PRECONCEITO

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

Pensamentos de Jan Huss

 

 

Jan Hus

Jan Huss

 

O sancta simplicitas! Oh!, santa simplicidade!

 

Os preceitos das Escrituras, comunicados por meio do entendimento, devem reger a consciência.

 

Aquele que se cala com proveito raramente age contra a sua consciência.

 

Eles pensavam poder abafar e vencer a verdade, que é sempre vitoriosa, ignorando que a própria essência da verdade é que quanto mais quisermos comprimi-la mais ela cresce e se eleva.

 

Regozije-se com o fato de o Deus imortal ter nascido para que os homens mortais pudessem viver na eternidade.

 

Quando estudamos as Escrituras, ouvimos Deus falando diretamente a nós.

 

A obra de Deus e a verdade de Deus são mais importantes do que as palavras e as opiniões dos homens. Todo pensamento humano deve estar submisso à palavra de Deus.

 

Se a Palavra estiver conosco, Deus estará conosco. Ele é a nossa contínua proteção. Portanto, busquem a Sua Palavra. Busquem a Sua Sabedoria. Busquem a Sua Verdade. E nunca tenham medo de defendê-las, pois, a verdade os tornará livres.

 

Eu amo a igreja, mas, onde está escrito, nas Escrituras que alguém pode comprar a sua entrada no céu?

 

O que há de mais errado que mais e mais pessoas possam entender o Evangelho de Deus ouvindo em sua própria lingua e não em latim?

 

 

 

 

Nosso Senhor Jesus Cristo falou aos apóstolos para espalhar a Boa Palavra a todos os povos. Estou tentando fazer exatamente isto.

 

Como muitos de vocês, eu acreditava que se poderia comprar a misericórdia de Deus. Ganhar a misericórdia de Deus. Trabalhar pela misericórdia de Deus. Mas, agora, eu sei que a salvação não pode ser obtida tão-somente pelas obras, por melhores e mais honestas que essas obras possam ser.

 

Não por penitências, não por pagamentos e não favores sacerdotais, mas, por simples atos de fé seremos justificados com Deus e desfrutaremos a paz do céu. O justo deve viver pela fé. Deus não quer que tentemos comprar Seu perdão. A Bíblia claramente diz: o dom de Deus é a Vida Eterna através de Jesus Cristo Nosso Senhor. Meus irmãos, minhas irmãs, o dom não tem vínculos. O dom é grátis, dado em amor. De modo que, digo a vocês: gastem o tempo de joelhos suplicando a Deus que conceda a vocês o perdão abundante. Aí, fiquem de pé novamente, crendo que já estão perdoados. E vocês estarão perdoados.

 

Lembrem-se: continuem a amar a Deus e a amar uns aos outros. Procurem viver corretamente, trabalhar honestamente e defender o bem. Sejam diligentes sobre as suas salvações e permaneçam firmes em Deus.

 

A Palavra de Deus jamais pode ser esquecida nem desobedecida.

 

Sobre a proposta de fuga para outro país: O Senhor Deus tem me guiado por um longo caminho na busca do significado da Sua Palavra. Ele me confiou levar aos Corações das pessoas o que acredito ser a Sua verdadeira mensagem. Como poderei continuar fazendo isto, se eu não provar ao Concílio que a minha crença não é contrária à Palavra de Deus? Se fugir, estarei traindo a confiança que Deus depositou em mim.

 

Você não deve temer a morte, quando a fé estiver na salvação do Nosso Senhor.

 

Ó Senhor Deus: me dê as forças e as palavras que glorifiquem o Seu Nome.

 

Testemunhar a Verdade de Deus é mais importante do que a vida.

 

Apenas Cristo, e não Pedro, é o Líder da Igreja.

 

A Santa Igreja Universal é apenas uma.

 

O amor predestinado que liga a Igreja não falha.

 

As duas naturezas – a divina e a humana – são um só Cristo.

 

Uma pessoa de antemão condenada não faz parte da Santa Igreja, mesmo se ela estiver em estado de graça. Uma pessoa predestinada à salvação permanecerá sempre membro da Igreja, embora ela possa, por um tempo, acidentalmente, estar afastada da graça, pois, ela mantém a graça da predestinação.

 

Sacerdotes que vivem no vício de forma alguma possuem poder do sacerdócio.

 

A dignidade papal originou-se com as cortes Imperiais, e a primazia e a instituição do papa emana do poder imperial.

