Nós
devemos nos ajustar às mudanças dos nossos tempos, mas sem
mudar nossos princípios.
Palestina – Paz, sim. Apartheid,
não. Na
Margem Ocidental, nos territórios ocupados, um horrível exemplo
de 'apartheid' vem sendo perpetrado contra os palestinos que vivem ali.
Israel penetrou, ocupou, confiscou e colonizou grandes partes do território
pertencente aos palestinos. Os palestinos são separados de sua própria
Terra. E com a finalidade de impedir os palestinos de protestarem contra
isto, os israelenses capturaram e encarceraram cerca de 9 mil palestinos,
incluindo 300 crianças, algumas com 12 anos de idade, e mais de 100
mulheres. E, no processo, os palestinos são completamente tratados
como cidadãos inferiores. Isto não é senão 'apartheid'.
O
propósito fundamental de meu livro é apresentar fatos a respeito
do Oriente Médio que são desconhecidos nos EUA e precipitar
uma discussão que possa levar à reabertura das negociações
de paz, ausentes faz seis anos, que permitam trazer paz permanente entre
Israel e seus vizinhos. Outra esperança é de que os judeus
e outros norte-americanos que compartilhem dos mesmos objetivos se sintam
motivados a exprimir seus pontos de vista publicamente, quem sabe ao mesmo
tempo. Adoraria ajudar neste esforço.
Se
a repressão continuar em Gaza e na Cisjordânia, se Israel não
consentir em negociar um Estado Palestino, poderemos chegar a uma situação
semelhante ao 'apartheid' sul-africano. Dois povos habitando a mesma terra,
mas completamente separados um do outro, com os israelenses ocupando a posição
dominante e privando os palestinos, de forma repressiva e violenta, de seus
direitos fundamentais... Enquanto a repressão israelense continuar,
haverá terrorismo... Há um incômodo generalizado no
mundo árabe e na Europa, que, porém, não é sentido
nos Estados Unidos, a respeito da ausência de consideração
por nosso Governo do sofrimento palestino.
Nós
nos tornamos não uma mistura, mas um lindo mosaico. Pessoas diferentes,
diferentes credos, diferentes anseios, diferentes esperanças, diferentes
sonhos.
Nossas
duas nações [EUA
e URSS] têm quase cinco vezes mais
ogivas de mísseis hoje do que tínhamos oito anos atrás
[em 1969]. Mesmo
assim, não estamos cinco vezes mais seguros, pelo contrário.
Ao
ser apresentado a Pelé: — Muito prazer, eu sou Jimmy
Carter; você não precisa se apresentar.
Às
vezes, a guerra pode ser um mal necessário. Mas, apesar da sua urgência,
será sempre um mal e nunca um bem. Não é pela matança
dos nossos filhos que nós aprenderemos a viver juntos em paz.
Os Estados Unidos têm mais
de 12 mil armas nucleares, a Rússia, mais ou menos o mesmo, França
e Grã-Bretanha têm largas centenas e Israel tem 150 ou mais.
Temos uma enorme diversidade de armamentos.2
Estou
consternado e tive de reter as lágrimas ao verificar a destruição
deliberada contra o povo palestino, destruição causada por
bombas lançadas por israelitas a partir de aviões fabricados
na América.
Preocupado
com a possibilidade de fraude nas eleições presidenciais na
Flórida (citado em Veja, 06.10.04): Alguns requisitos
internacionais básicos para uma eleição justa estão
ausentes na Flórida.
Já
que o presidente Evo Morales veio à minha propriedade e, evidentemente,
colheu alguns amendoins, espero que em minha próxima visita possa
ir ao Chapare, onde ele vai me levar para colher folhas de coca.
Acho
que uma esmagadora parcela da animosidade intensamente demonstrada contra
o Presidente Barack Obama se baseia no fato de que ele é um homem
negro. A inclinação racista ainda existe e borbulha na superfície
por causa da crença de muitos brancos, não só no Sul,
mas em todo o País, de que os afro-americanos não estão
qualificados para liderar este grande País. É uma circunstância
lamentável que me entristece e preocupa muito profundamente.
