JOEL SILVEIRA
(Pensamentos e Reflexões)

 

 

 

Joel Silveira

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

Joel Silveira

 

 

 

Este trabalho teve por objetivo garimpar alguns pensamentos e reflexões do jornalista e escritor brasileiro Joel Magno Ribeiro da Silveira (Lagarto, 23 de setembro de 1918 – Rio de Janeiro, 15 de agosto de 2007) – língua ferina, prosa solta – que ficou conhecido como "o maior repórter brasileiro de todos os tempos". Mas, como bom repórter, Joel era sempre do contra. De Assis Chateaubriand recebeu o apelido de víbora.

 

 

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Joel Silveira

 

 

 

Joel Magno Ribeiro da Silveira nasceu em Aracaju no dia 23 de setembro de 1918, filho do comerciante Ismael Silveira e de Jovita Ribeiro Silveira.

 

Estudou no Ateneu Pedro II, em sua cidade, e aí, aos 15 anos, iniciou sua carreira jornalística, fundando o jornal estudantil A Voz do Ateneu. Ainda em Sergipe, aos 16 anos, tornou-se secretário da Voz Operária. Em janeiro de 1937, transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, e começou a trabalhar nas revistas Carioca e Vamos Ler, escrevendo artigos sobre a Revolução Francesa de 1789. Em maio de 1938, passou a trabalhar no semanário Dom Casmurro, dirigido por Álvaro Moreira e Brício de Abreu, no qual colaboravam jovens intelectuais como Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Josué Montello. Fechado o Dom Casmurro, em 1942, tornou-se secretário e repórter da revista Diretrizes, dirigida por Samuel Wainer. Trabalhou em Diretrizes até abril de 1944, quando a repercussão de uma entrevista que fez com o escritor Monteiro Lobato resultou no fechamento da revista pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) — órgão encarregado da censura durante o Estado Novo (1937 – 1945) — e nas prisões de Samuel Wainer e do entrevistado. Criada em 1938, Diretrizes cumpriu importante papel no combate ao nazifascismo, contribuindo para o esvaziamento do Estado Novo.

 

Ainda em 1944, a convite de Virgílio de Melo Franco, tornou-se redator dos Diários Associados, no Rio de Janeiro. Pouco depois, foi designado por Assis Chateaubriand, proprietário da cadeia dos Diários Associados, para cobrir as ações da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália durante a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). Foi repórter de guerra por dez meses, trabalhando ao lado de jornalistas como Rubem Braga, então repórter do Diário Carioca. Durante 15 anos, de 1946 até o fechamento do jornal, foi repórter e colunista do Diário de Notícias. Também colaborou no vespertino Última Hora, fundado por Samuel Wainer em 1951. De 1954 a 1964 dirigiu o serviço de documentação do Ministério do Trabalho.

 

Juntamente com Adonias Filho e Antônio Houaiss, tornou-se membro do conselho de redação da Revista Nacional, publicada sob a forma de encarte e incluída na edição de domingo de diversos jornais do País. Foi ainda redator-chefe da revista O Mundo Ilustrado. Paralelamente à atividade jornalística, desenvolveu a carreira de escritor. Muitos de seus contos e crônicas foram incluídos em antologias organizadas por Graciliano Ramos, Raimundo Magalhães Júnior, Paulo Mendes Campos, Herberto Sales e outros. Algumas de suas poesias foram publicadas na Antologia dos poetas bissextos brasileiros contemporâneos, de Manuel Bandeira.

 

Faleceu no Rio de Janeiro em 15 de agosto de 2007.

 

Casado com Iracema Costa Silveira, teve dois filhos.

 

Publicou Desespero (novela, 1940), Os Homens Não Falam Demais (reportagens em colaboração com Francisco de Assis Barbosa, 1942), A Lua (contos, 1945), História de Pracinha (crônicas, 3ª ed. 1945), Grã-finos de São Paulo e Outras Histórias do Brasil (reportagem, 1946), O Marinheiro e a Noiva (poemas, 1952), O Desaparecimento da Aurora (novela, 1958), Petróleo do Brasil — Traição e Vitória (em colaboração com Lourival Coutinho, 1958), História de uma conspiração (em colaboração com Lourival Coutinho, 1960), O Marinheiro na Varanda (crônicas, 1960), Alguns Fantasmas (novelas, 1962), As Duas Guerras da FEB (reportagem, 1965), Um Guarda-chuva para o Coronel (ficção política, 1968), Meninos Eu Vi (reportagem, 1968), Vinte Horas de Abril (1969), Vamos ler Joel Silveira (v. 1 da coleção Vamos Ler, contos selecionados por Moacir C. Lopes, 1976), Tempo de Contar (memórias jornalísticas, 1980), A Luta dos Pracinhas (reportagem de guerra, 1981), O Dia em que o Leão Morreu (contos, 1982), Dias de Luto (1983), Você Nunca Será um Deles (crônicas, 1988), O Presidente no Jardim (crônicas, 1989), Nitroglicerina Pura (reportagem política em parceria com Geneton Morais, 1992), Guerrilha Noturna (crônicas, 1993), Hitler-Stalin — o pacto maldito (reportagem política em parceria com Geneton Morais), Viagem com o Presidente Eleito (memórias políticas, 1996).

