Quando
somos amorosos somos mais 'inteiros'; o amor nos une, nada mais nos falta
em nós mesmos, tudo está voltado para o Outro.
O
Mandamento ou o exercício ('Mitzvot'2)
proposto pela Escritura é um exercício terapêutico, cujo
fruto é o de nos fazer Um – corpo, Coração e espírito
–
portanto, de estarmos
felizes e em paz.
A
paz designa o bem-estar do ser e, particularmente, do ser humano, que vive
em harmonia com ele mesmo, com Deus,3
com os outros, com a Natureza, com as suas sombras e sua com
as luz.
Estar
em paz é não ser parvo e se acreditar invulnerável. O
dom da paz supõe uma metanóia
[mudança essencial de
pensamento ou de caráter], uma transformação
da sua vida e da sua maneira de ser e de pensar.
Todos
os homens que têm uma flor no seu jardim e não olham a flor não
estão em paz.
A
calma [paz]
é o segredo da vida, mas, geralmente, só vemos as
tempestades.
O cristão não é
alguém que tem a verdade, alguém mais inteligente, mais amante
do que os outros. O cristão não é melhor do que um outro
homem, mas tem alguém em sua vida. Tem o Cristo, aquele que sopra no
sopro de cada um dos seus dias.4
Mas, mesmo que o receba como um beijo, como uma presença, não
é por isto que o cristão é melhor. Ele poderá
ser melhor somente porque alguém melhor marcha com ele e está
nele!
O
silêncio é a linguagem do sagrado. Todas as outras linguagens
são ecos.
Se
você tem a paz em você, haverá um lugar no Universo no
qual a paz estará.
Cada
um coloca seu ponto final onde quer, onde pode. Colocá-lo o mais longe
possível, obriga-nos a ser um pouco mais sábios e um pouco menos
pretensiosos.
Aprenda com o silêncio a ouvir
os sons interiores da sua alma, a se calar nas discussões e, assim,
evitar tragédias e desafetos... Aprenda com o silêncio a aceitar
alguns fatos que você provocou, a ser humilde deixando o orgulho gritar
lá fora, a evitar reclamações vazias e sem sentido...
Aprenda com o silêncio a reparar nas coisas mais simples, a valorizar
o que é belo, a ouvir o que faz algum sentido... Aprenda com o silêncio
que a solidão não é o pior castigo, existem companhias
bem piores... Aprenda com o silêncio que a vida é boa, que nós
só precisamos olhar para o lado certo, ouvir a música certa,
ler o livro certo... Aprenda com o silêncio que tudo tem um ciclo, como
as marés que insistem em ir e voltar e os pássaros que migram
e voltam ao mesmo lugar... Como a Terra, que faz a volta completa sobre o
seu próprio eixo, complete a sua tarefa. Aprenda com o silêncio
a respeitar a sua vida, a valorizar o seu dia, a enxergar em você as
qualidades que você possui, a equilibrar os defeitos que você
tem e sabe que precisa corrigir, e a enxergar aqueles que você ainda
não descobriu... Aprenda com o silêncio a relaxar, mesmo no pior
trânsito, na maior das cobranças, na briga mais acalorada, na
discussão entre familiares... Aprenda com o silêncio a respeitar
o seu Eu [Interior],
a valorizar o ser humano que você é, a respeitar o Templo –
que é o seu corpo –
e o Santuário
–
que é a sua
vida... Aprenda hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito,
que ouvir ainda é melhor do que muito falar... Em a Natureza, tudo
acontece com poder e silêncio, com um silêncio poderoso; por vezes,
o silêncio é confundido com fraqueza, apatia ou indiferença.
Pensa-se que a pessoa portadora desta virtude está impedida de reclamar
seus direitos e deve tolerar com passividade todos os abusos. Acredita-se
que o silêncio não combina com o poder, pois este tem sido confundido
com prepotência e violência. Sempre que a palavra poder lhe vier
à mente, lembre-se do Sol, que nasce e se põe em profunda quietude;
que move gigantescos sistemas planetários, mas penetra suavemente pela
vidraça de uma janela sem a quebrar, que acaricia as pétalas
de uma rosa sem a ferir, e beija as faces de uma criança adormecida
sem a acordar. Vamos encontrar em a Natureza lições preciosas
a nos dizer que o verdadeiro poder anda de mãos dadas com a quietude.
As estrelas e as galáxias descrevem as suas órbitas com estupenda
velocidade pelas vias inexploradas do cosmos, mas nunca deram sinal da sua
presença pelo mais leve ruído. O oxigênio, poderoso mantenedor
da vida, penetra em nossos pulmões, circula discreto pelo nosso corpo,
e nem lhe notamos a presença. A Luz, a Vida e o Espírito, os
maiores poderes do Universo, atuam com a suavidade de uma aparente ausência.
Como nos domínios da Natureza, o verdadeiro poder do homem não
consiste em atos de violência física. Quando um homem conquista
o verdadeiro poder, toda a antiga violência acaba em benevolência.
