DIZEM
QUE É VERDADE
No
Curso de Medicina, o professor catedrático se dirige ao futuro
médico e pergunta:
— Quantos
rins nós temos?
— Quatro!
— Respondeu o lépido aluno.
— Quatro?
Como quatro? — Replica o arrogante professor, daqueles
que sentem uma espécie de orgásmico prazer em tripudiar
sobre os erros dos alunos. E emendou ordenando soberbamente ao seu
auxiliar:
— Traga
um feixe de capim, pois temos um asno na sala.
Com toda a calma do mundo,
o aluno solicitou ao auxiliar do professor catedrático vitalício
e inamovível desde a data da posse: — E para mim
um cafezinho!
O inamovível catedrático
ficou vermelhirado e, ato contínuo, expulsou o aluno
da sala. Entretanto, para desgraça azarenta do catedrático,
o aluno era nada menos do que o jovem Aparício Torelly Aporelly
(1895-1971), que mais tarde ficaria conhecido como 'Barão
de Itararé' – barão autonomeado da batalha
itararense que nunca houve – mas que, na época, ainda
estudava Medicina. Depois de abandonar a Medicina, viria a se tornar
jornalista, escritor e consagrado humorista político. O fato
é que Aparício teve a audácia picaresca de corrigir
o furibundo mestre (menos para furi e mais para bundo):
— O senhor
me perguntou quantos rins 'nós temos'. 'Nós' temos quatro:
dois meus e dois seus. 'Nós' é uma expressão
usada para o plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.
Outras
do Barão
O
Barão
Todo
homem que se vende recebe mais do que vale.
A primeira ação
de despejo foi a expulsão de Adão e Eva do Paraíso
por falta de pagamento de aluguel e comportamento irregular.
O tambor faz muito barulho,
mas é vazio por dentro.
O casamento é uma tragédia
em dois atos: civil e religioso.
Tempo é dinheiro. Vamos,
então, fazer a experiência de pagar as nossas dívidas
com o tempo.
Testamento de pobre se escreve
na unha.
O fígado faz muito mal
à bebida.
Este mês, em dia que
não conseguimos confirmar, no ano 453 a.C., verificou-se terrível
encontro entre os aguerridos exércitos da Beócia e de
Creta. Segundo relatam as crônicas, venceram os cretinos, que
até agora se encontram no governo.
O amor é cego, mas os
guardas-civis, não.
O bacalhau é um peixe
lavado e passado a ferro.
Para este mundo ficar bom,
é preciso fazer outro.
Vamos deixar como está
para ver como eu fico.
O mal do governo não
é a falta de persistência, mas a persistência na
falta.
Tudo
seria fácil se não fossem as dificuldades.
As mulheres de certa idade
nunca têm idade certa.
Viva cada dia como se fosse
o último. Um dia você acerta...
Este mundo é redondo,
mas está ficando chato. [Aqui
me lembrei do Tom Jobim (1927 – 1994) que, em Nova Iorque, justificou
para o Luís Carlos Miele porque não ficaria morando
temporariamente
nos Estados Unidos para fazer umas trilhas sonoras
para uns filmes, para os quais havia sido convidado: — Aqui,
nos Estados Unidos, é bom, mas é uma
merda. No Brasil, é uma merda, mas é bom.]
De onde menos se espera, daí
é que não sai nada.
A televisão é
a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade
humana.
Não é triste
mudar de idéias; triste é não ter idéias
para mudar.
Os homens nascem iguais, mas
no dia seguinte já são diferentes.
Deus dá pente a quem
não tem cabelo.
Quem empresta, adeus...
O Capitalismo é a exploração
do homem pelo homem; no Socialismo é o contrário.
A criança diz o que
faz; o velho diz o que fez; o idiota diz o que vai fazer.
Há qualquer coisa no
ar, além dos aviões de carreira.
O Brasil é feito por
nós. Só falta desatar os nós.
Quem inventou o trabalho não
tinha o que fazer.