 

 

 

Pensamentos de Joel Silveira

 

 

 

Joel Silveira

 

 

 

Meu primeiro emprego foi no semanário Dom Casmurro, de propriedade de Brício de Abreu e Álvaro Moreyra, que era um jornal esquerdista. E meu irmão começou a mandar de São Paulo material do Partido, para que eu distribuísse aqui no Rio. Era uma tarefa arriscada, mas, ele sempre mandava um dinheirinho dentro; como eu vivia de biscate, aquela era uma ajuda muito útil.

 

Quando me inscrevi para seguir com a FEB como correspondente de guerra, eles [o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP)] fizeram de tudo para que eu não embarcasse. A acusação era a de sempre: comunista.

 

 

 

 

Fui preso duas vezes, durante o Governo Castelo Branco. Já no Governo Médici, fui preso mais cinco vezes. Três pelo Exército, uma pela Marinha e outra pela Aeronáutica, mas, essa foi de um dia só. Fizeram umas perguntas e me mandaram embora. As perguntas eram sempre as mesmas, uma coisa idiota: "Você é comunista?". Eu dizia: "Eu não sou comunista, não pertenço ao Partido Comunista. Os senhores estão cansados de saber que eu sou socialista democrático.

 

Nunca tinha visto o Chatô [Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, mais conhecido como Assis Chateaubriand]... Aliás, não gostava dele, não concordava com os processos, a maneira dele como jornalista. E fiquei lá estatelado. E o Chatô veio: ''Seu Silveira, o senhor é um homem terrível! Seu Silveira, o senhor é uma víbora! O senhor vai trabalhar comigo! Desça lá e procure o seu Carlos''. Era o Carlos Lacerda. Aí, fiquei.

 

Essa é a história de um Natal brasileiro na frente de batalha. Um Natal diferente, gelado, traiçoeiro, de homens se arriscando numa terra varejada pelos morteiros, pelas metralhadoras. Este ano, na noite do Senhor, eles manejaram suas metralhadoras, jogaram granadas de mão, foram feridos ou mortos, mataram e feriram, porque assim é a guerra.

 

O mau de ter pescoço curto ou não ter nenhum é que as emoções vão da cabeça ao coração depressa demais.

 

Meu coração baterá em vão quando minha mente se julgar auto-suficiente.

 

Quem procura a felicidade está perdendo tempo de ser feliz.

 

Não sei se, com o passar do tempo, comecei a ver as coisas com mais clareza ou se estou ficando míope.

 

Prevenção geral: punir exemplarmente uma ou outra ovelha para que o rebanho se sinta protegido em relação aos lobos. O efeito na alcateia é inócuo.

 

Fui à guerra com 32 anos. Voltei com 80. O que a guerra nos tira quando não tira a vida não devolve nunca mais.

 

Joel estava preso no Batalhão de Guardas, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, desde o dia 13 de dezembro de 1968, quando foi baixado o AI-5. Certa manhã, da única janela de que dispunha, viu chegar ao pátio do quartel um camburão, trazendo um famoso empresário daquele tempo. Joel encheu o peito e gritou: Aqui é prisão de subversivo. Prisão de ladrão é em outro lugar!

 

O jornal mais poderoso do mundo é o "New York Times". Se quiserem destruí-lo, basta me chamarem para diretor de redação. Em menos de um mês levo o jornal à falência.

 

Nos Estados Unidos não há golpe de Estado porque lá não tem embaixada americana.

 

Lagarto, em Sergipe, é uma cidade boa para se sair, não para se entrar.

 

Depois de almoçar no Dodici Apostoli, em Verona, quase ao lado da antiga sede da Mondadori com Carlos Heitor Cony, Joel pediu: Manda dizer lá para o Rio que o jornalista Joel Magno Ribeiro Silveira não sai mais daqui.

 

O cúmulo do ridículo – beirando o grotesco – é um marmanjo, gordo e barrigudo, tocando cavaquinho.

 

Pode haver algo mais idiota do que um alpinista?

 

Getúlio Vargas era um filho da mãe de uma habilidade política terrível.