A violência é sinal de fraqueza; a benevolência é
indício de poder. Os Grandes Mestres sabem ser severos e rigorosos
sem renegarem à mais perfeita quietude e benevolência. Deus,
que é o supremo poder, age com tamanha quietude, que a maioria dos
homens nem percebe a Sua ação. Esta poderosa força, na
qual todos estamos mergulhados, mantém o Universo em movimento, faz
pulsar o coração dos pássaros, dos bandidos e dos homens
de bem, na mais perfeita leveza. Até mesmo a morte chega de mansinho
e, como hábil cirurgiã, rompe os laços que prendem a
alma ao corpo, libertando-a do cativeiro físico. O verdadeiro poder
chega sem ruído, sem alarde e sem violência. 'Bem aventurados
os mansos, porque eles possuirão a Terra'. 'Boa Terra em teus pés,
Água o bastante em tua semente, bom Vento para o teu sopro, Fogo em
teu Coração e muito Amor em teu ser.' 'O êxito ou o fracasso
de sua vida não depende de quanta força você põe
em uma tentativa, mas da persistência no que fizer.' E, em respeito
a você, eu me calo, me silencio, para que você possa ouvir o seu
interior que quer lhe falar, desejar-lhe uma vida vitoriosa. Desejo uma semana
de Paz e Silêncio para você.
O
Desejo é uma taça sem fundo, e é por
isto que não pode ser satisfeito.
O
ego é o caminho
do 'Self', do mesmo modo que a lagarta é o caminho da borboleta.
A
ortodoxia é a tradição das origens do Cristianismo. Inicialmente,
o Cristianismo
era uma comunhão de igrejas. Havia a igreja de Jerusalém, a
de Antioquia, a de Éfeso, a de Roma. Foi só no século
XII que a igreja de Roma se separou. As diferentes igrejas ortodoxas preservaram
a tradição de comunhão e,
apesar das diferenças, permaneceram
unidas.
O homem é uma parte do Universo
e depende dos astros. Isto faz parte da sua unidade com o cosmo. Gosto das
palavras de Santo Tomás de Aquino, que diz que 'os homens dependem
dos astros, mas são maiores do que eles.' Não somos completamente
determinados pelos astros. O homem é uma mistura de natureza e de aventura.
Creio na Astrologia, mas não no determinismo.
A
palavra vem do silêncio
e volta para
o
silêncio.
O mundo vem da vacuidade e volta para a vacuidade. O que não tem forma
é a origem de todas as formas.
Há
dentro de nós algo que está livre da roda de causas e efeitos,
livre do 'samsara'. É este estado de despertar que devemos descobrir.
Da
mesma forma que o que conhecemos da matéria não é a matéria
em si, mas, apenas, o que os nossos instrumentos de compreensão nos
permitem perceber, tudo o que pudermos pensar de Deus não é
Deus, mas, apenas, a nossa representação Dele. Seja como for
Deus é uma experiência de Serenidade, de Silêncio, de Amor
e de Luz.
Quando o ser se preocupa com a sociedade,
ele se transforma. Cuidar do outro revela o ser a si mesmo. Quando o
ser conhece
o outro, se conhece a si mesmo.
O
Evangelho de Tomé diz que o Reino está no interior e no exterior.
Se o Reino estivesse somente no interior, poderíamos abandonar o mundo
e viver apenas em meditação. Se o Reino estivesse só
no exterior, não teríamos que meditar, e poderíamos nos
ocupar o tempo todo com a sociedade. Mas, o que Jesus fala é que o
Reino está dentro e está
fora. Este é
o segredo do amor. Porque o amor é aquilo que o ser humano tem de mais
interior e, ao mesmo tempo, ele produz conseqüências no mundo exterior.5
Não
há oposição entre o que é interior e o que é
exterior. A contemplação e a ação
são como os
dois olhos em um mesmo olhar.
A
Humanidade, hoje está vivendo uma situação de apocalipse,
entendendo a palavra apocalipse como revelação. Há algo
desmoronando, e há também algo que está nascendo. Nós
escutamos o barulho do carvalho que cai, mas não escutamos o barulho
da floresta que brota. Ouvimos o ruído das torres desmoronando, mas
não escutamos a consciência que desperta. No mundo de hoje, há
muitas coisas que desmoronam, e em geral falamos das coisas que fazem ruído,
mas não falamos das sementes de Consciência e de Luz que estão
germinando.
Creio
que o que separa uma religião da outra é a ignorância,
junto com a vaidade e o desejo de poder. Quando você conhece o outro,
você o respeita. Se não há desejo de poder, há
lugar para todos. Em um canteiro de flores há lugar para as flores
azuis, para as brancas, e cada uma delas cresce em direção à
luz.
Se todas as flores tiverem a mesma
cor, não
poderemos fazer um buquê.
Se todas as pessoas pensarem igual, então, elas não pensarão
mais. O pensamento dos outros estimula o nosso pensamento. A maneira como
os outros consideram o Absoluto me permite relativizar minha própria
maneira de considerar o Absoluto. Isto me impede de construir um dogma, e
me leva a um conhecimento mais profundo.
