Fragmentos
Marxistas
Com
certo nível e volume de produção de mercadorias, a
função do dinheiro, como meio de pagamentos, ultrapassa a
esfera da circulação de mercadorias. Ele se torna a mercadoria
geral dos contratos. Rendas, impostos etc. se transformam de entregas in
natura em pagamentos em dinheiro. Até que ponto essa transformação
é condicionada pela configuração geral do processo
de produção é demonstrado, por exemplo, pelo fato de
que tenha fracassado por duas vezes a tentativa do Império Romano
de cobrar todos os tributos em dinheiro. E a indescritível miséria
da população camponesa da França, sob o reinado de
Luís XIV, que, com tanta eloqüência, foi denunciada por
Pierre Boisguillebert, pelo Marechal Sébastien Le Prestre de Vauban
etc. não se devia somente ao montante dos impostos, mas, também,
à conversão dos impostos in natura em impostos em dinheiro.
Por outro lado, se a forma natural da renda do solo, que constitui, na Ásia,
ao mesmo tempo, o elemento fundamental do imposto público, se baseia
lá em condições de produção, que se reproduzem
com a imutabilidade de condições naturais, aquela forma de
pagamento repercute sobre a forma antiga de produção, conservando-a.
É um dos segredos da autoconservação do Império
Turco. E se, no Japão, o comércio externo, imposto pela Europa,
provoca a conversão da renda in natura em renda em dinheiro, será
à custa de sua agricultura exemplar. Suas estreitas condições
econômicas de existência dissolver-se-ão.
Enquanto
o entesouramento desaparece como forma autônoma de enriquecimento,
com o progresso da sociedade burguesa, ele, ao contrário, cresce
na forma de fundos de reserva dos meios de pagamento.
Para
todos os pagamentos periódicos, qualquer que seja a sua origem, o
volume de meios de pagamento necessário está em proporção
direta à duração dos prazos de pagamento.
Para
que serve o dinheiro,
se ninguém obterá seu
com o que conseguir entesourar?
Para
que serve o dinheiro,
se ninguém poderá vender
o que ninguém poderá comprar?
Para
que serve o dinheiro,
se o não
se poderá mercar
numa quitanda nem num bar?
Para
que serve o dinheiro,
se o foi-é-será
sempre o mesmo,
e Ele vibrou-vibra-vibrará sem Se cansar?
Para
que serve o dinheiro,
se o
foi-é-será sempre o
e Ele criou-cria-criará sem Se esgotar?
Para
que serve o dinheiro,
se a
é inegociável,
e, para recebê-La, cada um terá que se dignificar?
Para
que serve o dinheiro,
se o salário não se tornar maior,
e cada um só fizer se afligir e chorar?
Para
que serve o dinheiro,
se o egoísmo for o padrasto
e a avarícia for a madrasta a parir sem descansar?
Para
que serve o dinheiro,
se fizermos da vida um pesadelo,
e não houver como sonhar?
Para
que serve o dinheiro,
se permanecermos na mesma,
e na mesma permanecermos sem mudar?
Para
que serve o dinheiro,
se preferirmos o movimento horário,
e o
movimento anti-horário acharmos que dá azar?
Para
que serve o dinheiro,
se amordaçarmos o nosso Deus Interior,
e em histórias da carochinha continuamos a acreditar?
Para
que serve o dinheiro,
se continuarmos crucificados na Cruz
Comum,
e na Cruz Cardinal
não conseguirmos nos Transcendentalizar?
Para
que serve o dinheiro,
se a inflação rapar o tacho,
e os preços subirem sem parar?
Para
que serve o dinheiro,
se os oligarcas tiverem tudo,
e não se condoerem em partilhar?
Para
que serve o dinheiro,
se o passado passou e já é passado,
e, do futuro, ninguém
poderá se livrar?
Para
que serve o dinheiro,
se os outros foram-são-serão nossos irmãos,
e, deles, nada deveremos desejar?
Para
que serve o dinheiro,
se a fome que alguém sentir
será sempre de todos, em qualquer tempo e lugar?
