A
radioatividade ou radiatividade é um fenômeno natural ou artificial,
pelo qual algumas substâncias radiativas ou elementos químicos
radioativos são capazes de emitir radiações, as quais
têm a propriedade de impressionar placas fotográficas, ionizar
gases, produzir fluorescência, atravessar corpos opacos à luz
ordinária, e, em certas circunstâncias, causar danos irreparáveis
ao homem e ao meio ambiente. As radiações emitidas são
principalmente partículas alfa, partículas beta e radiação
gama. A radioatividade é uma forma de energia nuclear usada, por
exemplo, em medicina (radioterapia), e consiste no fato de alguns átomos,
como os do urânio, do rádio e do tório serem instáveis,
perdendo constantemente partículas alfa, beta e gama. O urânio,
por exemplo, tem 92 prótons; porém, através dos séculos,
vai se transmutando, até terminar em chumbo, com 82 prótons
estáveis.
A
radioatividade pode ser:
Radioatividade
natural: É a que se manifesta nos elementos radioativos
e nos isótopos que se encontram em a Natureza e poluem o meio ambiente.
Radioatividade
artificial ou induzida: É aquela que é provocada
por transformações nucleares artificiais.
Produz-se
a radioatividade induzida quando se bombardeiam certos núcleos com
partículas apropriadas. Se a energia destas partículas tem
um valor adequado, elas penetram no núcleo bombardeado formando um
novo núcleo que, no caso de ser instável, se desintegra posteriormente.
A radioatividade foi descoberta pelo casal Joliot-Curie (Frédéric
Joliot e Irène Joliot-Curie), bombardeando núcleos de boro
e de alumínio com partículas alfa. Estes cientistas observaram
que as substâncias bombardeadas emitiam radiações após
retirar o corpo radioativo emissor das partículas alfa. O estudo
da radioatividade permitiu um maior conhecimento da estrutura dos núcleos
atômicos e das partículas subatômicas. Abriu-se, assim,
a possibilidade da transmutação dos elementos, ou seja, a
transformação de elementos em elementos diferentes. Inclusive,
o sonho dos alquimistas de transformar outros elementos em ouro (que tem
algo de radioativo, mas não é radioativo) se tornou realidade,
mesmo que o processo não seja rentável economicamente.
A
Fissão Nuclear nada mais é do que a quebra do núcleo
de um átomo instável em dois menores e mais leves, como, por
exemplo, após a colisão de um nêutron com U-235. Na
fissão nuclear, a partícula nêutron (usada no processo
por ter carga elétrica nula, o que evita repulsão com o núcleo
que é positivo) é acelerada em direção ao núcleo
do átomo, que geralmente é de U-235, o que o deixa instável
por aumento do número de massa (U-235 —› U-236). Com
isto, o U-236 se divide em dois núcleos menores e mais leves. Há
a liberação de energia de ligação nuclear, radiação
gama e mais nêutrons, que, por sua vez, irão desintegrar novos
núcleos atômicos, em uma reação em cadeia. Por
exemplo, podemos ter as seguintes fissões para o U-235, nas quais
energia total liberada é da ordem de 200 MeV:
92U235
+ 0n1
—› 37Rb97
+ 55Cs137
+ 2 0n1
92U235
+ 0n1
—› 40Zr97
+ 52Te137
+ 2 0n1
92U235
+ 0n1
—› 38Sr94
+ 54Xe140
+ 2 0n1
92U235
+ 0n1
—› 35Br87
+ 57La143
+ 6 0n1
92U235
+ 0n1
—› 36Kr92
+ 56Ba141
+ 3 0n1
Fissão
Nuclear
Comprovou-se
que a radiação nuclear pode ser de três classes diferentes:
Partículas
alfa: São fluxos de partículas carregadas positivamente,
compostas por 2 nêutrons e 2 prótons (núcleo de hélio).
São desviadas por campos elétricos e magnéticos. São
muito ionizantes, porém, pouco penetrantes. Quando um radioisótopo
(que possui núcleo instável) emite uma partícula alfa,
seu número de massa (A) diminui 4 unidades e o seu número
atômico diminui 2 unidades.
Partículas beta: São fluxos de partículas
originárias do núcleo, fato este que as distingue dos elétrons.
Estas partículas têm a mesma natureza dos elétrons orbitais
e são resultantes da desintegração de nêutrons
do núcleo. São desviadas por campos elétricos e magnéticos.
São mais penetrantes, todavia, menos ionizantes do que as partículas
alfa. Quando um radioisótopo emite uma partícula beta, o valor
de sua massa não muda, e seu número atômico aumenta em
1 unidade.
Radiações gama: São ondas eletromagnéticas.
É o tipo mais penetrante de radiação. Não apresenta
carga elétrica e não é afetada pelos campos elétricos
e magnéticos. É uma radiação muito perigosa
aos organismos vivos. Com o recebimento da radiação gama,
pode-se alterar o material genético da pessoa, fazendo com que seus
filhos tenham alta possibilidade de nascer cegos, surdos, mudos ou com algum
outro tipo de deficiência.