É
muito importante que alguém se encontre com os dirigentes do Hamas
para exprimir os seus pontos de vista, para avaliar se podem dar provas
de condescendência, para tentar convencê-los a cessar todos
os ataques contra civis inocentes em Israel e a cooperarem com a Fatah,
enquanto grupo que une os palestinos.
O
Brasil é uma grande nação, dedicada à liberdade
e à Democracia, com um compromisso com os direitos humanos e que
está capitalizando suas possibilidades econômicas.
O
acordo entre Brasil e Estados Unidos na produção e pesquisa
de etanol é realmente insignificante, no que diz respeito a aliviar
as necessidades energéticas desta nação em longo prazo.
Por outro lado, o acordo com o Brasil é encorajador, porque mostra
amizade e compromisso em relação a um tema, mas é relativamente
insignificante em relação a conservação energética.
O
tema número 1 nos Estados Unidos deveria ser o de aumentar a eficiência
energética de veículos e outras coisas que dependem de combustível.
Minha esperança é que, no futuro, nós passemos para
o etanol celulósico, produzido a partir de árvores, que crescem
rapidamente.
Sobre
a viagem do Presidente George W. Bush à América Latina:
Por muito tempo, nossa política latino-americana foi orquestrada
por gente cuja maior credencial era ser antiCuba. Você não
podia almejar um alto cargo no Departamento de Estado ou um alto posto diplomático
a não ser que manifestasse uma animosidade pública contra
Fidel Castro. Agora, nos dois últimos anos de seu mandato, espero
que o presidente Bush mude a sua posição.
Em
resposta às críticas que lhe dirigem quanto à sua presidência
dos Estados Unidos:
Mantivemos a paz, conservamos o nosso País seguro, promovemos os
direitos humanos em todo o mundo, normalizamos as relações
com a China, estabelecemos acordos nucleares com a URSS, conseguimos levar
a paz a Israel e ao Egito. Sinto-me bem com a minha Administração.
Atualmente,
os EUA importam diariamente quase 13 milhões de barris de petróleo.
A ausência de uma reforma energética compromete a segurança
nacional e o crescimento econômico do País em longo prazo.
A reforma energética para reduzir a dependência americana de
petróleo estrangeiro deve ser uma das maiores prioridades do Congresso.
Coletivamente, nada poderia ser mais importante do que esta questão
de energia. Eu diria que nosso 'status', mesmo como nação
líder no mundo, dependerá do papel que tivermos nos campos
da energia e do meio ambiente, no futuro. A meta da independência
energética dos Estados Unidos é fundamental para resolver
a vulnerabilidade da nação a possíveis pressões
e chantagens. Contudo, a complexidade dos problemas exige uma estratégia
multidimensional, porque nenhum elemento por si só pode se separar
das demais soluções.
NÃO
CASTIGUEM OS PALESTINOS
Jimmy
Carter, no Washington Post
Enquanto
os resultados das recentes eleições palestinas estão
sendo implementados, é importante entender como funciona
o processo de transição e também o quanto
são importantes para ele as ações de Israel
e dos EUA.
Embora
o Hamas tenha obtido 74 das 132 cadeiras do Parlamento, o presidente
palestino, Mahmoud Abbas, detém o direito de propor e de
vetar leis, sendo necessários 88 votos para cancelar seu
veto. Com nove de seus membros eleitos presos, o Hamas tem apenas
65 votos, mais os que puder atrair de outros partidos. Abbas tem
o poder de escolher e demitir o Primeiro-ministro, de publicar
decretos com força de lei quando o Parlamento não
estiver reunido e de declarar o estado de emergência. Como
comandante-em-chefe, também tem a palavra final sobre a
Força de Segurança Nacional e a inteligência
palestina.
Os
membros do novo Parlamento irão eleger, após o início
da nova legislatura no sábado, um presidente da Casa, dois
vices e um secretário. A estes não é permitido
qualquer cargo no Executivo, portanto dirigentes do Hamas poderão
optar por concentrar sua influência no Parlamento e indicar
moderados ou tecnocratas para o cargo de primeiro-ministro e ministros.
