Eu sou um egomaníaco, mas
quem não é?
Antes
de Elvis Presley, não havia nada.1
Nós
sempre quisemos ser maiores que Elvis porque ele era o maior.
Metade
de mim pensa que sou um malogrado, a outra metade pensa que sou Deus Todo-Poderoso.
Quando
eu tinha 12 anos, pensava que era um gênio e que ninguém tinha
reparado. Se os gênios existirem, eu sou um, e se não existirem,
não quero saber.
A
genialidade é um tipo de loucura.
Não
é divertido ser artista. Beethoven, Van Gogh, todos eles, se tivessem
psiquiatras, nós não teríamos esses gênios.
Se
toda a gente exigisse paz em vez de outro televisor, haveria paz.
As
pessoas falam disso [o
fim dos Beatles] como se fosse o fim do
mundo. É apenas uma banda de 'rock' que se separou; não é
nada de importante.
Ainda
acredito que só precisas de amor [all
you need is love].
Se
tentassem dar outro nome ao 'rock and roll', poderiam chamá-lo de
'Chuck Berry'.2
O
amor significa pedir desculpa de quinze em quinze minutos.
A
realidade deixa muito à imaginação.
O
amor é como uma planta. Não podes simplesmente pô-lo
em um vaso e esperar que cresça. Tens de cuidar dele e de o regar.
As
drogas me deram asas para voar. Depois, me tiraram o céu...
Não
me importa onde estarão os monges e onde estarão as auto-estradas.
Para mim, o importante é fazer o amor, e não a guerra, em
todos os lugares do mundo.
A
ignorância é uma espécie
de bênção. Se você não sabe, não
existe dor. Provavelmente exista, mas é a maneira como eu expresso
a coisa.3
Não
gosto do culto da morte, de um James Dean morto, de um John Wayne morto.
Eu presto culto às pessoas que sobrevivem.
Eu
ainda gosto de 'black music', 'disco music'... 'Shame, Shame, Shame' ou
'Rock Your Baby'. Eu daria meu olho pra ter escrito isso. Mas eu nunca consegui.
Eu sou literal demais para escrever 'Rock Your Baby'. Eu gostaria de conseguir.
Sou intelectual demais, apesar de não me achar um intelectual de
verdade.
Os
'Beatles' foram o som dos anos 60. Mas não acho que tenhamos sido
mais importantes do que músicos como Glenn Miller ou Bessie Smith.4
Se
o pessoal não entendeu os 'Beatles' e os anos 60, o que eu posso
fazer?
A
guerra acabará, se você quiser.
Não
me esperem ver atrás de barricadas, a menos que elas sejam de flores.
Sim,
eu acredito que Deus é como uma usina de força, que Ele é
um poder supremo, que não é nem bom nem ruim, nem de direita
nem de esquerda, nem branco nem preto. Ele simplesmente é.
A
nossa política é a do humor. Todas
as pessoas sérias foram assassinadas. Nós queremos ser os
palhaços do mundo.
Talvez
não haja diferença entre nós e o presidente dos EUA,
se ficarmos nus.
A
insegurança e a frustração levam
o homem à violência e à guerra.
Se
o homem buscasse se conhecer a si mesmo primeiramente, metade dos problemas
do mundo estaria resolvida.
Você
diz 'Adeus' e eu digo 'Alô'.
Acredito
em tudo aquilo que Jesus disse – amor, bondade, caridade –
mas não acredito naquilo que os homens dizem que ele disse.
A
gente tem que agradecer a Deus ou seja lá o que for que está
lá em cima pelo fato de que todos nós sobrevivemos.
Pense
globalmente e atue localmente.
O
que nós temos de fazer é manter viva a esperança. Porque
sem esperança nós todos vamos naufragar.
Os
inimigos são muito poderosos, e estão por todas as partes
em que existam mais de três homens vivendo. Estão no ar, estão
no espírito.
Ninguém
sabe o que é ser rico até ser rico.
O
sonho acabou; vamos encarar a realidade.
Eu
pensava de verdade que todos nós seríamos salvos pelo amor.