Leis
de Soddy e Fajans
As
leis da desintegração radioativa, descritas por Soddy e Fajans,
são:
1ª
lei: Quando um átomo radioativo emite uma partícula
alfa (decaimento alfa), o número de massa do átomo resultante
diminui em 4 unidades e o número atômico diminui em 2 unidades.
Exemplo:
90Th232
—› +2alfa4
+ 88Ra228
2ª
lei: Quando o átomo radioativo emite uma partícula
beta (decaimento beta), o número de massa do átomo resultante
não varia e o seu número atômico aumenta em 1 unidade.
Exemplo:
90Th234
—› -1beta0
+ 91Pa234
3ª
lei: Quando um núcleo excitado emite uma radiação
gama (decaimento gama) não ocorre variação no número
de massa e no número atômico do átomo emissor; contudo,
ocorre perda de uma quantidade de energia (hv). A emissão gama resulta
de uma libertação de energia em excesso pelo núcleo
de um átomo sob a forma de radiação eletromagnética.
É necessário saber ainda que, geralmente, após a emissão
de uma partícula alfa ou beta, o núcleo resultante desse processo,
ainda com excesso de energia, procura se estabilizar, emitindo esse excesso
de energia em forma de radiação gama. Exemplo de uma reação
nuclear provocada por um proton:
3Li7
+ 1p1 —› 4Be8
+ radiação gama
As
duas primeiras leis indicam que, quando um átomo emite uma radiação
alfa ou beta, transforma-se em outro átomo de um elemento químico
diferente. Este novo elemento pode ser radioativo, transformando-se em outro,
e assim sucessivamente, dando lugar às chamadas séries radioativas.
Deste
modo, a emissão de partículas alfa e beta, pelos átomos
instáveis, muda seu número atômico, transformando-os
em outros elementos. O processo de desintegração nuclear só
termina com a formação de átomos estáveis. O
urânio-238, por exemplo, vai sofrendo decaimento até formar
o elemento chumbo-206.
Breve
História da Radioatividade
Depois
da descoberta dos raios X pelo cientista alemão Wehleem Konrad Roentgen,
em 1895, alguns pesquisadores fixaram sua atenção sobre a
fluorescência e a fosforescência apresentadas por diferentes
materiais irradiados.
No ano de 1895, Antoine Becquerel
descobriu acidentalmente uma nova propriedade da matéria que, posteriormente,
foi denominada de radiatividade. Ao colocar sais de urânio sobre uma
placa fotográfica em local escuro, verificou que a placa enegrecia.
Os sais de urânio emitiam uma radiação capaz de atravessar
papéis negros e outras substâncias opacas à luz. Estes
raios foram denominados, a princípio, de Raios B em sua homenagem.
Verificou-se,
posteriormente, que também podiam ionizar o ar e descarregar um condutor
isolado.
O casal Curie, em 1898, concluiu
que esta propriedade era intrínseca do urânio, e não
às suas condições físicas ou químicas,
e batizaram o fenômeno com o nome de radioatividade. Logo depois,
foram descobertas nos minerais de urânio o polônio e o rádio,
que continham mais radioatividade do que os sais puros de urânio.
Do mesmo modo, foram descobertos na mesma época, o tório e
o actínio.
Rutherford e Soddy, em 1903, sem
ter um conhecimento preciso do núcleo atômico, formularam a
hipótese, que sabemos hoje ser verdadeira, que elementos radioativos
sofrem transformação espontânea de um elemento químico
em outro, e, ao mesmo tempo, emitem radiações, e que este
processo radioativo é uma alteração de caráter
subatômico, tendo lugar dentro do átomo.
E
tudo isto (e mais todos os istos que ficaram faltando) –
por obra e graça do maldito Projeto Manhattan[1]
– desembocou no Little Boy e no Fat Man, bombinhas
travessas que arrasaram Hiroshima e Nagazaki! Hoje, esta loucura, multiplicada,
provocaria um inverno nuclear!
Os
efeitos biológicos das radiações ionizantes são
comumente classificados em genéticos e somáticos. Os primeiros
se subdividem em duas grandes classes: no nível gênico e no
nível cromossômico.
Essas classificações devem ser aceitas apenas como tentativas
de ordenação de fenômenos muito complexos e interligados,
uma vez que os efeitos ditos genéticos podem ter repercussões
somáticas, e as mutações menores, no nível cromossômico,
desapercebidas no nível microscópio, podem simular as que
ocorrem no nível gênico.
Os
efeitos somáticos mais investigados são o câncer e a
leucemia. E, assim, o problema básico é o de se saber se o
desencadeamento desses efeitos depende de um limiar de radiação,
abaixo do qual as doses seriam ineficazes. Aceitava-se a tese afirmativa
de que doses muito baixas não teriam ação somática
nociva, ou seja, que doses no nível de 0,1 r[2]
por dia seriam inócuas. Ora, esta dose tão pequena significa
algo como 36 r no fim de um ano e como 365 r em uma década. Aceitando-se
que um profissional trabalhe 30 anos sob tal nível de exposição,
com dois dias de descanso por semana, ele teria recebido, ao término
de suas atividades, um total de 800 r.
