Este
texto é a 19ª parte de um resumo, em forma de fragmentos (às
vezes, comentados, às vezes, seguidos de uma animação
explicativa) de um estudo que fiz da obra Isis
Unveiled: A Master-Key to the Mysteries of Ancient and Modern Science and
Theology (em português, Ísis sem Véu:
Uma Chave-Mestra para os Mistérios da Antiga e Moderna Ciência
e Teologia) publicado em 1877. É um livro de filosofia esotérica,
e é a primeira grande obra de Helena Petrovna Blavatsky – um
texto-chave no movimento teosófico e um marco na história
do esoterismo ocidental. Como este será um trabalho muito extenso,
para não ficar cansativo para o leitor, cada parte conterá
apenas 30 fragmentos.
Fragmentos
O
ápice da perfeição física e espiritual do ser-humano-aí-no-mundo
o transformará em um Deus sobre a Terra. Está no Zohar1:
O
ser-humano-aí-no-mundo, ao mesmo tempo, é a conseqüência
e o mais alto grau da criação. Logo
que o ser-humano-aí-no-mundo
foi criado, tudo estava completo, inclusive os mundos superiores e os inferiores,
pois, tudo está compreendido no ser-humano-aí-no-mundo.
Em si mesmo, ele reúne todas as formas.
Mas, isto não diz respeito à nossa Humanidade degenerada atual.
Só ocasionalmente nascem seres-humanos-aí-no-mundo
que são os tipos de aquilo que o ser-humano-aí-no-mundo
deveria ser, porém, não é. As primeiras raças
de seres-humanos-aí-no-mundo
eram espirituais, e os seus corpos protoplásticos não eram
compostos das substâncias grosseiras e dos materiais que entram na
composição dos
seres-humanos-aí-no-mundo
de hoje. Os primeiros
seres-humanos-aí-no-mundo
foram criados com todas as faculdades da Divindade, com poderes bastante
superiores aos das legiões angélicas, uma vez que eles eram
emanações diretas de Adão-cadmo
andrógino –
o Ser-humano-aí-no-mundo
Primitivo, o Macrocosmo –
ao passo que a Humanidade atual, em muitos
graus,
é inferior mesmo à do
Adão Terrestre –
que era o Microcosmo ou o mundo em miniatura.
Tendo início no Ápice do Ciclo Divino, o
ser-humano-aí-no-mundo,
gradualmente, foi se afastando
do Centro da Luz, adquirindo, em cada nova esfera inferior a que chegava
(mundos habitados por uma raça diferente de seres humanos), uma forma
física mais sólida, de tal sorte que perdeu uma parte das
suas Faculdades Divinas. Enfim, na queda de Adão devemos ver não
a transgressão pessoal [Pecado
Original] do ser-humano-aí-no-mundo,
mas, apenas, a manifestação da Lei da Evolução
Dual. O ser-humano-aí-no-mundo
real é Espírito, ensina o Zohar.
—
Todos nós, seres-aí,
somos Deuses
porque, desde sempre, fomos Deuses.
Mas, só realizaremos esta Divindade,
quando chegar ao fim a nossa Saudade.
Julgar
o Bramanismo e o Budismo pelas formas absurdas e, às vezes, repugnantes
do culto popular, é a mesma coisa que julgar a Verdadeira Filosofia
Judaica pelos absurdos da Bíblia exotérica.
Brahmâ,
Vishnu e Shiva são uma Trindade em uma Unidade, e, como a Trindade
Cristã, são mutuamente conversíveis. Na Doutrina Esotérica,
eles são uma única e mesma manifestação de Aquele
cujo Nome é Sagrado demais para ser pronunciado e cujo Poder é
majestoso e ilimitado demais para ser imaginado.
Os
hindus vêem no macaco apenas a transformação da espécie
mais diretamente relacionada com a família humana –
um ramo bastardo enxertado em seu próprio
tronco, antes da perfeição final desta última.
O
Homem Espiritual ou Interior é uma coisa e o seu envoltório
físico terrestre é outra.