A
vida é o que acontece enquanto estamos fazendo outros planos.
O
Cristianismo vai desaparecer. Vai diminuir e encolher. (...) Nós
[Beatles]
somos mais populares do que Jesus neste momento. Não sei qual vai
desaparecer primeiro – o 'rock and roll' ou o Cristianismo. Cristo
não era mau, mas os seus discípulos eram obtusos e vulgares.
É a distorção deles que estraga [o
Cristianismo] para mim.
Se
tivesse dito que a televisão era mais popular do que Jesus, ninguém
teria ligado.(...) Não sou antiDeus, antiCristo ou anti-religião.
(...) Não estou a dizer que sejamos melhores ou maiores ou a comparar-nos
a Jesus Cristo como pessoa ou Deus ou seja o que for. Disse o que disse
e estava errado - ou fui interpretado erradamente.
Você
faz seu próprio sonho. É a história dos 'Beatles',
não é? É a história de Yoko. É o que
eu digo agora. Faça seu próprio sonho, se você quiser
salvar o peru. É bem possível fazer alguma coisa, mas não
dotá-lo de parquímetros. Não espere que Jimmy Carter
ou Ronald Reagan ou John Lennon ou Yoko Ono ou Bob Dylan ou Jesus Cristo
venha e faça por você. Você tem de fazê-lo sozinho.
É o que os grandes mestres têm dito desde que os tempos começaram.
Eles podem apontar o caminho, deixar indicações e instruções
em variados livros que são chamados sagrados e venerados por suas
capas, e não por aquilo que dizem, mas as instruções
estão aí para que todos as vejam. Sempre estiveram e sempre
estarão. Não há nada de novo sob o Sol. Todos os caminhos
levam a Roma. E as pessoas não podem fazê-lo por você.
Eu não posso despertar você. Você pode se despertar.
Eu não posso curar você. Você pode se curar.
O
medo do desconhecido! É o medo do
desconhecido que impele
todo mundo para os sonhos, para
as ilusões, para
as guerras, para
a paz, para
o amor, para
o ódio. Tudo isto é ilusão. É isto
o desconhecido. Aceite o desconhecido e será uma viagem tranqüila.
As
pessoas estão sempre vendo pequenos fragmentos, mas eu vejo o todo...
Não só na minha própria vida, mas o Universo todo,
o jogo todo.
Às
vezes, a gente pondera, quer dizer, pondera mesmo. Eu sei que fazemos nossa
própria realidade, e que sempre temos uma escolha. Mas quanto disso
é predeterminado? Será que existe sempre uma bifurcação
na estrada, com dois caminhos igualmente predeterminados? Poderia haver
centenas de caminhos em que se pudesse escolher esta ou aquela direção;
existe a escolha, às vezes é muito estranho...
Ao
se separar de Yoko Ono, comentou: Por
trás de toda grande mulher existe sempre um grande babaca!
Vivemos
em um mundo onde temos que nos esconder para fazer amor, enquanto a violência
é praticada em plena luz do dia.
Eu
quero dinheiro apenas para ser rico.
Deus
é um conceito pelo qual medimos o nosso sofrimento.
É
uma falta de responsabilidade esperarmos que alguém faça as
coisas por nós.
O
trabalho não justifica a existência. A gente trabalha para
existir. E vice-versa.
A
mulher é o negro do mundo. A mulher é a escrava dos escravos.
Se ela tenta ser livre, você diz que ela não te ama. Se ela
pensa, você
diz que ela quer ser homem.
Eu componho de acordo com as circunstâncias
em que estou envolvido, seja de ácido, seja na água.
Um
artista nunca pode ser absolutamente ele mesmo em público, pelo simples
fato de estar em público. Pelo menos, ele precisa sempre ter alguma
forma de defesa.
Amo
a liberdade. Por isto, deixo
livres as coisas que amo.
Se elas voltarem, é porque as conquistei. Se não voltarem,
é porque nunca as possuí.
Quando
você fizer algo nobre e belo e ninguém notar, não fique
triste, pois o Sol, todas as manhãs, proporciona um lindo espetáculo,
e, no entanto, a maioria da platéia ainda dorme.