Se
estivermos realmente atentos, estaremos dentro de um instante. Só podemos
estar atentos instante a instante. Mas, se estivermos atentos a este instante,
estaremos desapegados em relação ao instante anterior [e
ao instante posterior].
A atenção é a arte de viver no momento presente, e, para
isto, é preciso estar livre do passado e do futuro. A arte da atenção
é a arte de estar no presente. O presente está ligado ao passado
e ao futuro, mas, ao mesmo tempo, ele está desapegado em relação
a eles. Isto me faz pensar em umas palavras de Buddha: “Se você
quiser conhecer sua vida anterior, esteja atento para o que você é
e faz hoje”. Aquilo que você é hoje é o resultado
do que você foi. Se você quiser conhecer a sua vida futura, esteja
atento para o que você é e faz hoje. Porque o que você
é hoje constitui a origem do que virá mais tarde. Há
também as palavras de Cristo: “Não
olhe para trás e não se preocupe com o futuro, mas faça
bem aquilo que você tem de fazer no momento presente”.
Pode-se
tocar alguém somente como
um objeto de prazer, como uma doença, como uma
coisa. Mas, poderemos tocar alguém como a um Deus, e, até mesmo,
não ousar tocar. O importante é tocá-lo no meio, quer
dizer, reconhecendo a dimensão divina da pessoa a quem tocamos, não
esquecendo o Sopro que a habita, não esquecendo o espaço que
existe nela, não esquecendo a Divindade que está em seu ser.6
Amar
o outro é renunciar a possuí-lo.
Se
minha casa pegasse fogo, eu salvaria o fogo.7
Tudo
o que fazemos sem amor é tempo perdido; tudo o que fazemos com amor
é a eternidade reencontrada.
Todo
incêndio começa com uma fagulha. Uma fagulha incandescente que
irradia seu calor, sua luz... Uma centelha de luz que nos desperta ou nos
destrói.
Vele
pelos seus pensamentos. Eles iluminam, mas eles também poderão
turvar o mundo.
Não nascemos apenas para ver
as coisas, mas para ver o Dia...
Muitos morrem sem jamais terem visto o Dia!
O que, para
nós, evoca
a palavra deserto? Silêncio, imensidão, vento abrasador? Não
apenas. Evoca também sede, miragens, escorpiões... e o encontro
do mais simples de si mesmo no olhar assombrado e surpreso do homem ou da
criança que brota não se sabe de onde – entre as dunas.
Existem desertos de pedras e de areias, o deserto do Hoggar, de Assekrem,
de Ténéré, do Sinai e de outros lugares ainda... O deserto
é sempre o alhures, o outro lugar, um alhures que nos conduz para o
mais próximo de nós mesmos. Existem os desertos na moda, onde
a multidão vai se
encontrar como um
bode tagarela, em espaços escolhidos, onde nos serão poupadas
as queimaduras do vento e as sedes radicais; deles se volta bronzeado como
de uma temporada na praia, mas ainda por cima, com pretensões à
“grande experiência”, que nos transformaria para sempre
em “grandes nômades”... Existem, enfim, os desertos interiores.
Temos que falar deles, saber reconhecer o que apresentam de doloroso e tórrido,
mas tentando também descobrir, aí, a fonte escondida, o oásis,
a presença inesperada que nos recebe, debaixo de uma palmeira sorridente,
em redor de uma fogueira onde a dança dos passantes se junta à
das estrelas. Pois o deserto não constitui uma meta; é, antes,
um lugar de passagem, uma travessia. Cada um, então, tem a sua própria
terra prometida, sua expectativa que deverá ser frustrada, sua esperança
a esclarecer. Algumas pessoas vivem esta experiência do deserto no próprio
corpo; quer isto se chame envelhecer, adoecer ou sofrer as conseqüências
de um acidente. Às vezes, este
deserto demora
muito a ser atravessado. Outras pessoas vivem o deserto no Coração
das suas relações, deserto do desejo ou do amor, das secas ou
dos aborrecimentos que não aprendemos a compartilhar. Há também
os desertos da inteligência, nos quais o mais sábio vai esbarrar
no incompreensível e o mais consciente no impensável. Só
conseguimos conhecer o mundo e as suas matérias e a nós mesmos
e às nossas memórias quando atravessamos os desertos. Temos,
finalmente, o deserto da fé, o crepúsculo das idéias
e dos ídolos, que havíamos transformado em deuses ou em um Deus,
para dar segurança às nossas impotências e abafar as nossas
mais vivas perguntas. Cada pessoa tem seu próprio deserto a atravessar.