 

Se houvesse justiça no mundo, os nomes dos repórteres deveriam vir sempre acima dos nomes dos donos do jornal.

 

Naquela noite, quando o conde garantiu que seria realizada a mais bela festa do Brasil, uma fada mágica bateu com sua pródiga varinha na cabeça de vários cavalheiros nacionais. Houve telefonemas na madrugada, houve consultas e intrigas, e 10 ou 20 senhores adormeceram, os que conseguiram, certos de que seus capitais, por magia do conde, iriam ser aumentados, e que ótimos negócios encerrariam as atividades deste ano de 1945.

 

O pouco parece pouco,
mas, geralmente, é muito.
Ora, não há pouco nem muito;
há cego, surdo e mouco.

 

Na época do Estado Novo, no Rio, havia inúmeros bondes. Era uma cidade ainda com prédios de três andares, com comércio no térreo e, nas esquinas, botecos fedendo a cachaça, urina e pó de madeira.

 

O recado do DIP, para todo o País, era claro: Quem não for contra o Comunismo é comunista. Um primor de maniqueísmo; coisa de doido. Cabia ao DIP ditar as regras, dizer o que devia ou não ser publicado e irradiado, censurar, suspender ou mesmo fechar em caráter definitivo jornais, revistas e rádios, qualquer um que ‘passasse dos limites’, falar mal do regime e particularmente de Getúlio e também não falar bem, que no caso já era considerado oposição – a neutralidade ou indiferença eram tidas como suspeitas. Para trazer a imprensa no cabresto, o DIP passou a dispor de uma arma poderosa: o controle da importação do chamado papel ‘linha d’água’, utilizado por jornais e revistas. Controlando a importação do papel, que vinha da Finlândia e do Canadá, o DIP também se atribuía à prerrogativa de distribuir as bobinas, ou ‘cotas’. ,Jornais contrários ao novo regime ou recalcitrantes poderiam sofrer toda uma gama de castigos, que ia da advertência, censura prévia, redução de cota de papel e, finalmente, a supressão total do fornecimento de papel, o que levava ao fechamento.

 

Na época do Estado Novo, todos nós sentíamos que os bons tempos de descontração e de total liberdade já haviam acabado, e que não era mais possível a palavra solta, a opinião livre.

 

Quando a tive toda virada, o ventre e tudo o mais da frente apertados contra mim, fiz logo o que há muito tempo estava doido para fazer. Desci as alças da camisola, desnudei os seios e ali estavam os dois grandes e rosados volumes à minha disposição. Já no terceiro embate, foi d. Natalina quem feriu com uma nota mais alta aquele ronronar e aquela sucessão de gemidos abafados os meus e os dela. Quando a inundei pela terceira vez, ela, finalmente, falou, a voz clara e viscosa: ‘Meu queridinho... queridinho’. E desmaiou, pelo menos foi o que me pareceu. Mas, não era desmaio, apenas o relaxamento completo de alguém que, finalmente, havia matado uma sede e uma fome de dias, de meses, quem sabe de anos

 

A gente sente que está envelhecendo quando começa a gostar mais de carne-de-sol do que de mulher.

 

Eis aqui um mistério: com tanta sujeira, e de toda espécie, espalhada por aquelas bandas, por que muito raramente se vê um urubu no céu de Brasília?

 

Pobre que vota em rico não é digno de ser pobre.

 

A profissão de jornalista tem uma desvantagem capital, entre tantas outras: obriga o jornalista a conhecer toda espécie de gente, gente demais. E conhecer gente demais implica decepção demais, desencanto demais, enjôo demais e, o que é ainda mais trágico, conluio demais.

 

Sou um homem que faz perguntas nunca fui mais na vida. E assim serei, certamente, até o último dia, que também será o dia da última pergunta.

 

O Rio de Janeiro virou uma praça de guerra. Moro cercado dos morros do Pavão e Pavãozinho e toda noite tem tiroteio.

 

O poder corrompe.

 

O Zé Dirceu é um homem diabólico.

 

No Palácio do Alvorada só tem uma virgem: a biblioteca.

 

No meu entender, a imprensa do Brasil, hoje, é uma das melhores do mundo. Não só no noticiário como na paginação.

 

A impressão que eu tive do Getúlio era a de um homem distinto, bem vestido, bem penteado, cheirando a lavanda inglesa.

