ITAMAR FRANCO
(Frases e Pensamentos)

 

 

 

Itamar Franco

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Objetivo do Texto

 

 

 

Está corretíssimo Agnelo dos Santos Queiroz Filho, médico e Governador do Distrito Federal, lamentando a morte de Itamar Franco: Itamar Franco foi uma grande expressão do nosso País. Um patriota nacionalista que cumpriu um papel importantíssimo na nossa história. Ele assumiu a Presidência da República em um momento de grande fragilidade e conduziu o Brasil à estabilidade. A estabilidade econômica foi a grande obra do Governo Itamar Franco. O ex-presidente, portanto, deixou a marca dele na história do Brasil, e, por isto, deve ser homenageado por todos os brasileiros.

 

Todavia, este texto, que estou divulgando hoje, não é propriamente uma homenagem a Itamar, mas penso que vale a pena recordar algumas de suas frases e alguns dos seus pensamentos, pois ele era proprietário de um temperamento marcado pela defesa das causas nacionalistas, por explosões de humor e pela espontaneidade. Aprende-se de tudo com todo mundo, maiormente com um brasileiro como ele. Então, vamos aprender e nos divertir um pouquinho. Estou convicto de que, entre outras coisas, você vai gostar de umas animações que eu inseri no texto.

 

Não esqueçamos, enfim, que foi durante o curto espaço de tempo que Itamar involuntariamente capitaneou a Presidência da República que foi implantado o Plano Real, cujo conjunto de medidas garantiu a estabilidade econômica e o controle da inflação no Brasil. De Itamar, podem tirar tudo, menos o título de Pai do Plano Real. Fernando Henrique, se tanto, foi um akolouthos. O treco todo é como dizia o próprio Itamar: — Quem assinou o Plano Real fui eu. Como o filho ficou bonito... todo mundo quer ser pai.

 

 

 

Breve Biografia de Itamar

 

 

 

Itamar Augusto Cautiero Franco

Itamar Augusto Cautiero Franco

 

 

 

Itamar Augusto Cautiero Franco nasceu no dia 28 de junho de 1930, a bordo de um navio que fazia a rota Salvador/Rio de Janeiro. Órfão de pai, que morreu de malária antes de seu nascimento, viveu uma infância pobre em Juiz de Fora, Minas Gerais, ajudando a mãe a entregar marmitas.

 

O nome Itamar, contava ele, remete ao local de seu nascimento – um barco. O nome da embarcação, segundo Itamar, era Ita. E como nasceu em alto-mar... Itamar!

 

Itamar formou-se em Engenharia e Eletrotécnica pela Escola de Engenharia de Juiz de Fora, em 1945. Ingressou na política pelo MDB (Movimento Democrático Brasileiro), Partido pelo qual foi eleito Prefeito da Cidade, em 1966 e 1972, e Senador por Minas Gerais, em 1974 e 1982. Foi vice-presidente da República em 1989, no Governo de Fernando Collor de Mello, e assumiu a Presidência durante o processo de impeachment. Com a renúncia de Collor, em dezembro de 1992, permaneceu no cargo até o final do mandato.

 

Sua administração foi marcada pelo lançamento do Plano Real, em 1º de março de 1994. O Plano promoveu a queda da inflação, e no primeiro trimestre de 1994, a atividade econômica cresceu em proporções comparáveis apenas ao início da década de 1980, verificando-se um grande aumento do consumo, apesar da manutenção das altas taxas de juros.

 

A estabilidade econômica deixou o Governo com alto índice de aprovação popular, e Fernando Henrique Cardoso passou a ser apontado como um dos nomes favoritos da disputa presidencial. Cardoso afastou-se do Governo Itamar em abril de 1994 para disputar as eleições, sendo eleito já no primeiro turno, com 54,3% das intenções de votos.

 

Em 21 de maio de 2011, Itamar foi diagnosticado com leucemia. Alguns dias depois, se licenciou do Senado a fim de se tratar da doença no Hospital Albert Einstein. No dia 27 de junho, um boletim médico do hospital divulgou que a situação de sua saúde se agravara em virtude de uma pneumonia que o levou à UTI. Itamar faleceu na manhã do dia 2 de julho de 2011.

 

 

 

 

 

 

 

Ao chegar no céu, Itamar foi logo arrumando um arranca-rabo com São Pedro – o Homem da Chave. Logo com o Homem da Chave! Eis o diálogo que o Tancredo Neves ouviu, que contou para o Aécio, que contou para o Lula, que contou para mim, e que, agora, vou contar para vocês:

Itamar: — Pedro, por que você me pescou tão cedo? Eu ainda tinha tanta coisa que fazer pelo Brasil. E logo agora que eu fui eleito de novo para o Senado? Isso não se faz!

São Pedro: — Eu sei, eu sei, Itamar. Mas o Chefe achou que havia chegado a hora de você descansar.

Itamar: — Descansar? E quem disse a Ele que eu estava cansado? Esse seu Chefe não sabe de nada. E você, se tivesse a necessária independência, não teria mandado a passagem tão cedo.

