ROSA ESOTÉRICA

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo tem por finalidade apresentar para reflexão alguns fragmentos da obra Rosa Esotérica (em muitos casos editados, pois o texto que consultei está em espanhol) de autoria de Henrich Arnold Krumm-Heller (1876 – 1949), médico, ocultista e rosacruz de origem alemã, mas que viveu muitos anos no México. Krumm-Heller fundou a Fraternitas Rosicruciana Antiqua (FRA) – uma tradicional Ordem Iniciática Rosacruz que atua particularmente nos países de fala hispânica e no Brasil.

 

Se você estiver interessado em ler a obra integral de Krumm-Heller, poderá lê-la ou baixá-la AQUI.

 

 

 

Fragmentos Escolhidos

 

 

 

 

 

 

Zeus disse a Aquiles que, se todas as flores quisessem eleger uma rainha, não poderia ser outra que não a rosa. Ela é o ornato da Terra, a divina explosão de Deus nas planícies silvestres, o manto de neve que coroa as amendoeiras em flor, o símbolo da primavera. Nela, as gotas de orvalho se detêm e titilam como uma pérola. Na rosa, a beleza de toda a criação tem sua síntese, e ela é como uma mensagem de líricos sonhos para as almas sutis.

 

Dentre diversas tradições, uma conta que, quando Afrodite chorou a morte de Adonis, suas lágrimas se misturaram com o sangue deste Deus, e, desta fusão, como uma brasa, surgiu a rosa.

 

O poeta lírico grego Anacreonte (Teos, 563 a.C. – Teos, 478 a.C.), que fez um poema em honra das rosas, pergunta: '— O que poderia existir sem as rosas?'

 

A rosa mofada, pequena planta da família dos fungos, se formou quando algumas gotas de sangue do Redentor caíram sobre o musgo que crescia sob a Cruz do Gólgota.

 

'Para quem o Coração se infamar de amor leva uma coroa de rosas.' (Wilhelm Richard Wagner, 1813 – 1883, in: Tannhäuser, apud Krumm-Heller).

 

'Os felizes têm um leito de rosas.' (Marcus Tullius Cicero, 106 a.C. 43 a.C., apud Krumm-Heller).

 

Rosa Segredo Silêncio. Assim como as pétalas de uma rosa estão unidas sem deixar penetrar nada, de igual maneira o segredo deve ser e permanecer incomunicável.

 

'Quero chegar a ti... Realizar o mistério magno de concretizar minha divina ilusão... Tocando em meu saltério a doce melodia que está em meu Coração...' Quero chegar a ti... (Jesús Alvarez Ponce, apud Krumm-Heller).

 

A inutilidade não existe na Magna Obra do Universo.

 

 

 

AS SETE METAS

 

1ª) Tem um objetivo em todas as tuas ações. Tem um fim em todas as coisas. Que estes objetivos sejam para descobrir o Essencial. Crava tua atenção nisto, e toma por armas o útil, o nobre, o bom e o belo, e, para obtê-Lo, despreza todos obstáculos que se interpuserem. Assim, as Rosas florescerão sobre a tua Cruz.

2ª) Alegra-te sempre. Que o contentamento e a alegria transbordem por todos os poros da tua Alma, e até mesmo as mínimas impressões te encham de íntimo prazer. Deus está em tudo o que existe, e, portanto, tua Essência é Divina. Logo, é necessário perceber o Essencial, mesmo no mais ínfimo e pequeno organismo. Assim, as Rosas florescerão sobre a tua Cruz.

3ª) Aprende a respeitar a opinião sincera dos outros. Se encontrares falhas e imprudências, com respeito, deixa-os conhecer tua maneira de pensar mais concertada, mas, nunca com desprezo. O Essencial e o Divino falam por intermédio de todos os seres-no-mundo, e, quando é o caso, é apenas uma questão de mudar a abordagem para que se aproximem da Verdade. Assim, as Rosas florescerão sobre a tua Cruz.

4ª) Sai diariamente ao ar livre e admira a Natureza. Alegra-te e exulta pelo Sol, pelo céu, pelo meio ambiente, pelas flores, pelo verme miserável que se arrasta pelo chão. Observa que em tudo há o Divino e está presente o Essencial. Assim, as Rosas florescerão sobre a tua Cruz.