Para
que serve o dinheiro,
se saciarmos a nossa fome,
e os outros continuarem a esmolar?
Para
que serve o dinheiro,
se everybody macacada
irá mesmo morrer,
e, um dia, de novo, reencarnar?
Para
que serve o dinheiro,
se pegarmos essa tal de COVID-19,
e a morte, de repente, pintar?
Para
que serve o dinheiro,
se, subitamente, um evento fortuito da Natureza,
desprevenidos, nos embrulhar?
Para
que serve o dinheiro,
se todos nós fomos-somos-seremos Deuses,
mas, continuarmos a insistir em olvidar?
Para
que serve o dinheiro,
se o que importa é a
para cada um poder se
Para
que serve o dinheiro,
se ele não abrir as algemas,
e nós não conseguirmos voar?
Para
que serve o dinheiro,
se compensaremos tudinho de tudinho,
enquanto o nosso karma
perdurar?
Para
que serve o dinheiro,
se ele continuar um cadáver putrefeito,
e não servir para os outros ajudar?
É
só no mercado mundial que o dinheiro funciona plenamente como mercadoria,
cuja forma natural é, ao mesmo tempo, forma diretamente social de
realização do trabalho humano em abstrato. Seu modo de existir
se ajusta ao seu conceito. Na esfera interna de circulação,
pode servir como medida de valor e, portanto como dinheiro, somente uma
mercadoria. No mercado mundial domina dupla medida de valor: o ouro e a
prata. O dinheiro mundial funciona como meio geral de pagamento, meio geral
de compra e materialização social absoluta da riqueza em geral
('universal wealth'). A função, como meio de pagamento, para
a compensação de saldos internacionais, é predominante.
Daí a palavra de ordem dos mercantilistas
– balança comercial! O ouro e a
prata funcionam como meio internacional de compra, sobretudo, cada vez que
se perturba bruscamente o equilíbrio tradicional do metabolismo entre
nações diferentes. Finalmente, como materialização
social absoluta da riqueza, na qual não se trata nem de compras nem
de pagamentos, mas, sim, de transferência de riqueza de um país
a outro e onde essa transferência não é permitida sob
a forma de mercadoria, seja pelas conjunturas do mercado, seja pelo fim
que se busca alcançar. Do mesmo modo como para sua circulação
interna, todo país necessita
contar com um fundo de reserva para a circulação
do mercado mundial. As funções dos tesouros surgem, assim,
em parte da função do dinheiro como meio interno de pagamento
ou de circulação, em parte de sua função como
dinheiro mundial. Neste último papel, sempre é exigida a mercadoria
monetária efetiva, o ouro e a prata em pessoa; daí ter James
Steuart (21 de outubro de 1712 –
26 de novembro de 1780) expressamente caracterizado o ouro e a prata, em
contraste com suas representações puramente locais, como 'money
of the world'.
O
crescimento
extraordinário da reserva do tesouro, acima de seu nível médio,
indica estancamento da circulação das mercadorias ou interrupção
do fluxo de metamorfose das mercadorias.
A
circulação de mercadorias é o ponto de partida do capital.
A produção de mercadorias, a circulação desenvolvida
de mercadorias e o comércio são os pressupostos históricos
sob os quais ele surge. Comércio mundial e mercado mundial inauguram,
no século XVI, a moderna história da vida do capital.
O
dinheiro –
produto último da circulação de mercadorias –
é a primeira forma de aparição do
capital. Historicamente, o capital se defrontou com a propriedade fundiária,
no início, em todo lugar, sob a forma de dinheiro, como fortuna em
dinheiro, capital comercial e capital usurário.
A
forma direta de circulação de mercadorias é M —›
D —›
M, transformação de mercadoria
em dinheiro e retransformação de dinheiro em mercadoria, isto
é, vender para comprar. No entanto, há uma segunda forma,
especificamente diferenciada, a forma D
—›
M —›
D,
transformação de dinheiro em mercadoria e retransformação
de mercadoria em dinheiro, isto é, comprar para vender. Dinheiro
que se transforma em capital, torna-se capital e, de acordo com sua determinação,
já é capital.