E a cada vez será necessário desmascarar as miragens e também
contemplar os milagres: o instante, a aliança, a douta ignorância
e a fecunda vacuidade.8
O
mundo que nos rodeia não nos ensina a morrer. Tudo é feito para
esconder a morte, para nos incitar a viver sem pensar nela, em termos de um
projeto, como se estivéssemos voltados para objetivos a ser alcançados
e apoiados em valores de efetividade. Tampouco nos ensina a viver. No máximo
a ter êxito na vida, o que não é a mesma coisa. Trata-se
de “fazer” e de “ter” cada vez mais, em uma corrida
desenfreada em busca de uma felicidade material, a respeito da qual acabamos
por perceber, mais cedo ou mais tarde,, não ser suficiente para conferir
um sentido às nossas existências. Assim, às vezes, ouvimos
da boca de agonizantes revoltados, amargurados, o derradeiro lamento por terem
passado ao largo do essencial. Não é necessário ser particularmente
religioso para sentir que não estamos nesta Terra para passar nossa
vida a produzir e consumir. Em
uma das suas conferencias sobre a experiência da morte, o padre Maurice
Zundel formulava a questão nestes termos: 'O que fazemos da nossa vida?
Estamos à procura de nós mesmos, fugimos de nós, reencontramo-nos
de forma intermitente, e nunca chegamos a fechar o círculo, a nos definirmos
a nós próprios, a saber quem somos... Não temos tempo,
a vida passa tão depressa, estamos tão absorvidos pelas preocupações
materiais, por diversões... e, finalmente, a morte chega, e é
em sua presença que tomamos consciência de que a vida poderia
ter sido algo de imenso, de prodigioso, de criador. Mas já é
tarde demais! E a vida só adquire todo o seu relevo no imenso desgosto
de uma coisa inacabada. É, então, que a morte, justamente porque
a vida ficou inacabada, aparece como um sorvedouro.' Onde, atualmente, a questão
do sentido poderá se expressar? Onde poderá encontrar a resposta?
Todo homem confrontado com a iminência da morte pode ser levado a se
formular questões de ordem espiritual (qual é o sentido da minha
vida? Haverá uma transcendência? O que acontecerá ao meu
ser?). Como é grande a solidão quando não conseguimos
expressar tais questões, compartilhá-las com os outros! Estaremos
prontos para escutá-las? O que dizer, como proceder perante o absurdo
do luto, do desgosto, do desespero? O que responder àqueles que perguntam:
— Por que? Àquele que – entrevado, dependente, com o corpo
deteriorado – pergunta a si mesmo que sentido poderá ter a prolongação
da vida?
Cavar,
a cada dia,
à medida de nossa sede.
Descer
cada vez mais,
beber a água
de nosso próprio poço
e
refrescar o rosto com ela.
Não sou pessimista nem otimista;
sou realista. Acredito que esta época nos desafia a ficarmos lúcidos,
a recusar todas as ilusões, porém, sem perder a noção
de que as mais sublimes qualidades sagradas – o amor, a esperança,
a ternura e a compaixão – habitam cada um de nós, mesmo
os que vivem nas condições mais desfavoráveis. A transformação
do mundo começa pela transformação do ser humano por
meio da educação e de uma visão global. Isto é,
a todo instante, a cada escolha, temos de ter consciência de que tudo
está interligado, que não se pode arrancar um tufo de grama
aqui sem incomodar a estrela que está a milhares de quilômetros
no céu, acima de nós.
Em
um dos encontros que tive com o Dalai-Lama, perguntei a ele o que é
o nirvana e ele me respondeu: — É ver as coisas como elas são.
A mesma Sabedoria nos ensinou Jesus, nos convidando a viver sem acrescentar
adjetivos, sem nos iludirmos, mas, encarando o que está diante de nós
como um incentivo para seguir. Não podemos ficar apegados ao que queremos
ver; devemos enxergar bem a realidade, mesmo a mais cruel, como ponto de partida
para ir mais longe.
Atenção = Coração
+ Inteligência
Equilíbrio.
O silêncio também faz
parte da música.
Lamentavelmente,
hoje, o sexo foi desconectado do sentimento, e isto causa muita nostalgia
e desconforto. Amar supõe maturidade para não consumirmos o
outro como um objeto de prazer, como se fôssemos grandes bebês
sugando matrizes de afeto.
Conhecendo-se
a si mesmo, o 'ser-no-mundo' nunca estará sozinho nem sentirá
tristeza ou ansiedade.
'Se
não fores quem tu és, como poderemos nos encontrar?' (Cântico
dos Cânticos, apud Leloup). Produzimos
muitas ilusões, desilusões e sofrimentos porque temos uma imagem
idealizada do homem, da mulher e do romance. Isto impede o encontro real,
verdadeiro.
Hoje,
décadas depois da Revolução Sexual, podemos ter mais
liberdade, no entanto, ainda não encaramos o sexo como um ritual divino
– compreensão fundamental para reconquistarmos a inteireza do
corpo, da mente e do Coração.
O Livro Tibetano dos Mortos ensina
a ver a morte como uma ocasião de despertar, não somente para
quem morre, mas para os que continuam vivos. Com esta atitude, o ser humano
torna o dom da vida mais forte do que a morte.
'No
dia em que as panelas da cozinha forem tão sagradas quanto os cálices
dos altares, o sagrado estará na Terra e em cada gesto do quotidiano.'9
(Santa Tereza d'Ávila, apud Leloup).
Há
o momento em que o pássaro sai da gaiola, e também há
o momento em que o vôo sai do pássaro.