 

Jânio era meio doido. Eu não gostava do Jânio. Mas, depois fiquei amicíssimo. Assim que foi eleito, ele foi fazer uma viagem a Londres num cargueiro de terceira chamado Aragon. Pois, um dia, o João Dantas, que era o dono do Diário de Notícias, me chamou e disse que o Aragon iria fazer uma escala em Las Palmas, nas Ilhas Canárias. Me mandou para lá de avião. Eu tinha a maior antipatia pelo Jânio. Achava um farsante, aquele negócio de passar talco no ombro para fingir que era caspa. Subi no barco e fiz um bilhete muito sucinto dizendo: 'Senhor presidente. Estou aqui, enviado pelo João Dantas, do Diário de Notícias. Caso o senhor queira falar comigo, estarei diariamente no bar, a partir das 5 horas da tarde'. No primeiro dia, ele não apareceu. No segundo, sim. Era outro Jânio. Bem vestido, bem penteado, elegante. E veio dizendo [Joel faz voz esganiçada]: 'Estás atrasado. Estás atrasado, jornalista!' O homem ficou encantador. Contou histórias, foi de uma elegância... Só não pagava nada. 'Botas na conta do João Dantas, que é rico!'

 

Juscelino fez Brasília, povoou o meio-oeste. Claro que criou a inflação, mas, o que ele gastou o Brasil já ganhou mil vezes de volta.

 

Roubei uma namorada do Juscelino, a Osmarina. Anos depois, quando Juscelino foi eleito Presidente, nos encontramos numa conferência e ele perguntou: 'Como vai a nossa Osmarina?' Nossa, não, senhor Presidente. Minha. Ele era muito simpático e agradável.

 

Antigamente, a vida privada não era investigada. Isso não é jornalismo. Vale o que se faz no plenário. Eu condeno esse processo. Ninguém tem nada a ver com a vida privada. O que se passa dentro da sua casa é da sua alçada. O lar é inviolável. Quem fazia isso era a Gestapo.

 

Quando estive no Muro das Lamentações, escrevi um pedido e coloquei lá: pedi aumento de salário.

 

Eu já te disse que tenho horror ao Rio de Janeiro?

 

Vulcão e mulher nunca estão definitivamente extintos.

 

Eu e a Iracema [sua esposa] já fizemos todas as bodas; só falta a de plutônio.

 

Um presidente culto tem muito mais facilidade de enxergar o mundo, de ver o mundo realmente como é.

 

Não gosto de qualquer tirano, seja de esquerda, seja de direita.

 

O poder tem duas faces, a íntima é sempre escabrosa.

 

Todo império tem sua fase de nascimento, ascensão e queda. Aconteceu isso com o Império Otomano, Império Romano e agora o Império Americano. Está na fase de decadência. Quando eles elegem um presidente com perspectivas, com esperanças, eles matam. Mataram o Lincoln, mataram o Kennedy e mataram o Bob Kennedy, que ia ser presidente. Basta um presidente ser bom que eles matam. E elegem quem? Lyndon Johnson, Nixon, o que há de pior… Bush, o pai; agora, o filho… Um absurdo, chega a ser surrealista.

 

Eu sou uma besta quadrada, porque sou o jornalista mais pobre do Brasil. E sou, mesmo! Eu me considero o mais pobre do Brasil. Eu nunca fiz do jornalismo escada para subir, para a política, para me vender. Sempre fui um jornalista, ou melhor ainda, um repórter. Nunca traí minha profissão, tanto que todo mundo sabe disso e, por isso, me respeita. Duvido que haja alguém aí que me acuse de qualquer coisa. Podem me chamar de feio, o que eu sou. É uma opinião. Podem dizer que eu escrevo mal, é uma opinião, eu respeito. Agora, dizer que eu sou desonesto, isso não. Aí eu processo.

 

O Governo deve sair do povo, como a fumaça da fogueira. [Monteiro Lobato, apud Joel Silveira.]

 

Nos meus 26 anos, eu ainda tinha um pouco de ingenuidade, de inocência, por assim dizer. Mas, a guerra me tirou tudo isso. Eu costumo dizer que fui para a guerra com 26 anos, fiquei lá dez meses e 11 dias, e voltei com 40 anos. Voltei adulto. Foi a guerra que me fez adulto, particularmente, na retaguarda. Lá eu fiquei adulto. Conheci de perto a maldade humana e do que é capaz o ser humano quando se vê em uma contingência como a dos civis italianos. Famintos, sedentos, sem casa.

 

Na atualidade, a verdadeira face da guerra, os verdadeiros acontecimentos, só ocasionalmente se descobrem. Por exemplo, a tortura que os americanos estavam infligindo aos prisioneiros do Iraque. Eles não contaram isso. Foi por uma inconfidência de um soldado qualquer que o mundo tomou conhecimento. Isso escandaliza.

 

Todo escritor, de modo geral, é vaidoso.

 

Oh! Vaidade que me alimenta!
Oh! Vaidade que me mata!
Oh! Vaidade que me tenta!
Oh! Vaidade que não ata nem desata!