Imagine
there's no heaven,
It's easy if you try,
No hell below us,
Above us only sky,
Imagine all the people
living for today...
Imagine
there's no countries,
It isn't hard to do,
Nothing to kill or die for,
No religion too,
Imagine all the people
living life in peace...
Imagine
no possessions,
I wonder if you can,
No need for greed or hunger,
A brotherhood of men,
imagine all the people
Sharing all the world...
You
may say I'm a dreamer,
but Im not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one.
Imagine
que não exista paraíso,
É fácil se você tentar.
Nenhum inferno abaixo de nós,
Sobre nós apenas o céu.
Imagine todas as pessoas
Vivendo pelo hoje...
Imagine
que não existam países,
Não é difícil de fazer,
Nada porque matar ou morrer,
Nenhuma religião também.
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz...
Imagine
nenhuma propriedade,
Eu me admiro se você conseguir.
Nenhuma necessidade de ganância ou fome,
Uma fraternidade de homens.
Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo todo.
Você pode dizer que sou sonhador,
Mas eu não sou o único.
Eu espero que algum dia você se junte a nós,
E o mundo viverá como um só.
Não
se drogue por não ser capaz de suportar sua própria dor. Eu
estive em todos os lugares e só me encontrei em mim mesmo.
Eu
sou ele como você é ele; como você é eu e nós
somos todos juntos.
Você
não precisa de alguém para lhe dizer quem você é
ou o que você é. Você é o que você é!
O
importante é sermos nós mesmos. Se todas as pessoas fossem
o que são, ao invés de fingirem que são o que não
são, existiria a paz.
Tudo
pelo amor, e que se dane o mundo!
Por
que nós estamos no mundo? Certamente não para viver com medo
e dor. Nós todos brilhamos como a Lua, as estrelas e o Sol...
Ou
você se cansa lutando pela paz ou morre.
Nós
temos um Hitler dentro de nós, mas também temos paz e amor...
Creio que a maioria das escolas são
prisões. A cabeça da criança é aberta; depois,
fazem-na ficar estreita para que vá disputar na sala de aula. Isto
é irracional.
Eu sempre que podia compunha sobre
mim mesmo. Realmente, eu nunca gostei de compor na terceira pessoa.
Eu
acredito em Wilhelm Reich5
– aquele cara que disse: — 'Não se torne um líder'.
Eu nunca me proclamei uma divindade.
Nunca clamei pela pureza da minha alma.
Não tenho nada com o passado;
não quero manter as aparências apenas porque um punhado de
saudosistas insiste em viver nos anos 60. Isto tudo já mudou.
Eu
não acredito em Jesus; eu não acredito em gurus; eu não
acredito nos 'Beatles'.
Eu
posso avacalhar os 'Beatles', mas não vou deixar que Mick Jagger
faça isso.
Não
quero mais ser pulga amestrada de circo.
Cada
um tem de sujar as próprias mãos.
Não
vou sacrificar o amor – o amor de verdade – por nenhuma puta,
por nenhum amigo ou por trabalho, porque, no fim, a gente acaba é
dormindo sozinho.
Eu
acredito em tudo, até que seja contestado. Assim, eu acredito nas
fadas, nos mitos e em dragões. Tudo existe, mesmo se estiver só
em sua mente. Quem é que poderá dizer que os sonhos e os pesadelos
não são tão reais quanto o aqui e o agora?
Eu
acredito em Deus, mas não como uma coisa, não como um velho
no céu. Creio que o que as pessoas chamam de Deus é algo que
está em todos nós.6
Acredito que o que Jesus, Maomé, Buda e outros disseram está
certo. São as traduções que foram erradas.
______
Notas:
1. Antes
de Elvis Presley não havia nada? Como
não
havia nada? Nada?