A
natureza física –
a grande combinação de correlações
físicas de forças que avança em direção
à perfeição –
foi obrigada a se servir do material que
tinha em mãos. Ela modelou e remodelou, enquanto prosseguia, e, terminou
a sua obra no ser-humano-aí-no-mundo, apresentando-o, apenas, como
um tabernáculo apropriado ao obscurecimento do Espírito Divino.
Mas, este Espírito
Divino não dá ao ser-humano-aí-no-mundo
o direito de vida e de morte sobre os animais inferiores a ele ou o direito
de os torturar. É exatamente o contrário. Além de ser
dotado de uma [personalidade-]alma
–
que qualquer animal e qualquer planta também possuem mais ou menos
–
o ser-humano-aí-no-mundo
tem uma Alma Imortal Racional ou 'Nous', que deveria torná-lo, pelo
menos, igual em magnanimidade ao elefante, que caminha cuidadosamente para
não esmagar os animais mais frágeis do que ele. Desde a mais
remota Antigüidade, Filósofos como Platão, Anaxágoras
e Pitágoras, e as Escolas Eleatas da Grécia, bem como os antigos
Colégios Sacerdotais Caldaicos, ensinaram a Doutrina da Evolução
Dual. Enfim, a Luz seria incompreensível sem a escuridão,
o que a torna manifesta por contraste. O Bem não seria o Bem, se
não existisse o mal, para mostrar a natureza sem preço do
benefício. É assim que a virtude pessoal não teria
nenhum direito ao mérito, se ela não atravessasse a fornalha
da tentação. Nada é eterno e imutável, exceto
a Divindade Oculta. Nada do que é finito –
seja
porque teve um começo
[construção] ou porque terá um fim
[destruição] –
pode permanecer
estacionário. É preciso avançar ou recuar.
O
Zohar ensina que a [personalidade-]alma
não pode chegar à Terra da Bem-aventurança se não
tiver recebido o Beijo Sagrado,
ou seja, se não tiver se reunido com a Substância da qual ela
emanou –
o Espírito.
Tanto
Buddha quanto Cristo ensinaram que para podermos peregrinar pelo Caminho
Nobre para a Vida Eterna, deveremos perseguir estes objetivos:
pobreza, castidade, contemplação (ou prece íntima),
desapego e libertação das miragens e das ilusões deste
mundo – as vagas agitadas
do oceano da vida.
De
Nout, o filósofo grego do período pré-socrático
Anaxágoras de Clazómenas (cerca de 500 a.C. — 428 a.C.)
derivou Nous [].
Todas as coisas,
disse ele, existiam
no caos; então, veio Nous
e introduziu a ordem.
A
Filosofia Pagã e o Cristianismo devem suas idéias elevadas
sobre a [personalidade-]alma,
sobre o Espírito do ser-humano-aí-no-mundo e sobre a Divindade
desconhecida ao Budismo e ao Manu hindu.
Paulo,
o Apóstolo, disse: Se
eu puder conseguir a Ressurreição dos mortos (o
Nirvana),
será porque já paguei o seu preço ou atingi a Perfeição.
(Fui Iniciado). Quando um Asceta budista chega ao Quarto Grau, ele é
considerado um Rahat. Produz toda a sorte de fenômenos apenas com
o poder de seu Espírito liberado. Um Rahat é aquele que adquiriu
o Poder de voar pelo ar, de se tornar invisível, de comandar os elementos
e de executar todo tipo de maravilhas comuns, que, erradamente, pelos ignorantes,
são chamadas de meipo
(milagres). Um Rahat
é um Ser Perfeito, um Semideus. Um
Rahat
se tornará um Deus quando, eventualmente, alcançar o Nirvana,
pois, como todos os Iniciados sabem, Ele também sabe que é
um Deus.
—
Iniciação.
Não só para mim, não só para você,
não só para alguns, mas, para todos.
Não só para os seres viventes na Terra,
mas, para todos os seres do Multiuniverso.
Está feito. Está selado. A.'.
U.'. M.'.
— Compreensão.