—
Eu
me chamo Owen Hanna Lange.
Sou mestre-escola em
Ministro umas aulinhas.
De trabalhos manuais.
Na realidade,
eu as vendo muito baratinho.
Você conhece alguém que dê bola para
professor de trabalhos manuais?
Para muitos, trabalhos manuais,
como as vacinas contra a COVID-19
e as medidas não-farmacológicas,
são coisas de somenos.
E
bota de somenos nisso!
Acham
que imunidade rebanho resolve
ou
que, se se vacinarem,
poderão
virar jacarés ou lulistas!
Seja como for, no fim do mês,
recebo meu salariozinho.
Irrisório, irrelevante, de somenos.
De somenos,
mixuruca, burlesco.
Aí, rapidinho, vou à quitanda,
compro alimentos
–
sem faltar o , que eu adoro,
e
o adoçante , que eu
abomino –
pago o aluguel,
o condomínio,
o plano de saúde,
a ,
pois, .
O
infeliz que não pode ter
vive
mais por fora
do que umbigo de vedete.
Também
pago
a caríssima conta de luz,
a caríssima
conta de gás,
o caríssimo
,
o caríssimo
seguro do meu carro,
o caríssimo
seguro da minha casa,
o caríssimo
seguro de
morte
e a minha caríssima
secretária,
senão ela se manda.
Ah! Os remédios!
São zil e um remédios!
Caríssimos!
Para
o colesterol,
para a glicose,
para a pressão
–
que, às vezes sobe, às vezes desce –
para as almorreimas,
para
a prisão de ventre,
para
a torneirinha,
para as verrugas,
para a cistite,
para
a colite,
para
a esquizofrenia,
para levantar a pipa,
para
manter a pipa empinada...
Também compro sabonete
–
o número 1 contra bactérias –
desodorante,
shampoo ,
escova de dentes,
pasta de dentes,
fio dental,
colutório,
Gumex®,
camisinha Jontex®,
vaselina,
Tylenol®,
um livrinho de palavras cruzadas,
uma mãozinha de plástico
–
para coçar as costas,
pois, está sempre quebrando,
apesar
de afirmarem que não quebra –
(Quem
inventou essa mãozinha deveria
ganhar o Prêmio Nobel de Anatomia)
um produto antichulé,
porque o meu chulé espanta
até diabo-da-tasmânia,
maconha importada do Marrocos,
cheirinho da loló,
confete,
serpentina,
lança-perfume,
ração para o meu gato,
alpiste para o meu canário,
ratinhos para a minha jibóia,
ervas, raízes, folhas
e cascas para o meu ,
pastilhas ,
água oxigenada,
água boricada,
,
Hidrolitol,
água-que-passarinho-não-bebe,
água benta católica,
água consagrada (do R. R. Soares),
feijões mágicos (do Valdemiro Santiago),
em gel,
sem ser
em gel,
máscaras,
luvas descartáveis,
de vez em quando,
um par de galochas,
e, quando o meu parco dinheirinho dá,
um
CD com músicas do bandoneonista1
e
compositor argentino Astor Piazzolla.
Bem, no final do mês,
estou durinho da silva,
matando tartaruga a beliscão
e dragão-de-komodo com palavrão.
O jeito? Continuar
a vender baratinho
as aulas de trabalhos manuais.
Fazer o quê?
Pior
é impossível!
Jack
Nicholson (Como Melvin Udall)
(Em uma cena de As
Good as It Gets – Melhor é Impossível)
É isso, ou fazer um pneumotórax,
ou
bailar um tango, ou empacotar!
Eu só peço a Deus para não me
mandarem embora do colégio.
Mas, uma coisa devo confessar:
detesto dar aulas de trabalhos manuais.
Eu gostaria mesmo
era de ser gerente lá na Mimosa.