A
tendência atual, gerada pelos resultados de experimentações
com doses baixas, é não aceitar a existência de um limiar
de segurança absoluta. Postula, pelo contrário, que há
uma relação contínua entre exposição
e risco. Desde 0,1 R[3]
por dia, assim como doses ainda menores, devem ser aceitas, portanto, como
potencialmente perigosas se são repetidas por longo tempo.
Efeitos
Biológicos Gerais da Radiação
Os
mecanismos pelos quais a energia radiante age sobre a célula viva
são vários, e, em parte, desconhecidos. Os efeitos agudos
possivelmente se devem à ionização da água (radiólise
da água), principal meio de transporte da energia. A água
se decompõe, e, em conseqüência, verifica-se a formação
de compostos químicos ativos que influenciam a substância viva.
Os compostos que se formam são instáveis, de curta duração,
mas seus efeitos podem ser profundos. Entre eles, citam-se as substâncias
oxidadas e os óxidos de hidrogênio. Essa oxidação
afeta facilmente grupos protéicos enzimáticos, especialmente
o grupo sulfidril. É fácil compreender que um agente (energia
radiante) pode agir sobre as células e modificar a concentração
dos íons hidrogênio e o potencial de oxirredução
de diferentes enzimas, alterando, assim, profundamente, o metabolismo enzimático
da célula. Uma simples excitação eletrônica é
capaz de romper até 20 ligações de hidrogênio.
Com múltiplos rompimentos das cadeias protéicas, a célula
caminha para sua completa desintegração, havendo, portanto,
impossibilidade de um perfeito restitutium
ad integrum, isto é, inexistência de seqüelas
ou retorno ao padrão de funcionamento normal.
As
alterações químicas que se passam na célula,
decorrentes das radiações ionizantes, acontecem por dois mecanismos:
a) por ação direta, na qual a molécula sofre alterações
por si mesma, tornando-se ionizada ou excitada pela passagem de um elétron;
e b) por ação indireta, na qual a molécula não
absorve energia, mas recebe, por transferência, energia de outra molécula.
Em
sistemas Biológicos, os efeitos das radiações ionizantes
diferem qualitativamente segundo a dose da radiação. Pequenas
doses agem por ação indireta e produzem principalmente oxidações.
Grandes doses agem por ação indireta e direta ao mesmo tempo.
O efeito pode se manifestar imediatamente após a exposição,
e, por isto mesmo, é chamado imediato. Em certos casos, porém,
o efeito aparece algum tempo depois, ou mais tardiamente. O
período que ocorre entre a ação e o efeito é
chamado de latência.
No
organismo, os efeitos biológicos da radiação são
bastante complexos, talvez pelo fato de ser a energia radiante absorvida
ao acaso e em meio altamente heterogêneo. Até em grupos de
células do mesmo tecido, os efeitos (alterações morfológicas
e funcionais) são bastante diversos de célula para célula,
e por causa de tal diversidade as observações dos vários
autores freqüentemente são discordantes.
Vários
fatores influem sobre os efeitos radiobiológicos. São especialmente:
1 -
A qualidade da energia ionizante;
2 -
A intensidade da radiação (efeito reversível e irreversível);
3 -
A maneira da exposição, isto é, se de corpo inteiro
ou de parte dele; se externa ou interna; se simples, continuada ou fracionada;
4 -
O tempo de exposição;
5 -
A distribuição de dosagens entre os diversos tecidos.
As
lesões produzidas nos tecidos pelas radiações ionizantes
são praticamente imprevisíveis quanto à localização
e de natureza variada. Desde a descoberta dos raios X por Roentgen, tem-se
demonstrado que doses inferiores a 1500 r produzem alterações
regressivas intensas na pele e seus anexos, no trato gastrointestinal, no
sistema hemolinfopoético, nas gônadas, na conjuntiva, nos ossos
e nas cartilagens.
Todas as funções vitais das células são afetadas
pela energia radiante. As alterações funcionais mais freqüentemente
observadas, são:
1) Da
Motilidade: alteração conhecida de longa data. Consiste na
inibição parcial ou total dos movimentos, de acordo com a
dose de energia aplicada.
2) Da
Reprodução: é diminuída ou suprimida, segundo
a quantidade de radiação que se aplica. Após doses
de 200 a 800 r, praticamente todas as mitoses são inibidas nos órgãos,
que normalmente se acham em constante regeneração, mas os
efeitos dos raios ionizantes sobre as mitoses podem ser temporários
(efeitos fisiológicos) ou permanentes (mutação). Os
efeitos permanentes são os mais importantes, e consistem na fragmentação
dos cromossomos (B') e do cromatídio (B"). Como os cromossomos
transportam os genes, é fácil compreender como uma alteração
estrutural permanente dos mesmos pode resultar em profundas alterações
genéticas, às vezes responsáveis por uma série
de malformações congênitas. Todas as radiações,
com exceção da infravermelha, são capazes de produzir
mutações somáticas.