Não
só para mim, não só para você,
não só para alguns, mas, para todos.
Não só para os seres viventes na Terra,
mas, para todos os seres do Multiuniverso.
Está
feito. Está selado. A.'.
U.'.
M.'.
— Libertação.
Não
só para mim, não só para você,
não só para alguns, mas, para todos.
Não só para os seres viventes na Terra,
mas, para todos os seres do Multiuniverso.
Está
feito. Está selado. A.'.
U.'.
M.'.
— Ressurreição.
Não
só para mim, não só para você,
não só para alguns, mas, para todos.
Não só para os seres viventes na Terra,
mas, para todos os seres do Multiuniverso.
Está
feito. Está selado. A.'.
U.'.
M.'.
—
Reintegração.
Não
só para mim, não só para você,
não só para alguns, mas, para todos.
Não só para os seres viventes na Terra,
mas, para todos os seres do Multiuniverso.
Está
feito. Está selado. A.'.
U.'.
M.'.
—
Unificação.
Não
só para mim, não só para você,
não só para alguns, mas, para todos.
Não só para os seres viventes na Terra,
mas, para todos os seres do Multiuniverso.
Está
feito. Está selado. A.'.
U.'.
M.'.
—
Divinização.
Não
só para mim, não só para você,
não só para alguns, mas, para todos.
Não só para os seres viventes na Terra,
mas, para todos os seres do Multiuniverso.
Está
feito. Está selado. A.'.
U.'.
M.'.
Uma
coisa para se pensar direitinho:
Se Jesus foi batizado por João, a conclusão a que
se chega é que ele foi batizado de acordo com a fé do Batista.
Portanto, também Jesus acreditava em Ferho ou Faho, como o chamam.
Tal inferência parece ser corroborada pelo seu silêncio em relação
ao nome de seu Pai. Seja como for, Faho não é senão
uma das muitas corruptelas de Fho ou Fo, que é o nome pelo qual os
tibetanos e os chineses chamam o Buddha.
A
Serpente representa a Sabedoria e a Eternidade –
o Andrógino Dual.
A
ignorância é morte. Só o Conhecimento dá Imortalidade.
IGNORÂNCIA
—› MORTE —› CONHECIMENTO —› LIBERTAÇÃO
—› IMORTALIDADE
Expressão
favorita de Jesus: Sede
sábios como as serpentes e mansos como as pombas.
Entre
todos os povos da mais alta Antiguidade, a concepção mais
natural da Primeira Causa, que se manifesta em suas criaturas, era a de
uma Divindade Andrógina, de tal sorte que que o Princípio
Masculino era considerado como o Espírito Invisível Vivificante
e o Feminino como a Mãe Natureza.
IAO
=
Deus dos Mistérios adotado desde a mais alta Antigüidade por
todos os que participavam do Conhecimento Esotérico dos Sacerdotes
[Iniciados].
Quão
pouco se compreendeu a Filosofia da Antiga Doutrina Secreta provam-no as
atrozes perseguições dos Templários pela Igreja, sob
a acusação de adorarem o demônio na forma de um bode
–
Baphomet! Não há um só maçom que não
esteja a par da verdadeira relação entre Baphomet e Azâzêl,
o bode expiatório do deserto, cujo caráter e cujo significado
foram inteiramente pervertidos nas traduções cristãs.
Baphomet
Foi
apenas o intenso e cruel desejo de apagar o último vestígio
das Antigas Filosofias, pervertendo-lhe o sentido, por medo de que os seus
próprios dogmas não lhe sejam corretamente atribuídos,
o que impeliu a Igreja Católica a exercer uma perseguição
sistemática contra os Gnósticos, os Cabalistas e os Maçons.
Máxima adotada pela Igreja: É
um ato de virtude enganar e mentir, quando por tais meios se podem promover
os interesses da Igreja.
