Este estudo tem por objetivo apresentar para reflexão algumas idéias e alguns pensamento de Jacques Fabrice Vallée sobre a hipótese de vida extraterrestre.
Breve Biografia

Jacques Vallée
Jacques Fabrice Vallée, nascido em 24 de setembro de 1939, em Pontoise, Val-d'Oise, é um cientista da computação, astrônomo, ufólogo e escritor de ficção científica francês. Desde 1962, ele mora em San Francisco, Califórnia, EUA. Filho de um magistrado, Jacques Vallée se formou em Matemática, pela Sorbonne, e fez mestrado em Astrofísica, pela Universidade de Lille. Mais tarde, obteve seu doutorado em Ciência da Computação, pela Northwestern University. Na adolescência, em Pontoise, duas coisas moldaram sua vida: o avistamento de um OVNI (um fenômeno mundial, sem restrições de fronteiras entre países, que não teve início em meados dos anos 40, do século passdo, mas, sim, sempre esteve presente na História da Humanidade) no céu de sua cidade natal, clássico, prateado, refletindo o Sol, com uma espécie de cúpula transparente (observação que seria confirmada por um de seus amigos que morava na mesma cidade), e a leitura, em 1958, de um livro do ufólogo francês Aimé Michel, com quem começou a se corresponder. Na ciência oficial, se destacou pelo desenvolvimento do primeiro mapeamento computadorizado de Marte, para a NASA, e por seu trabalho na SRI International, na criação da ARPANET, precursora da moderna Internet. Vallée também é uma figura de destaque no estudo dos objetos voadores não-identificados (OVNIs), destacando-se primeiro pela defesa da legitimidade científica da hipótese extraterrestre e, mais tarde, pela promoção da hipótese interdimensional. Escreveu vários livros, de finanças a ufologia, passando por novelas de ficção científica, computação e outros. Enfim, Jacques Vallée é um dos grandes nomes de nosso tempo, e suas idéias a respeito do fenômeno OVNI – um verdadeiro enigma e um grande desafio à ciência – são abordadas de forma multidisciplinar, abrangendo aspectos físicos, psicológicos, sociológicos e históricos.
Josef Allen Hynek e Jacques Fabrice Vallée
Idéias e Pensamentos de Jacques Vallée
Se tomarmos uma ampla amostra de material histórico, veremos que se acha organizado ao redor de um tema central: a visita de seres aéreos procedentes de um ou vários países lendários e remotos. Variam os nomes e as peculiaridades, porém a idéia central permanece. Chama-se Magonia, céu, inferno, País das Fadas, e todos estes lugares têm uma característica comum: nenhum ser vivente pode chegar a eles, exceto em raras ocasiões. Os emissários destes lugares sobrenaturais chegam à Terra, às vezes, em forma humana e outras debaixo da aparência de monstros. Uma vez aqui, realizam maravilhas. Servem aos homens ou os combatem. Influem nas civilizações através de revelações místicas. Seduzem as mulheres, e os pouco heróis que se atrevem a buscar sua amizade descobrem que as donzelas do País das Fadas sentem uns desejos que, mais do que uma natureza puramente etérea, põe de manifesto uma natureza carnal.
Fenômeno sobre a cidade alemã de Nuremberg, em 14 de abril de 1561
O fenômeno OVNI desempenha um papel em várias tradições mitológicas. Afetou nossas religiões e nossa visão moderna do Uni[multi]verso. Pode muito bem ser enganoso pelo modo que se nos apresenta, mascarado em muitos disfarces em diferentes culturas: divino para os antigos hebreus ou mesopotâmicos, elfos para autores medievais, diabólicos para os inquisidores cristãos. Pode ter se manifestado na forma de fantasmas ou espíritos em benefício de nossos avôs no final do século XIX ou na forma da Virgem Santíssima, diante dos católicos devotos.
Desenho ilustrando os acontecimentos de 1566 sobre Basiléia
Se esses objetos [voadores não identificados] foram vistos desde tempos imemoriais, e se seus ocupantes sempre realizaram ações semelhantes em linhas de comportamento semelhantes, então, não é razoável supor que eles são ‘simplesmente’ visitantes extraterrestres. Devem ser algo mais. Talvez, eles sempre tenham estado aqui. Na Terra. Conosco. [De modo geral, podemos admitir que os seres unimultiversais se enquadrem em quatro categorias principais: 1ª) seres terrestres; 2ª) seres intraterrestres; 3ª) seres extraterrestres; e 4ª) seres ultradimensionais. Um dia, a Ciência Oficial explicará racionalmente tudo isso... E muito mais. Enquanto isto não acontecer, acreditaremos em deuses, milagres, demônios, maldições, céu, inferno e sei lá mais o quê.]