Em
latim, a palavra 'dia' quer dizer 'dies', que, por sua vez, significa Deus.
Estas palavras têm a mesma raiz, no latim. Então, ver o dia é
ver Deus.
Na
prática hesicasta do Cristianismo Ortodoxo é dada muita atenção
à respiração, pois, quando ela está calma, a mente
se encontra calma também. Nestas condições, podemos encontrar
a paz em nosso interior. Mas tudo isto, ainda, são práticas
externas. Talvez, o mais importante seja o abandono, isto é, não
tentar controlar nada.10
No
Evangelho de São João está escrito que o Verbo –
o Logos – é aquele que esclarece e Illumina todo homem que vem
a este mundo, não apenas os cristãos.
A
questão é o que fazer com a religião, com Deus e com
a razão. Com a mesma flor a abelha pode fazer o seu mel e a vespa pode
fazer o seu veneno. E a culpa não é da flor.
Que
seja feita a Vontade da Vida. Que seja feita a Vontade do Amor.
Hoje
em dia, muitas pessoas tomam experiências do tipo psicológico
por experiências espirituais, e experiências do mundo intermediário
como experiências do mundo absoluto. A gente deve colocar cada coisa
em seu lugar.
O
Mundo do Absoluto está além do tempo. É aquilo que não
conseguimos agarrar ou compreender, que a gente não consegue reduzir
às nossas pequenas experiências.11
Na
origem, o dogma era um paradoxo, estabelecido para nos ajudar a ir além
da razão, mas sem perder a razão. Hoje em dia, o dogma é
confundido com dogmatismo, que significa obrigar alguém a acreditar
em algo. Isto é destrutivo. O dogma, na realidade, foi criado para
que nos livrássemos do dogmatismo. É um convite para que verifiquemos
se isto ou aquilo são ou não verdades.
Pouco
importa se Cristo nasceu há dois mil anos, se Ele não nascer,
hoje, no interior de mim mesmo. O Natal é o momento onde podemos aceitar
o nascimento do Ser no interior de nós mesmos, para o nosso bem-estar
e o bem-estar de todos.
'Quando
fores te engajar em um caminho, pergunta a ti mesmo se esse caminho possui
um coração'. (Dom
Juan, o iniciador de Carlos Castañeda, apud Leloup).
Uma inteligência sem Coração
não é realmente humana.
'No
verdadeiro amor é a alma que envolve o corpo.' (Friedrich
Wilhelm Nietzsche, apud Leloup).
O que está no interior do cântaro
está também no exterior. Onde começa o alto e onde termina
o baixo? Devemos também fazer um do alto e do baixo. Não é
preciso colocar em oposição o céu e a Terra.
Há muitos encontros de metades,
mas há poucos encontros de seres inteiros. Procurar a outra metade
é sempre se procurar a si mesmo, é procurar a metade que nos
falta, a metade masculina ou a metade feminina. Os encontros entre a ShOPhIa
e o Logos e entre Yeshoua de Nazaré e Miriam de Magdala é o
encontro entre dois seres inteiros.
Transdisciplinaridade
é saber que há diferentes pontos de vista sobre uma mesma realidade,
e que precisamos de todos eles para ver melhor. [A
transdisciplinaridade é uma abordagem científica que visa a
unidade do conhecimento. Desta forma, procura estimular uma nova compreensão
da realidade articulando elementos que passam entre, além e através
das disciplinas, em uma busca de compreensão da complexidade. Além
disto, do ponto de vista humano, a transdisciplinaridade é uma atitude
empática de abertura ao outro e ao seu conhecimento.] E
assim, o primeiro olhar é o do ver (eu vejo). O segundo é o
olhar da ciência (eu observo, eu analiso). O terceiro olhar é
o que pergunta (eu interrogo). O quarto olhar é o que se pergunta (eu
me interrogo). O quinto olhar se abre para o sentido (eu acolho o sentido).
O sexto olhar é o da interpretação (eu interpreto). O
sétimo olhar é o que direciona e liberta (vá com sentido).
Vá em direção a você mesmo; eu estou com você!
Esta foi a palavra de Deus dirigida a Abraão.
Se
só inspiramos, sufocamos; se só expiramos, morremos. O sopro
contém a inspiração e a expiração, e o
que é verdadeiro em nossa vida fisiológica é também
verdadeiro em nossa vida psicológica. No coração da sombra
existe a luz. E no coração da luz existe a sombra. A experiência
do ser é a experiência do círculo que mantém sombra
e luz juntas.
Se
alguém disser algo contrário ao que penso e sou capaz de entender
este contrário como complementar, irei crescer em consciência
e em compreensão. Se em vez de rejeitar ou negar alguns elementos de
minha vida obscura, sou capaz de acolhê-los, tornar-me-ei mais inteiro.
O
verdadeiro Amor não é complacente, não é dizer
ao outro que me agrada o que ele tem de desagradável, pois isto seria
mentira e hipocrisia. O verdadeiro Amor dá ao outro o direito de experimentar
sua liberdade. Desta maneira, passaremos de uma vida submissa para uma vida
escolhida.