Máxima aplicada em seu pleno sentido por aquele consumado professor
de falsificações, o armênio Eusébio, e, ainda,
por aquele tartufo calidoscopista bíblico Irineu. E esses homens
foram seguidos por todo um exército de piedosos assassinos, que,
no entretempo, haviam feito sérios progressos na arte da mentira,
proclamando que era legal matar quando pelo assassínio eles podiam
dar força à nova religião. Teófilo, esse
inimigo perpétuo da paz e da virtude, como qualificavam
esse célebre bispo, Cirilo, Atanásio, o assassino de Arius,
e uma hoste de outros santos canonizados foram apenas os dignos sucessores
de São Constantino, que afogou sua esposa em água fervente,
massacrou seu pequeno sobrinho, assassinou com suas próprias mãos
dois de seus primos, matou seu filho Crispus, condenou à morte vários
homens e mulheres e afogou um velho monge em um poço. Contudo, somos
informados por Eusébio que esse imperador cristão foi recompensado
por uma visão do próprio Cristo, na qual ele carregava sua
cruz e o instruía a marchar para outras conquistas, afirmando sua
disposição de protegê-lo! Enfim, foi sob a sombra do
pavilhão imperial, com suas famosas palavras In
Hoc Signo Vinces [Por
Este Sinal Conquistarás], que
a cristandade visionária, que havia medrado após a época
de Irineu, proclamou arrogantemente seus direitos à plena luz do
Sol.
Apparizione
Della Croce
(Raffaello
Sanzio)
—
Eu
menti, impus e enganei.
Eu menti, impus e enriquei.
Eu menti, impus e tergiversei.
Eu menti, impus e falsifiquei.
Eu menti, impus e arremedei.
Eu menti, impus e desvirtuei.
Eu menti, impus e ultramontanizei.
Eu menti, impus e 'ex cathedradizei'.
Eu menti, impus e infernizei.
Eu menti, impus e excomunguei.
Eu menti, impus e dissimulei.
Eu menti, impus e atraiçoei.
Eu menti, impus e carambolei.
Eu menti, impus e defraudei.
Eu menti, impus e adulterei.
Eu menti, impus e demonizei.
Eu menti, impus e interpolei.
Eu menti, impus e embromei.
Eu menti, impus e empulhei.
Eu menti, impus e tramei.
Eu menti, impus e conspirei.
Eu menti, impus e ocultei.
Eu menti, impus e inquisicionei.
Eu menti, impus e 'poderizei'.
Eu menti, impus e 'cruzadei'.
Eu menti, impus e flagelei.
Eu menti, impus e supliciei.
Eu menti, impus e torturei.
Eu menti, impus e 'masmorrizei'.
Eu menti, impus e apocopei.
Eu menti, impus e envenenei.
Eu menti, impus e assassinei.
Eu menti, impus e 'fogueirei'.
Eu menti, impus e falcatruei.
Eu menti, impus e falseei.
Eu menti, impus e ilusionei.
Eu menti, impus e bacanalizei.
Eu menti, impus e degradei.
Eu menti, impus e mistifiquei.
Eu menti, impus e dogmatizei.
Eu menti, impus e obliterei.
Eu menti, impus e retardei.
Eu menti, impus e declinei.
Eu menti, impus e estraguei.
Eu menti, impus e desonrei.
Eu menti, impus e deslustrei.
Eu menti, impus e apaguei.
Eu menti, impus e desfuncionei.
Eu menti, impus e compensarei.
O que será de mim? Não sei!
A
Ciência Oculta [Doutrina
Secreta], conhecida pelos antigos sacerdotes
sob o nome de Fogo Regenerador
–
segundo o padre Emmanuel Rebold –
é uma ciência
que, por mais de 3.000 anos, esteve na exclusiva posse do clero
(indiano e egípcio), em
cujo Conhecimento Moisés foi Iniciado em Heliópolis, local
de sua educação, e Jesus, entre os Sacerdotes Essênios
da Judéia
(e do Egito), e
graças à qual esses dois grandes reformadores, particularmente
o segundo, realizaram muitos dos milagres mencionados nas Escrituras.
Paráfrase:
Os Adeptos e os Altos Iniciados só divulgam uma parte da Doutrina
Secreta quando têm reais motivos para divulgá-La.
