Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Objetivo do Trabalho

 

 

 

Este texto nada tem de original; em grande parte é uma espécie de recorte e colagem (Ctrl c —› Ctrl v). Mas é um alerta! O fato concreto é que todos os cientistas sabem perfeitamente bem as conseqüências de um inverno nuclear; os políticos e as autoridades constituídas sabem mais ou menos; e a população em geral sabe pouco ou não sabe nada. Logo, o que se seguirá não é para os cientistas; é um pouco para os políticos e para as autoridades constituídas e totalmente para a população em geral. Especialmente, é para os espiritualistas e místicos de todas as vertentes, já que estes sabem e podem fazer a diferença.

 

Ainda que os conceitos científicos sejam um pouco complicados de ser compreendidos pelo leigo nesta matéria, o que será disponibilizado a seguir não é tão difícil assim – eu acho – de ser entendido. Seja como for, este assunto é tão importante, que quando eu dava aulas de Química experimental nos laboratórios de Química da Escola de Engenharia Veiga de Almeida (mais ou menos por volta de 1973 a 1982), mandei importar dos Estados Unidos um kit completo com uma série de experiências sobre radioisótopos. Ao que eu sei, a Veiga de Almeida era, naquele tempo, no Brasil, a única Escola de Engenharia que dava aulas práticas de radioatividade para os seus alunos, não por causa de um conjectural inverno nuclear, pois nem se falava nisso naquela época, mas, para que eles, os alunos, pudessem ver em laboratório um pouco do que era discutido teoricamente em sala de aula. Entender Física, Química e Biologia sem um laboratório de apoio é, mutatis mutandis, como tentar tomar sopa de garfo ou comer espaguete de colher; o cara acaba conseguindo, mas sua sangue.

 

Enfim, como afirmei logo acima, este texto é uma espécie meio descarada de recorte e colagem, até porque eu não posso inventar nada sobre esta matéria. Posso ter uma opinião formada sobre o tema; mas, inventar ou fantasiar não posso. Por isto, não me preocupei com o aspecto originalidade, pois o importante é informar. Assim sendo, pelo menos, por dignidade e por respeito à metodologia científica, e não poderia ser diferente, todas as páginas da Internet consultadas estão listadas ao final. E assim sendo, considero os autores consultados co-autores e cúmplices deste rascunho. In solidum.

 

 

 

 

O que é a Radioatividade?

 

 

 

A radioatividade ou radiatividade é um fenômeno natural ou artificial, pelo qual algumas substâncias radiativas ou elementos químicos radioativos são capazes de emitir radiações, as quais têm a propriedade de impressionar placas fotográficas, ionizar gases, produzir fluorescência, atravessar corpos opacos à luz ordinária, e, em certas circunstâncias, causar danos irreparáveis ao homem e ao meio ambiente. As radiações emitidas são principalmente partículas alfa, partículas beta e radiação gama. A radioatividade é uma forma de energia nuclear usada, por exemplo, em medicina (radioterapia), e consiste no fato de alguns átomos, como os do urânio, do rádio e do tório serem instáveis, perdendo constantemente partículas alfa, beta e gama. O urânio, por exemplo, tem 92 prótons; porém, através dos séculos, vai se transmutando, até terminar em chumbo, com 82 prótons estáveis.

 

A radioatividade pode ser:

 

Radioatividade natural: É a que se manifesta nos elementos radioativos e nos isótopos que se encontram em a Natureza e poluem o meio ambiente.

Radioatividade artificial ou induzida: É aquela que é provocada por transformações nucleares artificiais.

 

Produz-se a radioatividade induzida quando se bombardeiam certos núcleos com partículas apropriadas. Se a energia destas partículas tem um valor adequado, elas penetram no núcleo bombardeado formando um novo núcleo que, no caso de ser instável, se desintegra posteriormente. A radioatividade foi descoberta pelo casal Joliot-Curie (Frédéric Joliot e Irène Joliot-Curie), bombardeando núcleos de boro e de alumínio com partículas alfa. Estes cientistas observaram que as substâncias bombardeadas emitiam radiações após retirar o corpo radioativo emissor das partículas alfa. O estudo da radioatividade permitiu um maior conhecimento da estrutura dos núcleos atômicos e das partículas subatômicas. Abriu-se, assim, a possibilidade da transmutação dos elementos, ou seja, a transformação de elementos em elementos diferentes. Inclusive, o sonho dos alquimistas de transformar outros elementos em ouro (que tem algo de radioativo, mas não é radioativo) se tornou realidade, mesmo que o processo não seja rentável economicamente.