Foto do Instituto Geográfico Nacional da Costa Rica
sobre o Lago de Cote, em 4 de Setembro de 1971
Os ocupantes dos UFOs, como os antigos elfos, não são extraterrestres. Eles são habitantes de outra realidade.
Vários físicos e engenheiros examinaram relatos de OVNIs de um ponto de vista de porcas e parafusos; por outro lado, os mesmos relatos de OVNIs foram interpretados por psicólogos como arquétipos ou como a satisfação de uma necessidade psicológica do percipiente. A ciência moderna se desenvolveu com base na premissa de que esses dois domínios, do físico e do psicológico, devem sempre ser cuidadosamente separados. Em minha opinião, essa distinção, embora conveniente, foi arbitrária. O fenômeno OVNI é um desafio direto a esta dicotomia arbitrária entre a realidade física e a realidade espiritual.
A HET [Hipótese Extraterrestre] foi inicialmente formulada em um momento em que os primeiros avistamentos conhecidos datavam da Segunda Guerra Mundial. Pode-se argumentar que este importante conflito foi detectado do espaço e que a observação de explosões nucleares na Terra precipitou a decisão dos aliens de pesquisarem o nosso Planeta, talvez, em um esforço avaliativo da raça humana, como ameaça potencial.
Eu não rejeito completamente a idéia de uma origem extraterrestre, mas, acredito que a forma de inteligência que o fenômeno representa poderia coexistir conosco, na Terra, tão facilmente quanto poderia se originar em outro planeta, em nosso Uni[multi]verso ou em um universo paralelo, [além da terceira dimensão, fazendo com que o fenômeno OVNI apresente, marcadamente, fatores característicos, que, para nós, ainda sejam considerados absurdos, da mesma forma que, para muitos, a existência da G.'. L.'. B.'. e dos Mestres Ascensionados sejam consideradas coisas absurdas e fantásticas].
Os contatos entre os percipientes humanos e o fenômeno OVNI ocorrem sob condições controladas por este último.
Essas formas de vida [consideradas não-terrestres] podem ser semelhantes a projeções, podendo não ser reais, mas, um produto de nossos sonhos. Como nossos sonhos, poderemos examinar seus significados ocultos ou poderemos ignorá-los. Mas, como nossos sonhos, eles também podem moldar o que pensamos ser nossas vidas, de um modo que ainda não entendemos.
Pode não ser verdade que discos voadores representam visitas do espaço sideral. Mas, se um número grande o suficiente acreditar nisso, então, em certo sentido, isso se tornará mais verdadeiro do que a verdade, por tempo suficiente para certas coisas mudarem irreversivelmente.
O melhor esquema de reforço é aquele que combina periodicidade com imprevisibilidade. O aprendizado é lento, mas, contínuo. Isto leva ao mais alto nível de adaptação. E é irreversível. Portanto, é interessante perguntar: o padrão das ondas de OVNIs não terá o mesmo efeito que uma programação de reforço?
Os visitantes [ditos não-terrestres] têm o poder de voar pelo ar com aparatos luminosos, chamados. às vezes, «carros celestiais». A estas manifestações se associam impressionantes fenômenos físicos e meteorológicos, chamados «redemoinhos», «colunas de fogo» etc., pelos autores primitivos.
Por causa do tempo transcorrido, é impossível separar as observações fidedignas das interpretações emocionais. O que aqui importa é a relação existente entre certos fenômenos insólitos – observados ou imaginados – e a alteração sofrida pela testemunha em seu comportamento. Dito de outro modo, estes relatos demonstram que é possível afetar a vida de muitas pessoas ao lhes mostrar algo que ultrapasse sua compreensão ou as convencendo de que têm observado tais fenômenos, ou, por último, mantendo nelas a crença de que seu destino se acha regido por poderes ocultos.
O que demonstram todos os casos conhecidos de fenômenos não convencionais, que não que obedecem aos padrões aceitos? Nada. Somente indicam que, se existiu, alguma vez, uma época apropriada para que os homens de ciência inclinem com temor suas cabeças ante a variedade e o poder dos fenômenos naturais e a imaginação humana, ela é a nossa própria época de tecnologia e pensamento racional, mais do que na confusão das filosofias medievais.