Ora, eu não
concordo com isto, mesmo que a referência esteja vinculada apenas
ao Rock, pois o Rock não é tudo. E mais:
a música rock (ou simplesmente rock) é um
termo abrangente para definir um gênero musical popular que se desenvolveu
durante e após a década de 1960. Suas raízes se encontram
no rock and roll e no rockabilly (um subgênero do
rock and roll) que emergiu e se definiu nos Estados Unidos da América
no final dos anos quarenta e início dos cinqüenta, que evoluiu
do blues, da música country e do rhythm and
blues, entre outras influências musicais que ainda incluem o
folk, o gospel, o jazz, a soul music,
a surf music e a música clássica. Todas estas influências
foram combinadas em uma simples estrutura musical baseada no blues
que era rápida, dançável e pegajosa. Então,
como
não
havia nada antes
de Elvis Presley?
Mas, como me explicou o Frater Vicente Velado, antes
do Elvis, instrumentistas e cantores, orquestras e corais, ópera
etc., podiam até empolgar e enternecer as platéias, mas não
interagiam com elas em termos de troca de energia. Com isto
eu concordo, mas só 95%. Por isto, pergunto: e o Enrico Caruso? E
o Bing Crosby? E o Frank Sinatra? E o Cauby Peixoto, com sua voz caracterizada
pelo timbre grave e aveludado e pelo seu estilo dândi – o Elvis
Presley Brasileiro, segundo as revistas Time e Life?
E Carmen Miranda –
a Pequena
Notável (apelido que lhe fora dado pelo locutor César
Ladeira) –
precursora do tropicalismo? E o Tico-Tico no Fubá, choro
composto por Zequinha de Abreu e gravado por Carmen Miranda e Ray Conniff,
apresentado pela primeira vez em um baile da Cidade de Santa Rita do Passa
Quatro (município do estado brasileiro de Minas Gerais, situado na
microrregião de São Lourenço), em 1917, e agora homenageado
pela orquestra sinfônica de Berlim? E Bessie Smith e Glenn Miller,
ambos citados pelo próprio Lennon? Ainda o Frater Velado: com
Elvis veio a era dos grandes shows marcados pela empolgação
das massas, levadas até os extremos do histerismo, como Janis Joplin,
Bob Marley, Roling Stones, Beatles, Prince, Madona, dezenas de conjuntos
de rock, Michael Jackson, Ney Matogrosso, Cazuza, Yvete Sangalo, Claudia
Leite etc. Antes de Elvis, o máximo que se podia ver, em matéria
de interação energética, era o cancan do Moulin Rouge...
e a platéia babando. Quando você escuta um concerto de Mozart,
Brahms, Beethoven, Vivaldi, você pode ficar embevecido e impregnado
do clima transmitido pelo compositor, pelo maestro e pela orquestra, mas
você não interage com eles. Todavia, se você assiste
a um show do Elvis ou da Yvete Sangalo você vai sentir a interação
– que é o modus operandi pelo qual o All Are One se faz presente...
Está bem. Depois de todas estas explicações, vou aumentar
a minha porcentagem de concordância para 99%. Mas, e as teenagers
(bobby soxers) dos anos 40 que ficavam alucinadas com o Frank Sinatra?
E isto aconteceu bem antes de o fantástico Elvis se tornar o
The Pelvis! Bem, discuti este tema porque ele se presta para comentar
que absolutizar o que quer que seja é meio perigoso, para não
dizer perigosíssimo. Absolutizações, geralmente, levam
a radicalizações, a ultramontanismos e a fanatismos, o que,
evidentemente, não é o caso do Frater Velado, e muito menos
de suas explicações. E também não foi o caso
de Lennon. Entretanto, isto tudo serve também para mim, que acho
o Frank Sinatra o melhor cantor que já pintou por aqui. Mas não
absolutizo este gostar, pois, admiro inúmeros outros cantores e cantoras,
tanto nacionais quanto estrangeiros. Elizeth Cardoso, Ella Fitzgerald, Maysa,
Dick Farney, Charles Aznavour e Tony Bennett são
apenas alguns deles. E o Nat King Cole, claro, que não pode ficar
de fora de nenhuma lista.