 

A Fissão Nuclear nada mais é do que a quebra do núcleo de um átomo instável em dois menores e mais leves, como, por exemplo, após a colisão de um nêutron com U-235. Na fissão nuclear, a partícula nêutron (usada no processo por ter carga elétrica nula, o que evita repulsão com o núcleo que é positivo) é acelerada em direção ao núcleo do átomo, que geralmente é de U-235, o que o deixa instável por aumento do número de massa (U-235 —› U-236). Com isto, o U-236 se divide em dois núcleos menores e mais leves. Há a liberação de energia de ligação nuclear, radiação gama e mais nêutrons, que, por sua vez, irão desintegrar novos núcleos atômicos, em uma reação em cadeia. Por exemplo, podemos ter as seguintes fissões para o U-235, nas quais energia total liberada é da ordem de 200 MeV:

 

92U235 + 0n1 —› 37Rb97 + 55Cs137 + 2 0n1

92U235 + 0n1 —› 40Zr97 + 52Te137 + 2 0n1

92U235 + 0n1 —› 38Sr94 + 54Xe140 + 2 0n1

92U235 + 0n1 —› 35Br87 + 57La143 + 6 0n1

92U235 + 0n1 —› 36Kr92 + 56Ba141 + 3 0n1

 

 

Fissão Nuclear

 

 

Comprovou-se que a radiação nuclear pode ser de três classes diferentes:

 

Partículas alfa: São fluxos de partículas carregadas positivamente, compostas por 2 nêutrons e 2 prótons (núcleo de hélio). São desviadas por campos elétricos e magnéticos. São muito ionizantes, porém, pouco penetrantes. Quando um radioisótopo (que possui núcleo instável) emite uma partícula alfa, seu número de massa (A) diminui 4 unidades e o seu número atômico diminui 2 unidades.


Partículas beta: São fluxos de partículas originárias do núcleo, fato este que as distingue dos elétrons. Estas partículas têm a mesma natureza dos elétrons orbitais e são resultantes da desintegração de nêutrons do núcleo. São desviadas por campos elétricos e magnéticos. São mais penetrantes, todavia, menos ionizantes do que as partículas alfa. Quando um radioisótopo emite uma partícula beta, o valor de sua massa não muda, e seu número atômico aumenta em 1 unidade.


Radiações gama: São ondas eletromagnéticas. É o tipo mais penetrante de radiação. Não apresenta carga elétrica e não é afetada pelos campos elétricos e magnéticos. É uma radiação muito perigosa aos organismos vivos. Com o recebimento da radiação gama, pode-se alterar o material genético da pessoa, fazendo com que seus filhos tenham alta possibilidade de nascer cegos, surdos, mudos ou com algum outro tipo de deficiência.

 

 

Leis de Soddy e Fajans

 

 

As leis da desintegração radioativa, descritas por Soddy e Fajans, são:

 

1ª lei: Quando um átomo radioativo emite uma partícula alfa (decaimento alfa), o número de massa do átomo resultante diminui em 4 unidades e o número atômico diminui em 2 unidades. Exemplo:

 

90Th232 —› +2alfa4 + 88Ra228

 

2ª lei: Quando o átomo radioativo emite uma partícula beta (decaimento beta), o número de massa do átomo resultante não varia e o seu número atômico aumenta em 1 unidade. Exemplo:

 

90Th234 —› -1beta0 + 91Pa234


3ª lei: Quando um núcleo excitado emite uma radiação gama (decaimento gama) não ocorre variação no número de massa e no número atômico do átomo emissor; contudo, ocorre perda de uma quantidade de energia (hv). A emissão gama resulta de uma libertação de energia em excesso pelo núcleo de um átomo sob a forma de radiação eletromagnética. É necessário saber ainda que, geralmente, após a emissão de uma partícula alfa ou beta, o núcleo resultante desse processo, ainda com excesso de energia, procura se estabilizar, emitindo esse excesso de energia em forma de radiação gama. Exemplo de uma reação nuclear provocada por um proton:

 

3Li7 + 1p1 —› 4Be8 + radiação gama

 

 

 

As duas primeiras leis indicam que, quando um átomo emite uma radiação alfa ou beta, transforma-se em outro átomo de um elemento químico diferente. Este novo elemento pode ser radioativo, transformando-se em outro, e assim sucessivamente, dando lugar às chamadas séries radioativas.