O que significam todos os casos relatados e conhecidos de surgimento de discos voadores, de seres estranhos e de marcas no solo? Como se pode reconciliar fatos aparentemente tão contraditórios? Alguns, levados por um louvável intento, põem em dúvida que valha a pena buscar constantes, como aconselham os métodos clássicos: é necessariamente certo – se perguntam – que possamos detectar constantes significativas, que tenham sentido para nosso próprio nível de cultura e de inteligência, na conduta de uma espécie superior? Não é mais provável que em suas ações encontremos unicamente dados dispersos e imagens incoerentes? [Sobre isto, escreveu o psicólogo e filósofo Aimé Michel (12 de maio de 1919 – 28 de dezembro de 1992): Filhos do desconhecido, se não são reais, devemos considerar estes rumores como sinal de que algo há transformado a imaginação humana, pondo sob uma nova luz zonas virgens de nosso inconsciente coletivo? Todavia, também podem ser reais. A ciência moderna só estende seu domínio sobre um universo muito exíguo, que não é mais do que uma variação particular de um tema infinito.]
Aimé Michel
A questão dos alimentos é um dos pontos mais freqüentemente tratados na lenda céltica tradicional, ao lado dos relatos muito bem documentados de crianças raptadas pelos elfos e dos animais terrestres que eles caçam e levam. Raptam pessoas jovens e inteligentes que as interessam. Eles se apoderam delas em corpo e alma, e as metamorfoseiam em um dos seus. Nunca comem nada salgado. Alimentam-se unicamente de carne fresca e água pura para beber. Casam-se e têm filhos. E qualquer um deles pode contrair matrimônio com uma mulher mortal, boa e pura.
AaaaaÉ necessário recordar ao leitor aquele célebre costume das fadas, que consiste em deixar em seus rastro estranhos círculos em campos e pradarias.
Na maioria das aterrissagens da América do Sul, as testemunhas declaram que os humanóides recolheram amostras de terra, plantas e até pedras. Esta conduta parece com intenção de nos fazer crer na origem interplanetária desses estranhos seres e suas naves. A verdade é que este tipo de incidentes tem influído grandemente nos investigadores, fazendo-os chegar «independentemente» à conclusão de que os OVNIS são sondas espaciais enviadas por uma civilização extraterrestre.
Temos sondado vários dos aspectos do comportamento que se atribui a seres sobrenaturais no folclore antigo e moderno. Pouco importa se estes seres descem em discos voadores, em cestas musicais ou se procedem do mar das rochas. O que verdadeiramente importa é o que fazem e dizem: as marcas que deixam no testemunho humano, que é o único veículo tangível da História.
Clérigos do passado recolheram lendas do seu tempo em que apareciam estes seres [extraterrestres]. Em seu conjunto, estes relatos ofereciam uma imagem coerente da aparência, da organização e dos métodos de nossos estranhos visitantes. A aparência – que o leitor não se surpreenda – corresponde exatamente aos atuais ocupantes dos OVNIs. Seus métodos são os mesmos. Encontramos a repentina aparição de «casas» resplandecentes de noite, casas que normalmente podem voar, que continham lâmpadas peculiares, luzes radiantes que não requeriam combustível para arder. Aqueles seres podiam paralisar suas testemunhas e transladá-las através do espaço-tempo. Caçavam animais e seqüestravam pessoas. Sua organização tinha um nome: a Comunidade Secreta.
A crença moderna e mundial nos discos voadores e seus ocupantes é idêntica a uma crença mais antiga nas fadas. Os seres descritos como pilotos dessas naves não podem se distinguir dos elfos, dos silfos e dos lutins, semelhantes aos duendes e aos trasgos da Idade Média.
Segundo os ocultistas medievais, os seres invisíveis podem se dividir em quatro classes, a saber: os anjos, os deuses dos antigos; os diabos ou demônios e os anjos caídos; as almas dos mortos, e, por último, os espíritos Elementares que correspondem à Comunidade Secreta de Kirk. Deste quarto grupo formam parte os gnomos, que habitam em moradas subterrâneas e correspondem às fadas das minas, os goblins, pixies, korrigans, leprechauns e os domovoys das lendas russas, e os silfos e as sílfides, que habitam o ar. Estas subdivisões são evidentemente arbitrárias, e o próprio Paracelso admite que é extremadamente difícil encontrar definições para estas diversas classes.
Sempre que um conjunto de circunstâncias incomuns se apresenta, é da natureza da mente humana analisá-lo até que um padrão racional seja encontrado em algum nível. Mas, é perfeitamente concebível que a Natureza nos apresente circunstâncias tão profundamente organizadas, que nossos erros observacionais e lógicos mascarariam completamente o padrão a ser identificado. Para o cientista [genuíno], não há nada de novo aqui.