3) Do
Metabolismo: em geral, é um pouco alterado após a ação
dos raios ionizantes, quando aplicados em dose letal mínima. Os carboidratos,
lipídios e proteínas são absorvidos normalmente pelo
intestino, apesar de haver neste, às vezes, alterações
anatômicas evidentes. Quando, no entanto, há intensa anorexia,
vômitos, diarréia, perda de líquidos e distúrbios
da permeabilidade capilar, então, pode haver distúrbios do
metabolismo, mas estes são secundários. Pesquisas com a microscopia
eletrônica mostram que as células do organismo podem ser divididas
de acordo com seu grau de sensibilidade aos raios X, em três grupos:
1º) as de alta radiossensibilidade: linfócitos, eritroblastos,
mielócitos, megacariócitos, espermatogônias, folículos
germinativos e células das criptas intestinais; 2º) as de média
radiosensibilidade: células da camada germinativa da pele das mucosas,
células das glândulas sebáceas, dos folículos
pilosos, das glândulas sudoríparas, das células epiteliais
do cristalino, das células cartilaginosas, dos osteoblastos do osso
adulto e endotélio vascular; 3º) as de alta radiorresistência:
epitélio glandular, hepatócitos, epitélio tubular do
rim, células nervosas (sistema nervoso central e periférico),
células do revestimento alveolar dos pulmões, células
musculares (musculatura esquelética e musculatura lisa), células
histiocitárias, células do conjunto de um modo geral e estiócitos.
Aberrações
Cromossômicas
em Indivíduos Irradiados
Foram
estudados
42 homens (com idade de 25 a 54 anos) que, durante período de tempo
igual ou inferiorl a 15 anos, tinham sido expostos à radiação
gama em corpo inteiro, com doses sempre inferiores às permissíveis.
Suas doses cumulativas variavam de menos de 0,1 a 98 rads.[4]
Nos que haviam acumulado uma média de 27 a 84 rads, constatou-se
um aumento significante de células com rearranjos instáveis
(isto é dicêntricos, tricêntricos, anéis e acêntricos),
em comparação com os grupos que haviam acumulado menos e com
o grupo-controle. As células com rearranjos estáveis (como
as translocações recíprocas) não se apresentaram
com freqüência aumentada nos indivíduos com maiores doses
acumuladas, não se sabendo bem por que motivo tal não aconteceu.
Também
foram constatadas freqüências consideravelmente altas de aberrações
cromossômicas em indivíduos profissionalmente expostos às
radiações ionizantes e apresentando radiodermite.
Foram
verificadas também aberrações cromossômicas em
indivíduos profissionalmente expostos a doses pequenas e repetidas
de raios X (irradiação crônica).
Também
foi observada uma alta freqüência de aberrações
cromossômicas maiores (hipoploidias, hiperploidias etc.) em linfócitos
periféricos de nove indivíduos cronicamente irradiados por
motivo profissional (radiologistas, técnicos etc.), sendo que nenhuma
aberração desse tipo foi verificada em quatro indivíduos
não irradiados e que trabalhavam no mesmo instituto.
Da
mesma forma, foram constatadas três a quatro vezes mais aberrações
cromossômicas em pessoas irradiadas por motivos profissionais, durante
prazos que variaram de dois meses a quatro anos, com doses de 0,02 a 2,08
r, do que em indivíduos selecionados para controle.
Todas
essas pesquisas confirmam a elevadíssima sensibilidade dos cromossomos
humanos frente às radiações ionizantes, mostrando que
mesmo doses muito pequenas, acumuladas durante vários anos, provocam
um aumento substancial de aberrações cromossômicas.
Os
únicos dados realmente seguros sobre os efeitos genéticos
das radiações ionizantes no homem se baseiam em estudos sobre
danos de ordem cromossômica. Estes dados se referem tanto a observações
in vivo, decorrentes de exposição com natureza terapêutica,
profissional, acidental ou bélica, como as experimentações
in vitro. Estas conduziram à estimativa da dose duplicadora,
relativamente a fraturas cromossômicas, como da ordem de 6 r (autores
soviéticos) e de 3 r (autores americanos). Isto
significa que uma dose assim tão baixa talvez seja capaz de elevar
de 100%, a freqüência de quebras cromossômicas na espécie
humana.
Os
efeitos somáticos de doses assim tão diluídas nem sempre
podem ser constatados, mas muitos investigadores admitem que isto se deve
a deficiências de ordem técnica e não à sua real
inatividade. É, pois, possível que toda dose de
irradiação seja potencialmente perigosa. Naturalmente,
o risco será tanto menor quanto menor for a dose e sua taxa. Convém
observar, no entanto, que doses à taxa de 0,00007 r/min já
se mostraram capazes de desencadear alterações de caráter
hematológico em animais de laboratório.
Doenças
Derivadas da Radiação
Poderiam
ser definidas como uma intoxicação local ou geral do organismo
produzida pela energia ionizante e caracterizadas pelos seguintes fatos:
1 - Sintomas gerais: cefaléia, vertigem, debilidade, alterações
do tato, do olfato etc.
2 -
Sintomas gastrointestinais: anorexia, náuseas, vômitos, diarréias.
3 -
Sintomas cardiovasculares: taquicardia, arritmia, queda de pressão
sangüínea.
4 -
Alterações do quadro sangüíneo: leucopenia, trombocitopenia
e aumento do índice de sedimentação.
5 -
Alterações da permeabilidade vascular e celular: edema, hiperpotassemia,
diátese hemorrágica.