Oh! Vaidade que me retarda!
Oh! Vaidade que escurece!
Oh! Vaidade que me abastarda!
Oh! Vaidade que entenebrece!

Oh! Vaidade que imita
a vanidade que não sai da moda!
Oh! Vaidade que apequenita
tanto o pavão como a toda!

Oh! Vaidade que facilita
a necedade delirante!
Oh! Vaidade que impossibilita
a Compreensão Illuminante!

 

Joguei acarajé na feijoada!

 

Há bilhões de coisas que eu gostaria de ter feito. Gostaria de ter entrevistado Adolf Hitler.

 

Senhor Sieg Heil:
Por que o senhor é contra os judeus?
O Sieg Heil:
Ora, simplesmente, porque são judeus.

Senhor Sieg Heil:
Mas, os judeus nunca lhe fizeram nada.
O Sieg Heil:
Ora, mas, se eu deixar, eles farão.

Senhor Sieg Heil:
Isto é puro preconceito.
O Sieg Heil:
Não, é pura sobrevivência.

 

Eu moro em uma biblioteca, em um museu… E, nesse museu, a peça menos preciosa sou eu mesmo.

 

Quando me perguntam o que eu sentia na FEB eu digo: medo e frio. Quem diz, em uma guerra, que nunca teve medo é um fanfarrão.

 

Sim. Tenho medo da guerra,
que, entra dia, sai dia,
travo com os meus demônios.
Uns dias eles vencem;
outros, venço eu.
Nunca empatamos.

 

 

 

 

O povo italiano é um povo muito cínico. Dizem que é um dos defeitos do italiano; eu acho uma das virtudes. Quando chegamos à Itália, havia milhões de fascistas. No dia que acabou a guerra, havia milhões de antifascistas. O pragmatismo italiano é fabuloso; os italianos se adaptam a qualquer circunstância…

 

Quando me falam em guerra, me vem às narinas aquele cheiro de sangue velho e óleo diesel.

 

O Rubem Braga, depois do terceiro uísque, contava histórias – gostava de contar muito histórias de pescaria, de caçada, eram os assuntos dele.

 

Fui pescar no Adriático.
Três surpresas eu fisguei:
a primeira, um tubarão-baleia;
a segunda, uma baita moréia;
e a terceira, uma sereia.
Pela sereia me apaixonei,
e com ela matrimoniei.
Foram anos de pura alegria:
ora na água, ora em Santa Luzia.
O chato é que eu não sabia nadar:
ou aprender ou me afogar.
Aprendi.

 

 

Só quem é lelé da cuca esnoba essa sirena!

 

 

A Olga Benário foi enviada pelo Partido Comunista ao Brasil, para não deixar Prestes fazer besteira.

 

A Revolução de 64, de revolução não tem nada, foi um golpe.

 

O General Castelo Branco sabia tudo de Literatura. Era um homem muito letrado e muito inteligente. E nunca foi um totalitário. Ele queria que Governo dele fosse um Governo de transição, que demorasse uns dois ou três anos e convocasse eleições, mas, a linha-dura não deixou.

 

Do regime cubano eu tenho horror, mas, reconheço que a transformação de Cuba, com Fidel, foi tremenda. O País é um exemplo no campo da saúde. E não há um cubano que não saiba ler.

 

São os muçulmanos que afirmam que Deus não estava brincando quando criou o mundo. Pode ser, mas, devia estar num daqueles dias em que nada dá certo, nada encaixa.

 

Deus? O que tem Ele? Acho que ele está cochilando. Desde 1933, quando Hitler subiu ao poder. Ele deve ter pensado: ‘aquilo lá embaixo não tem jeito’. E foi tratar de coisas mais importantes. Se Deus é isso que dizem, da bondade, da paz, do perdão, então, Ele abandonou este mundo… Mas, apesar de ser agnóstico, respeito muito quem acredita. Além de agnóstico, sou cético, quase cínico. Não acredito em nada, não sou pessimista e não espero milagres.

 

 

The Great Dictator
(Charles Spencer Adenoid Hynkel Chaplin)

 

 

Os dois grandes estadistas brasileiros do século passado foram Getúlio – de quem eu não gosto, um tirano – e Juscelino, que era, realmente, um democrata, muito simpático, muito agradável.

 

Certa vez, lá na Olympio, o Jorge Amado apareceu, e o Graciliano Ramos o chamou e falou: ‘Mas, Jorge, você tem uma imaginação fabulosa, por que é que você não aprende a ler e escrever? Tem tantos cursos por aí… E o Jorge, coitado, achando que ia ouvir um elogio.