Na
forma D —›
M —›
D, o comprador gasta dinheiro para, como vendedor, receber dinheiro. Com
a compra, ele lança dinheiro na circulação, para retirá-lo
dela novamente pela venda da mesma mercadoria. Ele libera o dinheiro só
com a astuciosa intenção de se apoderar dele novamente.
Por
exemplo, pense em uma mercadoria comprada por 100 libras esterlinas e revendida
por 100 + 10 libras esterlinas, ou seja, 110 libras esterlinas. A forma
completa desse processo é, portanto, D —›
M —›
D’, em que D’ =
D + D,
ou seja, é igual à soma de dinheiro originalmente adiantado
mais um incremento. Esse incremento ou excedente sobre o valor original
chama-se mais-valia ('surplus value'). O valor originalmente adiantado não
só se mantém na circulação, mas, altera nela
a sua grandeza de valor, isto é, acrescenta mais-valia ou se valoriza.
E esse movimento o transforma em capital.
O
fim de cada ciclo individual, em que a compra se realiza para a venda, constitui,
por si mesmo o início de um novo ciclo. A circulação
simples de mercadorias –
a venda para a compra –
serve de meio para um objetivo final, que está
fora da circulação: a apropriação de valores
de uso, a satisfação de necessidades. A circulação
do dinheiro como capital é, pelo contrário, uma finalidade
em si mesma, pois, a valorização do valor só existe
dentro desse movimento sempre renovado. Por isso, o movimento do capital
é insaciável.
O
impulso absoluto de enriquecimento e a caça apaixonada do valor são
comuns ao capitalista e ao entesourador, mas, enquanto o entesourador é
apenas o capitalista demente, o capitalista é o entesourador racional.
A multiplicação incessante do valor, pretendida pelo entesourador,
ao procurar salvar o dinheiro da circulação, é alcançada
pelo capitalista mais esperto, ao entregá-lo sempre de novo à
circulação...
O capitalista sabe que todas as mercadorias, por mais esfarrapadas que elas
pareçam ou por pior que elas cheirem, são, na verdade e na
fé, dinheiro –
meios milagrosos para fazer de dinheiro mais dinheiro... D
—›
D’, dinheiro que gera dinheiro —
'money which begets money' —
diz a descrição do capital na boca dos seus primeiros tradutores:
os mercantilistas.
Capital
é dinheiro; capital é mercadoria.
Mais-valia
é uma autovalorização usurpadora. Mais-valia
é parir filhotes vivos ou, pelo menos, pôr ovos de ouro.
100 libras esterlinas se transformam em 110 libras esterlinas. [As
10 libras excedentes são os
filhotes vivos ou os ovos de ouro.]
Mercadorias
podem chegar a ser vendidas por preços que se desviam de seus valores,
mas, esse desvio aparece como violação da lei da troca de
mercadorias. Em sua figura pura, a mercadoria é uma troca de equivalentes,
portanto, não um meio de enriquecer em valor, [isto
é, praticar a mais-valia.]
Dove c’è egualità non c’è lucro.
Onde há igualdade, não há lucro. [Ferdinando
Galiani (2 de dezembro de 1728, Chieti, – 30 de outubro de 1787, Nápoles].
[Eu prefiro dizer: onde
há eqüidade, não há lucro.]
Se
mercadorias ou mercadorias e dinheiro de igual valor de troca, portanto
equivalentes, fossem trocados, então, evidentemente, ninguém
tiraria da circulação mais do que lançasse nela. Então,
não ocorreria nenhuma formação de mais-valia. No mercado
de mercadorias, só um possuidor de mercadorias se confronta com outro
possuidor de mercadorias, e o poder que essas pessoas exercem umas sobre
as outras é somente o poder de suas mercadorias. A diferença
material das mercadorias é o motivo central do intercâmbio,
e torna os possuidores de mercadorias reciprocamente dependentes, pois,
nenhum deles tem o objeto de suas próprias necessidades, e cada um
deles tem em suas mãos o objeto da necessidade do outro. Além
dessa diferenciação material de seus valores de uso, só
existe uma diferença entre as mercadorias: a diferença entre
a sua forma natural e a sua forma transformada, entre mercadoria e dinheiro.