6 -
Perturbações Psíquicas: irritabilidade, insônia,
fobias.
7 -
Epilação.
8 -
Baixas defesas orgânicas (inibição da formação
de anticorpos): forte propensão às infecções
(estomatites, gengivites, amigdalites, faringites, gastrites, enterocolites
agudas ulcerosas, broncopneumonites, abscessos pulmonares, septicemia etc.).
9 -
Caquexia.
Inverno
Nuclear
Em
um presumido inverno nuclear, nada disto interessa, porque, possivelmente,
poucos sobrarão para testemunhar e contar a história de o
porquê de ter acontecido. Mas, o que seria um inverno nuclear? Inverno
nuclear designa o ápice de uma série de fenômenos meteorológicos
provocados por uma guerra nuclear total entre as potências nucleares.
Para acalmar as pessoas mais impressionáveis, penso que as potências
nucleares do mundo não se aventurarão em uma coisa destas.
Penso desta maneira porque este tipo de loucura não tem retorno;
mas, comentarei esta convicção mais adiante, nas considerações
finais.
O
que se sabe, entretanto, particularmente a partir de estudos feitos na década
de 1980, é que a queima das cidades, derivada de um confronto nuclear
global, com posterior emissão de milhões de toneladas de fuligem
na atmosfera, resultaria em uma era glacial que duraria alguns anos, matando,
assim, grande parte dos animais e dos vegetais existentes. A teorização
inicial de tal fenômeno deriva de um trabalho pormenorizado do popular
e sincero cientista soviético Vladimir Valentinovich Alexandrov.
Tal
teoria jamais se pôs a prova – ainda bem! – mas os estudos
concluíram que um bombardeio mútuo com armas nucleares estratégicas
esfriaria o clima mundial levando-o a uma nova idade do gelo. Os cientistas
afirmam que em um bombardeio com tais armas seriam atacados, primeiro, objetivos
civis de importância, ou seja, cidades. Em uma segunda escalada, poderiam
ser atacados objetivos de abastecimento de alimentos, campos, locais de
abastecimento de energia e centrais energéticas, entre as quais poderiam
se encontrar centrais nucleares com a conseqüente expansão da
radiação. As cidades arderiam durante meses, estendendo uma
vasta nuvem de cinzas que tapariam o céu em amplas áreas circundantes.
Os cogumelos das explosões termonucleares elevariam escórias
e aerosóis procedentes da destruição da explosão
a altitudes estratosféricas, onde sua permanência em suspensão
é elevada. Ademais, estas explosões gerariam abundantes quantidades
de óxidos de nitrogênio (NOx)
estratosféricos, que potencializariam ainda mais o albedo terrestre.
Sabe-se que o monóxido de nitrogênio (NO), sob a ação
de luz solar, se transforma em dióxido de nitrogênio (NO2),
e tem papel importante na formação de oxidantes fotoquímicos,
como o ozônio (O3). Na atmosfera,
os óxidos de nitrogênio são convertidos em ácido
nítrico (HNO3), que é
um dos componentes da chuva ácida. Há, ainda, os problemas
relacionados com o smog (smoke + fog) fotoquímico
(cujo efeito visível é uma camada roxo-acinzentada na atmosfera)
e com a poluição da água continental por nitratos.
E, por último, os hidrocarbonetos insaturados podem reagir com o
NO e com o NO2 formando nitratos
orgânicos – substâncias poluentes e muito irritantes,
como o nitrato de metila (H3C-O-NO2)
e o nitrato de peroxiacetila (H3C-CO-O-O-NO2).
N2(g)
+ O2(g)
—› 2 NO(g)
2
NO(g) + O2(g)
+ luz solar —› 2 NO2(g)
E
a coisa toda continua ad infinitum 'phudehouse cagalhuphas'
planetarii...
luz
solar + NO2(g)
—› NO + O
O
+ O2(g)
—› O3(g)
O3(g)
+ NO(g) —› NO2(g)
+ O2(g)
Por
outro lado, uma conseqüência colateral seria a paralisação
da produção de energia dos centros urbanos e industriais.
Estas zonas são fontes térmicas que criam microclimas mais
quentes. Tudo reverteria em uma drástica baixa das temperaturas em
poucas semanas após o holocausto nuclear. Mas os oceanos manteriam
sua temperatura original devido à elevada capacidade térmica
da água. Esta diferença térmica geraria brisas ciclônicas
que flagelariam as costas assolando as cidades e os portos dos litorais.
Pelo menos, durante um ou dois anos a incidência dos raios solares
seria fraca. Os temporais cessariam quando a temperatura da água
se igualasse com a da Terra. Após este desastre, emergiria um mundo
gelado e estéril, em que 90% das colheitas mundiais estariam arruinadas
e a capacidade de geração de energia haveria diminuído
em mais da metade. Sem meios para se aquecer, as cidades se converteriam
em carcaças de cimento abandonadas pelo forte período de fome
subseqüente.