São Pedro: — Mas ordem é ordem, e ordem é para ser cumprida. Manda quem pode; obedece quem tem juízo. Ou não? Você quando era Presidente...

Itamar: — Ora, Pedro. Como dizia o Caio Fernando Loureiro de Abreu, 'não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha à mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar.' Ordem só se cumpre se for coerente; se não for, a gente não cumpre. Você poderia muito bem ter fingido que não entendeu, e, no meu lugar, ter rebocado o sacana do... ... ...

Exatamente, exatamente neste momento, o Tancredo viu o Doutor Ulysses passar bem na sua frente com um pratinho cheio de pãezinhos de queijo quentinhos, fumegantes, e, inebriado com o aroma dos petiscos, não ouviu o final da chiação do Itamar, e a quem ele estava a se referir para subir no seu lugar. Depois de colocar cinco pãezinhos em cada bolso e de segurar dois em cada mão, foi depressinha conspirar com o Itamar:

Tancredo: — E aí, Itamar, me conta. Quem é o sacana que deveria ter sido rebocado no seu lugar?

Itamar: — Já esqueci. Agora estou no céu. Não quero mais saber de política. O que não tem remédio, remediado está!

Tancredo: — Duvido. Uma vez político, sempre político.

Itamar: — É; pode até ser, Tancredo. Mas presidente não quero ser mais. Não sou a favor da reeleição. Mas, se você se candidatar, meu voto é seu.

O Doutor Ulysses, que mudo estava, mudo continuou. E, mal-humorado, nem ofereceu um pãozinho de queijo para o Itamar.

Itamar – meio soteropolitano de nascimento, mas mineiríssimo de coração – não passou recibo.

 

 

 

Repercussões

 

 

 

Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República: A contribuição de Itamar Franco foi fundamental para a construção coletiva de um país democrático, mais justo e sem pobreza. Neste momento de tristeza, prestamos solidariedade aos seus familiares e amigos.

 

Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente: Itamar era caracterizado, primeiro, por ter um comportamento ético impecável. Segundo, por ser uma pessoa persistente. Quando ele tinha um objetivo, ele ia lá. Era uma pessoa amena no trato. Tinha, como todos nós, suas peculiaridades; mas, no conjunto, Itamar foi essencial... Mesmo quando não estava totalmente convencido de certas medidas, Itamar sempre teve muita preocupação de não afetar os salários dos trabalhadores. Ele tinha medo das conseqüências de uma política fiscal mais ajustada. Mas mesmo nestas ocasiões, ele foi leal, apoiou até o fim. Eu devo muito a ele. Não só pelo que eu já mencionei, mas porque ele também me apoiou a ser candidato a presidente... O Brasil deve muito a Itamar. Deve ao exemplo que ele deixou, principalmente agora, que nós precisamos de exemplos. Itamar era um homem digno, um homem que não se deixava levar pelo fascínio do poder, um homem simples. Era um homem que não aceitava corrupção.

 

Fernando Collor, ex-presidente e senador (PTB - AL): Sinto muitíssimo a perda de um amigo e grande Presidente do nosso País. Perde o Senado e a vida pública brasileira. Um homem digno, coerente, ético e defensor intransigente de seus ideais.


Geraldo Alckmin, governador de São Paulo (PSBD - SP): Lamento a morte do ex-presidente Itamar Franco. Deixa seu nome na história e muitas saudades em todo o povo brasileiro.

 

Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro (PMDB): Morre um grande brasileiro. Que deu ao Brasil as estabilidades política e monetária em um momento crucial da vida nacional.

 

Antonio Anastasia, governador de Minas Gerais (PSDB): Uma perda irreparável para Minas Gerais, não só pela sua trajetória política, mas, em especial, pelo seu senso político e público. Um homem que tinha, na realidade, uma vocação inacreditavelmente alta para a política e para fazer o bem. Minas Gerais está de luto.

 

Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados (PT - RS): É com imenso pesar que recebo a notícia do falecimento de Itamar Franco. O caráter nacionalista e empreendedor sempre foi sua marca forte. O ex-presidente Itamar sempre expressou um sentimento de proteção e defesa dos interesses do Brasil, em qualquer circunstância. Era um nacionalista nato que sabia ser polêmico, mas, ao mesmo tempo, um construtor de alternativas para enfrentar os principais problemas do País. Amava o Brasil como amava o seu povo.

 

José Agripino Maia, presidente nacional do DEM e senador (RN): A vida pública do Brasil perde uma de suas melhores referências. Probidade e espírito público foram as marcas de Itamar Franco. O Brasil perde um homem decente.

 

Pedro Simon, senador da República (PMDB - RS): Notei que estava doido para trabalhar. Parecia um guri. Será muito difícil arranjar um substituto à altura. Foi uma das pessoas mais extraordinárias que conheci.