O 'premier' terá três semanas para formar o Gabinete,
que precisará da maioria do Parlamento para aprovação
final.
O papel de primeiro-ministro
foi muito fortalecido enquanto Abbas e Ahmed Qurei ocuparam essa
posição sob Yasser Arafat, e Abbas anunciou que não
irá escolher um 'premier' que não reconheça
Israel ou não aceite o 'roadmap' da paz. Isto poderia resultar
em um impasse, mas minhas conversas com os dois lados indicam que
eles evitarão tal imbróglio. Porta-vozes do Hamas
já declararam que 'desejamos um Governo de unidade pacífica'.
Se esta for uma declaração confiável, merece
uma chance.
Durante o período
de formação do novo Governo, é importante que
Israel e EUA assumam papéis positivos. Qualquer conluio entre
os dois para romper o processo punindo o povo palestino pode ser
contraproducente e ter conseqüências devastadoras.
Infelizmente, esses passos
já estão sendo dados. No domingo, Israel anunciou
que bloqueara fundos (cerca de U$ 50 milhões por mês)
que os palestinos recebem com alfândega e recolhimento de
impostos.
A decisão israelense
de restringir o movimento de legisladores do Hamas entre os territórios
palestinos pode ser uma provocação maior. Representará
obstáculos significativos ao funcionamento efetivo do Governo.
Abbas informou-me, após
a eleição, que a Autoridade Palestina tem uma dívida
de U$ 900 milhões e não tem como cumprir a folha de
pagamento de fevereiro. Sabedores de que o Hamas herda um Governo
falido, os EUA anunciaram a suspensão dos recursos para o
novo Governo, inclusive aqueles necessários para pagar salários
de professores, enfermeiros, trabalhadores sociais e policiais.
Até agora, eles não
acordaram em contornar o Governo do Hamas permitindo que os fundos
humanitários sejam direcionados para os palestinos através
de agências da ONU responsáveis por refugiados, saúde
e outros serviços.
Este
compromisso comum de estrangular o Governo do Hamas punindo cidadãos
pode atender a objetivos restritos, mas os resultados prováveis
serão alienar os palestinos já oprimidos e inocentes,
incitar a violência e aumentar a influência interna
e a estima internacional do Hamas. Certamente isto não induzirá
o Hamas ou outros militantes a moderar suas políticas.
A
eleição do Hamas não afetará
as negociações de paz, já que elas não
existem há mais de cinco anos. Um acordo negociado é
o único caminho para uma solução permanente
de dois Estados, proporcionando paz a Israel e justiça aos
palestinos. Abbas ainda pode desempenhar esse papel único
de negociador como líder inconteste da OLP (embora não
do Governo, que também inclui o Hamas).
Foi sob essa instituição
e não pela Autoridade Palestina que Arafat negociou com líderes
israelenses para concluir os acordos de paz de Oslo. Abbas tem buscado
conversações de paz com Israel desde sua eleição
há um ano, e nada impede o diálogo direto com ele,
mesmo que o Hamas não renuncie imediatamente à violência
nem reconheça o direito de Israel existir.
Não
violaria qualquer princípio político dar aos palestinos
pelo menos o seu próprio dinheiro, deixar a ajuda humanitária
continuar fluindo através da ONU e de agências privadas,
incentivar Rússia, Egito e outras nações a
exercer o máximo de influência para o Hamas moderar
suas políticas negativas, e apoiar o presidente Abbas em
seu esforço para reduzir a tensão, evitar a violência
e explorar os passos para uma paz duradoura.
|
A
invasão do Iraque foi a maior estupidez que um presidente americano
já fez.
Sobre
os abusos cometidos nas prisões de Abud Graib (Iraque) e Guantânamo
(Cuba):
Vi pela primeira vez os Estados Unidos abandonarem os princípios
básicos dos Direitos Humanos. Bush deve ter sua própria definição
de tortura para dizer que não a pratica. Dissemos que as Convenções
de Genebra não se aplicam aos detidos nas prisões de Abu Ghraib
e Guantânamo, e afirmamos que podíamos torturar prisioneiros
sem culpa formada nos crimes de que são acusados.