 

Deste modo, a emissão de partículas alfa e beta, pelos átomos instáveis, muda seu número atômico, transformando-os em outros elementos. O processo de desintegração nuclear só termina com a formação de átomos estáveis. O urânio-238, por exemplo, vai sofrendo decaimento até formar o elemento chumbo-206.

 

 

 

 

Breve História da Radioatividade

 

 

 

 

Depois da descoberta dos raios X pelo cientista alemão Wehleem Konrad Roentgen, em 1895, alguns pesquisadores fixaram sua atenção sobre a fluorescência e a fosforescência apresentadas por diferentes materiais irradiados.

 

No ano de 1895, Antoine Becquerel descobriu acidentalmente uma nova propriedade da matéria que, posteriormente, foi denominada de radiatividade. Ao colocar sais de urânio sobre uma placa fotográfica em local escuro, verificou que a placa enegrecia. Os sais de urânio emitiam uma radiação capaz de atravessar papéis negros e outras substâncias opacas à luz. Estes raios foram denominados, a princípio, de Raios B em sua homenagem. Verificou-se, posteriormente, que também podiam ionizar o ar e descarregar um condutor isolado.

 

O casal Curie, em 1898, concluiu que esta propriedade era intrínseca do urânio, e não às suas condições físicas ou químicas, e batizaram o fenômeno com o nome de radioatividade. Logo depois, foram descobertas nos minerais de urânio o polônio e o rádio, que continham mais radioatividade do que os sais puros de urânio. Do mesmo modo, foram descobertos na mesma época, o tório e o actínio.

 

Rutherford e Soddy, em 1903, sem ter um conhecimento preciso do núcleo atômico, formularam a hipótese, que sabemos hoje ser verdadeira, que elementos radioativos sofrem transformação espontânea de um elemento químico em outro, e, ao mesmo tempo, emitem radiações, e que este processo radioativo é uma alteração de caráter subatômico, tendo lugar dentro do átomo.

 

E tudo isto (e mais todos os istos que ficaram faltando) – por obra e graça do maldito Projeto Manhattan[1] – desembocou no Little Boy e no Fat Man, bombinhas travessas que arrasaram Hiroshima e Nagazaki! Hoje, esta loucura, multiplicada, provocaria um inverno nuclear!

 

 

 

 

 

 

 

Os Efeitos da Radioatividade

 

 

 

 

Os efeitos biológicos das radiações ionizantes são comumente classificados em genéticos e somáticos. Os primeiros se subdividem em duas grandes classes: no nível gênico e no nível cromossômico. Essas classificações devem ser aceitas apenas como tentativas de ordenação de fenômenos muito complexos e interligados, uma vez que os efeitos ditos genéticos podem ter repercussões somáticas, e as mutações menores, no nível cromossômico, desapercebidas no nível microscópio, podem simular as que ocorrem no nível gênico.

 

Os efeitos somáticos mais investigados são o câncer e a leucemia. E, assim, o problema básico é o de se saber se o desencadeamento desses efeitos depende de um limiar de radiação, abaixo do qual as doses seriam ineficazes. Aceitava-se a tese afirmativa de que doses muito baixas não teriam ação somática nociva, ou seja, que doses no nível de 0,1 r[2] por dia seriam inócuas. Ora, esta dose tão pequena significa algo como 36 r no fim de um ano e como 365 r em uma década. Aceitando-se que um profissional trabalhe 30 anos sob tal nível de exposição, com dois dias de descanso por semana, ele teria recebido, ao término de suas atividades, um total de 800 r.

 

A tendência atual, gerada pelos resultados de experimentações com doses baixas, é não aceitar a existência de um limiar de segurança absoluta. Postula, pelo contrário, que há uma relação contínua entre exposição e risco. Desde 0,1 R[3] por dia, assim como doses ainda menores, devem ser aceitas, portanto, como potencialmente perigosas se são repetidas por longo tempo.