 

Álvaro Dias, líder do PSDB no Senado: Dignidade e talento. Produto em falta na prateleira da política nacional. A ausência (de Itamar) será sentida.


Marta Suplicy, senadora da República (PT - SP): A convivência com o senador Itamar me fez conhecer uma pessoa gentil, competente, preocupada com o Brasil e um opositor de 'tirar o chapéu'.

 

Aécio Neves, senador da República (PSDB - MG): Itamar se despede de Minas e do Brasil deixando atrás de si um imenso vácuo de saudade e admiração. Foi um homem excepcional e singular naquilo que é tão precioso e tão raro na vida pública: a fidelidade aos seus princípios e convicções.

 

Cristovam Buarque, senador da República (PDT): Itamar deixa três marcas fortes como presidente: não tolerou corrupção, recuperou auto-estima do Brasil depois do 'impeachment' e fez o Plano Real.

 

Demóstenes Torres, senador (DEM - GO): Itamar foi o Presidente da estabilidade política e econômica. Assumiu o cargo com o País em cacos e inaugurou uma era. Estudioso, prático, experiente, generoso, Itamar era um pedaço da melhor história do Brasil circulando pelo Senado.

 

Jorge Viana, senador da República (PT - AC): Itamar Franco nos deixou uma grande lição: sua devoção pela vida pública e pelo Brasil. Perdemos um político da maior integridade e de carreira singular.

 

Manuela d'Ávila, deputada federal (PCdoB - RS): O Brasil perde um democrata com a morte do presidente Itamar Franco.

 

Paulo Maluf, deputado federal (PP - SP): Morreu um estadista que deixa um lugar difícil de ser preenchido. Um homem de visão que enfrentou uma das maiores crises na Economia e criou o Plano Real, deixando um legado ao futuro do País.

 

Roberto Freire, deputado federal e presidente nacional do PPS: Itamar sempre primou pela ética na política e sua história é um exemplo para todos os brasileiros. O Brasil deve muito a esse grande homem.

 

Orlando Silva, ministro dos Esportes: Presidente Itamar Franco foi sempre um homem autêntico, de idéias próprias, defensor do interesse nacional. Perdi um amigo.

 

Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento: Minha sincera homenagem ao grande brasileiro, presidente Itamar Franco. Deixa um exemplo de integridade e compromisso com o Brasil.

 

Arthur Virgílio, ex-senador (PSDB - AM): Indomável, dono de enorme autoridade moral, Itamar falava com altivez de que não tinha rabo preso. Fui seu colega de Congresso e querido amigo pessoal. Escrevo estes 'tweets' chorando e ferido.

 

Márcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte (PSB): Um homem público que fará falta ao País pela coragem em defender as suas posições, pela luta incansável em prol da soberania do Brasil, de Minas Gerais e da justiça. E, além de tudo, deixou um legado de estabilidade econômica, com a criação do Plano Real, que abriu as portas para o desenvolvimento e o crescimento brasileiros.

 

José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Européia: Gostaria de expressar em meu próprio nome e em nome da Comissão Européia as minhas sinceras condolências pela morte do ex-presidente e governador Itamar Franco. Presta tributo à memória do homem e político que contribuiu para a consolidação democrática e para o progresso do Brasil.

 

Dilma Rousseff, Presidente do Brasil: Foi com tristeza que recebi a notícia do falecimento do senador e ex-presidente Itamar Franco. Dirigente do País em um momento crucial da nossa história recente, o presidente Itamar nos deixa uma trajetória exemplar de honradez pública. O Brasil e Minas sentirão a sua falta.

 

Aníbal António Cavaco Silva, Presidente de Portugal: Itamar Franco foi uma das figuras mais marcantes da sua geração – um homem íntegro e de convicções, com uma vida pública dedicada à defesa dos valores da Democracia, da justiça e do progresso econômico e social do povo brasileiro.

 

Augusto Nunes, jornalista brasileiro: Feitas as contas, Itamar acertou bem mais do que errou. Mas bastaria a evocação da rara marca de qualidade que marcou o Presidente morto na manhã deste sábado para garantir uma avaliação positiva: político em tempo integral desde a juventude, ele foi sempre franco, honesto e honrado. Em um Brasil em decomposição moral, vai fazer muita falta.

 

Guilherme Barros, jornalista brasileiro: Morreu um homem simples, um homem do bem.

 

 

 

 

Frases e Pensamentos de Itamar

 

 

 

 

O Topete Republicano

 

 

Se o vento desmancha o cabelo, não é problema meu.1

 

Esqueceu-se e, aliás, se esquece, de que eu entreguei o País democraticamente. Ninguém fala; ninguém fala. Só falam do meu cabelo, é o não sei o quê, é o Carnaval... Essas bobagens.

 

Logo no início do seu Governo, no Alvorada, com todos os presidentes dos Partidos presentes, Itamar fez a seguinte proposta a todos: — Olha, eu assumi o Governo pela Constituição e pela vontade de Deus; mas estou disposto e estou pronto, se os senhores entenderem, a convocar eleições.