Considerações
Finais
O
inverno nuclear, segundo os mais pessimistas, não só seria
uma representação dramática de um futuro possível
após um confronto entre duas superpotências (ou coalizações),
senão que poderia muito bem significar, para todos os efeitos, o
ocaso de nossa civilização, tal como a conhecemos hoje. Seria
uma espécie de volta à idade da pedra em questão de
meses. O inverno nuclear reflete que, após um intercâmbio nuclear
completo, não só se veriam afetadas as principais nações
beligerantes, senão que as conseqüências globais seriam
nefastas, quiçá durante séculos ou por um milênio
ou mais. Alguns cientistas chegaram a dizer, sem receio, que tal evento
seria o desencadeador de uma nova glaciação, que inevitavelmente
haverá de vir, dado que nos encontramos em uma situação
relativamente próxima em termos geológicos do próximo
mínimo glacial.
Este
é o catastrofismo anunciado, se os políticos não tiverem
juízo e se eu e você concordarmos. Mas eu penso que os dirigentes
mundiais não chegarão jamais a tanto. Não porque um
ou outro até não queira; mas porque uma decisão desta
magnitude não depende de um homem só: é colegiada.
E mesmo um colegiado dominado e genuflexo, como, por exemplo, foi o caso
do Terceiro Reich e como parece ser o caso, contemporaneamente, da República
Democrática Popular da Coréia (Coréia do Norte) –
uma ditadura proletária estabelecida por Kim Il-sung desde o final
da década de 1940 até a sua morte, em 1994, quando o cargo
de líder máximo, como uma espécie de capitania hereditária,
passou para seu filho, Kim Jong Il – acabaria se rebelando e não
autorizaria um flagelo deste calibre.
Quanto
à República Islâmica do Irã – que, se pudesse,
detonaria o Estado de Israel – penso que, se já tiver ou se
vier a ter artefatos nucleares, não se meteria em uma peripécia
desta magnitude, pois o Conselho dos Sábios Iraniano, que está
fora do controle do líder supremo atual da República Islâmica,
o Aiatolá Ali Khamenei, não aprovaria uma medida desta magnitude.
No caso da Índia e do Paquistão, que sabidamente têm
bombas nucleares, o raciocínio é o mesmo, com a ressalva de
que o perigo é de essas bombas caírem nas mãos de fanáticos
ultra-hiper o que se quiser imaginar. Já o Estado de Israel, que
também tem algumas bombas nucleares, se quisesse e tivesse que usá-las,
já as teria usado. E, finalmente, a República Popular da China
e a Federação Russa não têm o menor interesse
em usar seus armamentos nucleares para o que quer que seja. Estardalhaço
e ameaças, entretanto, fazem parte do jogo de pressão, e amedrontamentos
costumam dar resultados, ainda que não sejam duradouros. Tudo isto
é como cabo-de-guerra: puxa pra lá, puxa pra cá...
Só que o cabo não pode arrebentar!
Então,
se uma catástrofe nuclear-invernal vier a acontecer, o que, repito,
não acredito, ela só poderá vir dos fanáticos
de sempre: terroristas, sequazes do extremismo, nacionalistas extremados,
ultramontanistas não-católicos e congenéricos. Por
isto, o grande perigo, hoje, é o contrabando nuclear, pois a coisa
poderá começar, de repente e sem aviso, em uma grande cidade,
como Nova Iorque, Paris ou Jerusalém. Logo, todo cuidado é
pouco, pois a espoleta não pode jamais inflamar.
O
que nós, enfim, que não temos poder político, podemos
fazer? Protestar[5]
ou orar, simplesmente, não adianta, porque, se adiantasse, não
teriam acontecido, por exemplo e recentemente, a Guerra do Afeganistão
e a Guerra do Iraque, bem como não teriam ocorrido as múltiplas
e progressivas catástrofes naturais a que temos assistido. Temos,
sim, todos nós, que fazer acontecer. E como se faz isto? Pelo poder
da vontade. Todos nós temos, em nosso interior, uma Força
zilhões de vezes mais poderosa do que todas as armas nucleares,
químicas e biológicas existentes em nosso Planeta juntas.
Não temos que nos submeter, não temos que pedir nada a ninguém,
não temos que implorar a Deus; temos, sim, que mentalmente impedir
que o mal se alastre e que as coisas saiam de controle. Estabelecendo (pintando
na tela mental) uma imagem visual de harmonia e de compreensão e
determinando misticamente que esta imagem visual tome forma e se concretize,
não passaremos por qualquer inverno nuclear. Todas as desgraças
do passado e do presente, e, possivelmente, as desgraças do futuro
aconteceram, acontecem e poderão vir a acontecer sempre por dois
motivos básicos: 1º) incapacidade moral e espiritual para impedi-las;
e 2º) retribuição compensatória e aprendizado
libertador necessários e (in)substituíveis. Disto se conclui
que a maior prisão do homem é a sua ignorância.
Não cai um fio de cabelo... ainda que Deus não
tenha nada a ver com isto. Bolas! Eu estou ficando careca, mas nunca pus
a culpa em Deus por esta alopecia localizada. Por fim, estou francamente
convencido de que Augustas Agremiações – como, por exemplo,
o Alto Conselho do A, a Ordem Rosacruz Eterna Verdadeira e Invisível
e a Grande Loja Branca – estão empenhadas em não permitir
que o livre-arbítrio mal aplicado dos Irmãos das Sombras possa
vir a destruir ou comprometer a experiência terrenal de todos. A Grande
Loja Negra pode; mas pode menos do que a Grande Loja Branca! O dito mal
poderá prosperar por um determinado tempo, basicamente para educar;
mas, no frigir dos ovos, o desejado e festejado Bem sairá vencedor!
