Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Nós cremos sinceramente que a melhor parte da Humanidade sempre terá em mente que existe um código moral de honra muito mais compromissivo do que um juramento prestado sobre a Bíblia, o Alcorão ou os Vedas. Os Essênios nunca juravam em cima de nada; mas o seu 'sim' e o seu 'não' eram tão bons e muito melhores do que um juramento.

 

Ísis Sem Véu II
Helena Petrovna Blavatsky (1831 - 1891)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jurar sobre a Lei Mosaica

poderá ser uma encravação.

Jurar sobre o Mahabharata

poderá ser um carapetão.

Jurar sobre um código qualquer

poderá ser uma aldrabice.

Melhor é não jurar sobre lhufas

e não idear embustice.

 

 

Juramento de sangue

poderá ser uma espiclondrífica bota.

Juramento hipocrático

poderá ser uma estapafúrdica lorota.

Juramento de fidelidade

poderá ser uma sacanocrática poetagem.

Melhor é não jurar sobre bulhufas

e se redimir da sacanagem.

 

 

Se não há lhaneza,

como poderá haver honradez?

Se não há direiteza,

como poderá haver altivez?

De um potoqueiro

só se poderá esperar falsidade;

de um tramoieiro

só se poderá esperar improbidade.

 

 

Em geral, o que não se sabe

é que não é mesmo possível

para sempre ficar a burlar;

seja cá, seja lá, seja naquele outro lugar!

Perjurar por deus, por sei lá o quê

ou pela pobre mãe mortinha

são (des)compromissos impedientes.

Como querer ver a LLuz no fim da linha?

 

 

 

 

 

 

 

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Mentir, jamais.

Para salvar uma vida...

Mentir sempre!

 

 

 

 

 

 

 

 

Fundo musical:

Guardei Minha Viola – Jurar com Lágrimas
Interpretação: Grupo Semente
Composições: Paulinho da Viola

Fonte:

http://www.boemio.com.br/nacionais.php?letra=T