5ª) Sê fiel aos teus amigos e tu terás amigos fiéis, porque dentro deles estás tu. Embora tu sejas uma entidade separada e isolada, tu não és mais do que uma expansão do Divino. Medita, entende e ajusta teu comportamento a isto, e busca sempre o Essencial. Assim, as Rosas florescerão sobre a tua Cruz.

6ª) Relaciona-te com todos, mas prefere aqueles que saibam mais do que tu, para deles poderes extrair a substância do que tenham aprendido. Então, os conhecerás e os amarás, e tua observação te fará ver que são como tu – parte integrante do Essencial. Assim, as Rosas florescerão sobre a tua Cruz.

7ª) Concentra-te diariamente. Estuda se a tua atenção tem se detido em coisas acessórias ou secundárias. Faz sempre um exame de consciência, e reponde a ti mesmo. Se não pudeste estar atento ao Essencial, cuida de fazer as necessárias reparações para buscar todos os dias esta Essência Divina que se move em tudo o que existe, porque só assim irás progredir e ser feliz. Assim, as Rosas florescerão sobre a tua Cruz.

 

 

 

Todas as coisas da Natureza, tudo aquilo que se vê, tudo aquilo que não vê e todas as formas cristalizadas têm um Ponto Essencial – uma Substância Íntima um Espírito Alado, Inconsútil, que, por Ele, todas as coisas vivem, operam e se desenvolvem.

 

 

Cloreto de Sódio (NaCl)

 

Para que a LLuz se faça em tua peregrinação, caminha lentamente. Se meditares, terás a intuição da Unidade, e Sete Sendas Mágicas se abrirão em teu caminho. São os Sete Caminhos Benditos de Deus!

 

 

 

Fala! Fala Santo Silêncio da minha vida! Fala Doce Nota no Santo Silêncio do meu Silêncio Santo! Fala porque sou pecador! Em mim, há uma causa genésica, sexual e primitiva que me arrasta! Não quero e quero ao mesmo tempo!

 

Teresa de Ávila1 e João da Cruz2 serão os dois guardiões da minha peregrinação na noite escura e procelosa da minha alma.

 

Dois são um e um é nada.

 

Uma Estrela Pentagonal surge de repente, e um céu azul imaculado a rodeia.

 

 

 

 

Cinco pétalas... Outras cinco... Outras cinco... Tantas outras...

 

No meio da rosa... Um padrão em ziguezague... Kundalini? Será a Princesa que dorme? Será a Chama Serpentina que haverá de surgir no meio da rosa?

 

Fala! Fala! Fala! Dá-me o Mantram Sonoro! Dá-me a Palavra Poderosa! Dá-me o 'Verbum Dimissum et Inenarrabile'! Dá-me a Nota Nítida, Pura, para que eu possa despertar em minha alma o Divino Sanctum Sanctorum!

 

Vive tua vida, seja qual for... Não te detenhas no caminho...

 

Tu tens uma Pedra! Mais além, mais além da tua estultícia, incrustada no muro do teu próprio subconsciente, há uma Pedra ignorada, esperando o instante de ser lavrada! Esta Pedra é a tua Rosa, o Tesouro de tua própria Alma.

 

 

 

 

O que vais dizer? É útil? É bom? É verdadeiro? É edificante? Se não for, em silêncio, destrói teu próprio acorde dissonante.

 

A Natureza é ritmo e harmonia. Uma palavra desarmônica, malévola ou depreciadora que saia de tua boca compromete o ritmo e a harmonia da Natureza.

 

 

 

 

Cada rosa que cortas da roseira é uma vida que cegas, é um perfume que matas.

 

Normalmente, como a água desconhece o teor de sal que contém, o homem caminha ignorando que em seu próprio vaso há uma Água de Vida, na qual está diluído um Princípio que não conhece... Tão-só o Sol Espiritual [em nosso Coração] despertará a nossa faculdade de conhecer o Sal de Sabedoria que dormita em nossa subconsciência. Só assim conheceremos este Sagrado Princípio – o 'Verbum' [Dimissum et Inenarrabile] que, por gênese, em todos radica.