 

Seja legal com seus filhos. São eles que vão escolher seu asilo.

 

 

 

Jack Nicholson (Randle Patrick McMurphy)
One Flew Over the Cuckoo's Nest
(Um Estranho no Ninho)

 

 

Eu, astuto? Eu sou até meio bobo.

 

Aos 72 anos, amuado com o placar apertado no Senado – 29 votos a favor e 25 contra que aprovou sua indicação para a Embaixada do Brasil em Roma: Não fiz a vida pública com a contabilidade do dever e do haver. Vou ficar estes dias no meu laconismo elíptico.

 

A gente só diz sim ou não no casamento e, ainda assim, às vezes erra.

 

Itamar Franco ao se filiar ao PPS: Eu estava na arquibancada; agora estou no banco de reservas.

 

Em Minas Gerais, política é como crochê: não se pode dar ponto errado, sob pena de ter que começar tudo de novo.

 

Vocês (jornalistas) não me deixam casar.

 

Os números não mentem, mas os mentirosos fabricam números.

 

Do jeito que as coisas vão, FHC vende a Bandeira Nacional até 2002.

 

Vem comigo, para você dividir as vaias.

 

Se não saio de Brasília, reclamam. Se vou para o Rio, reclamam. Se vou para Juiz de Fora, reclamam do mesmo jeito. Se falar em ir para qualquer lugar, reclamam.

 

O povo não aceita só a repetição de que não vai haver choques. O ministro precisa fazer como o papagaio: levantar uma perna.

 

O Brasil precisa esquecer um pouco Nova York, Manhattan, e pensar em suas favelas, no seu povo sofrido.

 

Como vou fazer para saber se as pessoas estão de calcinha preta, verde, vermelha ou sem calcinha?2

 

Quando reajo, dizem que sou temperamental, teimoso. Quando demonstro serenidade, falam que sou omisso. Não sei o que essa gente quer.

 

Nós devemos aos nossos credores dinheiro. Dinheiro se paga com dinheiro. Não se paga dinheiro com a fome, a miséria e o desemprego dos cidadãos brasileiros.

 

Repórter: Presidente, vocês estão namorando?

Itamar Franco: Estamos?

Lilian Ramos: Melhor deixar em aberto. Tenho que conhecer ele melhor.

 

O povo pensa que o Governo é fraco.

 

Quem assinou o Plano Real fui eu. E se tivesse dado errado? Eu não poderia sair na rua, né? Como o filho ficou bonito... todo mundo quer ser pai. Tudo bem.

 

O Serra deveria ter a decência de dizer que os genéricos surgiram no Governo Itamar; não pelo Itamar, mas pelo grande Ministro da Saúde que foi o Jamil Hadad.

 

O Serra nunca apoiou o Plano Real. Posso dizer porque fui presidente da República. Desde o início ele tentou bombardear o Plano.

 

 

Plano Real

Fonte: http://blog.brenosiviero.com.br/?p=210

 

Fernando Henrique entende menos de Matemática do que eu, entende tanto de Economia quanto eu. Talvez, eu até entenda mais de Economia do que ele.

 

Para mim, o Ministro Rubens Ricupero foi o sacerdote do Plano Real. Mais até do que o FHC. Mais tarde, tivemos a grande ajuda do Ministro Ciro Gomes.

 

O grande sacerdote do Plano Real chama-se Rubens Ricupero…

 

O Fernando Henrique não reconhece que foi eleito por mim e que o Plano Real aconteceu no meu Governo.

 

Não sou a favor da reeleição. Primeiro, ela quebrou a ordem constitucional brasileira. Ao longo da vida pública, nós nunca tivemos reeleições neste País. Quando terminamos o Plano Real, nós tínhamos que ter três pilares: o da reforma política, da tributária e a fiscal. O que aconteceu em 1995? Em vez de fazer o que ainda não havia sido feito, passaram a reeleição. A linha divisória que distingue um candidato no cargo e um candidato que apenas concorre é invisível. Eu acho que a reeleição permite muita corrupção. A máquina é usada de uma forma muito violenta. Vou combater a reeleição. Acho que um mandato de cinco anos é o ideal. Não acho quatro pouco, mas cinco seria razoável.

 

A história terá de me fazer justiça. Fui presidente, não me candidatei à reeleição. Fui governador, e não me candidatei à reeleição. Sou contra.

 

Quem já foi presidente duas vezes não poderia concorrer mais. Vamos dar oportunidade a outras pessoas. O cidadão fica oito anos no poder e quer voltar?

 

Os nossos Partidos costumam ter uma minoria que os domina há muitos anos. De repente, é preciso 16 ou 18 anos para se chegar à cúpula, se chegar. Fico muito preocupado quando dizem: 'vamos fazer uma eleição por lista'. Se uma cúpula partidária dominar o Partido por muitos anos e não gostar da sua atuação, você vai ser o último da lista. Os Partidos brasileiros ainda são regionais. Quer se goste ou não, eles não são nacionais.