 

 

Efeitos Biológicos Gerais da Radiação

 

 

Os mecanismos pelos quais a energia radiante age sobre a célula viva são vários, e, em parte, desconhecidos. Os efeitos agudos possivelmente se devem à ionização da água (radiólise da água), principal meio de transporte da energia. A água se decompõe, e, em conseqüência, verifica-se a formação de compostos químicos ativos que influenciam a substância viva. Os compostos que se formam são instáveis, de curta duração, mas seus efeitos podem ser profundos. Entre eles, citam-se as substâncias oxidadas e os óxidos de hidrogênio. Essa oxidação afeta facilmente grupos protéicos enzimáticos, especialmente o grupo sulfidril. É fácil compreender que um agente (energia radiante) pode agir sobre as células e modificar a concentração dos íons hidrogênio e o potencial de oxirredução de diferentes enzimas, alterando, assim, profundamente, o metabolismo enzimático da célula. Uma simples excitação eletrônica é capaz de romper até 20 ligações de hidrogênio. Com múltiplos rompimentos das cadeias protéicas, a célula caminha para sua completa desintegração, havendo, portanto, impossibilidade de um perfeito restitutium ad integrum, isto é, inexistência de seqüelas ou retorno ao padrão de funcionamento normal.

 

As alterações químicas que se passam na célula, decorrentes das radiações ionizantes, acontecem por dois mecanismos: a) por ação direta, na qual a molécula sofre alterações por si mesma, tornando-se ionizada ou excitada pela passagem de um elétron; e b) por ação indireta, na qual a molécula não absorve energia, mas recebe, por transferência, energia de outra molécula.

 

Em sistemas Biológicos, os efeitos das radiações ionizantes diferem qualitativamente segundo a dose da radiação. Pequenas doses agem por ação indireta e produzem principalmente oxidações. Grandes doses agem por ação indireta e direta ao mesmo tempo. O efeito pode se manifestar imediatamente após a exposição, e, por isto mesmo, é chamado imediato. Em certos casos, porém, o efeito aparece algum tempo depois, ou mais tardiamente. O período que ocorre entre a ação e o efeito é chamado de latência.

 

No organismo, os efeitos biológicos da radiação são bastante complexos, talvez pelo fato de ser a energia radiante absorvida ao acaso e em meio altamente heterogêneo. Até em grupos de células do mesmo tecido, os efeitos (alterações morfológicas e funcionais) são bastante diversos de célula para célula, e por causa de tal diversidade as observações dos vários autores freqüentemente são discordantes.

 

Vários fatores influem sobre os efeitos radiobiológicos. São especialmente:

 

1 - A qualidade da energia ionizante;

2 - A intensidade da radiação (efeito reversível e irreversível);

3 - A maneira da exposição, isto é, se de corpo inteiro ou de parte dele; se externa ou interna; se simples, continuada ou fracionada;

4 - O tempo de exposição;

5 - A distribuição de dosagens entre os diversos tecidos.

 

As lesões produzidas nos tecidos pelas radiações ionizantes são praticamente imprevisíveis quanto à localização e de natureza variada. Desde a descoberta dos raios X por Roentgen, tem-se demonstrado que doses inferiores a 1500 r produzem alterações regressivas intensas na pele e seus anexos, no trato gastrointestinal, no sistema hemolinfopoético, nas gônadas, na conjuntiva, nos ossos e nas cartilagens. Todas as funções vitais das células são afetadas pela energia radiante. As alterações funcionais mais freqüentemente observadas, são:

 

1) Da Motilidade: alteração conhecida de longa data. Consiste na inibição parcial ou total dos movimentos, de acordo com a dose de energia aplicada.

 

2) Da Reprodução: é diminuída ou suprimida, segundo a quantidade de radiação que se aplica. Após doses de 200 a 800 r, praticamente todas as mitoses são inibidas nos órgãos, que normalmente se acham em constante regeneração, mas os efeitos dos raios ionizantes sobre as mitoses podem ser temporários (efeitos fisiológicos) ou permanentes (mutação). Os efeitos permanentes são os mais importantes, e consistem na fragmentação dos cromossomos (B') e do cromatídio (B"). Como os cromossomos transportam os genes, é fácil compreender como uma alteração estrutural permanente dos mesmos pode resultar em profundas alterações genéticas, às vezes responsáveis por uma série de malformações congênitas. Todas as radiações, com exceção da infravermelha, são capazes de produzir mutações somáticas.