E, assim, os possuidores de mercadorias só se diferenciam, enquanto
vendedores, possuidores de mercadoria, e, enquanto compradores, possuidores
de dinheiro... Suponhamos que um vendedor A vende vinho para um comprador
B no valor de 40 libras esterlinas, e adquire em troca cereal no valor de
50 libras esterlinas. A converteu as suas 40 libras esterlinas em 50 libras
esterlinas, ou seja, fez mais dinheiro de menos dinheiro e transformou a
sua mercadoria em capital. Vejamos mais de perto. Antes da troca, tínhamos
vinho em mãos de A por 40 libras esterlinas e cereal em mãos
de B por 50 libras esterlinas, isto é, o valor global era de 90 libras
esterlinas. Depois da troca, temos o mesmo valor global de 90 libras esterlinas.
O valor circulante não aumentou um único átomo; apenas
a sua repartição entre A e B é que se modificou. De
um lado, aparece como mais-valia, o que, do outro, é menos-valia;
de um lado como 'plus', do outro, como 'minus'. A mesma mudança teria
ocorrido se A, sem a forma dissimuladora da troca, tivesse roubado 10 libras
esterlinas diretamente de B. A soma dos valores circulantes não pode,
evidentemente, ser aumentada por meio de nenhuma mudança em sua distribuição.
Se equivalentes são permutados, daí não surge mais-valia,
e se não-equivalentes são permutados, daí também
não surge mais-valia. A circulação ou o intercâmbio
de mercadorias não produz valor. [Como
registrou Francis Wayland (11 de março de 1796 – 30 de setembro
de 1865) em sua obra The Elements of Political Economy, O
intercâmbio não transfere valor de nenhuma espécie aos
produtos.]
Enfim, no capital comercial autêntico, a forma D —›
M —›
D, comprar para revender mais caro, aparece na
maior pureza. Por outro lado, todo o seu movimento ocorre dentro da esfera
da circulação. Mas, já que é impossível
explicar, por meio da própria circulação, a transformação
de dinheiro em capital –
a formação de mais-valia –
o capital comercial parece impossível na medida em que se permutam
equivalentes, só sendo ele, portanto, dedutível do duplo prejuízo
infligido aos produtores de mercadorias, que compram e vendem pelo comerciante
que se atravessa parasitariamente entre eles. Nesse sentido, disse Benjamin
Franklin (Boston, 17 de janeiro de 1706 – Filadélfia, 17 de
abril de 1790): Guerra
é roubo; comércio é engodo.
Como
a Crematística
[a crematística
está relacionada com o objetivo de adquirir bens, e assim, está
imersa em uma busca complexa, como um looping, no qual a cada meta
batida de lucro já se começa uma nova, de forma a que seja
alcançado um outro ponto maior e, assim, o ciclo se repete] é
dupla, uma pertencente ao comércio, a outra à Economia, a
última necessária e louvável, a primeira baseada na
circulação e justamente criticada (pois, ela não se
baseia em a Natureza, mas, no engodo mútuo), assim também
o agiota é odiado com toda justiça, porque o próprio
dinheiro é aqui a fonte do ganho, e não é usado de
acordo com o fim para o qual ele foi inventado. O dinheiro surgiu para o
intercâmbio de mercadorias, mas, o juro faz de dinheiro mais dinheiro.
Daí também o seu nome (
— juro e nascido), pois, os nascidos são semelhantes aos que
os geraram. Mas, o juro é dinheiro de dinheiro, de modo que, de todas
as modalidades de ganho, esse é o mais antinatural. [Aristóteles
(Estagira, 384 a.C. – Atenas, 322 a.C.)]
O
possuidor de mercadorias pode formar valores por meio do seu trabalho, mas,
não valores que se valorizem.
Força
de trabalho (ou capacidade de trabalho) é o conjunto das faculdades
físicas e espirituais que existem na corporalidade, isto é,
na personalidade viva de um homem, e que ele põe em movimento toda
vez que produz valores de uso de qualquer espécie.
Força
de trabalho
Continua...