 

 

 

 

Não é necessário acreditar que qualquer pontífice romano particular seja o líder da Santa Igreja, e menos ainda que Deus o tenha predestinado à salvação.

 

O papa não será o sucessor manifesto e verdadeiro do príncipe dos apóstolos, Pedro, se ele viver em um caminho contrário ao de Pedro. Se ele procurar a avareza, ele será o vigário de Judas Iscariotes. Da mesma forma, os cardeais não são os sucessores manifestos e verdadeiros do Colégio dos Apóstolos de Cristo, a menos que eles vivam à maneira dos apóstolos, guardando os mandamentos e os conselhos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Os homens que fizeram o juízo cível de Jesus são ainda maiores assassinos do que Pilatos.

 

A obediência eclesiástica foi inventada pelos padres da Igreja sem a autorização expressa das Escrituras.

 

A divisão imediata dos atos humanos é entre aqueles que são virtuosos e os que são ímpios. Portanto, se um homem é mau e faz alguma coisa, ele age perversamente; se ele é virtuoso e faz alguma coisa, ele age virtuosamente. Pois, assim como a maldade, o que é chamado de crime ou de pecado mortal, infecta todos os atos de um homem mau, a virtude dá vida a todos os atos de um homem virtuoso.

 

Um sacerdote de Cristo que vive de acordo com a sua Lei, conhece as Escrituras e deseja edificar as pessoas, deve pregar, não obstante a excomunhão. E mais: se o papa ou quaisquer ordens superiores determinarem a um sacerdote a não pregar, ele não deve obedecer.

 

Quem entra no sacerdócio tem a obrigação de pregar, e isto deve ser realizado, apesar de uma pretensa excomunhão.

 

Censuras eclesiais, excomunhões, suspensões, interdições do clero, subjugações dos leigos, exaltações pessoais, multiplicações da avareza e proteções da maldade preparam o caminho para o anticristo.

 

A graça da predestinação é o vínculo pelo qual o corpo da Igreja e cada um de seus membros está indissoluvelmente unida com a Cabeça.

 

Judas Iscariotes foi correta e legitimamente eleito para ser apóstolo de Jesus Cristo, que é Deus, mas, entrou no aprisco por outro caminho.

 

A condenação dos quarenta e cinco artigos de John Wycliffe, decretada pelos doutores da Igreja, é irracional, injusta e malfeita, e o motivo alegado por eles é fingido, ou seja, nenhum deles é católico, mas, cada um é cada herético, errôneo e escandaloso.

 

Quanto mais abundantemente uma pessoa age meritoriamente para edificar a Igreja, mais copiosamente ela recebe o poder de Deus para realizar isto.

 

Em assuntos espirituais, não há a menor prova de que deva haver uma cabeça a governar a Igreja.

 

Como sacerdotes imorais e criminosos andam livremente pelas ruas, enquanto os humildes homens de Deus estão enjaulados como hereges e sofrendo privações por causa da proclamação do Evangelho?

 

Sem essas cabeças monstruosas, através dos seus verdadeiros discípulos espalhados por todo o mundo, Cristo governa Sua Igreja muito melhor.

 

Antes de o cargo de papa ter sido introduzido, os apóstolos e os sacerdotes fiéis ao Senhor tenazmente governaram a Igreja em assuntos necessários para a salvação.

 

Ninguém será [verdadeiro] prelado ou [verdadeiro] bispo enquanto estiver em pecado mortal.

 

 

 

 

Você viu um padre bêbado e nu em plena rua. Eu vi um que se negava a realizar os funerais de pobres porque seus familiares não tinham como pagar. Não sei qual deles é o pior.

 

Jesus, meu Mestre, graças Te dou pela oportunidade de falar em Teu Nome, pela possibilidade de Te servir por meio das palavras. Sinto em meus ombros o peso da responsabilidade por aquilo que proferirei a todas essas pessoas, que aqui procuram o alimento para suas almas. Ajuda-me, Senhor, a falar o que é de Tua Vontade. Não me permite colocar os olhos em mim mesmo; impede-me de dizer uma só palavra que esteja em desacordo com a Tua Vontade e os Teus Desejos. Ampara-me a boca e os lábios, para que sejam instrumentos de Tuas Misericordiosas Palavras. Amém.