 

3) Do Metabolismo: em geral, é um pouco alterado após a ação dos raios ionizantes, quando aplicados em dose letal mínima. Os carboidratos, lipídios e proteínas são absorvidos normalmente pelo intestino, apesar de haver neste, às vezes, alterações anatômicas evidentes. Quando, no entanto, há intensa anorexia, vômitos, diarréia, perda de líquidos e distúrbios da permeabilidade capilar, então, pode haver distúrbios do metabolismo, mas estes são secundários. Pesquisas com a microscopia eletrônica mostram que as células do organismo podem ser divididas de acordo com seu grau de sensibilidade aos raios X, em três grupos: 1º) as de alta radiossensibilidade: linfócitos, eritroblastos, mielócitos, megacariócitos, espermatogônias, folículos germinativos e células das criptas intestinais; 2º) as de média radiosensibilidade: células da camada germinativa da pele das mucosas, células das glândulas sebáceas, dos folículos pilosos, das glândulas sudoríparas, das células epiteliais do cristalino, das células cartilaginosas, dos osteoblastos do osso adulto e endotélio vascular; 3º) as de alta radiorresistência: epitélio glandular, hepatócitos, epitélio tubular do rim, células nervosas (sistema nervoso central e periférico), células do revestimento alveolar dos pulmões, células musculares (musculatura esquelética e musculatura lisa), células histiocitárias, células do conjunto de um modo geral e estiócitos.

 

 

Aberrações Cromossômicas
em Indivíduos Irradiados

 

 

Foram estudados 42 homens (com idade de 25 a 54 anos) que, durante período de tempo igual ou inferiorl a 15 anos, tinham sido expostos à radiação gama em corpo inteiro, com doses sempre inferiores às permissíveis. Suas doses cumulativas variavam de menos de 0,1 a 98 rads.[4] Nos que haviam acumulado uma média de 27 a 84 rads, constatou-se um aumento significante de células com rearranjos instáveis (isto é dicêntricos, tricêntricos, anéis e acêntricos), em comparação com os grupos que haviam acumulado menos e com o grupo-controle. As células com rearranjos estáveis (como as translocações recíprocas) não se apresentaram com freqüência aumentada nos indivíduos com maiores doses acumuladas, não se sabendo bem por que motivo tal não aconteceu.

 

Também foram constatadas freqüências consideravelmente altas de aberrações cromossômicas em indivíduos profissionalmente expostos às radiações ionizantes e apresentando radiodermite.

 

Foram verificadas também aberrações cromossômicas em indivíduos profissionalmente expostos a doses pequenas e repetidas de raios X (irradiação crônica).

 

Também foi observada uma alta freqüência de aberrações cromossômicas maiores (hipoploidias, hiperploidias etc.) em linfócitos periféricos de nove indivíduos cronicamente irradiados por motivo profissional (radiologistas, técnicos etc.), sendo que nenhuma aberração desse tipo foi verificada em quatro indivíduos não irradiados e que trabalhavam no mesmo instituto.

 

Da mesma forma, foram constatadas três a quatro vezes mais aberrações cromossômicas em pessoas irradiadas por motivos profissionais, durante prazos que variaram de dois meses a quatro anos, com doses de 0,02 a 2,08 r, do que em indivíduos selecionados para controle.

 

Todas essas pesquisas confirmam a elevadíssima sensibilidade dos cromossomos humanos frente às radiações ionizantes, mostrando que mesmo doses muito pequenas, acumuladas durante vários anos, provocam um aumento substancial de aberrações cromossômicas.

 

Os únicos dados realmente seguros sobre os efeitos genéticos das radiações ionizantes no homem se baseiam em estudos sobre danos de ordem cromossômica. Estes dados se referem tanto a observações in vivo, decorrentes de exposição com natureza terapêutica, profissional, acidental ou bélica, como as experimentações in vitro. Estas conduziram à estimativa da dose duplicadora, relativamente a fraturas cromossômicas, como da ordem de 6 r (autores soviéticos) e de 3 r (autores americanos). Isto significa que uma dose assim tão baixa talvez seja capaz de elevar de 100%, a freqüência de quebras cromossômicas na espécie humana.