Os
Drusos Sírios estão espalhados desde a planície oriental
de Damasco à costa ocidental. Não desejam prosélitos,
fogem da notoriedade, mantêm a fraternidade –
na medida do possível, seja com os cristãos, seja com os muçulmanos
–
respeitam a religião ou a seita de
qualquer povo, mas, jamais revelarão
seus Segredos. Jamais se deu o caso de um Iniciado druso se tomar um cristão.
O Dogma característico dos drusos é a absoluta Unidade de
Deus. Os Sete Grandes Mandamentos dos drusos são:
1º)
Unidade de Deus ou infinita
unicidade da Divindade.
2º)
Excelência essencial
da Verdade.
3º)
Tolerância: direito
de todos os seres-humanos-aí-no-mundo de expressar livremente suas
opiniões sobre assuntos religiosos e de submetê-los à
razão.
4º)
Respeito a todos os seres-humanos-aí-no-mundo,
de acordo com seu caráter e sua conduta.
5º)
Total submissão
aos Mandamentos de Deus.
6º)
Castidade de corpo, de
mente e de [personalidade-]alma,
além de honestidade, de humildade e de piedade.
7º)
Auxílio mútuo
sob todas as condições.
Entre
outros, para os drusos, são pecados gravíssimos: o assassínio,
o roubo, a crueldade, a cupidez e a calúnia. Nenhum eco, nenhum sussurro
e nenhum raio de luz revelam o Grande Segredo dos Iniciados Drusos.
Entre
os drusos, as quintas-feiras são dedicadas aos encontros abertos,
ou seja, para o público, em geral. As sextas-feiras são
dedicadas aos encontros fechados, ou seja,
para os Iniciados.
Há
diversas Sociedades
Secretas poderosas e sábias, cuja
existência não é sequer suspeitada pela Humanidade.
O
ser-humano-aí-no-mundo deverá Morrer para que possa vir a
Nascer o Santo.
—
Eu queria me Santificar,
mas, não conseguia Morrer.
Eu gostaria de me Libertar,
mas, não conseguia Entender.
O
Âtman, o Si-Mesmo, o Poderoso Senhor e Protetor, assim que o homem
O conheceu como o Eu sou, o Ego Sum, o Asmi, deu a prova de todo o Seu Poder
somente àquele que foi capaz de reconhecer a Voz do Silêncio.
A
Grande e Misteriosa Verdade só será conquistada no Santuário
Silencioso do nosso Coração.
—
No passado, fui beócio,
e servi à bestidade.
Hoje, sou Silêncio,
e também sou Verdade
(ainda que relativa).
Não
poderemos atingir o Reino
dos Céus sem antes nos unir indissoluvelmente com
a nossa Rex Lucis
– o Senhor
do Esplendor e da LLuz, o nosso Deus
Interior Imortal.
—
Reino
dos Céus em nós.
Rex Lucis
em nós.
Senhor do Esplendor e da LLuz
em nós.
Deus Interior Imortal
em nós.
O
Nirvana significa uma reunião final com Deus, que coincide com a
perfeição do Espírito humano liberto, finalmente, da
matéria. É exatamente o contrário da aniquilação
pessoal.
[Wong Chin
Foo (1847 – 1898), apud Helena Petrovna Blavatsky.]
—
Quem
busca um Nirvana pessoal
não O encontrará.
O Nirvana haverá de ser universal.
E este Tempo virá!
Os
seres-humanos-aí-no-mundo não atingirão este Estado
[Nirvânico]
enquanto o anseio pela vida, por mais vida e só pela vida não
desaparecer do ser senciente. Assim, o ego desencarnado, movido pelo desejo
que nele reside, fornece, inconscientemente, as condições
para as suas sucessivas autoprocriações [reencarnações]
em várias formas, que dependem do seu estado mental e
do seu karma – as
boas e as más ações das sua[s]
existência[s]
anterior[es],
comumente chamadas de mérito e demérito.
—
Eu
queria Viver,
entretanto, só morria.
No eterno vir-a-ser,
conquistarei a Alforria.
Continua...