 

Estuda. Observa. Olha. Medita. Apazigua o tumulto do teu próprio ruído. Silencia as vozes interiores que te assediam e os gritos que te comovem. Esforça-te para reconhecer uma só Voz3 entre todas as tuas vozes…

 

 

 

 

Tudo é como é, não como a nossa mediocridade o percebe.4

 

Se queres que tua Rosa floresça, sê cauteloso, e, no silêncio do teu próprio espírito, mergulha em tua própria serenidade...

 

Ir por uma estrada sem saber a sua finalidade não é ir pela Estrada. Peregrinar por uma rota sem saber onde ela nos leva, não é estar na Rota. Mas, aportar é preciso, ainda que o porto seja o que não queiramos! Sim, teremos de chegar! A Lei é infalível e iniludível; o desígnio é educativo e imutável.

 

Nossa pluralidade é parte integrante da Unidade. Todos nós não somos outra coisa que pedras justas, bem medidas e bem delineadas, cujos materiais formam um todo maior – o vasto Templo da Natureza. Na formação deste conjunto, poderá uma pedra ocupar outro lugar do que aquele que lhe esteja destinado?5

 

 

 

 

 

 

Doze Princípios

 

 

1º) Constantemente, emito pensamentos de paz, de amor, de harmonia, de bondade, de benevolência e de compaixão para todos os meus irmãos na Humanidade.

2º) Desejo a todos os homens a LLuz da Sabedoria [ShOPhIa] e a amplitude de conhecimento, para que se manifeste um único critério, uma única razão, um único julgamento, uma única bondade, uma única beleza e um único poder, para que ninguém sofra.

3º) Todos os dias, lembrarei que todos nós somos irmãos, que todos nós somos feitos dos mesmos elementos da Terra, que todos nós somos filhos de um mesmo Pai e de uma mesma Mãe espirituais, que todos nós respiramos o mesmo ar e que todos nós dependemos das mesmas substâncias cósmicas.

4º) A partir de agora, ajustarei minhas ações às normas da Sabedoria, da Força e da Beleza. Deste modo, serei um membro útil à minha família e um ente justo no âmbito da sociedade.

5º) Adotarei como princípio não permitir que alguém faça para mim um trabalho que eu mesmo não possa executar. Não aceitarei de ninguém um sacrifício de tempo, de esforço e de dinheiro sem antes haver oferecido sua equivalência, estando disposto a cancelar este carma e a não criá-lo desta maneira. E, se eu vier a conquistar fortuna material, jamais haverei de fazê-lo obtendo vantagens nem prejudicando meus semelhantes.

6º) Em todos os momentos, me esforçarei para me apresentar alegre, satisfeito, justo e pontual. Que a onda que me envolva seja sempre de alegria e de harmonia pura, e que se alguém me oferecer um obséquio que eu não tenha solicitado, receba, desde já, minha eterna gratidão.

7º) Para sempre, eu quero ser instrumento de Deus – Seu próprio veículo. Para isto, coloco todo o meu saber, toda a minha capacidade e todas as minhas forças à disposição de todos, dos quais sei que sou parte integrante, para, em harmonia com a Fraternidade Universal, fazer o que for necessário, justo e bom.

8º) Respeitarei os direitos dos outros, e, de todas as formas, ajudarei para que todos respeitem todos os direitos. No entanto, antes de exigir meus direitos, cumprirei meus deveres.

9º) Manter-me-ei firme em toda e qualquer circunstância, mesmo que seja contra mim. Sustentarei sempre a verdade, e, quanto me seja possível, lutarei por ela, para que resplandeça sobre a falsidade e sobre a mentira.

10º) Olharei para o dinheiro e para os bens materiais simplesmente como meios, nunca como fins em si. Jamais me sentirei dono do que eu tiver ou do que eu vier a ter, mas, sim, me considerarei apenas como um administrador da coletividade.

11º) Sempre preferirei ser aquele que oferece um benefício do que aquele que recebe. Para isto, estudarei, aprenderei, trabalharei, me empenharei para conquistar os meios necessários e cuidarei da minha saúde para ser exitoso nesta tarefa.