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Vamos direto ao ponto. Seria bom manter a crença comum de que os OVNIs são naves de uma civilização espacial superior, porque esta é uma hipótese que a ficção científica tornou amplamente aceitável, e porque não estamos totalmente preparados, científica e, talvez, até militarmente, para lidar com tais visitantes. Infelizmente, porém, a teoria de que discos voadores são objetos materiais do espaço sideral tripulados por uma raça originária de outro planeta [ou outro sistema] não é uma resposta completa. Por mais forte que seja a crença atual em discos voadores espaciais, ela não pode ser mais forte do que a fé celta nos elfos e nas fadas, ou a crença medieval em lutinos, ou o medo em terras cristãs, nos primeiros séculos de nossa era, de demônios, sátiros e faunos. Certamente, não pode ser mais forte do que a fé que inspirou os escritores da Bíblia – uma fé enraizada em experiências diárias com a visitação angelical.
Hoje, ainda há estudiosos que rejeitam a noção de que o fenômeno OVNI foi relatado [muito] antes de 1947.
As ações humanas se baseiam na imaginação, na crença e na fé, [ou seja, em miragens + ilusões], não na observação objetiva – como bem sabem os especialistas militares e políticos. Até mesmo a ciência, que afirma que seus métodos e teorias são desenvolvidos racionalmente, é moldada pela emoção, pela fantasia e pelo medo. E controlar a imaginação humana é moldar o destino coletivo da Humanidade. [O que isto quer dizer? Quer dizer que estamos mais por fora que umbigo de vedete!]
Na atualidade, é impossível mensurar como o fenômeno OVNI afetará, a longo prazo, nossas visões sobre ciência, religião e exploração espacial.
O problema dos OVNIs deve ser pensado em termos de três níveis distintos. O primeiro nível é físico. Sabemos agora que os OVNIs se comportam como uma região do espaço, de pequenas dimensões (cerca de dez metros), dentro da qual uma quantidade muito grande de energia é armazenada. Essa energia se manifesta por fenômenos de luz pulsada de cores intensas e por outras formas de radiação eletromagnética. O segundo nível é biológico. Relatos de OVNIs mostram todos os tipos de efeitos psicofisiológicos nas testemunhas. A exposição ao fenômeno causa visões, alucinações, desorientação espacial e temporal, reações fisiológicas (incluindo cegueira temporária, paralisia, alterações no ciclo do sono) e alterações de personalidade a longo prazo. O terceiro nível é social. A crença na realidade dos OVNIs está se espalhando rapidamente em todos os níveis da sociedade, em todo o mundo. Livros sobre o assunto continuam a se acumular. Documentários e grandes filmes estão sendo feitos por homens e mulheres que cresceram ouvindo histórias de discos voadores. As expectativas sobre a vida no Uni[multi]verso foram revolucionadas. Muitos temas modernos em nossa cultura podem ser rastreados até as "mensagens do espaço", vindas de contatados por OVNIs nas décadas de 40 e 50.
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A experiência de um encontro próximo com um OVNI é uma provação física e mental devastadora. O trauma tem efeitos que vão muito além do que as testemunhas recordam conscientemente. Novos tipos de comportamento são condicionados e novos tipos de crenças são promovidos. Independentemente de qualquer consideração científica, as conseqüências sociais, políticas e religiosas da experiência são enormes e se estendem ao longo de uma geração.
Diante da nova onda de experiências de contatos com OVNIs e seres extraterrestres [?], descritas em livros como Comunhão e Intrusos e em filmes como Contatos Imediatos de Terceiro Grau, nossas religiões parecem ter ficado obsoletas. Nossa idéia da igreja, como uma entidade social que opera dentro de estruturas racionais, passou a ser obviamente contestada pela alegação de uma comunicação direta, nos tempos modernos, com seres visíveis, que parecem dotados de poderes sobrenaturais.
Todas essas coisas podem abalar nossa sociedade até as raízes de sua cultura. Testemunhas não têm mais medo de apresentar histórias pessoais de abduções, de trocas espirituais com alienígenas e, até mesmo, de interação sexual com eles. Tais relatos são folclore em formação. Descobri que eles formam um paralelo impressionante com os contos de encontros com elfos e gênios da Idade Média, com os habitantes de "Magônia", a terra além das nuvens das crônicas antigas. Mas, eles também são algo mais: um presságio de coisas desconhecidas que estão por vir.
A questão central na análise do fenômeno OVNI sempre foi a da inteligência controladora por trás do comportamento aparentemente proposital dos objetos. Por ora, permitam-me simplesmente afirmar novamente, a crença moderna e global em discos voadores e seus ocupantes é idêntica a uma crença anterior nas Pessoas Boas. As entidades descritas como os pilotos das naves são indistinguíveis dos elfos, dos sílfides e dos lutins da Idade Média. Através das observações de objetos voadores não identificados, estamos preocupados com uma agência que nossos ancestrais conheciam bem e viam com admiração: estamos bisbilhotando os assuntos da Comunidade Secreta.