 

Certo doutor me disse que o que eu fizer para me submeter ao Concílio será bom e lícito para mim. E acrescentou: 'se o Concílio disser que você tem apenas um olho, mesmo que você tenha dois, você deveria confessar, em acordo com o Concílio, que isto era verdade'. A ele eu respondi: 'mesmo que o mundo inteiro me dissesse isto, eu, dispondo da razão que agora uso, não poderia afirmar isto sem macular minha consciência. Neste momento, discorrendo longamente a respeito, ele recuou daquela afirmação e disse: 'de fato eu não dei um bom exemplo'.

 

Eu me recuso a confessar como errôneos os artigos que foram corretamente abstraídos, e abjurar os artigos atribuídos a mim por falsas testemunhas. Pois, abjurar significa confessar que eu sustentei erros ou um erro, e abandoná-los é sustentar o oposto. Deus sabe que eu nunca preguei aqueles erros que foram inventados, abandonando-se muitas verdades e adicionando mentiras. Se eu soubesse que meus artigos estavam contrários à verdade, eu os corrigiria e revogaria com alegria, e ensinaria e pregaria o oposto.

 

Nós não devemos seguir o costume, mas, o exemplo e a verdade do Cristo.

 

Eu sou grandemente consolado pelas palavras do Nosso Salvador: 'Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem, insultarem e proscreverem vosso nome como infame, por causa do Filho do Homem. Alegrai-vos naquele dia e exultai, porque no céu será grande a vossa recompensa'. É boa, de fato, a melhor consolação, mas difícil, não no que diz respeito a ser entendida, mas, de ser totalmente cumprida, ou seja, alegrar-se nessas tribulações... Até mesmo o mais paciente e valente soldado, sabendo que no terceiro dia Ele se ergueria, conquistando por Sua morte os inimigos e redimindo os eleitos da danação, após a Última Ceia estava perturbado em espírito e disse: 'Minha alma está triste até a morte.'

 

Lembrando que os dias de tribulações acabarão, caros bem amados, permaneçam firmes. Eu tenho esperança em Deus que a escola do anticristo terá medo de vocês e os deixará em paz. O Concílio não virá de Constança para a Boêmia. Eu acho que muitos daquele Concílio morrerão ao redor do mundo antes de arrancarem os livros de suas mãos. Eles se espalharão do Concílio pelo mundo como cegonhas e, quando o inverno chegar, eles perceberão que cometeram um crime durante o verão.

 

Os pregadores pregam que o papa é o deus terreno, que ele não pode pecar e que não pode cometer simonia. Os juristas dizem que o papa é a cabeça de toda a Santa Igreja, que ele governa muito bem, que ele é o coração da Santa Igreja, que ele a nutre espiritualmente, que ele é a fonte de onde brota todo o poder e toda a bondade, que ele é o sol da Santa Igreja, que ele é o refúgio infalível onde todo católico deve se abrigar. Bem, essa cabeça já foi cortada, o deus deste mundo está amarrado e seus pecados já são públicos. A fonte já secou, o sol escureceu, o coração está rasgado e o refúgio fugiu de Constança e é repudiado de tal modo que ninguém procurará abrigo lá. O Concílio o condenou como herege porque ele vendeu indulgências, bispados e outros benefícios, e muitos dos que o condenaram compraram dele e traficaram com ele. Esses homens condenaram e anatematizaram o vendedor enquanto eles mesmos permaneceram compradores e intermediários, e continuam a vender em seus lares. Se o Senhor Jesus tivesse dito ao Concílio 'aquele que dentre vocês estiver sem o pecado da simonia, condene o papa João', parece-me que eles correriam para fora um depois do outro. Por que, então, eles ajoelharam perante ele, beijaram seus pés e o chamaram de santíssimo Pai, quando eles sabiam que ele era um herege, um assassino e um sodomita, pecados que eles mesmos trouxeram a público mais tarde?

 

De um tipo é a fé colocada nas Escrituras Sagradas; e outra, a fé em uma bula pensada de um jeito humano. Pois, não há exceções às Escrituras Sagradas, nem elas podem ser contraditas; mas, é apropriado em certos momentos tomar por exceção a bulas e contradizê-las quando elas recomendam o indigno, dá-lhes autoridade, saboreiam a avareza, honram o incorreto, oprimem o inocente ou implicitamente contradizem os comandos e os conselhos de Deus.

 

Se a dignidade de César exalta o papa aos olhos do mundo e ele está sem humildade e vida sagrada, como pode esta exaltação combinar com a vida e a glória de Cristo, quando o anticristo é exaltado do mesmo modo no mundo?