12º) Eu quero trabalhar para os outros seres-no-mundo, com os outros seres-no-mundo e em harmonia com todos os seres-no-mundo, e, acima de tudo, com o próprio Deus de meu Coração, cuja manifestação, em mim, representa meu Eu Interior.6

 

 

Só escutando a Santa Voz... Só em solidão interior... Só na intimidade de nosso próprio Templo Interno... Só quando a Glândula Pineal e o Plexo Solar estiverem em harmonia mística... Só quando fiat voluntas mea for transmutado em Fiat Voluntas Tua...

 

A rosa é um constante 'memento mori'7, que, a cada passo, nos faz recordar que somos pó e que em pó nos converteremos. É um anúncio permanente que a morte nos ronda a cada instante. Revertere ad locum tuum. [Retorna ao teu lugar].

 

A rosa é o símbolo da virgindade. Tudo o que é puro, imaculado, limpo e modesto está consubstanciado na rosa, que nunca perde sua fragrância, ainda que mãos impuras a toquem.

 

Todo esforço deve ser pessoal.8 Devemos lutar para encontrar nosso tom, nosso único tom – a nota pura e imaculada.

 

O jumento carrega constantemente a Cruz. Ninguém descobrirá o Segredo da Transmutação até que tenha encontrado o jumento em seu interior.

 

Summa Scientia nihil scire. A Ciência mais alta é não saber nada.9

 

Todos nós haveremos de padecer enquanto estivermos encarcerados em nosso poço de matéria.

 

 

 

 

Tão-somente o Iniciador haverá de proporcionar as Rosas necessárias para que aconteça o milagre da transmutação! Só assim terminará a noite sem fm, sem remédio e aparentemente sem redenção possível.

 

É o Amor Divino que move os sóis, que ordena as estrelas em um constante ritmo de harmonia e que a todos nós abrasa.

 

'As rosas têm forças curativas, não só para curar doenças materiais, mas para oferecer a purificação das almas e a conquista da imortalidade.' (Dante Alighieri, 1265 – 1321, apud Krumm-Heller).

 

Rosa Luz Pura + Luz Intelectual + Luz de Amor.

 

Eterno Trio Pensar + Querer + Sentir.

 

A essência de tudo é o Logos, e o Logos tem seu Princípio Interno precisamente na Secreção Sexual animada pelo Amor.

 

ShIN10 é o eterno feminino; ShIN é o sexo.

 

Só o casto e inocente conquistará o Santo Graal. Tudo o que não sirva para conectar o homem com a Causa Primeira que o formou deverá ser abandonado.

 

Rosa Setenário Teosófico.11

 

Devemos nos esforçar para que a Rosa floresça em nós, tanto quanto devemos lutar para que o Sete acenda suas Sete Lâmpadas Votivas sobre a Árvore Sagrada da nossa Cruz.

 

A graça, o perfume, a beleza e a diversidade de tons e matizes da rosa foram formados, segundo a Iniciação, pelos primeiros Elohim [ALHIM12] – os Arquitetos da Grande Obra da Natureza.

 

A rosa tem poderes mágicos e peculiares que vem conservando até nossos dias. Quando as circunstâncias se tornarem mais favoráveis para a Humanidade ou quando esta chegar a uma época em que a roda de sua evolução tenha ascendido em direção ao cume, o Arcano Íntimo de todas as coisas será revelado, e todos os ouvidos estarão aptos para ouvir a Luminosa Verdade, que ainda permanece velada nas profundezas do Santuário. Mas, isto só acontecerá quando descrucificarmos o Cristo em nós!

 

Florescimento da Mente —› Razão —› Lógica.

 

O Eterno A Rosa A Santa Imaginação.

 

O principal é Sentir, não raciocinar.

 

Rosa Idealismo Metafísico.

 

A Rosa é a Coisa em si-mesma; é o Imperativo Categórico.

 

No Cosmos Ilimitado, na própria Natureza, há uma Substância, e esta Substância Imponderável, Mágica e Única é o Logos ou Cristo Cósmico, que a tudo anima e dá vida, que a tudo move e comove... Esta é a Rosa!