 

O PMDB é como se fosse uma namorada; a gente nunca esquece.

 

Não posso julgar o Parlamento porque eu estou aqui há uma semana. Mas há influência total do Executivo no Legislativo. Há submissão até nas comissões parlamentares de inquérito. Coisa que nem no regime militar tínhamos, de proibir que um parlamentar da oposição presidisse uma comissão. Não vamos permitir que isto aconteça. Quero deixar claro que não estou julgando o Senado agora. A oposição naquela época não se calava. Naquele tempo, nosso mandato poderia ser cassado em 10 ou 15 minutos. Nós fomos eleitos pela oposição, nós temos que debater no campo das idéias, é a nossa obrigação.

 

Em determinados momentos, nas horas mortas, o presidente tem que tomar decisões sozinho. A vida pública é muito bonita, mas tem fases que trazem na alma uma tristeza muito grande. A maior alegria, além do Plano Real, foi ter passado a faixa presidencial a Fernando Henrique Cardoso porque, quando eu entrei, disseram que meu Governo não duraria 48 horas.

 

Há dia que a sua alma corre mais do que você. Então, você tem que puxar sua alma de volta. Se ela correr mais do que você, as tristeza são levadas por ela. Quando você a traz de volta, parte das tristezas ficam fora.

 

O Presidente Lula mudou muito seu comportamento de 2002 para cá. Ele acha que só ele fez alguma coisa pelo Brasil. O Presidente, hoje, é um homem popular. Mas, hoje, o Presidente, diante dessa popularidade, se sente um ser absoluto. Ele acha que é insubstituível. Ele acha que só ele fez alguma coisa pelo Brasil, ninguém mais. O Brasil surgiu com ele – e é capaz de achar que vai acabar com ele. Às vezes, a gente fica pensando se não foi o Presidente quem abriu os portos, e não Dom João VI.

 

A Dilma ela tem um discurso monotemático. Se fosse uma estudante, seria uma aluna boa para decorar as lições, não para fazer cálculos. Ela vem com um discurso preparadinho que o Presidente Lula ensinou.

 

Eu escutei o discurso da Presidente Dilma. Achei interessante que ele não falou o 'nunca antes neste País'… Achei uma evolução; tomara que ela não tenha recaídas.

 

Eu gostaria de chamar a atenção, devemos meditar. O Presidente Lula costuma dizer mediocremente 'nunca antes na história deste País'. O Presidente esquece a Constituição. O Presidente esquece que ele não inventou o Brasil. É hora de falarmos a verdade.

 

Durante meu Governo não privatizei.

 

Eu votei no Serra, por causa da coligação; mas muitos amigos votaram na Marina Silva e queriam que eu ficasse com ela. Não fiquei.

 

Em toda a minha vida só vi um homem transferir maciçamente os votos do seu Partido: Leonel Brizola para Lula, no segundo turno de 1989.

 

Dar trabalho ao Governo, eu não sei se vou dar. Eu espero que, toda a vez que for possível, eu possa ajudar com a pequena experiência que tenho.

 

A posição de Aécio de não aceitar a vaga de vice na chapa encabeçada pelo governador paulista, José Serra (PSDB), tem de ser respeitada. Esse assunto cessou. Vou dizer que o Partido não se envolva em solicitar que ele seja vice.

 

Uma candidatura presidencial tem que ser trabalhada. Não pode ser um vôo solo. Tem que se organizar e somar com outros Partidos. Acho que o PSDB está ficando numa situação muito difícil. A oposição vai ter muitas dificuldades. A posição paulista vai atrapalhar o processo eleitoral da oposição. Só estranho que o PSDB queira forçar o Aécio a ser vice e não faz o Serra assumir a candidatura. É um jogo estranho.

 

Os tucanos estão numa situação muito difícil de levar qualquer discurso, quando não tem quem vai levar este discurso. Se compreendessem Física, veriam que o vazio é bem complicado.

 

 

 

 

A oposição tem que correr. A gente costuma dizer, em Física, que é preciso ter a velocidade inicial (V0). Os tucanos não têm tido velocidade inicial para enfrentar a Dilma. Se eles não estão nem com a V0, então imagine. E ela já passou da velocidade inicial.

 

Eu nunca permiti, nunca, desde prefeito, jovem prefeito que fui, nunca permiti que a corrupção se alastrasse nas minhas administrações. Corrupção não.

 

Um dia, o Teotônio Vilela, que já estava muito doente, muito doente, me chamou. Ele tinha muito carinho comigo, e disse: — Itamar, às vezes, eu noto que você fica zangado com certas coisas. Olhe, não deixe sua alma ficar machucada por política; deixe ela ficar machucada pelo amor, mas nunca pela política. Pelo amor, ela pode ficar machucada quantas vezes você quiser.

 

 

 

 

Minha relação com Fernando Henrique Cardoso não está. Mas se eu defendo escondê-lo? Não defendo. Apesar das minhas desavenças com ele, acho um absurdo escondê-lo. Se ele não aparece, batem nele de qualquer jeito. Então, ele deve aparecer, rebater, xingar.