Se as reações humanas à visão de um OVNI são variadas, o oposto vale para os animais: sua reação é inconfundivelmente de terror.
Se o fenômeno OVNI não está vinculado a condições sociais específicas de nossa época ou a conquistas tecnológicas específicas, então, ele pode representar um fato uni[multi]versal. Pode ter estado conosco, de uma forma ou de outra, desde que a raça humana existe neste Planeta. [A questão fundamental que precisamos ter em mente é: qualquer que seja a forma que encaremos o fenômeno OVNI, nós nunca estivemos sozinhos, não estamos sozinhos e jamais estaremos sozinhos.]
[Sempre aconteceram] contatos entre a Humanidade e uma raça inteligente dotada de poderes aparentemente sobrenaturais.
O absurdo de muitas histórias de OVNIs e de muitas visões religiosas não é um erro ilógico superficial. Pode ser a chave para sua compreensão. Segundo o Major Murphy, a confusão no mistério dos OVNIs pode ter sido criada deliberadamente para alcançar certos resultados políticos. Um destes resultados foi manter os cientistas afastados. Outro foi criar as condições necessárias para uma nova forma de controle social, uma mudança na percepção do homem sobre seu lugar no Uni[multi]verso. Precisamos examinar mais de perto as conexões políticas com o fenômeno OVNI. Paris Flammonde, na sua bem documentada obra A Era dos Discos Voadores, observou que muitos dos contatados transmitem filosofias que são tingidas, se não contaminadas, com conotações totalitárias. [A única forma de nos libertarmos de tudo isso (magia negra) é pela
, mas, a
só acontecerá através da
. Entretanto, enquanto formos ideológicos (seja qual for a cor da ideologia) e/ou religiosos (seja qual for o desenho da religião), infelizmente, continuaremos na mesma e na mesma continuaremos: desafinados, encagaçados, mentalmente sem eira nem beira, submissos aos pseudopoderosos e acreditando em histórias da carochinha.]
A crença no contato com OVNIs e a expectativa de visitação por seres do espaço são promovidas por certos grupos de pessoas responsáveis por divulgar contatos com OVNIs, por divulgar fotografias falsas (freqüentemente relacionadas a avistamentos reais), por interferir com testemunhas e pesquisadores e por gerar "desinformação" sistemática sobre o fenômeno. Podemos descobrir que eles pertencem ou têm acesso a círculos militares, midiáticos e governamentais. Nestes jogos, não fica claro exatamente qual lado está se infiltrando no outro.
Muitos seres humanos estão sob o controle de uma força estranha que os distorcem de maneiras absurdas, forçando-os a desempenhar um papel em um bizarro jogo de engano.
Os céticos, que negam categoricamente a existência de qualquer fenômeno inexplicável em nome do "racionalismo", estão entre os principais contribuintes para a rejeição da ciência pelo público. As pessoas não são estúpidas e sabem muito bem quando viram algo fora do comum. Então, quando um suposto especialista lhes diz que o objeto visto deve ter sido a Lua ou uma miragem, ele está, na verdade, ensinando ao público que a ciência é impotente ou não está disposta a prosseguir o estudo do desconhecido. [Seja como for, é impossível negar que há uma parcela de delírio e de esquizofrenia nesse assunto dos OVNIs. Por outro lado, hoje, se tornou impossível denegar a existência dos chamados Unidentified Anomalous Phenomena (UAP) Fenômenos Anômalos Não Identificados, que de anômalos não têm nada, mas, de desconhecidos e incompreendidos têm tudo.]
Encontro entre um F/A-18 Super Hornet da Marinha e um objeto desconhecido.
Vídeo divulgado pelo Programa de Identificação Avançada de Ameaças
Aeroespaciais do Departamento de Defesa dos EUA
16 de dezembro de 2017
Fonte:
https://www.nytimes.com/video/us/100000005607812/look-
at-that-thing-us-navy-jet-encounters-unknown-object.html
Vídeo de um Fenômeno Anômalo Não Identificado capturado
por um sensor infravermelho a bordo de uma aeronave da
Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA sobre o Aeroporto
Rafael Hernandez, Aguadilla, Porto Rico, em 26 de abril de 2013.
OVNIs confirmados pelo Pentágono
Objetos Voadores Não Identificados
Estamos lidando com um nível de consciência ainda não reconhecido, independente do homem, mas, intimamente ligado à Terra. Não acredito que os OVNIs sejam simplesmente naves espaciais de alguma raça de visitantes extraterrestres. Essa noção é simplista demais para explicar sua aparência, a freqüência de suas manifestações ao longo da História registrada e a estrutura das informações trocadas com eles durante os contatos.