 

Para elaborar a Pedra Filosofal, 'Solve et Coagula'. Recolhe e domina as Forças, porque se tu não as dominares, elas te dominarão.

 

 

Baphomet
(Éliphas Lèvi)

 

Um exercício místico fundamental é fazer uma introspecção em nossas causas interiores e tentar recordar o passado...13

 

Só o Bem forçará o casulo da nossa Rosa para que Ela se abra.

 

Amálgama Místico Triangular = Otimismo + Alegria + Música.

 

Devemos nos sentir vencedores, não vencidos. Sempre. Em qualquer circunstância.

 

PHE VIMM DSACH A Mão Direita de Deus As Asas de Deus A Asa Direita de Deus.

 

FE UIN DAGJ.

 

Todos nós devemos nos preparar, de tal maneira que as Rosas floresçam em nossa Cruz.

 

Busca, em tudo, o Essencial – que é a Rosa – para que Ela floresça em todos os detalhes em tua própria Cruz.

 

Silêncio! Não importa o antes... Não importa o depois... Tudo é Unidade! Tudo é Beleza! Tudo é Bem! Lavra tua Pedra e sê sereno! Que as Rosas floresçam sobre a tua Cruz. Silêncio!

 

 

 

 

 

 

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Notas:

1. Santa Teresa de Ávila ou Teresa de Jesus (Gotarrendura, 28 de março de 1515 – Alba de Tormes, 4 de outubro de 1582) foi uma religiosa e escritora espanhola famosa pela reforma que realizou na Ordem dos Carmelitas e pelas suas obras místicas. Foi proclamada Doutora da Igreja pelo Papa Paulo VI.

2. São João da Cruz (Fontiveros, 24 de junho de 1542 – Úbeda, 14 de dezembro de 1591) foi um frade carmelita espanhol famoso por suas poesias místicas. Foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XI. No texto A Noite Escura da Alma na Visão Poética de São João da Cruz, Sérgio Carlos Covello explica que, no Cristianismo primitivo, não se conseguia imaginar o acesso ao Reino dos Céus senão em forma de subida. No decorrer dos tempos, cada doutrinador imaginou um número de degraus para a escada mística, degraus estes correspondentes aos vários graus de perfeição espiritual. A de São João da Cruz tem dez degraus, enquanto a de Santa Teresa de Ávila, sete. Todas, no entanto, são desdobramentos das três vias clássicas da jornada mística – purificação, iluminação e vida unitiva. Na Doutrina Mística de Santo António de Lisboa, a mysticorum obscuritas (obscuridade dos místicos) passa por três estágios, a saber: Conticínio (Conticinium), Meia-Noite (Media Nox) e Aurora (Aurora).

3. A Voz do Silêncio.

4. Em relação ao Todo-sempre-um, todos nós somos mediocríssimos. Entre outras serventias, encarnação serve também para mitigarmos um pouquinho a nossa mediocridade. Só compreendendo nos libertaremos!

5. Não e sim. Não, se não houver mérito nem oportunidade; sim, se houver mérito e oportunidade. São o mérito e a oportunidade – e só o mérito e a oportunidade – que movem as pedras, que as burilam, que as aperfeiçoam. Quanto ao mérito, creio que eu não precise fazer nenhum comentário, mas, quanto à oportunidade, deixarei a seguinte pergunta: quem poderá, na Terra, se tornar um Iniciado Rosacruz, quando e se as Ordens e Fraternidades Rosacruzes estiverem em dormência? 108! Como explica Gary L. Stewart na monografia introdutória da Confraternidade da Rosa+Cruz, toda manifestação existe em virtude de um processo... Uma continuidade de existência eterna que não conhece nem começo nem fim. Este processo deverá ser de transcendência e de transformação que nunca permita estagnação ou deterioração grosseira. Ele deverá sempre se refinar e se melhorar e, periodicamente, desprender a aparência de sua pele exterior e a densidade de sua expressão material. Harvey Spencer Lewis (25 de novembro de 1883 – 2 de agosto de 1939) se referiu a este processo cedo em seus escritos como o ciclo de 108 anos, e, mais tarde, aludiu a ele nos graus numericamente superiores, comentando de forma alegórica à bem conhecida analogia da relação necessária entre Judas e Jesus. Esta alusão foi para explicar a necessidade de um catalisador para induzir [e estimular] as necessárias mudança e transformação.