 

Ainda não foi cunhada a moeda da gratidão, não é verdade? Então, na política, esperar gratidão é... Quando você deixa o palácio e o poder, são poucos os que ficam ao seu lado.

 

Eu fico olhando o Sarney dizer que o melhor Presidente que ele já teve foi o Lula, e penso: sim, senhor, hein, presidente Sarney?

 

Jornalista: — E o Collor?
Itamar: — Prefiro falar da chuva.

 

No Parlamento, as discussões perderam consistência. Há falta de memória. Não há mais grandes debates no plenário. Muitas vezes, se vota sem se saber em que realmente está se votando. Há medidas provisórias sendo aprovadas sem um exame mais profundo. O que impede, por exemplo, aprovação dos famosos contrabandos? O processo legislativo piorou... Quando podíamos ser cassados a qualquer momento, nós tínhamos mais liberdade legislativa do que temos hoje. Voltei ao Senado, e, ao sentar no plenário, senti tristeza. Hoje, há uma certa promiscuidade entre o Executivo e o Legislativo, daí que vêm os maiores escândalos. Nos Estados Unidos, quem é eleito senador ou deputado está proibido de exercer cargo no Executivo. Isto não vai acabar com o vínculo umbilical entre os poderes, mas pode reduzir a barganha dos cargos.

 

A elite paulista não aceita, de um modo geral, quem não faz parte de seu clã. Mas não guardo mágoas… Você vai ver como essa elite vai tratar o Governador Aécio Neves, que é de Minas.

 

Acompanhei essa eleição no Congresso e lembrei os tempos de estudante de Física. Quando você olha através de um espelho côncavo um objeto em uma determinada posição, vê uma imagem real e outra virtual. O que eu vi nessa eleição para as mesas? A imagem virtual. O PMDB elegeu os presidentes das duas Casas.

 

 

 

Como é que a opinião pública pode entender a política nacional, se, na Câmara Alta da República, dois Partidos, que deveriam ser diferenciados ideologicamente, se unem? Não visaram os interesses nacionais.

 

Sarney não é um simples apoiador do Lula. Ele comanda todo o sistema energético brasileiro. Dou um exemplo. Furnas sempre foi dirigida por mineiros. O dr. José Pedro [Rodrigues dos Santos, mineiro, amigo de Itamar] saiu há pouco da presidência de Furnas. Não foi nenhum mineiro para lá, não. Foi quem o Sarney determinou. Ele controla o próprio ministro [Edison Lobão], a Eletrobrás, Furnas e a Eletronorte. Até na Petrobras tem influência. Então, este homem está hoje devedor de Lula, muito mais do que Lula lhe deve pelo apoio. Controlar o sistema energético é ter muito poder. Quando Fernando Henrique tentou privatizar Furnas, eu era governador, e lutei contra. Graças à minha resistência, Furnas e Cemig continuam brasileiras. Mas isto, hoje, a gente só comenta. Para alguns, eu não existi nem existo. Quando saí da Presidência, ainda fiquei aborrecido, mas me lembrei de um verso de Castro Alves. Percebi que algumas pessoas que eu achava que eram estrelas, eram apenas pirilampos ['Julguei-te estrela – e eras pirilampo', do poema Dalila]... Imagine se hoje nós estivéssemos também com Furnas entregue ao capital estrangeiro. Nós estaríamos...

 

Quando você tem acordos internacionais, você deve respeitá-los. Eu respeitei todos os acordos que eu tinha no Governo, só não tinha dinheiro para pagar.

 

O poder é uma solidão completa.

 

Quando me perguntam: — O Presidente Lula sabia do mensalão? Eu respondo: — Eu acho que ele sabia. Mas se ele diz que não sabia, eu não vou ficar discutindo com bate-boca com o Presidente da República.

 

 

Alguns Protagonistas Conhecidos

 

As ditaduras partidárias são reais. E se tornaram mais fortes quando o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que o mandato pertence ao Partido. O que penso é que precisávamos ter um percentual de candidatos independentes, para não ficarmos submetidos à ditadura partidária. Por que o Governador Aécio quer prévias? Porque não quer se submeter à ditadura partidária, que também existe no PSDB. Em um PMDB controlado por Sarney, Quércia, Geddel, Jader, Padilha, quem os derrota?

 

Na Matemática, quando o número de incógnitas é muito maior do que as equações, a questão não se resolve. A política mineira e a nacional têm excesso de incógnitas!

 

Desde estudante, estive ao lado de quem defendia idéias. Na política, meu primeiro inspirador foi Alberto Pasqualini [1901 – 1960], senador gaúcho que me fez entrar para o Partido Trabalhista Brasileiro, PTB, um homem com idéias avançadíssimas para a época. Até há pouco tempo, você era eleito pelo que falava em praça pública. Hoje, não. Você é preparado no estúdio, lhe dão um discurso para ler no 'teleprompter'. Fui de um tempo que tinha de chegar na televisão e dizer o que pensava. Se falasse besteira estava liquidado.