Eu
não creio que o Governo de Bush torture; eu sei que o faz com certeza.
Os
palestinos da faixa de Gaza são tratados mais como animais do que
como seres humanos... Nunca antes na história houve uma ampla comunidade
como esta sendo atacada brutalmente por bombas e mísseis para depois
ser privada de reparos. Isto é muito angustiante para mim.
O
mais grave é como a população de Gaza é maltratada;
em alguns lugares ela literalmente morre de fome. Aliviar seu sofrimento
seria o mais importante que o Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Neta-nyahu,
poderia fazer.
Sobre
Dick Cheney: Ele
tem sido um desastre para o nosso País, com demasiada influência
sobre o Presidente Bush e, em geral, se impondo a ele. Ele continuou a dizer
que Saddam tinha armas de destruição em massa, quando todas
as fontes credíveis o negam.
No
futuro, creio que os cubanos vão estar em Democracia, porque o continente
americano é um exemplo para o resto do mundo, para a Democracia e
para os direitos do homem. Não se pode obrigar os cubanos a efetuar
mudanças, mas os sinais indicam que há uma flexibilização
crescente em Cuba.
Sobre
o golpe que quase derrubou o Presidente Venezuelano Hugo Chávez:
em 2002:
Acho que não há dúvidas sobre o fato de que, em 2002,
os Estados Unidos estavam sabendo ou tiveram participação
direta no golpe de Estado. Assim, as críticas de Chávez contra
os Estados Unidos são legítimas.
Posição
quanto aos transgênicos:
Em 1996, as nações que ratificaram o tratado da Rio-92 comissionaram
um grupo 'ad hoc' para determinar se os organismos geneticamente modificados
poderiam ameaçar a biodiversidade. Pressionados pelos ambientalistas
e sem dados consistentes para apoiá-lo, o grupo decidiu que tais
organismos poderiam, potencialmente, eliminar plantas nativas e animais.
Como regras pretendidas para a proteção de espécies
e à conservação de seus genes poderiam desviar-se tanto
de seu objetivo? A principal causa são os grupos ambientalistas anti-biotecnologia
que exageram os riscos de organismos geneticamente modificados e ignoram
seus benefícios. Ativistas antibiotecnologia argumentam que a engenharia
genética é tão nova que seus efeitos no meio ambiente
não podem ser previstos. Isto é enganoso. De fato, por centenas
de anos, virtualmente todos os alimentos têm sido melhorados geneticamente
por plantas regeneradoras. Se produtos como estes forem regulamentados desnecessariamente,
os reais perdedores serão as nações em desenvolvimento.
Ao invés de colher os benefícios de décadas de descobrimentos
e pesquisas, povos da África e do Sudeste Asiático permanecerão
prisioneiros de tecnologia ultrapassada. Seus países poderiam sofrer
bastante nos anos vindouros. É crucial que eles repilam a propaganda
de grupos extremistas antes que seja tarde demais.
As
pessoas de todo o mundo dividem o mesmo sonho: uma comunidade internacional
responsável que previna a guerra e evite a opressão.
Sobre
os direitos humanos: Esse
conceito, hoje, não significa apenas o direito a viver em paz, mas
inclui cuidados de saúde adequados, habitação, alimentação
e de ter acesso a oportunidades econômicas justas.
Felicito
o Presidente Obama por ser premiado com o Nobel da Paz. É uma declaração
audaz do apoio internacional à sua visão e compromisso para
a paz e a harmonia nas relações internacionais. Mostra a esperança
que representa seu Governo não apenas para nosso País, como
para todas as pessoas no mundo.
Ao
invés de entrar em um milênio de paz, o mundo está,
agora, mais perigoso, em muitos aspectos. A maior facilidade das viagens
e das comunicações não foi acompanhada da compreensão
e do respeito mútuo.
Crítica
às igrejas cristãs por não ordenarem mulheres:
Durante os anos da igreja primitiva, as mulheres atuavam como diaconisas,
padres, bispas, apóstolas, mestras e profetisas. Só foi a
partir do quarto século que líderes cristãos dominantes,
todos homens, torceram e distorceram as Sagradas Escrituras para perpetuarem
suas posições de autoridade dentro da hierarquia religiosa.