Isto tudo não é romantismo utópico e nefelibático;
é uma certeza Rosacruz (não-privilegiadora) que adquiri em
minhas meditações.
Certeza
Rosacruz não-privilegiadora? O que é isto? Ora, chegamos até
aqui para acabarmos mumificados em um inverno nuclear? Não. Mas isto
não significa que a ameaça inexista. Por isto, temos que fazer
a nossa parte: visualizando e determinando, como foi dito acima, que o bem
prevaleça, que predomine o bom senso e que preponderem o Desprendimento,
a Justiça, a Temperança, a Fraternidade, a Compreensão,
a Eqüidade (julgamento justo), a Lisura na maneira de proceder, a Prudência,
a Paciência, a Disposição Interior espiritual-racional
de Servir, a Magnanimidade, a Compaixão, a Amizade, a Decência
em pensamentos, palavras e ações, o Bem, a Beleza, a Alegria
e a Paz Profunda. Se você percebeu que esqueci alguma coisa, ótimo;
significa que você concordou comigo.
Penso
que será educativo e conveniente encerrar estas reflexões
– pouco originais, reconheço; mas nada marginais, pois não
se localizam na periferia da consciência, mas no âmago do Coração
de todos nós – com três citações de Albert
Einstein (Ulm, 14 de março de 1879 – Princeton, 18 de abril
de 1955) sobre a guerra. Aí vão elas:
Não
sei como será a terceira guerra mundial, mas posso te dizer como
será a quarta: com paus e pedras.
A
pior das instituições gregárias se intitula exército.
Eu o odeio. Se um homem puder sentir qualquer prazer em desfilar aos sons
de música, eu desprezo este homem... Não merece um cérebro
humano, já que a medula espinhal o satisfaz. Deveríamos fazer
desaparecer o mais depressa possível este câncer da civilização.
Detesto, com todas as forças, o heroísmo obrigatório,
a violência gratuita e o nacionalismo débil. A guerra é
a coisa mais desprezível que existe. Preferiria deixar-me assassinar
a participar desta ignomínia.
Você
não pode prevenir e se preparar para a guerra ao mesmo tempo.
Viemos
todos de tão longe
que
ninguém merece pifar enregelado.
Mas
não é preciso virar monge
para,
cosmicamente, ser ascensionado.
Só
um pouquinho de siso...
Só
um poucochinho de confraternizar...
É
só isto que é preciso
para
esfriar o tórrido[6]
inverno nuclear!
Enfim,
eu não acredito
em
uma terceira guerra internacional.
Isto,
porque não admito
que
o Sumo Bem capitule ante o mal.
______
Notas:
[1].
O Projeto Manhattan ou, formalmente, Distrito de Engenharia de Manhattan,
foi um esforço durante a Segunda Guerra Mundial para desenvolver as
primeiras armas nucleares pelos Estados Unidos da América, com o apoio
do Reino Unido e do Canadá. O projeto foi dirigido pelo General Leslie
R. Groves e a pesquisa foi supervisionada pelo físico estadunidense
J. Robert Oppenheimer, após ter ficado claro que uma arma de fissão
nuclear era possível e que a Alemanha Nazista estava também
a investigar tais armas para si. Embora tenha envolvido pesquisa e produção
em treze locais diferentes, o Projeto Manhattan foi largamente desenvolvido
em três cidades científicas secretas que foram estabelecidas
por poder de domínio eminente: Hanford, em Washington, Los Alamos,
no Novo México e Oak Ridge, no Tennessee. A algumas famílias
em Tennessee foram dados avisos de duas semanas para evacuarem as fazendas
e terras que possuíam há gerações. O laboratório
de Los Alamos foi construído em terrenos que eram da Escola Rancho
de Los Alamos, um colégio interno privado para rapazes. O sítio
de Hanford, que cresceu para quase 1000 milhas quadradas (2600 km²),
incorporava terras de algumas fazendas e de duas pequenas aldeias, Hanford
e White Bluff. O projeto trabalhava na concepção, produção
e detonação de três bombas nucleares em 1945. Trinity
foi a primeira bomba nuclear do mundo a explodir perto de Alamogordo, Novo
México. A segunda, a arma Little Boy, que detonou em 6 de
agosto sobre a cidade de Hiroshima, no Japão. A terceira, a barriguda
Fat Man, que detonou em 9 de agosto sobre a cidade de Nagazaki, no Japão.
Em 1945, o projeto empregava cerca de 130.000 pessoas e o seu pico de custo
perfazia, na época, um total de cerca de US$ 2 bilhões ($21
bilhões em 1996). Os bombardeamentos nucleares de Hiroshima e Nagazaki
mataram centenas de milhares de pessoas imediatamente, e muitas mais, de câncer,
após alguns anos. Foi o maior genocídio instantâneo de
todos os tempos, pois as pessoas, no momento da detonação das
bombas, não morreram simplesmente, elas sublimaram, isto é:
passaram diretamente do estado sólido ao estado gasoso em uma fração
de segundo.