A exibição simbólica vista pelos abduzidos é idêntica ao tipo de ritual de iniciação ou viagem astral que está embutido nas tradições de cada cultura. A estrutura das histórias de abdução é idêntica à dos rituais de iniciação ocultos. Os seres-OVNI de hoje pertencem à mesma classe de manifestação que as entidades que foram descritas nos séculos passados.
Antigo Selo Sumério Retratando os Anunáqui
(Divindades Sumérias, Acádias e Babilônicas)
Acredito que o cenário está armado para o surgimento de novas crenças, centradas na crença em OVNIs. Em maior grau do que todos os fenômenos que a ciência moderna enfrenta, os OVNIs podem inspirar admiração, a sensação da pequenez do homem e a idéia da possibilidade de contato com o cósmico. De maneira geral, as religiões começaram com as experiências milagrosas de uma pessoa, mas, hoje existem milhares para quem a crença no contato com o outro mundo se baseia em uma convicção íntima, extraída do que consideram contato pessoal com OVNIs e seus ocupantes.
Não sabemos ainda a fonte de onde vêm os OVNIs ou os seres alienígenas. Mas, como eles se manifestam no mundo físico, trazem conseqüências definíveis nesse domínio.
Embora tenhamos feito algum progresso, em termos de pesquisa, não aprendemos nada de novo sobre a identidade ou sobre as características dos OVNIs.
Se vamos batalhar contra o mal, é melhor conhecer os brinquedos dele.
Os UFOs não são um fenômeno que se possa esconder em uma gaveta hermética. Talvez, levaremos mais dois séculos, antes de termos o conhecimento necessário para entender os UFOs. Estamos, ainda, de uma certa forma, perdidos nesta fantástica escuridão que é o Fenômeno UFO.
O Fenômeno UFO é absolutamente real, mas, não, necessariamente, extraterrestre. Uma parte dos UFOs pode simplesmente ser algo entre um veículo que não seja terrestre e que, ao mesmo tempo, não seja extraterrestre… Os UFOs fazem parte de um fenômeno bem maior, bem mais global e complexo do que imaginamos. Simplesmente atribuir-lhes origem extraterrestre é mera minimização de sua importância. Parte dos UFOs pode simplesmente ser algo entre um veículo que não seja terrestre e que, ao mesmo tempo, não seja extraterrestre.
O Fenômeno UFO tem a habilidade de liberar imagens para a população, as quais sugerem uma forma de poder diferente. Eles podem “brincar” conosco, podem nos condicionar a certos tipos de comportamento.
Segundo o psiquiatra e psicoterapeuta suíço, fundador da Psicologia Analítica, Carl Gustav Jung (Kesswil, Turgóvia, Suíça, 26 de julho de 1875 – Küsnacht, Zurique, Suíça, 6 de junho de 1961), o fenômeno OVNI é parte do inconsciente coletivo. Segundo sua visão, os UFOs seriam um arquétipo. Eu concordo que é neste nível que precisamos entendê-los, e isso não significa que não haja algo de concreto e que não haja uma dimensão física. De qualquer forma, ainda há muito para aprendermos; queiramos ou não, ainda não estamos suficientemente maduros para isso.
Seria apenas ficção que os interesses das principais potências mundiais convergiriam totalmente, quando se trata de contatar UFOs?
Nós precisamos de cépticos bem informados sobre os UFOs, que estejam dispostos a analisar os dados com todo critério do mundo. Sem eles, os argumentos pela realidade ufológica serão muito parciais. Acho errada a idéia de que os Governos deveriam nos pagar para fazermos pesquisas ufológicas. É nossa responsabilidade nos organizarmos. A pesquisa depende de nós, não dos Governos. Mas, há gente dentro da burocracia governamental que quer trocar informações com ufólogos e conhecer mais sobre os UFOs.
O Uni[multi]verso é grande o bastante para ter outras formas de vida que não apenas as nossas. [Imaginar ou admitir que a vida se manifeste e exista apenas na Terra é o mesmo que sustentar, como Aristóteles (Estagira, 384 a.C. – Atenas, 322 a.C.) e Ptolemeu (Egito, cerca de 100 – Egito, cerca de 170) sustentavam, a validade do Sistema Geocêntrico, modelo cosmológico que postula que a Terra está no centro do Unimultiverso.]
Eu penso que uma boa parte de mal-entendidos a respeito dos OVNIs, entre os cientistas, é devido ao fato que eles nunca tem acesso aos melhores dados. Há uma porção de dados que nunca foram publicados.
Um modo de testar uma teoria é criar anomalias maciças de informação e ver o que acontece quando elas entram em colapso.