A decisão de restringir o ministério aos homens fornece a
base ou justificação para boa parte da geral perseguição
e abuso contra as mulheres no mundo inteiro.
Acho
que o Presidente Obama, em relação à América
Latina, tem ido bem. Os contornos de sua política para a região
se deram na Cúpula das Américas, realizada em Trinidad e Tobago.
O resultado foi muito empolgante. Ele deixou a porta aberta para Cuba e
estendeu a mão à Bolívia, ao Equador e à Venezuela.
Não
gosto de encarar os EUA como força de contrabalanceamento do que
quer que seja. Não acho que se trate de uma disputa para subverter
as relações de certos países com Venezuela ou Bolívia.
Temos laços de respeito com a região e não devemos
palpitar sobre o que os países fazem ou deixam de fazer. Além
disso, não somos inimigos da China nem da Rússia, e não
deveríamos ser inimigos do Irã. Obama quer uma boa relação
com todos.
Eu
gostaria que o embargo a Cuba acabasse hoje mesmo. Não há
razão para que o povo cubano continue sofrendo. O embargo dá
ao regime Castro uma desculpa para os seus próprios erros econômicos.
Eles sempre dizem que a culpa é dos EUA. Na situação
atual, acho que as iniciativas de Obama não foram tão boas
como as das duas Câmaras do Congresso americano, que hoje está
um passo adiante do Presidente em relação à Cuba. O
próximo passo deveria ser a remoção imediata de todas
as restrições de viagem à Ilha, não só
para cidadãos cubano-americanos. Foi o que eu fiz quando era presidente,
há trinta anos. O fim do embargo virá em seguida. Mas é
claro que dependerá também de como os irmãos Castro
reagirão.
Discordo radicalmente de algumas
coisas que Hugo Chávez faz e diz. Acho que ele concentrou poder demais
em seu gabinete em detrimento de outras instituições democráticas.
Mas Chávez não é o único responsável,
pois a oposição retirou os seus candidatos, criando um vácuo
que lhe foi muito favorável. Isto dito, é fato que ele tem
o apoio de seu povo, que aprovou livremente boa parte das mudanças
que ele implementou. Enquanto as pessoas continuarem avalizando suas decisões,
não se pode dizer que ele seja antidemocrático.
Com
relação à crise global, no caso de Chávez, a
redução do preço do barril de petróleo certamente
abalará a força de seu Governo e os seus planos de dar à
população melhores serviços, atendimento médico
e educação. No geral, vejo uma tendência de fortalecimento
da região e diminuição das violações
de direitos humanos. Ver um indígena no poder [o
boliviano Evo Morales]
reflete essa tendência inevitável. No Equador, há algo
incrível, que é a implementação de um Quarto
Poder fomentado pela participação cidadã. É
claro que tudo isso perturba as velhas oligarquias. Pode haver atritos e
manipulação política, e a crise é profunda;
mas isto não afetará os processos em curso na região.
A
América Latina será muito mais importante para os EUA do que
foi nos últimos oito anos, período em que a Casa Branca praticamente
só cometeu erros. Obama deixou claro que dará mais atenção
à região e a tratará com respeito, o que não
foi o caso de Bush, que vivia tentando interferir em assuntos internos de
outros países. Será uma relação mais saudável.
Vejo disposição de dialogar com Obama em todos os países
da região, com exceção da Nicarágua. O discurso
do Presidente Ortega foi muito negativo na Cúpula das Américas.
Eu gostaria que o Brasil fosse mais
ambicioso. O País não participa apenas do processo de reconfiguração
da América Latina, mas também de redefinição
do cenário global. O Brasil sempre foi reconhecido por sua força
econômica, mas tende a ser tímido na hora de transformar isso
em poder geopolítico. Os contornos da diplomacia brasileira são
progressistas e muito responsáveis. Seria bom que essa influência
tivesse alcance maior do que no passado.