 

Na volta ao Brasil do Julgamento de Nuremberg , Samuel Wainer começou a espalhar que a cápsula de cianureto que Goering [Hermann Wilhelm Göring (1893 – 1946), Reichsmarschall des Grossdeutschen Reiches (Marechal do Reich do Grande Reich Alemão)] ingeriu na noite em que ia ser enforcado, foi ele quem deu!

 

O Brasil não tem bolsões de pobreza. Tem bolsões de riqueza.

 

Todos os ditadores militares eram pessoalmente honestos. A ditadura militar neste ponto de vista você não pode dizer nada. Foram tiranos, perseguiram, prenderam, torturaram, mas, eram figuras honestas. Castello Branco, Garrastazu Médici, João Baptista Figueiredo e Geisel, apesar de tudo, eram pessoas honestas. De lá para cá a coisa piorou muito.

 

Os grandes estadistas do Brasil foram: no século XIX, o Rodrigues Alves. No século XX, o Getúlio e o Kubitschek.

 

Felizmente, nunca sofri nenhum tipo de violência nem fui assaltado. Eu sou exceção, né!?

 

Eu gostaria de entrevistar o Bin Laden e de perguntar quem é ele e o que ele pretende.

 

Um dia, eu perguntei para o Herbert Matthews, grande jornalista, que depois foi diretor do New York Times: Mr. Matthews, que conselho o senhor daria para ser um bom repórter? E ele respondeu: Olha Silveira, são três. Primeiro, paciência; segundo, insistência; e terceiro, sorte.

 

É mais decente emagrecer do que engordar no poder. Sem falar que dá menos na vista.

 

De seis em seis meses, tudo muda no Brasil. Só o Brasil não muda.

 

Ponho os óculos, olhos lá na frente, olho atrás, olho dos lados, olhos em cima e embaixo, e não vejo nada, absolutamente nada.

 

Eu nunca disse que eu era o centro do Universo! Meu umbigo é que é.

 

Quem escreveu um bom romance, destes que ficam, nem precisa ser intelectual.

 

Quantos caminhos há no mundo?

 

Pouco adianta se a palavra é leve quando a mão é pesada.

 

Em certos livros, o prefácio mais parece um pedido de desculpas.

 

Desculpem-me.
Eu não sei o que penso.
Eu não sei o que digo.
Eu não sei o que faço.

Desculpem-me.
Se aconselho tratamento precoce.
Se recomendo cloroquina.
Se zombo da Tubaína.

Desculpem-me.
Se ando de moto.
Sei tiro a máscara.
Se morreram milhares.

Desculpem-me.
Se eu sou assim mesmo.
Se eu não consigo mudar.
Se vocês votaram em mim.

 

O mais irritante na morte é a sua absoluta falta de senso de humor. A morte, talvez, seja o único profissional que não brinca em serviço.

 

Não fazendo dela uma inimiga, a insônia pode se tornar um excelente investimento.

 

Eu nunca vi na vida um rei que não estivesse nu.

 

O copioso beletrista ameaça:

Vou lhe mandar meu último livro.

Tenho vontade de responder:

Não se apresse. Estou relendo Balzac.

 

As unanimidades no Brasil são tão unânimes que sequer admitem suplentes.

 

Ninguém pode se proclamar livre se não tem direito de dormir pelo menos uma hora após o almoço.

 

A Literatura nasce e renasce, como nascem e renascem os deuses das velhas religiões.

 

Estou penosamente fazendo o meu imposto de renda, quando sou surpreendido por um amigo que vive a glória de uma maturidade sadia e operosa, e que me diz:

Você é um privilegiado. Já setentão, pode enfileirar uma porção de vantagens, isenções e tudo o mais que a velhice tem direito.

Respondo:

Pode ser. Mas prefiro as desvantagens dos quarenta, e mais ainda os percalços, desatinos e temeridades dos trinta, nenhum deles isento, todos a declarar.

 

Sempre que eu indagava do finado Jânio Quadros, para uma entrevista encomendada ou em um bate-papo informal (e isso aconteceu uma dezena de vezes), sobre os verdadeiros motivos de sua renúncia, ele bebia mais um gole de uísque, guardava teatralmente um ou dois minutos de silêncio e depois respondia, grave e fúnebre: A você, Joel, eu conto. E lá vinha com uma história sempre diferente das anteriores.

 

 

 

 

Recém-saída de uma clínica especializada em recauchutagem corporal, a 'socialite' proclama aos quatro ventos, exultante:

Meu bumbum está uma coisa!

Só falta acrescentar:

Sirvam-se!

 

O que pesa não são os anos. O que pesa mesmo são os quilos.

 

Há um tanto de pesadelo em toda lembrança antiga.

 

Simplifiquemos as coisas e economizemos nas palavras: idiota é todo aquele cujas opiniões não coincidem com as nossas.