 

 

Catálise

 

 

A catálise é a mudança na velocidade de uma reação química devido à adição de uma substância (catalisador), que diminui a energia de ativação da reação (energia inicial necessária para que uma reação aconteça), e, praticamente, não se transforma ao final da mesma. No caso das Ordens e das Fraternidades Rosacruzes, o catalisador, por assim dizer, é o ciclo de 108 anos, que, na verdade, mais tem função inibitória do que catalítica, pois impede a estagnação e a deterioração grosseira, como aludiu Gary L. Stewart.

6. Para a maioria das pessoas, estes Doze Princípios são muito difíceis de ser postos em funcionamento. Mas, penso que não seja difícil, a cada dia, parar por cinco segundos, e emitir o pensamento: Paz ao Mundo. E, se pusermos em prática apenas um destes Princípios, já teremos feito muito. Todo aquele que se cobra demais, que tem cacoete de perfeição, se torna um chatureba de galochas e acaba por não realizar bulhufas. Não devemos jamais esquecer de viver o presente; devagar se vai mais longe. Como muito bem disse Confúcio (551 a.C. – 479 a.C.), pensador e filósofo chinês do Período das Primaveras e Outonos (722 a.C. a 481 a.C.), não importa quão devagar você ande, desde que não pare.

7. Memento mori é uma expressão latina que significa algo como lembre-se de que você é mortal, lembre-se de que você vai morrer, ou, traduzida literalmente, lembre-se da morte. Este tipo de pensamento é muito utilizado no âmbito da Literatura, principalmente na Literatura Barroca.

 

Vanitas

Vanitas
Philippe de Champaigne (1602 – 1674)

 

Observe que a pintura acima se reduz a três características essenciais: vida, morte e tempo. Vanitas, em latim, significa vaidade. Equivale a futilitas, futilidade.

8. Uma ajudinha aqui e outra ali podem acontecer; mas o principal teremos de o fazer nós.

9. A equivalência desta sentença é: Nihil scire; omnia posse. Nada saber; tudo poder. Bem, alguma coisa nós sabemos, nem que seja uma caganita! Definição de vaidade: transformar caganita em cagalhão.

 

 

 

10. ShIN é a 21ª letra dos Alfabetos Arqueométrico e Hebraico. Seu Valor Externo é 300, seu Valor Pleno é 360, seu Valor Oculto é 6 e seu Valor AThBaSh é 2. Com ALeF e MeM forma as Três Letras Matrizes. No homem, simboliza o Fogo do Intelecto; no ano, simboliza o Calor; e, no Universo, simboliza o Fogo Etéreo. No Sistema ALBaM, sua letra correspondente é o IOD. Segundo o Sepher Yezirah, Deus deixou a Letra ALeF predominar no Ar Primitivo, coroou-a, combinou uma com a outra e formou delas o ar no mundo, umidade no ano e o peito no ser humano... Ele deixou a Letra MeM predominar na Água Primitiva e coroou-a, combinou-a com a outra e formou delas a Terra..., a friagem no ano e o ventre no ser humano... Ele deixou a Letra ShIN predominar no Fogo Primitivo, coroou-a, combinou-a com a outra e formou delas céu no mundo, calor no ano e a cabeça do ser humano.

 

 

Letra ShIN

 

 