Sobre
o Primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e a criação
de novos obstáculos para a paz entre os palestinos:
Minha opinião é que ele levantou muitos novos obstáculos
para a paz que não existiam na gestão anterior do primeiro-ministro.
Ele ainda, aparentemente, insiste sobre expansão de colonatos existentes.
Ele exige que os palestinos e outros países árabes reconheçam
Israel como um Estado Judaico, embora haja 20% dos cidadãos que aqui
não são os judeus…
Camp
David (1978)... Menachem Begin + Muhammad Anwar Al Sadat + Jimmy Carter:
Nenhuma guerra depois de hoje.
Perdoar
é uma das coisas mais difíceis que um ser humano pode fazer.
Não
rio mais das pessoas que dizem ter visto um UFO; eu mesmo já vi um.
Em
Jeito de Epílogo
A paz
exterior só será efetivada
se
a Paz Profunda for alcançada.
Não
por meia dúzia ou por 1001;
por
todos sem excetuar nenhum.
Aqui,
isto é uma impossibilidade.
E
assim, só nos resta a saudade.
Saudade
de um tempo esquecido;
saudade
de um lugar mui querido.
Mas
cada um deve fazer sua parte,
empenhando o Coração com Arte.
Por
tudo e por todos, sem exceção,
compaixão,
compaixão, compaixão.
______
Notas:
1. Dracunculíase
ou dracunculose é uma infecção causada pela pela filária-de-medina
– Dracunculus medinensis
– mais comumente conhecida como Infecção pelo Verme
da Guiné. Os pés e as pernas são as áreas mais
afetadas. Os sintomas incluem prurido, náusea, vômitos, diarréia
e ataques de asma.
2. É
preciso estender ao máximo as mãos e fazer uma tentativa de
apreender essa espantosa 'finesse': a de que o valor da vida não
pode ser estimado. Não por um vivente, pois ele é parte interessada,
até mesmo um objeto da disputa, e não juiz; e não por
um morto, por outro motivo. (Crepúsculo dos Ídolos,
Friedrich Nietzsche).
Páginas
da Internet consultadas:
http://media.photobucket.com/image/%2522
UFO.gif%2522/angel_of_light_14/ufo.gif
http://www.steacher.pro.br/ufos.html
http://marchamundial.org.br/?tag=palestina
http://www.portaldoenvelhecimento.net/
artigos/artigo3134.htm
http://www.pazagora.org
/impArtigo.cfm?IdArtigo=692
http://askain.joeuser.com/article/351064
http://www.comshalom.org/
blog/carmadelio/date/2009/08
http://www.jornalopcao.com.br/
http://www.estadao.com.br/
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jimmy-carter-diz-que-eua-sabiam-de.html
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mundo/ult94u581815.shtml
http://www.lawrei.eu/MRA_Alliance/?p=466
http://www.bahianoticias.com.br/
http://www.midiaindependente.org/
pt/blue/2006/12/369237.shtml
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http://ogintonico.weblog.com.pt/
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http://www.bbc.co.uk/
http://www.joaoleitao.com/
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http://pedrodoria.com.br/2006/12/10/
a-palestina-de-jimmy-carter/
http://stopthedrugwar.org/pt/cronica/584
/jimmy_carter_evo_morales_colheita_coca
http://www.netsaber.com.br/
biografias/ver_biografia_c_185.html
http://pt.wikiquote.org/wiki/Jimmy_Carter
http://pt.euronews.net/
2009/06/16/jimmy-carter-em-gaza/
http://intransmissivel.wordpress.com/2008/
09/04/que-citacoes-reflectirao-o-nosso-tempo/
http://blog.controversia.com.br/
2009/08/07/genealogia-da-malandragem/
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve
/carter-uma-guerra-desnecessaria/
http://pele.m-qp-m.com/
http://www.frazz.com.br/
autor.html/Jimmy_Carter-338
Música
de fundo:
Fascination
Música: F. D. Marchetti
Letra: Maurice de Féraudy (versão inglesa: Dick Manning)
Intérprete: Nat King Cole
Fonte:
http://www.pcdon.com/NatKingCole.html