Eu sempre suspeitei que deve haver um outro nível de consciência [mais elevado] que sempre foi acessível para a mente humana. [Sim. Mas, para acessar esse(s) nível(is) de consciência mais elevado(s), de alguma forma, nós precisaremos merecer ter acesso à
que abre a
. E isto só poderá ser obtido pela
. Logo, se não Lutarmos o Bom Combate, nada feito. Sem esmorecer e sem desistir.]
Os grandes problemas do mundo são o fundamentalismo e a religião. São as duas grandes forças de desestabilização no mundo de hoje. O potencial de contágio de crenças absurdas é real. Nas mãos de pessoas que podem deliberadamente usar a Internet para criar uma epidemia de irracionalismo, nós podemos ver a emergência de uma nova classe de poderosos e extremamente perigosos cultos, com toda a espécie de trapaças de alta tecnologia.
Se [os seres não-terrestres] não são uma raça avançada vinda do futuro, estaremos lidando com um universo paralelo, uma outra dimensão onde vivem outras raças humanas, e para onde poderemos ir às nossas custas, sem nunca mais retornar ao presente? Deste universo misterioso, estariam seres superiores projetando objetos que podem se materializar e desmaterializar à vontade? Porventura os OVNIs seriam "janelas" em vez de "objetos"? [Bem, considerando apenas os seres ultradimensionais, que não fazemos a menor idéia de onde nem de qual dimensão vêm, talvez, os OVNIs possam ser mesmo "janelas" em vez de "objetos". Isto me faz lembrar da G.'. L.'. B.'., que tem sua sede na Estrela Sirius, conforme afirmaram Helena Blavatsky e Alice Bailey.]
O "exame médico" ao qual os abduzidos são submetidos, freqüentemente acompanhado de manipulação sexual sádica, lembra os contos medievais de encontros com demônios. Isto não faz sentido em um contexto sofisticado ou técnico: qualquer ser inteligente, equipado com as maravilhas científicas que os OVNIs possuem, estaria em condições de atingir qualquer um desses supostos objetivos científicos em menos tempo e com menos riscos.
É precisamente porque a ciência é o processo pelo qual argumentos emocionais insolúveis podem ser transformados em conjuntos organizados de subproblemas passíveis de análise racional que o fenômeno OVNI é interessante. Portanto, dizer que OVNIs não são um problema científico, ou mesmo levantar a questão de serem ou não, é dizer um absurdo. Não existe algo como um problema científico; é o homem que olha para o problema que é ou não científico em sua abordagem. A ciência é um objeto na mente humana, não uma característica que temos a liberdade de conceder ou retirar de cada engenhoca engraçada que acontece de cruzar nossos céus.
A tradição é um meteoro que, uma vez caído, não pode ser reacendido. [A tradição é uma prisão tenebrosa que entramos sem saber, lá ficamos sem perceber e, na maioria das vezes, dela não conseguimos nos escafeder.]
Considere um dos pensadores alexandrinos, um homem como Ptolomeu, por exemplo, um astrônomo do século II, profundamente versado nos métodos racionais de Arquimedes, Euclides e Aristóteles. Agora, imagine-o lendo o Apocalipse e vários escritos sobre o Armagedom. Como ele reagiria a tal experiência? Ele simplesmente daria de ombros, diz Aimé Michel: nunca lhe ocorreria dar o menor crédito a tal compêndio, do que deve ser considerado uma insanidade. Tal cena deve ter ocorrido milhares de vezes no final da Antigüidade Clássica. E sabemos que todas as vezes houve a mesma rejeição, o mesmo dar de ombros, porque não temos registro de qualquer exame crítico das doutrinas, das idéias e das reivindicações da contracultura, que se expressaram por meio do Apocalipse. Esta contracultura era absurda demais para reter a atenção de um leitor de Platão. Pouco tempo – muito pouco tempo – se passou, a contracultura triunfou e Platão foi esquecido por mil anos. Poderia acontecer novamente? Somente um exame minucioso dos registros antigos pode nos salvar dos efeitos dessa miopia cultural. [Algumas vezes, comentei com meu filho, Adrian, que quem leu Platão e, de fato, O entendeu, particular e principalmente A República, não seria capaz, sob nenhuma alegação, por exemplo, de destruir a Ucrânia e matar os ucranianos, de arrasar a Faixa de Gaza e genocidar os palestinos gazenses, de tentar dar um golpe de Estado (com punhal e tudo), nem de inventar e pôr em execução um tarifoda-se mundial protecionista e isolacionista.]
O fenômeno OVNI pode ter estado conosco, de uma forma ou de outra, desde que a raça humana existe neste Planeta. [Esta idéia-hipótese também é compartilhada pelos teóricos dos astronautas antigos, que incluem, entre outros, Erich von Däniken, Zecharia Sitchin, Barry Downing, David Childress, Robert Temple, Giorgio A. Tsoukalos, Nick Pope e Graham Hancock.]