 

Os efeitos somáticos de doses assim tão diluídas nem sempre podem ser constatados, mas muitos investigadores admitem que isto se deve a deficiências de ordem técnica e não à sua real inatividade. É, pois, possível que toda dose de irradiação seja potencialmente perigosa. Naturalmente, o risco será tanto menor quanto menor for a dose e sua taxa. Convém observar, no entanto, que doses à taxa de 0,00007 r/min já se mostraram capazes de desencadear alterações de caráter hematológico em animais de laboratório.

 

 

Doenças Derivadas da Radiação

 

 

Poderiam ser definidas como uma intoxicação local ou geral do organismo produzida pela energia ionizante e caracterizadas pelos seguintes fatos:


1 - Sintomas gerais: cefaléia, vertigem, debilidade, alterações do tato, do olfato etc.

 

2 - Sintomas gastrointestinais: anorexia, náuseas, vômitos, diarréias.

 

3 - Sintomas cardiovasculares: taquicardia, arritmia, queda de pressão sangüínea.

 

4 - Alterações do quadro sangüíneo: leucopenia, trombocitopenia e aumento do índice de sedimentação.

 

5 - Alterações da permeabilidade vascular e celular: edema, hiperpotassemia, diátese hemorrágica.

 

6 - Perturbações Psíquicas: irritabilidade, insônia, fobias.

 

7 - Epilação.

 

8 - Baixas defesas orgânicas (inibição da formação de anticorpos): forte propensão às infecções (estomatites, gengivites, amigdalites, faringites, gastrites, enterocolites agudas ulcerosas, broncopneumonites, abscessos pulmonares, septicemia etc.).

 

9 - Caquexia.

 

 

 

 

Inverno Nuclear

 

 

 

 

Em um presumido inverno nuclear, nada disto interessa, porque, possivelmente, poucos sobrarão para testemunhar e contar a história de o porquê de ter acontecido. Mas, o que seria um inverno nuclear? Inverno nuclear designa o ápice de uma série de fenômenos meteorológicos provocados por uma guerra nuclear total entre as potências nucleares. Para acalmar as pessoas mais impressionáveis, penso que as potências nucleares do mundo não se aventurarão em uma coisa destas. Penso desta maneira porque este tipo de loucura não tem retorno; mas, comentarei esta convicção mais adiante, nas considerações finais.

 

O que se sabe, entretanto, particularmente a partir de estudos feitos na década de 1980, é que a queima das cidades, derivada de um confronto nuclear global, com posterior emissão de milhões de toneladas de fuligem na atmosfera, resultaria em uma era glacial que duraria alguns anos, matando, assim, grande parte dos animais e dos vegetais existentes. A teorização inicial de tal fenômeno deriva de um trabalho pormenorizado do popular e sincero cientista soviético Vladimir Valentinovich Alexandrov.

 

Tal teoria jamais se pôs a prova – ainda bem! – mas os estudos concluíram que um bombardeio mútuo com armas nucleares estratégicas esfriaria o clima mundial levando-o a uma nova idade do gelo. Os cientistas afirmam que em um bombardeio com tais armas seriam atacados, primeiro, objetivos civis de importância, ou seja, cidades. Em uma segunda escalada, poderiam ser atacados objetivos de abastecimento de alimentos, campos, locais de abastecimento de energia e centrais energéticas, entre as quais poderiam se encontrar centrais nucleares com a conseqüente expansão da radiação. As cidades arderiam durante meses, estendendo uma vasta nuvem de cinzas que tapariam o céu em amplas áreas circundantes. Os cogumelos das explosões termonucleares elevariam escórias e aerosóis procedentes da destruição da explosão a altitudes estratosféricas, onde sua permanência em suspensão é elevada. Ademais, estas explosões gerariam abundantes quantidades de óxidos de nitrogênio (NOx) estratosféricos, que potencializariam ainda mais o albedo terrestre. Sabe-se que o monóxido de nitrogênio (NO), sob a ação de luz solar, se transforma em dióxido de nitrogênio (NO2), e tem papel importante na formação de oxidantes fotoquímicos, como o ozônio (O3). Na atmosfera, os óxidos de nitrogênio são convertidos em ácido nítrico (HNO3), que é um dos componentes da chuva ácida. Há, ainda, os problemas relacionados com o smog (smoke + fog) fotoquímico (cujo efeito visível é uma camada roxo-acinzentada na atmosfera) e com a poluição da água continental por nitratos. E, por último, os hidrocarbonetos insaturados podem reagir com o NO e com o NO2 formando nitratos orgânicos – substâncias poluentes e muito irritantes, como o nitrato de metila (H3C-O-NO2) e o nitrato de peroxiacetila (H3C-CO-O-O-NO2).