Por
vezes, os olhares que encontramos são amorosos e doces, mas falta a
eles a exigência da verdade. Outras vezes, os olhares que se colocam
sobre nós são plenos de verdade e de justiça, mas falta
a eles a misericórdia e o amor.
Um
sofrimento é insuportável na medida em que não se lhe
pode conferir sentido. Por outro lado, tudo parece possível para quem
é capaz de conferir sentido às coisas, até mesmo ao insustentável,
até mesmo ao impossível.
Uma
miragem perdida O deserto reencontrado.
Uma ilusão perdida O real
reencontrado. Uma explicação perdida
Uma interpretação a reencontrar. Uma memória perdida
Uma fala a reencontrar. Uma repetição
perdida O futuro a reencontrar.
O
perdão, quando bem compreendido, é um instrumento de cura. Freqüentemente,
ficamos doentes porque não perdoamos, e o rancor e a cólera
nos corroem o fígado e os rins. Todavia, a questão é
como manter juntos o perdão e a justiça, o olho da verdade e
o olho da misericórdia. Mas, o que é o perdão? O perdão
é não aprisionar o outro nas conseqüências negativas
de seus atos. É não nos aprisionarmos ou aprisionarmos o outro
no carma. O perdão é a própria condição
para que nossa vida continue a ser vivível. Se não nos perdoarmos
uns aos outros, a vida se tornará impossível de ser vivida.12
Só
estaremos realmente curados quando cabeça, Coração e
corpo perdoarem12a
sem restrições. Se não perdoarmos,12b
ficaremos prisioneiros, bloqueados em uma situação, em um rancor,
e a vida não poderá circular. Enfim, o ego não pode perdoar12c;
e, assim, se deve tentar perdoar com o ego. Entretanto, talvez, o 'self' possa
perdoar12d.
Talvez haja dentro de nós uma dimensão maior que nós
mesmos, que pode compreender e perdoar.12e
Quando eu era jovem padre e morava
no interior da França, todos os domingos levava uma senhora paralítica
à missa. Ela era portadora de esclerose em placas. Um dia, ela me contou
o ódio que nutria pela mãe porque a tinha impedido de se casar
com o homem que amava, e, apesar disto, passara a vida inteira cuidando da
mãe, ocupando-se dela. Apesar de exteriormente se comportar como uma
mulher respeitável e admirável, dizia-me que em seu interior
só havia raiva. A dureza de seu Coração impregnara seu
corpo, transformando-o em corpo rígido e paralisado. Assim, as doenças
psicossomáticas têm, às vezes, uma origem espiritual.13
O
primeiro conselho que podemos dar a alguém que quer meditar hesicasticamente
não é de ordem espiritual, mas física: sente-se como
uma montanha. Sentar-se como uma montanha quer dizer sentar-se com peso: estar
pesado da presença. Estar sentado como uma montanha é ter a
eternidade diante de si, é a atitude justa para aquele que quer entrar
na meditação: saber que ele tem a eternidade detrás,
dentro e diante de si. Meditar sentado como uma montanha é a própria
meditação do Ser, do simples fato de Ser, antes de todo pensamento,
de todo prazer e de toda dor. Meditar como uma montanha modifica o ritmo dos
pensamentos. Aprende-se a ver sem julgar, e se dá a tudo o direito
de existir.
O
segundo conselho é aprender a meditar como uma papoula (aprender a
florescer), sem esquecer da montanha. Devemos nos voltar em direção
ao Sol, em direção à Luz, com o olhar voltado para o
Coração e para as entranhas. Meditar sem objetivo nem ganho,
apenas pelo prazer de ser e de amar a Luz. Como dizia Angelus Silesius (1624
– 1667), 'o amor é a própria recompensa.'
O
terceiro conselho é aprender a meditar como o oceano. Inspirar... Expirar...
Ser inspirado... Ser expirado... Unicidade gota/oceano... Unicidade
de todas as coisas... Aquele que atentamente escuta sua respiração
não está longe de Deus.
O
quarto conselho é aprender a meditar como um pássaro. Meditar
é murmurar como a rolinha, deixar subir em si o canto que vem do Coração.
Meditar é respirar cantando. Kyrie eleison... Christe eleison... Kyrie
eleison... Senhor tenha piedade... Cristo tenha piedade... Senhor tenha piedade...
Senhor envie Seu Espírito... Cristo envie Seu Espírito... Senhor
envie Seu Espírito... Senhor, que Seu Nome seja abençoado...
Cristo, que Seu Nome seja abençoado... Senhor, que Seu Nome seja abençoado...
O
quinto conselho é aprender a meditar como Abraão. Com a meditação
de Abraão, nós entramos em uma nova e mais elevada consciência
– a adesão da inteligência e do coração quando
chamamos todas os seres pelos seus primeiros nomes. Esta é a experiência
e a meditação de Abraão: atrás do estremecer das
estrelas, existem mais do que estrelas, uma presença difícil
de nomear, que nada pode nomear e que, no entanto, possui todos os nomes...