2. Chuck
Berry ou Charles Edward Anderson Berry (Saint Louis, Missouri, 18 de outubro
de 1926) é um compositor, cantor e guitarrista americano. É
apontado por muitos como o inventor do Rock and Roll. Foi um dos
primeiros membros do Hall da Fama do Rock and Roll homenageado
em 1986.
3. Ora,
novamente tenho de discordar de Lennon. A ignorância longe está
de ser uma espécie de bênção; é uma prisão
– talvez seja até a pior das prisões. Perdão,
vou corrigir: a ignorância é a pior das prisões! O ignorante
engendra e estabelece critérios que permitem desclassificar o conselho
alheio em prol da sua falta de conhecimento, e busca estabelecer idéias
falsas e esdrúxulas sobre si mesmo e sobre o mundo que o cerca, de
forma errônea e que prejudicam mais do que desagradam aqueles que
o cercam. Enfim, a ignorância consentida é uma espécie
de mumificação consciente. Goethe (1749 - 1832) escreveu:
Não há
nada mais terrível do que uma ignorância ativa.
E mais: Ninguém
fica doido de tanto estudar! É mais fácil ficar doido de tanto
ser burro. (André Azevedo da Fonseca, 16 de março
de 1975 -). A ignorância
não é uma bênção. Se os inteligentes sofrem
por suas inquietações existenciais, os estúpidos sofrem
por coisas inacreditavelmente idiotas. (ibidem). Quanto
mais sabemos, mais fácil é admitir o que não sabemos.
(Leonid S. Sukhorukov, 1945 -). Quem
é, então, o perseguidor? É aquele cujo orgulho ferido
e fanatismo em furor irritam o príncipe ou os magistrados contra
homens inocentes, cujo único crime consiste em não agasalharem
a mesma opinião. (Voltaire, Paris, 21 de novembro de
1694 - Paris, 30 de maio de 1778). Talvez,
elite verdadeira fosse a dos bem informados. Um povo pouco informado acredita
no primeiro demagogo que aparece e, por cegueira ou por carência,
segue o caminho de seu próprio infortúnio. (Lya
Luft, 15 de setembro de 1938 -). É
tolice ser sábio onde a ignorância é bem-aventurança.
(Bhaktivedanta Swami Prabhupada, 1º de setembro de 1896 - 14 de novembro
de 1977). Por outro lado, a consciência consciente de que somos ignorantes
é um ato de generosa humildade e de grandeza. Karl Popper (Viena,
28 de julho de 1902 - Londres, 17 de setembro de 1994), em As Origens
do Conhecimento e da Ignorância, escreveu: Quanto
mais aprendemos sobre o mundo, quanto mais profundo é o nosso conhecimento,
mais específico, consistente e articulado será o nosso conhecimento
do que ignoramos – o conhecimento da nossa ignorância. Esta,
com efeito, é a principal fonte da nossa ignorância: o fato
de que o nosso conhecimento só pode ser finito, mas a nossa ignorância
deve necessariamente ser infinita... Vale a pena lembrar que, embora haja
uma vasta diferença entre nós no que diz respeito aos fragmentos
que conhecemos, somos todos iguais no infinito da nossa ignorância.
E Sêneca, em Cartas a Lucílio, refletiu: Por
que causa a ignorância nos mantém agarrados com tanta força?
Primeiro, porque não a repelimos com suficiente energia nem usamos
todas as nossas forças para nos libertarmos dela; depois, porque
não confiamos o bastante nas lições dos sábios
nem as interiorizamos como deveríamos; antes, tratamos uma tão
magna questão de forma leviana. Como pode alguém, aliás,
aprender suficientemente a lutar contra os vícios, se apenas dedica
a esse estudo o tempo que os vícios lhe deixam livre?