 

N2(g) + O2(g) —› 2 NO(g)

2 NO(g) + O2(g) + luz solar —› 2 NO2(g)

3 NO2(g) + 3 H2O(l) —› 2 H3O+(aq) + 2 NO3-(aq) + NO(g)

 

E a coisa toda continua ad infinitum 'phudehouse cagalhuphas' planetarii...

 

luz solar + NO2(g) —› NO + O

O + O2(g) —› O3(g)

O3(g) + NO(g) —› NO2(g) + O2(g)


 

 

 

Por outro lado, uma conseqüência colateral seria a paralisação da produção de energia dos centros urbanos e industriais. Estas zonas são fontes térmicas que criam microclimas mais quentes. Tudo reverteria em uma drástica baixa das temperaturas em poucas semanas após o holocausto nuclear. Mas os oceanos manteriam sua temperatura original devido à elevada capacidade térmica da água. Esta diferença térmica geraria brisas ciclônicas que flagelariam as costas assolando as cidades e os portos dos litorais. Pelo menos, durante um ou dois anos a incidência dos raios solares seria fraca. Os temporais cessariam quando a temperatura da água se igualasse com a da Terra. Após este desastre, emergiria um mundo gelado e estéril, em que 90% das colheitas mundiais estariam arruinadas e a capacidade de geração de energia haveria diminuído em mais da metade. Sem meios para se aquecer, as cidades se converteriam em carcaças de cimento abandonadas pelo forte período de fome subseqüente.

 

 

 

 

Considerações Finais

 

 

 

O inverno nuclear, segundo os mais pessimistas, não só seria uma representação dramática de um futuro possível após um confronto entre duas superpotências (ou coalizações), senão que poderia muito bem significar, para todos os efeitos, o ocaso de nossa civilização, tal como a conhecemos hoje. Seria uma espécie de volta à idade da pedra em questão de meses. O inverno nuclear reflete que, após um intercâmbio nuclear completo, não só se veriam afetadas as principais nações beligerantes, senão que as conseqüências globais seriam nefastas, quiçá durante séculos ou por um milênio ou mais. Alguns cientistas chegaram a dizer, sem receio, que tal evento seria o desencadeador de uma nova glaciação, que inevitavelmente haverá de vir, dado que nos encontramos em uma situação relativamente próxima em termos geológicos do próximo mínimo glacial.

 

Este é o catastrofismo anunciado, se os políticos não tiverem juízo e se eu e você concordarmos. Mas eu penso que os dirigentes mundiais não chegarão jamais a tanto. Não porque um ou outro até não queira; mas porque uma decisão desta magnitude não depende de um homem só: é colegiada. E mesmo um colegiado dominado e genuflexo, como, por exemplo, foi o caso do Terceiro Reich e como parece ser o caso, contemporaneamente, da República Democrática Popular da Coréia (Coréia do Norte) – uma ditadura proletária estabelecida por Kim Il-sung desde o final da década de 1940 até a sua morte, em 1994, quando o cargo de líder máximo, como uma espécie de capitania hereditária, passou para seu filho, Kim Jong Il – acabaria se rebelando e não autorizaria um flagelo deste calibre.

 

Quanto à República Islâmica do Irã – que, se pudesse, detonaria o Estado de Israel – penso que, se já tiver ou se vier a ter artefatos nucleares, não se meteria em uma peripécia desta magnitude, pois o Conselho dos Sábios Iraniano, que está fora do controle do líder supremo atual da República Islâmica, o Aiatolá Ali Khamenei, não aprovaria uma medida desta magnitude. No caso da Índia e do Paquistão, que sabidamente têm bombas nucleares, o raciocínio é o mesmo, com a ressalva de que o perigo é de essas bombas caírem nas mãos de fanáticos ultra-hiper o que se quiser imaginar. Já o Estado de Israel, que também tem algumas bombas nucleares, se quisesse e tivesse que usá-las, já as teria usado. E, finalmente, a República Popular da China e a Federação Russa não têm o menor interesse em usar seus armamentos nucleares para o que quer que seja. Estardalhaço e ameaças, entretanto, fazem parte do jogo de pressão, e amedrontamentos costumam dar resultados, ainda que não sejam duradouros. Tudo isto é como cabo-de-guerra: puxa pra lá, puxa pra cá... Só que o cabo não pode arrebentar!

