KARMA E INSENSATEZ

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 


O 'Karma' não cria nem planeja nada. É o homem quem planeja e quem cria causas, e a Lei Cármica ajusta o efeito. Tal ajustamento não é um ato, mas a harmonia universal, que tende sempre a reassumir sua posição original, tal qual um galho de árvore que, puxado violentamente para baixo, retorna com igual violência. Se o braço que puxou o galho se deslocar ou se quebrar, quem teria sido o causador do sofrimento? O galho ou a nossa insensatez?

 

Helena Petrovna Blavatsky (1831 - 1891)

 

 

 

 

 

 

 

Ontem, homem, nasci desta maneira:

disforme, faminto,

sem eira nem beira.

Terei sido hierodula em Acrocorinto?

 

 

Por que, hoje, nasci desta maneira:

bem-posto, familial,

com uma bela carreira?

Terei sido compassivo em Qal'eh-ye Zal?

 

 

O Kosmos não premia nem castiga.

Em uma dada Dimensão,

 

 

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Repito:

 

 

Cada um é o capitão do seu barco.

O arbítrio é pessoal: fera ou Buddha.

 

 

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Acrescento:

 

 

Quem quiser fazer da vida um charco

agüente a trolha de ser arraia-miúda!

 

 

 

 

 

 

 

 

Observação:

De uma maneira muito particular (mas, de forma alguma, nem absoluta nem autoritária, dominadora ou impositiva), somos nós quem escolhemos – mas, geralmente, esquecemos! – quais as experiências que iremos passar em uma dada encarnação, ou seja: o fator determinante da escolha (quando pode haver escolha) depende do grau de evolução e do grau de compreensão do ente. Ora, se presumidamente assim é, ninguém, para aprender, precisa se punir ou ser punido, pois, punição não educa e não modifica hábitos, e, muito menos, funciona como agente compensatório ou retributivo do que quer que seja. Por outro lado, prêmios e regalias tão-só amolecem; e o Kosmos, independentemente desta realidade objetiva, não tem consciência de si, nem de você, nem de mim: não premia e não pune. O fato é que tudo é de nossa exclusiva responsabilidade e funciona de acordo – em concertada harmonia – com Planos e Oitavas vibratórias. Portanto, não existe nem acidente por acaso nem bala perdida. Há, sim, bala com endereço certo; endereço que depende exclusivamente do Plano e da Oitava em que se encontre, por assim dizer, a consciência evolucional-pessoal do ente no exato momento em que a bala foi disparada. Se um ente tiver que passar pela transição por meio de uma 'bala perdida', passará; a não ser que, por mérito e Iniciaticamente, tenha transmutado a forma de como deveria passar por esta mesma transição dolorosa. Isto é plenamente possível! Não existem acontecimentos casuais, fortuitos, inesperados. Amor! Amor! Amor! Muito bem disse Madame Blavatsky: É o homem quem planeja e quem cria causas, e a Lei Cármica ajusta o efeito. E no livro A Morte e a Morte de Quincas Berro Dágua, Jorge Amado escreveu: Cada qual cuide de seu enterro, impossível não há. (Frase derradeira de Quincas Berro Dágua, segundo a boa puta Quitéria do Olho Arregalado, que estava a seu lado). Mas ninguém precisa morrer e ser enterrado; poderá ser cremado-transmutado para Viver. Que haja compreensão; que se faça a Paz Profunda!

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Cosmos Theme

Fonte:

http://www.geocities.com/
princesskakyuu5/music.html