Nenhum de nós
aprofunda bastante esta matéria; abordamos o assunto pela rama e,
como gente extremamente ocupada, achamos que dedicar umas horas à
Filosofia é mais do que suficiente. E o que mais nos prejudica é
a facilidade com que o nosso amor-próprio se satisfaz. Se encontramos
alguém que nos ache homens de bem, homens esclarecidos e irrepreensíveis,
logo nos mostramos de acordo! Nem sequer nos contentamos com louvores comedidos:
tudo quanto a adulação despudoradamente nos atribui, nós
o assumimos como de pleno direito. Se alguém nos declara os melhores
e mais sábios do mundo, nós assentimos, mesmo quando sabemos
que esse alguém é useiro e vezeiro na arte da mentira! A nossa
autocomplacência vai mesmo tão longe que pretendemos ser louvados
em nome de princípios que as nossas ações frontalmente
desmentem. A conseqüência é que ninguém mostra
vontade de corrigir o seu caráter, pois cada um se considera a melhor
pessoa deste mundo. Então, não custa nada repetir:
a ignorância consentida é uma espécie de mumificação
consciente. O pior é que, como disse Nicolas Boileau (1º de
novembro de 1636 - 13 de março de 1711), a
ignorância está sempre pronta a admirar-se a si própria.
Narciso
(Animação produzida a partir de uma tela de
Michelangelo Merisi da Caravaggio,
29 de setembro de 1571 – 18 de julho de 1610)
4. Esta
afirmação está em contradição com aquela
que diz: Antes de
Elvis Presley, não havia nada. Ainda Bem! Não
há nada melhor do que ser contraditório! Contradição
é avanço! Contradição é sinceridade!
Contradição é humildade! Contudo, quando se percebe
uma contradição, o melhor a fazer é imitar Santo Agostinho
(que passou em revista o que escreveu, em 427 d.C, alguns anos antes de
morrer) e escrever uma Retractationes.
Nesta revisitação confitente, o Santo deixou não só
um documento literário singular e extremamente precioso, mas, também,
um ensinamento de sinceridade e de humildade intelectual. Para ler mais
sobre este assunto, por favor, dirija-se a:
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/audiences/
2008/documents/hf_ben-xvi_aud_20080220_po.html
5. Wilhelm
Reich (Dobrzanica, 24 de março de 1896 – Lewisburg, Pensilvânia,
3 de novembro de 1957) foi um psiquiatra e psicanalista austríaco
radicado e morto nos Estados Unidos. Apesar de ter sido um discípulo
dissidente de Sigmund Freud, deste não se apartou na compreensão
de que toda a psique humana deriva da compreensão das funções
sexuais. E suas opiniões radicais a respeito da sexualidade resultaram
em consideráveis equívocos e distorções de seu
trabalho por autores futuros e, conseqüentemente, despertaram muitos
ataques difamatórios e infundados. Onde quer que fosse, Reich era
tratado como louco, e suas idéias eram tidas como pura mistificação.
6. Há
algo mais místico, mais Rosa+Cruz, do que isto? Nesta eu estou com
Lennon e não abro.
Páginas
da Internet consultadas:
http://mauriciofernando.wordpress.com/
2009/01/22/a-cultura-como-mito-e-ilusao/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rock
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rockabilly
http://rocknrollattitude.centerblog
.net/156108-gif-rock-n-roll
http://www.baixaki.com.br/
papel-de-parede/15794-cobra.htm
http://www.john-lennon.com/
http://crazyseawolf.blogspot.com/2008/
12/john-lennon-frases-e-citacoes.html
http://www.paralerepensar.com.br/
lennon.htm
http://www.frasesfamosas.com.br/
de/john-lennon/pag/4.html
http://www.frasesfamosas.com.br/
de/john-lennon/pag/2.html
http://www.frasesfamosas.com.br/
de/john-lennon.html
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Wilhelm_Reich
http://br.geocities.com/
noemijunko/john_lennon.htm
http://www.youtube.com/
watch?v=SMko9iWIGgQ
http://www.pensador.info/
autor/John_Lennon/2/
http://www.pensador.info/
autor/John_Lennon/
http://pt.wikiquote.org/
wiki/John_Lennon
http://www.citador.pt/pensar.php?
op=10&refid=200603060900
http://www.citador.pt/pensar.php?
op=10&refid=200809030900
http://pt.wikiquote.org/
wiki/Ignor%C3%A2ncia
Fundo
musical:
Imagine
(John Lennon)
Fonte:
http://www.sternton.com/
midi/midimix/songfj.htm