 

A primeira coisa que o Governo tem de fazer não é novidade. Mudar a política monetária. Não se pode continuar com a taxa de juros mais alta do mundo.

 

Alea jacta est a sorte está lançada – que, aliás, César não disse em latim, mas em grego.

 

O Presidente Lula está bem com a opinião pública, não só porque tem o Bolsa-família, mas porque a oposição não tem mensagem.

 

O Rubicão não é tão difícil de atravessar. Em verdade, é um riacho…

 

O que deve ser contestado, no Conselho de Segurança da ONU, é o ainda poder de veto exclusivo aos cinco países que são membros permanentes do órgão.

 

Um País que defendeu, com Rui, em Haia, a plena igualdade entre as nações, não pode compactuar com a ditadura dos grandes.

 

O nacionalismo é a união entre a idéia da dignidade e a idéia da defesa da riqueza que coube, pela Natureza, à geografia de cada nação. É certo que a dignidade dos povos é mais importante do que seus bens: uma nação pode ser honrada, ainda que pobre. Mas a cobiça internacional se dirige aos recursos naturais. O nacionalismo deve ser instrumento de defesa e resistência, jamais estímulo à conquista, como ocorreu com a Alemanha de Hitler.

 

Desde que entrei para a política, em Juiz de Fora, sempre entendi que o Estado existe para impor aos poderosos o respeito aos cidadãos, qualquer que seja a sua posição na sociedade. Mais do que isto, sempre acreditei que o poder político deve buscar a igualdade de todos, diante da lei e das oportunidades da vida. Assim agi quando, por duas vezes, fui prefeito de minha Cidade. E só fui atraído para a política porque, como engenheiro do DNOS, tomei conhecimento da vida difícil das populações periféricas. Até hoje, creio que o saneamento básico é uma das principais tarefas do poder público. Na mesma época, juntamente com meu colega Nicolau Kleijorge, dei aulas de matemática e conhecimentos gerais aos trabalhadores de Juiz de Fora. No Senado, para onde fui eleito pela primeira vez em 1974, naquela memorável manifestação de inconformismo de nosso povo, quando o MDB não era o PMDB de hoje, mantive a mesma postura – a de que o mercado deve estar sob o controle do Estado, servidor da sociedade, e não o contrário. Resisti ao projeto neoliberal que se iniciara no Governo Collor, e não concordei com a privatização de setores estratégicos, como os da energia e das telecomunicações. Da mesma forma, cortei, pela raiz, o projeto da equipe econômica, de privatizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica.

 

Lula se tornou um mito; mas mitos e muros também são derrubados.

 

Meus amigos entram pela porta da frente. Há muita gente cujos amigos entram pela porta dos fundos; ninguém sabe, ninguém vê, ninguém viu.

 

Será que alguém conhece tudo sobre mensalão neste País? Uma hora, um fala uma coisa; outra hora, outro fala outra; outra hora, desmente; outra hora, vai ao Congresso Nacional, fica quietinho, acobertado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal. Quer dizer: quem é que conhece o que realmente está se passando?

 

Itamar, o problema é o seguinte: assine o acordo [gás da Bolívia], mas nunca deixe de recordar àqueles que vão assumir a presidência futuramente que o País não pode ter dependência energética só de um país, porque, senão, haverá problemas. (Aureliano Chaves, apud Itamar franco). A Itália é tremendamente dependente da energia elétrica da Suíça e da França. Houve um problema na França e um problema na Suíça. A Itália ficou praticamente 24 horas sem eletricidade. Por quê? Porque a Itália depende do fornecimento suíço e do fornecimento francês. Ela não permitiu mais a construção de usinas nucleares por causa do plebiscito.

 

Uma vez me perguntaram: — Já leu o livro do Fernando Henrique? Eu respondi: — Não li e não gostei.

 

O Fernando Henrique, me permita, não estou falando com descortesia, mas ele não entende nada de energia, nunca entendeu de energia e não sei se hoje ele entende de energia. Mas nunca entendeu.

 

Um Senado subjugado pelo Executivo? A interferência do presidente é a todo instante, em tudo, até em questões internas. Uma das coisas mais sagradas do Congresso são as CPIs. Pois eu era de oposição e fui presidente da CPI das 'polonetas' [que investigava denúncias de irregularidades em um empréstimo feito pelo Brasil à Polônia], no Governo Geisel, e depois da CPI das diretas. E, agora, o presidente diz que não pode ser e não é. Onde já se viu isso? O Senado diz amém, amém.

 

A ditadura durou vinte anos, mas ela se tornou frágil e caiu. Hoje, se há essa ditadura que o PT quer impor ao País, se acha que só ele sabe o que é bom para o País, é preciso reagir. Quando o Lula diz que 'nunca antes neste País', eu penso: o que é isto? Como é que o sr. Sarney aceita isto? Então, ninguém fez nada? Ao longo do processo, cada um de nós – o Sarney, eu e o Fernando Henrique foi passando o bastão.