Meditar como Abraão é fazer contato com a Presença de
Deus. Meditar como Abraão é interceder pela vida dos homens,
nada ignorar da sua podridão, e, no entanto, jamais desesperar da misericórdia
de Deus. Meditar como Abraão é não ter nada no Coração
e na Consciência além de Deus. Meditar como Abraão é
praticar a hospitalidade, interceder pela salvação de todos
os homens. É se esquecer de si mesmo e romper os apegos mais legítimos
para se descobrir a si mesmo, descobrir nossos próximos e descobrir
todo o Universo. Meu Deus! Misericórdia para os pecadores!
O
sexto conselho é aprender a meditar como Jesus, o Cristo, o Homem Cósmico.
Não sou mais eu que vivo, mas, é Você, Abba (Papai), que
vive em mim. Queimo, mas não sou consumido.
'Aquele
que é carnal, o é até mesmo nas obras do Espírito;
aquele que é Espiritual, o é até mesmo nas obras da carne'.
(Santo Agostinho,
apud Leloup).
A
Sexualidade é Divinizante, fonte de Vida e de Criatividade, participação
à imagem e à semelhança do Deus Vivo e Criador.14
No
início: o Logos.15
Hoje, o Logos: Para sempre, o Logos. Logos: Fio que mantém ligado todos
os fios do Universo. Unidade de todos os fios... Unidade de todos os seres...
______
Notas:
1.
A paz, obviamente, deve começar em nós e por nós. Quem
não está em paz, como poderá transmitir paz ou ensejar
a paz?
2. Mitzvá
é qualquer ato de bondade humana. No âmbito do Judaísmo,
esta palavra se refere aos 613 mandamentos dados na Torá
(os primeiros cinco livros da Bíblia Hebraica) e a qualquer lei rabínica
em geral. De acordo com os ensinamentos do Judaísmo, todas as leis
morais são derivadas dos Mandamentos Divinos. Dê uma conferida
nesta Página:
http://pt.wikipedia.org/wiki/613_mandamentos
3. Com
o Deus de nossos Corações.
4. Na
verdade, o Cristo não é privilégio dos cristãos.
Se fosse, seria apenas mais uma espécie de deus criado pelos homens.
O Cristo Cósmico está em todos nós, em nossos Corações;
só precisamos descobri-Lo, ouvi-Lo e segui-Lo.
5. Isto
me levou a pensar no seguinte triângulo: Meditar —› Aprender
—› Ensinar (Transmitir). Um Reino é só um Reino.
Já dois Reinos não são só dois Reinos; são
mais do que dois.
6.
Oh!,
passado de ignorância!
Passado de ilusória Pasárgada,
passado de tanta inconstância,
passado de um venta-furada.
Passado
que passa-não-passa!
Passado doloso que me alfineta,
passado ora azótico, ora potassa,
passado que não me ablaqueta.
Mas
é um passado que educa,
e do qual não posso me livrar.
Todo dia, ele martela
minha cuca:
– Vê lá
se a Senda você vai olvidar.
7. Concordo
com Maria Eduarda Gueiros: Esta
é uma declaração fortíssima de desapego.
Isto está plenamente de acordo com o que tenho dito: para Viver é
necessário Morrer.
8.
Desertos
atravessei!
Zilhões... Nunca contei.
De solidão em solidão,
me livrei da contramão.
Desertos
experimentei
porque a Lei defraudei.
Hoje, já menos tolinho,
ando no Belo Caminho.
Desertos
transformei,
e abandonei a torpe grei.
Meus capetas? Eu venci.
Mas, eu não os esqueci!
9. Sacralizamos
o religioso e demonizamos o profano. Isto é mesmo uma desgraça
desgracenta!
10. Não
tentar controlar nada
Não querer nada.
11. Eu
não consigo compreender – e, portanto, admitir – esta divisão
de mundo humano, mundo dos anjos, mundo de sei-lá-o-quê,
Mundo do Absoluto e sei lá mais não sei quantos mundos, quantas
esferas ou o que seja. Se o Teclado Cósmico é um só,
só há um Mundo vibracional, só há um Universo
freqüencial. Nossa percepção das coisas é que é
limitada, tanto que quando esta percepção se amplia, se refina,
podemos ter experiências em outras oitavas, em outros planos, em outras
dimensões do único Teclado Cósmico existente. Essa coisa
hipotética de separar as coisas interessa somente às Teologias,
que, separando manhosamente, podem fazer o que bem quiserem, dogmatizando
como melhor lhes convier. O busílis todo se resume à uma só
palavra: Mérito. E acabou-se.