 

Não é nossa finalidade seduzir as pessoas para longe da obediência real, mas, que o povo seja um, harmoniosamente regido pela lei de Cristo. Nosso propósito é que as regras do anticristo não devam seduzir ou separar o povo do Cristo, mas, que a Lei de Cristo deva honestamente governar em conexão com os costumes do povo na medida em que são aprovados pela Lei de Deus . Nosso objetivo é que o clero viva honestamente de acordo com a Doutrina de Jesus Cristo, deixando de lado a pompa, a avareza e o luxo. Desejamos e pregamos que a Igreja militante, em suas diferentes partes ordenadas por Deus, seja constituída honestamente, ou seja, de Sacerdotes de Cristo, que administram sua Lei com pureza, e, no mundo, de nobres, que primam pela observância das Leis de Cristo, e de pessoas comuns, ambas estas partes servindo em conformidade com a Lei de Cristo.

 

Não dependa [exclusivamente] da sua sabedoria.

 

Eu aprendi com as Escrituras, e, acima de tudo, com a palavra e os atos dos Apóstolos, os quais, contrários à vontade dos sacerdotes chefes, pregaram a respeito das palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, quando elas dizem que nós devemos obedecer antes a Deus do que aos homens.

 

A liberdade tem poucas chances de sucesso.

 

O único juiz legítimo é Jesus Cristo, e não o papa ou o Concílio.

 

Senhor Jesus, por Ti sofro com paciência esta morte cruel. Rogo-Te que tenhas misericórdia dos meus inimigos.

 

Pela graça de Deus, confio que ainda hoje hei de beber Dele no Seu Reino.

 

A verdade conquistará.

 

'Não tema aqueles que matam o corpo'. [Ensinamento de São João Crisóstomo]. Todo aquele que, seja clérigo ou leigo, conhece a verdade deve defendê-la até a morte, caso contrário, ele é um traidor da verdade e, portanto, também do Cristo.

 

Apelo a Jesus Cristo, o único Juiz Todo-Poderoso e totalmente justo. Em suas mãos eu deponho a minha causa, pois Ele há de julgar cada um, não com base em testemunhos falsos e concílios errados, mas, baseado na verdade e na justiça.

 

Wycliffe era um verdadeiro crente. Sua alma, agora, está no céu. Não posso desejar maior salvação para a minha própria alma do que a que está gozando a alma de Wycliffe.

 

Com toda a Sua Força, ó meu Deus, faça que prevaleça a Sua Misericórdia.

 

Senhor: eu confesso a Ti os meus pecados. Tenho desperdiçado tantas horas em ocupações frívolas...

 

Suplico a todos que permaneçam firmes na Verdade de Deus.

 

Últimas palavras registradas: Não, eu nunca preguei qualquer doutrina de tendência para o mal, e o que ensinei com os meus lábios agora selo com o meu sangue. Hoje, vocês estão matando um ganso [Huss significa Ganso], mas, daqui a cem anos, Deus levantará um cisne, o qual vocês não poderão matá-lo. [Em 10 de novembro de 1483, em Eisleben, Alta Saxônia, nascia Martin Luther, sacerdote católico agostiniano, professor de Teologia germânico e figura central da Reforma Protestante – movimento reformista católico iniciado no início do século XVI através da publicação de suas 95 teses, em 31 de outubro de 1517, na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, propondo uma reforma no Catolicismo Romano].1

 

 

Vovó Donalda e Gansolino

 

 

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Nota:

As 95 Teses de Martin Luther:

1. Ao dizer: 'Fazei penitência etc.' [Mt, IV: 17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.

2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e da satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).

3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.

4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do Reino dos Céus.

5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.

6. O papa não tem o poder de perdoar culpa, a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar estas limitações, a culpa permaneceria.

7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.

8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.

9. Por isto, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.

10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.

11. Esta cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.

12. Antigamente, se impunham as penas canônicas não depois, mas, antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.

13. Através da morte, os moribundos pagam tudo, e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.

14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.

15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.

16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.

17. Parece necessário, para as almas no purgatório, que o horror devesse diminuir à medida que o amor crescesse.

18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem das Escrituras, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.

19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disto.

20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas, somente aquelas que ele mesmo impôs.

21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.

22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.

23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.

24. Por isto, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.

25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.