 

Velório: encontro de hipócritas, maus piadistas e parentes que se detestam.

 

Para os que, aqui, no Brasil (e no resto do mundo), se costumava chamar de “inocentes úteis” do Comunismo, Stalin tinha uma definição mais precisa e mais cruel: tolos honestos.

 

Estar vivo é estar condenado. E ter certeza de que a última batalha será perdida.

 

Em termos de Ocultismo,
a coisa é totalmente diferente.
Estar vivo é estar morto.
Estar é estar .
E não há
última batalha;
o Bom Combate é eterno.

 

O ciúme não é mais do que um acúmulo de hematomas sempre renovados.

 

De Franklin Delano Roosevelt: O radical é um homem com dois pés firmemente plantados no ar.

 

Quando, no Calçadão de Ipanema, senti que o velho embusteiro, que vinha em sentido contrário, havia me reconhecido e, certamente, iria me estender a comprometedora mão, não vacilei: olhei rápido para o céu, por onde, por milagrosa coincidência, ia passando, naquele momento, um velocíssimo disco voador. E fui em frente, sempre de olho no límpido e escaldante azul do firmamento. O céu é para essas coisas.

 

 

Calçadão de Ipanema

 

 

Hoje, a cautela é minha principal virtude.

 

Lembrança velha dói tanto quanto remorso.

 

Volta a circular a frase, tão enjoadinha, do falecido Otávio Mangabeira: A Democracia brasileira é uma planta tenra que merece todos os cuidados para não fenecer. Prefiro aquela outra, de Churchill: A Democracia é o pior dos regimes, excluindo os outros.

 

Se você não sabe nadar, é arriscado ou no mínimo imprudente dizer que dessa água não beberei.

 

Todo conselho pedido nunca é aquele que se espera receber.

 

Sei por experiência própria: passar dos setenta nos dá a sensação de estarmos usufruindo de um tempo que não nos pertence mais. O que não deixa de ser um roubo.

 

 

 

 

Vegetariano, Hitler se empanturrava de chocolate. Até nisso era pervertido.

 

Mais Jânio. Certa vez, na casa em que estava morando, em Santo Amaro, e já no quinto uísque, ele interrompeu sua eloqüência (o assunto era ele mesmo o seu assunto preferido) e, virando-se para mim, bradou:

Aí está o Joel, que nunca me pediu nada.

A resposta me veio célere:

É que o senhor não me deu tempo.

 

Ainda na manhã do dia 10 de abril, um sábado, estive no Cemitério Central de Bogotá, em afazer de repórter, para ter uma idéia aproximada do saldo de mortos deixado pela explosão popular. Os cadáveres… Eram muitos e feios; e ali estavam, enfileirados em todas as aléias do cemitério, numa arrumação de sucessivos dormitórios coletivos. Nunca, em toda a minha vida, nem mesmo nos meses de guerra, estive diante de mortos tão mortos. A maioria fora imobilizada em pleno furor da rebelião. E daí, talvez, o ríctus que se via na face macerada de quase todos, como se estivessem com raiva de ter morrido. Somente aquele menino (não mais de oito anos) morrera cândido, de olhos abertos, um começo de sorriso nos lábios. Os olhos vazios fixavam o céu de chumbo, e as mãos de unhas sujas e compridas pendiam sobre a laje dura – como os remos inertes de uma pequeno barco. O barco fora surpreendido pela tempestade, havia perdido o leme, mas, ficara boiando sobre as águas, sem afundar. Foi a impressão que me deu aquele menino: a impressão de que não havia morrido de todo. (…) Tal a presença de vida que vinha daquele pequeno corpo imobilizado, que cheguei a passar a palma da mão sobre a boca rígida, na esperança, talvez, de descobrir que ele ainda estava vivo. Não estava. Apenas não havia chegado a compreender direito o que de fato acontecera. “Que frio é este?”, perguntavam os lábios gelados. “E por que tanta escuridão?”, indagavam os olhos duramente abertos. Tranqüilo e ingênuo, o sorriso respondia que ele, menino, não devia ter medo, pois logo a luz e o calor voltariam, da mesma maneira como, após a chuva e a noite, o Sol volta sempre. Depois, um funcionário qualquer aproximou-se, olhou por alguns segundos o menino morto, procurou sem achar alguma coisa que ele deveria trazer nos bolsos. Tentou em seguida fechar com os dedos os olhos abertos, mas, não conseguiu. Abertos e limpos, os olhos do menino morto pareciam maravilhados com o que somente eles viam, com o que queriam ver para sempre.

 

Repórter de verdade é aquele que, na cama de um hospital, não se esquece de contar o número de aviões avistados no céu.