11. Geralmente, sete indica plenitude, perfeição ou algo concluído. Apocalipse: as Sete Igrejas, os Sete Espíritos, os Sete Candieiros, as Sete Estrelas, as Sete Lâmpadas, os Sete Selos, as Sete Pontas, os Sete Olhos, os Sete Anjos, as Sete Trombetas, os Sete Trovões, as Sete Cabeças, as Sete Coroas, os Sete Anjos, as Sete Pragas, os Sete Montes, os Sete Reis e as Sete Bem-aventuranças. Na Bíblia, há, ainda, por exemplo: a criação do mundo em sete dias, choveu durante sete dias, as 7 genuflexões que Jacob fez ante Esaú, sete vacas gordas e sete magras, sete espigas de milho e sete anos, todo animal deveria ficar sete dias com a mãe antes de ser sacrificado, era necessário mergulhar sete vezes no Rio Jordão para alcançar o perdão, sete colunas teria o Templo de Salomão e um candelabro com sete braços radiantes etc. No Egito antigo, a Iniciação tinha sete graus. Na Grécia antiga, se falava de sete sábios mundiais. Acreditava-se que sete acordes uniam os céus com a Terra. Sete súplicas tem a oração do Pai-nosso. Entre os citas e os celtas, o homem tinha sete corpos, sete princípios e sete sentidos. Os druidas selecionaram sete plantas para usar em suas curas, e entre elas se encontravam o Visco (Viscum album), a Mandrágora (Mandragora officinarum) e o Licopódio (Lycopodium clavatum). Em muitos escritos religiosos, o número sete é mencionado como 3 + 1 + 3, de tal sorte que a Unidade está no centro. Marcus Tullius Cicero (Arpino, 3 de janeiro de 106 a.C. – Formia, 7 de dezembro de 43 a.C.) disse: Rerum omnium fere modus. O sete é base de tudo o que existe. E por aí vai.

12. A primeira frase do Gênesis é: BeREShITh BaRA ALHIM. BeREShITh – que, simbolicamente, significa No começo – equivale às cifras 2–200–1–300–10-400. Estas seis cifras simbolizam as seis forças cósmicas que presidiram a obra, ainda inconclusa, dos seis dias. Este saber também se encontra expresso no Hexagrama de Salomão. BaRA – que significa Criar (no sentido de concepção mental da criação) – possui as cifras 2-200-1. No começo, os ALHIM criaram. Sobre a palavra ALHIM (Elohim) duas observações devem ser feitas: sua terminação IM indica caráter plural (AL e ALH), e, precisamente, expressa Justiça Divina.

13. Este exercício permite que, depois da morte, a descida ao nosso inferno pessoal (três dias e meio) seja abreviada e a preparação para a próxima encarnação seja mais efetiva.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://ribeiralma.blogspot.com.br/
2011_02_01_archive.html

http://devagarsevaimaislonge.blogspot.com.br/
2011/06/devagar-se-vai-mais-longe.html

http://www.angelfire.com/
nj2/rose36/rosegifs.html

http://www.pulpitovirtual.com/wp-content/
uploads/2011/01/Apocalipse_Vol_1.pdf

http://www.slideshare.net/diegao45/
as-sete-cabeas

http://blogdomanoelmodesto.blogspot.com.br/
2011_09_01_archive.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Memento_mori

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1lise

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Energia_de_ativa%C3%A7%C3%A3o

http://www.crcsite.org/IntroMonoPortug.htm

http://media.photobucket.com/image/nature%20animated/
DiaaCreavents/Arwa3/nature-orchid-animated.gif?o=98

http://nicefun.net/beautiful-
paintings-of-nature-vt41.html

http://www.epidemicfun.com/2010/
absolutely-beautiful-nature-photos/

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Human
_Brain_sketch_with_eyes_and_cerebrellum.svg

http://gifaday.blogspot.com.br/2010/11/
night-of-demons-cartoon-mouth-gif.html

http://www.energystar.gov/index.cfm?c=
marketing_res.env_lifestyle_images

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Teresa_de_%C3%81vila

http://www.amorc.org.br/Imagens_
publicacoes/noite%20escura.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Jo%C3%A3o_da_Cruz

http://ebookbrowse.com/arnold-krumm-heller
-rosa-esoterica-pdf-d237399806

 

Bibliografia:

KALISH, Isidor Rev. Dr. (Tradutor). Sepher Yezirah (um livro sobre a criação)/Sepher Yezirah (a book on creation). Tradução de Edmond Jorge e Equipe Renes. Rio de Janeiro: Editora Renes Ltda, 1980.

 

Música de fundo:

The Sound of Silence
Composição e interpretação: Paul Simon & Art Garfunkel

Fonte:

http://search.4shared.com/postDownload/MgN
QuJgW/15_-_simon_and_garfunkel_-_sou.html

 

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.