26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas, não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas, por meio de intercessão.

27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].

28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da Vontade de Deus.

29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e de São Pascoal?

30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.

31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.

32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.

33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem ser as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.

34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.

35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência estão pregando doutrinas incompatíveis com o Catolicismo.

36. Qualquer católico que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de indulgência.

37. Qualquer católico verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem carta de indulgência.

38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina.

39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição.

40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las ou, pelo menos, dá ocasião para tanto.

41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.

42. Deve-se ensinar aos católicos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.

43. Deve-se ensinar aos católicos que dando ao pobre ou emprestando ao necessitado procedem melhor do que se comprassem indulgências.

44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas, apenas mais livre da pena.

45. Deve-se ensinar aos católicos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.

46. Deve-se ensinar aos católicos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgências.

47. Deve-se ensinar aos católicos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.

48. Deve ensinar-se aos católicos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar.

49. Deve-se ensinar aos católicos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.

50. Deve-se ensinar aos católicos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de São Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51. Deve-se ensinar aos católicos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de São Pedro.

52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.

53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a Palavra de Deus nas demais igrejas.

54. Ofende-se a Palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a Ela.

55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, de procissões e de cerimônias.

56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.

57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas, apenas os ajuntam.

58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois, estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.

59. São Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.

60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes tesouros.

61. Pois, está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente.

62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.

63. Mas, este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.

64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.

65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.

66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.

67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda.

68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas, em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.

69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.

70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos, e atentar com ambos os ouvidos para que estes comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa.

71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.

72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e a licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.

73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,

74. Muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e a verdade.

75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem, mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.

76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.

77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e contra o Papa.

78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura) etc., como está escrito em I Coríntios, XII.

79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo.

80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.

81. Esta licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.

82. Por exemplo: por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas – se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da Basílica – que é uma causa tão insignificante?

83. Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos, e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?

84. Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e ao inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas, não a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?

85. Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?

86. Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta Basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos próprios fiéis?

87. Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena remissão e participação?

88. Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse estas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer dos fiéis?

89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?

90. Reprimir estes argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e fazer os católicos infelizes.

91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.

92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo 'paz, paz!' sem que haja paz!

93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo 'cruz! cruz!' sem que haja cruz!

94. Devem-se exortar os católicos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno.

95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.

 

Observação:

Jan Huss (Husinec, 1369 – Constança, 6 de Julho de 1415) foi um sacerdote tcheco, pensador, reformador religioso, mártir (queimado vivo pela santa inquisição) e precursor da Reforma Protestante. Ele iniciou um movimento religioso baseado nas idéias de John Wycliffe (cerca de 1328 – 1384) . Os seus seguidores ficaram conhecidos como hussitas. A Igreja Católica não perdoou tais rebeliões e ele foi excomungado em 1410. Condenado pelo Concílio de Constança, foi queimado vivo e morreu cantando um cântico. A sentença proferida pelo Cardeal Anthony deixava bem claro a resposta quanto às ações de John Huss contra a corrupção na igreja Católica: Depois de analisar todas as questões com cuidado, este Concílio acusa John Huss de ter seduzido o povo católico, como a maioria do povo da Bohemia, e de não ter sido um pregador verdadeiro do Evangelho de Cristo, de acordo com os ensinos dos santos doutores, mas, sendo, na verdade, um sedutor. Eeste santo sínodo reconhece que John Huss é obstinado e incorrigível, e que não deseja se retratar publicamente das suas heresias e dos seus erros defendidos e pregados por ele. Por estas razões, este Concílio declara que John Huss, será deposto e afastado do sacerdócio e de outros encargos que a ele foram conferidos. Tal afastamento será realizado na frente deste Concílio, de acordo com a ordem requerida pela lei. Este sagrado sínodo de Constanza, vendo que a Igreja não tem nada mais a ver com John Huss, o entrega para o julgamento secular, e decreta que ele seja entregue para as cortes seculares para ser queimado na estaca como herege. Oh!, maldito Judas! Encomendamos a sua alma ao diabo. Que sua memória desapareça da face da Terra. Maldita seja a terra que você caminhou. John Huss, entregamos a sua alma ao inferno. E todos que ali estavam presentes puderam ouvir a voz de Jonh Huss respondendo pela última vez ao concílio em voz baixa: — E eu entrego a minha alma em Tuas Mãos, ó Jesus, pois Tu me redimiste.