 

Repórter que não é chato não é repórter.

 

E lá íamos subindo, subindo a 30 quilômetros por hora, com as correntes que envolviam os pneus estilhaçando o gelo, num jipe sem capota nem para-brisa. No front, para-brisa, como sabem – ou não sabem? – é proibido, já que o simples clarão de qualquer luz nele refletida pode indicar ao inimigo a sua sempre excitada pontaria. E, pelos mesmos motivos, nem pensar em acender os faróis, por mais cerrada que estivesse a neblina, e quase sempre estava. [...] A tática do motorista Adão não era bem uma tática, mas, algo assim como quem joga a última ficha na roleta: antes da ponte, ele dava uma parada, mandava que nos abaixássemos e nos encolhêssemos o máximo possível. E após uma rápida concentração, as mãos apertando tensas o volante, o bravo cabo-motorista soltava seu grito de guerra: Deus é grande! E, numa só arrancada, o seu brioso jipe voava pela ponte, aos solavancos, sem dar importância a uma ou outra granada de morteiro que explodia perto ou afundava nas tranqüilas e murmurantes águas do rio.

 

Deixei de beber porque não tenho mais companhia. Meus amigos morreram todos. e quem bebe sozinho é alcoólatra.

 

Minha doença é velhice, e para essa não tem cura, não.

 

Passei a vida vendo a banda passar. É o que todo repórter deve fazer.

 

Já não tenho com quem beber. Eu acho que bebida é conversa. Meus amigos se foram. Nada é tão triste do que beber sozinho. Sou a maior solidão do Brasil. Estou morrendo. É o fim.

 

Eu lamento o que não fiz. O que fiz não lamento.

 

A vida é simplesmente injusta, porque eu já vivi 88 anos, enquanto as borboletas e os colibris vivem poucos dias.

 

 

 

Para Joel

 

 

 

Quem é digno,

e você, Joel, foi digno,

não se lamenta.

Quem é honesto,

e você, Joel, foi honesto,

não se lastima.

Quem é honrado,

e você, Joel, foi honrado,

não se contrista.

 

Devem se lamentar,

se lastimar e se contristar, sim,

(hoje e nos próximos milênios),

os tiranetes tupiniquins,

que – ora antidemocráticos,

ora anti-republicanos,

ora negacionistas,

ora presumidos e mentirosos,

ora corruptos, ora corruptores,

ora subornados, ora subornadores,

sempre só escarafunchando

ganhos, privilégios e vantagens pessoais –

transformaram e transformam,

tanto no antanho quanto no hodierno,

a vida do sofrido povão brasileiro

em um frio e aborrível inverno.

 

Enfim, sabe o que me letifica?

É que esses tiranetes de merda

serão esquecidos e passarão,

alguns até entropizados serão,

o que, sinceramente, me penaliza,

mas, homens dignos, honestos e honrados,

como você, Joel Magno Ribeiro da Silveira,

são eternos e viverão para sempre.

Os tiranetes são filhos das trevas;

você é filho da Luz,

e a Luz não se lamenta por Iluminar.

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Riacho do Navio
Composição: Luiz Gonzaga & Zé Dantas
Interpretação: Fagner

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=kqTr4IDdlrw

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/48591/48591.PDF

https://portal.comunique-se.com.br/joel-silveira
-textos-licoes-maiores-reporteres/

https://www.academia.org.br/artigos/
joel-silveira-um-senhor-reporter

http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete
-biografico/joel-magno-ribeiro-da-silveira

https://ozymandiasrealista.blogspot.com/2020/
11/apresentando-joel-silveira-ao-jotabe.html

https://www.jimphicdesigns.com

https://rodoviariaonline.com.br

https://pluspng.com

https://www.animatedimages.org

https://caras.uol.com.br/arquivo/citacoes-931.phtml

https://jc.ne10.uol.com.br

https://docplayer.com.br/23466143-
Roteiro-de-audio-frases-celebres.html

http://www.observatoriodaimprensa.com.br

https://www.mirror.co.uk/usvsth3m/

http://rebloggy.com/

https://www.pngkey.com

https://www.oexplorador.com.br/

https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/
handle/id/311048/noticia.htm?sequence=1

https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle
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https://www.uai.com.br

https://www.uai.com.br/

https://formandofocas.com/2015/08/30/grandes-
frases-de-grandes-jornalistas-joel-silveira/

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1608200714.htm

http://g1.globo.com/platb/geneton/

https://www.academia.org.br/artigos/frases-do-joel

https://giphy.com/gifs/1935-JnzhaxTY8DfQA

http://www.tribunadainternet.com.br/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Joel_Silveira

https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_Novo_(Brasil)

 

Direitos autorais:

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