12, 12a,
12 b, 12c, 12d e 12e. Já discuti muito essa questão do perdão,
e, resumindo o que já refleti em outros textos, penso que perdoar seja
um ato de onipotência. Mas, o fato é que, se a onipotência
existisse como tal, na verdade, nada julgaria, porque seria benevolamente
todo-poderosa. O próprio Universo e aquilo que comumente é denominado
de Consciência Cósmica (Deus, para os religiosos) não
perdoam (nem condenam), simplesmente porque não julgam, e não
julgam porque, se julgassem, fariam escolhas, e, se fizessem escolhas, se
desagregariam de hipoteticidades em hipoteticidades. Em outras palavras: tanto
o Universo quanto a Consciência Cósmica não têm
capacidade de apreciar criticamente o que quer que seja. Então, quanto
aos seres-no-mundo, para tudo, é necessário (um esforço
para) haver compreensão, pois, enquanto não houver compreensão,
no caso, sempre julgaremos, e julgando, de duas uma: ou condenaremos ou perdoaremos,
em conformidade com a nossa cultura pessoal e outros fatores. A coisa toda
é como disse Platão (428/427 – 348/347 a.C.) há
dois mil quatrocentos anos: Aquele
que tudo compreende, tudo perdoa. O sentido platônico de
tudo perdoa
é de não julgar. Se quisermos, finalmente, entender a coisa
por outro ângulo, basta recordarmos e termos sempre em mente a advertência
de Jesus, o Cristo, aos que queriam lapidar a mulher adúltera: —
Aquele que estiver
sem pecado atire a primeira pedra. Todavia, o pior de tudo é
quando o perdão é superficial e estrábico e a justiça
que pensamos fazer é inquisitorial e preconceituosa.
13. De
maneira geral, todas as doenças têm origem espiritual, isto é:
somos nós que fabricamos as nossas consumições.
14. O
Senhor fez tudo um mistério, um batismo, uma crisma, uma eucaristia,
uma redenção e uma Câmara Nupcial.
Na verdade, aqueles que foram unidos na Câmara Nupcial não mais
serão separados. A Redenção (ocorre)
na Câmara Nupcial. A Câmara Nupcial é o Santo dos Santos...
E nos nos convida a entrar. (Evangelho de Filipe).
15. Logos
Verbum Dimissum et Inenarrabile.
Páginas
da Internet consultadas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Transdisciplinaridade
http://scarystuffbrah.tumblr.com/
post/23366905842
http://www.jeanyvesleloup.com/br/
texte.php?type_txt=0&ref_txt=45
http://www.jeanyvesleloup.com/br/
texte.php?type_txt=0&ref_txt=46
http://editorafranciscano.com.br/
doc/Evangelho_Filipe.pdf
http://www.jeanyvesleloup.com/br/
texte.php?type_txt=0&ref_txt=68
http://beta.photobucket.com/
images/skull%20gif/
http://www.sodahead.com/
http://www.jeanyvesleloup.com/br/
texte.php?type_txt=0&ref_txt=72
http://www.jeanyvesleloup.com/br/
texte.php?type_txt=0&ref_txt=83
http://www.jeanyvesleloup.com/br/
texte.php?type_txt=0&ref_txt=84
http://www.jeanyvesleloup.com/br/
texte.php?type_txt=0&ref_txt=86
http://www.jeanyvesleloup.com/br/
texte.php?type_txt=0&ref_txt=90
http://www.jeanyvesleloup.com/br/
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http://www.jeanyvesleloup.com/br/
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http://bradiiez.deviantart.com/art/
Galaga-Bee-Animated-GIF-323839957
http://www.jeanyvesleloup.com/br/
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http://unipaz-df.objectis.net/
projeto-fhb-xvii/teoria
http://tuesisto.blogspot.com.br/2010/05/
arte-de-morrer-por-jean-yves-leloup.html
http://muraldaexistencia.blogspot.com.br/
2009/11/desertos-desertos-jean-yves-leloup.html
http://decarlicris.blogspot.com.br/2012/09/
uma-centelha-jean-yves-leloup.html
http://www.orkut.com/
http://www.revistacontinente.com.br/index.php/
component/content/article/7322.html
http://arnaldovcarvalho.wordpress.com/
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http://www.orion.med.br/index.php/
http://www.laetusinpraesens.org/
docs10s/invagin.php
http://www.frazz.com.br/
escritor/jean_yves_leloup/13399
http://www.mathworks.in/matlabcentral/
fileexchange/authors/30223
http://fraseseautorias.blogspot.com.br/2009/09
/o-poder-do-silencio-jean-yves-leloup.html
http://paraserzen.blogspirit.com/
tag/jean-yves+leloup
http://www.thenewlife.com.br/
portal/FRASES/tabid/70/Default.aspx
http://www.facebook.com/permalink.php?story_
fbid=279505395497571&id=202689186512526
http://abrigodossabios-paulo.blogspot.com.br/
search/label/Jean-Yves%20Leloup
http://www.infoescola.com/
filosofos/jean-yves-leloup/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitzv%C3%A1
http://raracalma22.blogspot.com.br/
2011_05_01_archive.html
http://arthur2rcasc.wordpress.com/
2011/06/04/
http://aquileseluciana.blogspot.com.br/
2010/04/shalom.html
http://www.jeanyvesleloup.com/
br/texte.php?type_txt=0&ref_txt=112
http://www.jeanyvesleloup.com/
br/biographie.php
Música
de fundo:
L'hymne
a L'amour
Composição: Edith Piaf (letra) & Marguerite Monnot (música)
Fonte:
http://home.online.no/~hestenda/midi.htm
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