Suposto Avião Antigo Pré-colombiano
Em vez de olhar para a tela, o que eu quero fazer é me virar e olhar para o outro lado. Quando olhamos para o outro lado, o que vemos é um pequeno buraco no topo da parede, de onde sai um pouco de luz. É para lá que eu quero ir. Quero roubar a chave da cabine do projecionista e, depois que todos tiverem ido para casa, quero arrombar a porta.
O fenômeno OVNI existe. Esteve conosco ao longo da História. É de natureza física e permanece inexplicável em termos da ciência contemporânea. Representa um nível de consciência que ainda não reconhecemos, e que é capaz de manipular dimensões além do tempo e do espaço [espaço-tempo] como as conhecemos e entendemos. Afeta nossa própria consciência de diversas maneiras, que não compreendemos completamente, e, geralmente, se comporta como um sistema de controle. Como pode manipular nossa consciência de maneiras desconhecidas, o fenômeno também produz efeitos que só podemos interpretar naturalmente como paranormais.
Será que os encontros com entidades ufológicas poderiam ter sido planejados para controlar nossas crenças, [preconceitos e intolerâncias]?
Somos testemunhas de uma conjunção verdadeiramente única no mundo contemporâneo, com sua tecnologia, e de antigos terrores dotados com todo o poder de sua natureza repentina, fugaz e irracional. Que posição tão privilegiada a nossa!
Somente um exame minucioso dos registros antigos poderá nos libertar e nos salvar dos efeitos da nossa miopia cultural.
Close Encounters of the Third Kind (Contatos Imediatos do Terceiro Grau)
E.T. the Extra-Terrestrial (E.T. O Extraterrestre)
Mas, enquanto formos egoístas e apegados,
coisificadores e deliriosos,
fanáticos e intolerantes
et cetera e tal e outras tantas coisas mais,
e anormalizarmos ilicitamente o clima,
desrespeitarmos os ecossistemas terrestres,
poluirmos irresponsavelmente a Terra,
trucidarmos as Hierarquias Planetárias,
preconceituarmos os diferentes,
nos regermos por imperativos hipotéticos,
apoiarmos absurdos e irracionalidades
e, selvagemente, nos matarmos mutuamente
– como vêm fazendo, por exemplo,
os russos e os ucranianos
e os judeus e os palestinos –
não há nem poderá haver
qualquer![]()
por esforço e mérito conquistada
(porque sequer sabemos o que é mérito e dignidade),
seja para um, seja para alguns, seja para todos.
Haverá, sim, dolor, aflição, doença e morte.
Portanto, nossa Libertação (de nós mesmos)
– o encontro amalgamante com o nosso Deus Interior –
depende tão-somente de nós!
Música de fundo:
Close Encounters of the Third Kind (Theme Song)
Composição: John WilliamsFonte:
https://archive.org/details/tvtunes_19240
The Five Notes (The Dialogue)
Páginas da Internet consultadas:
https://br.pinterest.com/pin/124974958394108909/
https://tenor.com/pt-BR/search/et-gifs
https://www.reddit.com/r/UFOs/comments/tw5ecg/great
_quote_from_jacques_vall%C3%A9e_regarding_ufos/https://www.azquotes.com/author/33226-Jacques_Vallee
https://cinegnose.blogspot.com/2014/01/misteriosas-conexoes-da-mitologia-da.html
https://www.geocities.ws/rsmaike/vallee.html
https://ufo.com.br/jacques-vallee-os-ufos-nao-sao-extraterrestres/
https://www.azquotes.com/author/33226-Jacques_Vallee/tag/ufo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anun%C3%A1qui
https://science.howstuffworks.com/
https://www.scientificamerican.com/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Objeto_voador_n%C3%A3o_identificado
https://giphy.com/explore/pentagon-ufo
https://www.goodreads.com/author/quotes/2918937.Jacques_F_Vall_e
https://pt.vecteezy.com/foto/1225652-duas-maos-abertas
https://www.imagensanimadas.com/
https://www.fg-a.com/aliens.htm
https://br.pinterest.com/pin/via-giphy--426645764684218924/
https://giphy.com/explore/close-encounters-of-the-third-kind
https://ufologiacosmos.com/2021/09/12/o-pensamento-de-jacques-vallee-uma-sintese/
http://www.orbitador.com.br/2015/07/passaporte-magonia-de-jacques-vallee.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_Vall%C3%A9e
https://www.geneastar.org/celebrite/valleejacqu/jacques-vallee
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