 

O Aécio hoje é a maior liderança nacional. Mais do que o Lula, porque o Aécio é democrata. Um presidente que vai a Minas dizer que não pode ter senador de oposição, que zomba da imprensa, que zomba da Constituição, não é democrata.

 

O Lula gostou do poder, mas ele vai ver o que é bom depois, quando deixar o poder. Não se pode acostumar com os palácios, com os aviões, com os helicópteros, com o sujeito que carrega a sua mala, porque isto não é o dia-a-dia do homem simples, que nós todos somos. O Lula deve saber que, um dia, tudo isto acaba. O poder não é eterno. Nós já tivemos no Brasil um grande presidente que era também o 'pai dos pobres', e que, depois, foi derrubado, não é?3

 

O Plano Real nos deu e continua dando a base, mas precisamos de soluções adequadas aos novos momentos ditados pela conjuntura. Certamente, não é deixar de encarar a crise de frente, no momento em que uma conjuntura adversa nos pede ação, e não obediência a uma taxa de prudência ultrapassada ante a enormidade das perdas já incorridas e contabilizadas pela Economia.

 

Para aperfeiçoar a Economia é necessário um novo pacto federativo, uma nova maneira de dividir encargos e responsabilidades entre os poderes municipais, estaduais e União.

 

Qual foi a minha satisfação além do Plano Real? Foi terminar o Governo democraticamente.

 

Eu parei, há muito tempo, com esse negócio sobre quem fez o Plano Real. Outro dia, eu estava lendo sobre um jornalista americano que acompanhou desde o Apollo 1 até o 17 (projeto da NASA que levou o homem à Lua). Há pouco tempo, ele estava passeando com dois netos. Aí ele mostrou a Lua para os meninos. Eles nem ligaram. Por quê? Porque eles são de uma geração mais avançada do que ir à Lua. O sujeito que tinha 15 anos quando o Plano Real foi lançado, hoje, tem 30 anos. Ele está vendo a Guerra nas Estrelas, não a Lua. Por isto, é bobagem discutir quem fez o Real. Dentro do processo econômico, o Real sempre terá seu valor.

 

A Nação Brasileira não pode ficar assistindo à degradação do Parlamento. Quando há degradação do Parlamento... é ruim para o País.

 

O Legislativo se diminui ao procurar o Presidente para resolver suas questões. As questões do Legislativo têm de ser resolvidas internamente. O problema do Legislativo quem resolve é o Legislativo, não o Executivo. O Presidente da República não tem nada a ver com os problemas do Legislativo. Os Três Poderes são harmônicos, mas são independentes, como manda a Constituição e a tradição democrática.

 

Hoje, estamos tutelados pelo Executivo. Então, eu acho que a única coisa que a oposição não poderá fazer é se calar. A oposição precisa ser oposição, sem trégua.

 

 

 

Botando a Boca no Trombone!

 

 

 

______

Notas:

1. Se o cabelo desmanchasse o vento, aí, sim, seria muito complicado!

2. Ora, Senhor Presidente, basta dar um espiadinha! Só para ver de que cor é... Sem intenção de... Só olhar não é pecado! Sinceramente, eu não estou nem aí para as calcinhas; a calcinha é o de menos. Pior, muito pior, é... O Senhor sabe.

3. Referência a Getúlio Dorneles Vargas (São Borja, 19 de abril de 1882 – Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1954).

 

Páginas da Internet consultadas:

http://mattybing1025.tumblr.com/post/4503499999

http://blogs.diariodepernambuco.com.br/
politica/?tag=mensalao

http://www1.folha.uol.com.br/
folha/brasil/ult96u322044.shtml

http://zelmar.blogspot.com/
2011/03/ensinando-tristeza.html

http://www.rodaviva.fapesp.br/

http://www.sidneyrezende.com/noticia/105971

http://webcache.googleusercontent.com/

http://brasilunido.wordpress.com/2010/06/07/
entrevista-de-itamar-franco-ao-jornal-do-brasil/

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2574733&tid=5365410499339756336

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http://tribodosmanaoss.blogspot.com/2011/07/
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http://www.gifmania.com.pt/musica/trombones/

http://colunistas.ig.com.br/guilhermebarros/
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http://flitparalisante.wordpress.com

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Itamar_Franco#Morte

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presidente-itamar-franco-morre-aos-81-anos-em-sao-paulo/

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http://portal.pps.org.br/
portal/showData/153989

http://www.frazz.com.br/
autor.html/Itamar_Franco-371

http://www.frasesfamosas.com.br/
de/itamar-franco.html

 

Música de fundo:

Unchained Melody
Música: Alex North
Letra: Hy Zaret
Ao piano: Richard Claiderman

Fonte:

http://www.4shared.com/get/jOf08-1P/
Richard_Claiderman_-_Unchained.html