Terra, em seu movimento anual de
translação ao redor do Sol, passa do semiplano
eclíptico austral para seu homólogo boreal,
ponto que é variável, pois anualmente se desloca
em sentido retrógrado ao longo de sua órbita
sobre a eclíptica. Esta retrogradação
ou precessão é de 50,27 segundos de arco por
ano trópico (365,242 dias solares médios),
o que implica, de forma quase que exata, em uma variação
de 1º de arco em 72 anos, 30º em 2.160 anos, e
360º na quantidade de 25.920 anos, lapso este, último
durante o qual uma hipotética projeção
do ponto vernal (do latim, primavera) sobre a coroa de constelações
zodiacais efetuaria uma volta completa, para regressar,
aproximadamente, ao ponto de partida. Ademais, em tal ciclo
precessional de 25.920 anos, as estrelas polares Norte e
Sul se modificam várias vezes, sem que se repitam
no lapso indicado. O período cíclico–cósmico
que com maior freqüência aparece em quase todas
as grandes tradições, não é
o da precessão dos equinócios, mas sua metade.
É o período que corresponde, notoriamente,
àquele denominado GRANDE ANO pelos povos hiperbóreos,
caldeus, persas pré-islâmicos, gregos e atlantes,
avaliado em 12.960 anos. Fontes de origem hindu e caldéia
– entre outras – assinalam em 5 (cinco), ou
seja, o mesmo número dos elementos do mundo sensível
(éter, ar, fogo, água, terra), a quantidade
de grandes anos, incluindo nosso atual ciclo cósmico,
o que dá um total de 64.800 anos a contar desde o
seu já longínquo começo, até
que culmine em um crepúsculo final, para reiniciar-se
um novo ciclo da cadeia de mundos. OBSERVAÇÃO:
A imagem do Quadrado de SATOR abaixo foi obtida do website:
http://www.palavrascruzadas.com/historia/ancestrais/sator/quadrado.html
O
QUADRADO SATOR DE CIRENCESTER
(Descoberto na Grã-Bretanha
em 1868)
Curiosamente
- informa o autor Sérgio Barcellos Ximenes - o quadrado
apresenta uma mudança na disposição
das linhas. Há uma inversão de 4 palavras:
de SATOR-AREPO para ROTAS-OPERA nas duas
linhas iniciais; e de OPERA-ROTAS para AREPO-SATOR
nas linhas finais. A palavra central (TENET) permanece
inalterada. Foi a primeira descoberta daquela que passaria
a ser conhecida como a segunda versão do Quadrado
SATOR. Essa alternância
de sentido também se verificou em outros quadrados
descobertos a partir de 1925.
R O T A
S
O P E R A
T E
N E T
A R E P O
S A T O R
Outra
possibilidade para a disposição do PATER
NOSTER é apresentada abaixo:
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A |
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P |
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R |
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O |
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O QUADRADO SATOR
DE MANCHESTER
(Uma
inscrição descuidada em um vaso (ânfora)
descoberto em 1978 em um sítio arqueológico
da cidade britânica de Manchester na versão
iniciada com a palavra ROTAS).
O
QUADRADO SATOR DE VALVISCIOLO
Este
Quadrado circular foi descoberto na região italiana
de Sermoneta na Abadia de Valvisciolo, no lado ocidental
do claustro.
Abadia
de Valvisciolo (Século VIII)
REPRODUÇÃO
DO QUADRADO DE VALVISCIOLO
Há
evidências suficientes que demonstram que o QUADRADO
DE SATOR tem origem não-religiosa,
ou melhor, não-teológica. Entretanto os teólogos
católicos insistem em ligá-lo ao Catolicismo
contrariando os ditames da razão. Para encerrar definitivamente
este trabalho, serão feitos alguns comentários
sobre a letra N,
que aparece, justamente, no centro
do QUADRADO e no centro do PATERNOSTER.
N (NUN)
é a 14ª letra do alfabeto hebraico. Envolve
ocultamente, portanto, dois setes. Seus valores externo,
pleno, oculto e athbash são, respectivamente,
50, 106, 56 e 9. A soma desses valores é 221, que,
teosoficamente, equivale a 5, valor externo de
HE, quinta letra do alfabeto hebraico e que
aparece duas vezes no SANTO NOME. Cinqüenta expressa
a TOTALIDADE e está intimamente ligado à UNIDADE.
O nome do Primeiro Adão – HADM
– corresponde à energia da QÜINQUAGÉSIMA
PORTA, isto é: 5 + 1 + 4 + 40. Os próprios
nomes de NOÉ e JONAS estão estruturados em
conformidade com a letra N
(NUN).
Homólogo de ZaIN e de AIN,
o NUN
FINAL tem valor aritmológico
(externo) igual a 700 (setecentos). No nível das
centenas, HADM alcança
o nível cósmico de sua realização.
Mas, para isso, necessita descer ao fundo do seu inferno
pessoal para poder conhecer seu aspecto divino. NUN,
por outro lado é equivalente a 5-6-5, isto é,
EVE. A soma das doze letras involutivas
do Arqueômetro é 565, que representa a VIDA
ABSOLUTA. As sete letras evolutivas do mesmo Arqueômetro
dão como soma 469 = 19 = 10, que representa o IOD
(I). Esta letra, segundo Saint-Yves D’Alveydre, colocada
na frente da involução – que não
se deve somar – produz o NOME IEVE,
e significa: EU, A VIDA ABSOLUTA. EU SOU A VIDA ABSOLUTA.
A letra central N
é, em D’ US, a POTÊNCIA
que preside todo CENTRO LUMINOSO E SOLARIZADO.
Por último, não se pode esquecer de que a
desinência NI
= IEVE = EVEI,
porque NI
= NUN–I,
que dependendo da operação teosófico-cabalística
pode valer 17, 26, 60, 116 etc. Por isso, ALI,
ALI, LMH ShBHhTh-NI! SIGNIFICA: D’US
MEU, D’US MEU, COMO ME GLORIFICASTE!
*
*
* * *
* *
ANEXO
III
PARA
NÃO PERDER A OPORTUNIDADE
QUANDO
ISTO IRÁ ACABAR?
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