Sublimação
Humana
[2].
r = rem (Röntgen Equivalent Man) é uma unidade de dose de radiação;
foi substituído pelo Sievert. 1 Sv = 100 rem.
[3].
R= Röntgen ou Roentgen é uma unidade de medida de radiação
ionizante (como os raios X e raios gama), nomeada em homenagem ao físico
alemão Wilhelm Conrad Röntgen. Adotada em 1928, 1 R é a
quantidade de radiação necessária para libertar cargas
positivas e negativas de 1 unidade eletrostática de carga (esu) de
1 cm³ de ar seco à temperatura e pressão normais. Tal corresponde
à geração de aproximadamente 2,08 x 109 pares
de íons. Até 2006, o Röntgen era aceito para uso com o
Sistema Internacional (SI), e, neste caso, o seu valor era expresso em termos
de unidades SI de carga dividida pela massa em (C/kg), e não através
da definição original. Embora o uso seja aceito no SI, não
é em si mesma uma unidade SI e o seu uso foi fortemente desencorajado
pelo National Institute of Standards and Technology.
[4]
rad = (Radiation Absorbed Dose ou Dose Absorvida de Radiação).
Define-se como uma dose de 100 erg de energia por grama de matéria.
No SI (Sistema Internacional) a sua unidade é J/kg a que foi dado o
nome de gray (Gy). Um gray é a absorção de 1
J de radiação por 1 kg de matéria. 1 Gy = 1 J/kg = 1
m2·s-2.
[5]
Disse Abert Einstein: Minha
responsabilidade na questão da bomba atômica se limita a uma
única intervenção: escrevi uma carta ao Presidente Roosevelt.
Eu sabia ser necessária e urgente a organização de experiências
de grande envergadura para o estudo e a realização da bomba
atômica. E o disse. Conhecia também o risco universal causado
pela descoberta da bomba. Mas os sábios alemães se encarniçavam
sobre o mesmo problema e tinham todas as chances de resolvê-lo. Assumi,
portanto, minhas responsabilidades. E, no entanto, sou apaixonadamente um
pacifista e minha maneira de ver não é diferente diante da mortandade
em tempo de paz. Já que as nações não se resolvem
a suprimir a guerra por uma ação conjunta, já que não
superam os conflitos por uma arbitragem pacífica e não baseiam
seu direito sobre a lei, elas se vêem inexoravelmente obrigadas a preparar
a guerra. Participando da corrida geral dos armamentos e não querendo
perder, concebem e executam os planos mais detestáveis. Precipitam-se
para a guerra. Mas, hoje, a guerra se chama o aniquilamento da Humanidade.
Protestar, hoje, contra os armamentos não quer dizer nada e não
muda nada. Só a supressão definitiva do risco universal da guerra
dá sentido e oportunidade à sobrevivência do mundo. Daqui
em diante, eis nosso labor cotidiano e nossa inabalável decisão:
lutar contra a raiz do mal e não contra os efeitos. O homem aceita
lucidamente esta exigência. Que importa que seja acusado de anti-social
ou de utópico? Gandhi encarna o maior gênio político de
nossa civilização. Definiu o sentido concreto de uma política
e soube encontrar em cada homem um inesgotável heroísmo quando
descobre um objetivo e um valor para sua ação. A Índia,
hoje livre, prova a justeza de seu testemunho. Ora, o poder material, em aparência
invencível, do Império Britânico foi submergido por uma
vontade inspirada por idéias simples e claras.
[6]
Tórrido porque é gelado; e o que gela também queima.
(Geladura é a queimadura ou a secação causada em plantas
pela geada).
Páginas
da Internet consultadas:
http://commons.wikimedia.org/
wiki/File:Nitrous-oxide-3D-vdW.png
http://books.google.com.br/
http://www.uenf.br/uenf/
centros/cct/qambiental/ar_smog.html
http://www.cetesb.sp.gov.br/
Ar/ar_saude.asp
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Albert_Einstein
http://pt.wikiquote.org/
wiki/Albert_Einstein
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Coreia_do_Norte
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Inverno_nuclear
http://pt.wikipedia.org/
wiki/R%C3%B6ntgen
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Sievert
http://br.geocities.com/jcc5002/
radiacoesgrandezasunidades.htm
http://www.fernandosantiago.com.br/
radioat.htm
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Projeto_Manhattan
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Antoine_Henri_Becquerel
http://www.geocities.com/
trabalhosmedicina/rieradio1.html
http://ciencia-vela.blogspot.com/
2008/02/fisso-nuclear.html
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Fiss%C3%A3o_nuclear
http://quasar.cc.osaka-kyoiku.
ac.jp/ob/miwa/fission.html
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Radioatividade
Fundo
musical:
Rosa de
Hiroshima
Composição: Vinícius de Moraes e Gerson Conrad
Interpretação: Secos e Molhados
Vocalista: Ney Matogrosso
Fonte:
http://www.paixaoeromance.com/
70decada/rosa_iroshima/h_rosa_de_hiroshima.htm