Um precursor do movimento protestante, a extensa obra escrita de Jan Huss lhe concedeu um importante papel na História Literária checa. Ele também foi responsável pela introdução do uso de acentos na língua checa, de modo a fazer corresponder cada som a um símbolo único. Hoje, a sua estátua pode ser visitada na praça central de Praga, capital da República Tcheca, a Staromestské Námestí (Praça da Cidade Velha).

Os espíritas admitem que, séculos depois, Jan Huss voltou como o educador, escritor e tradutor francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804 – Paris, 31 de março de 1869), que, sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se como o codificador do Espiritismo (neologismo por ele criado), também denominado de Doutrina Espírita.

 

Julgamento de Jan Huss

Ilustração do Julgamento de Jan Huss
(Hic est hoere siarcha – Eis o herege)

 

 

 

 

Um ovo vermelho? Deve ser comunista!

 

 

 

Quem pode apedrejar quem?

Quem pode maldiçoar quem?

Quem pode interditar quem?

Quem pode critiquizar quem?

 

Tudo inscícia, tudo prenoção.

Tudo demoníaca inspiração.

Tudo sujeito à compensação.

 

Quem pode condenar quem?

Quem pode perdoar quem?

Quem pode cancelar quem?

Quem pode restaurar quem?

 

Tudo inscícia, tudo prenoção.

Tudo demoníaca inspiração.

Tudo sujeito à compensação.

 

Como pode ser de antemão?

Como pode ocorrer danação?

Como pode haver absolvição?

Como pode suceder salvação?

 

Tudo inscícia, tudo prenoção.

Tudo demoníaca inspiração.

Tudo sujeito à compensação.

 

Ei esquizotímicos de plantão:

ouçam a Voz Íntima do Coração.

Quente, frio, dia e noite passarão,

mas, a Santa LLuz e o Bem não.

 

Tudo inscícia, tudo prenoção.

Tudo demoníaca inspiração.

Tudo sujeito à compensação.

 

Depois da morte, será terrível

para quem escolheu o desnível.

Quem optou por não ser afetível

poderá até se tornar inabsorvível.

 

Tudo inscícia, tudo prenoção.

Tudo demoníaca inspiração.

Tudo sujeito à compensação.

 

Isto não deve provocar medo,

apenas iterar o Bom Segredo:

há dois Caminhos: Belo e fedo;

para o Belo, o Som é o Levedo.

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Gloria in Excelsis Deo
Composição: Antonio Lucio Vivaldi

Fonte:

http://www.4shared.com/get/BJ8pWo8J/
gloria_in_excelsis_deo_-_vival.html

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.hottopos.com/rih25/49-56Thg.pdf

http://redeadventista.com.br/blogs/2012/02/07/
consciencia-moral-licoes-de-huss-e-jeronimo/

http://www.snh2011.anpuh.org/

http://www.teuministerio.com.br

http://pt.wikipedia.org/wiki/95_teses

http://www.picgifs.com/disney-graphics/gus-goose/

http://www.picgifs.com/graphics/adam-eve/

http://www.deuslovult.org/2013/02/28/
o-trono-esta-de-novo-vazio/

http://mariadapenhaneles.blogspot.com.br/2012
/07/trabalhador-vitima-de-preconceito.html

http://novotempo.com/

http://mensagens.culturamix.com/frases
/preconceito-frases-para-refletir

http://crashchords.com/crash-chords
-podcast-episode-43/43c-prejudice/

http://www.abhr.org.br/plura/ojs/index.
php/anais/article/viewFile/429/487

http://www.multiajuda.com.br/baixar-arquivos.php

http://bvespirita.com/

http://sbgecopoli.blogspot.com.br/2005/
10/o-papel-poltico-de-jan-hus.html

http://imagohistoria.blogspot.com.br/2009/
08/reformas-religiosas-1-de-2.html

http://mayconcampos.blogspot.com.br/2010/01/
biografia-de-john-huss-1373-1415.html

http://www.preacherbiography.info/jan-hus/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Allan_Kardec

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/mundo
-espirita/a-grande-contribuicao-de-jan-hus.html

http://poesiasobruinas.blogspot.com.br/
2010/11/john-hus.html

http://www.frasescristas.com.br/
category/autores/jan-hus/

http://www.citador.pt/frases/citacoes/a/jan-hus

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jan_Hus

http://pt.wikiquote.org/wiki/Jan_Hus

 

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