 

Então, se uma catástrofe nuclear-invernal vier a acontecer, o que, repito, não acredito, ela só poderá vir dos fanáticos de sempre: terroristas, sequazes do extremismo, nacionalistas extremados, ultramontanistas não-católicos e congenéricos. Por isto, o grande perigo, hoje, é o contrabando nuclear, pois a coisa poderá começar, de repente e sem aviso, em uma grande cidade, como Nova Iorque, Paris ou Jerusalém. Logo, todo cuidado é pouco, pois a espoleta não pode jamais inflamar.

 

O que nós, enfim, que não temos poder político, podemos fazer? Protestar[5] ou orar, simplesmente, não adianta, porque, se adiantasse, não teriam acontecido, por exemplo e recentemente, a Guerra do Afeganistão e a Guerra do Iraque, bem como não teriam ocorrido as múltiplas e progressivas catástrofes naturais a que temos assistido. Temos, sim, todos nós, que fazer acontecer. E como se faz isto? Pelo poder da vontade. Todos nós temos, em nosso interior, uma Força zilhões de vezes mais poderosa do que todas as armas nucleares, químicas e biológicas existentes em nosso Planeta juntas. Não temos que nos submeter, não temos que pedir nada a ninguém, não temos que implorar a Deus; temos, sim, que mentalmente impedir que o mal se alastre e que as coisas saiam de controle. Estabelecendo (pintando na tela mental) uma imagem visual de harmonia e de compreensão e determinando misticamente que esta imagem visual tome forma e se concretize, não passaremos por qualquer inverno nuclear. Todas as desgraças do passado e do presente, e, possivelmente, as desgraças do futuro aconteceram, acontecem e poderão vir a acontecer sempre por dois motivos básicos: 1º) incapacidade moral e espiritual para impedi-las; e 2º) retribuição compensatória e aprendizado libertador necessários e (in)substituíveis. Disto se conclui que a maior prisão do homem é a sua ignorância. Não cai um fio de cabelo... ainda que Deus não tenha nada a ver com isto. Bolas! Eu estou ficando careca, mas nunca pus a culpa em Deus por esta alopecia localizada. Por fim, estou francamente convencido de que Augustas Agremiações – como, por exemplo, o Alto Conselho do A, a Ordem Rosacruz Eterna Verdadeira e Invisível e a Grande Loja Branca – estão empenhadas em não permitir que o livre-arbítrio mal aplicado dos Irmãos das Sombras possa vir a destruir ou comprometer a experiência terrenal de todos. A Grande Loja Negra pode; mas pode menos do que a Grande Loja Branca! O dito mal poderá prosperar por um determinado tempo, basicamente para educar; mas, no frigir dos ovos, o desejado e festejado Bem sairá vencedor! Isto tudo não é romantismo utópico e nefelibático; é uma certeza Rosacruz (não-privilegiadora) que adquiri em minhas meditações.

 

Certeza Rosacruz não-privilegiadora? O que é isto? Ora, chegamos até aqui para acabarmos mumificados em um inverno nuclear? Não. Mas isto não significa que a ameaça inexista. Por isto, temos que fazer a nossa parte: visualizando e determinando, como foi dito acima, que o bem prevaleça, que predomine o bom senso e que preponderem o Desprendimento, a Justiça, a Temperança, a Fraternidade, a Compreensão, a Eqüidade (julgamento justo), a Lisura na maneira de proceder, a Prudência, a Paciência, a Disposição Interior espiritual-racional de Servir, a Magnanimidade, a Compaixão, a Amizade, a Decência em pensamentos, palavras e ações, o Bem, a Beleza, a Alegria e a Paz Profunda. Se você percebeu que esqueci alguma coisa, ótimo; significa que você concordou comigo.

 

Penso que será educativo e conveniente encerrar estas reflexões – pouco originais, reconheço; mas nada marginais, pois não se localizam na periferia da consciência, mas no âmago do Coração de todos nós – com três citações de Albert Einstein (Ulm, 14 de março de 1879 – Princeton, 18 de abril de 1955) sobre a guerra. Aí vão elas:

 

Não sei como será a terceira guerra mundial, mas posso te dizer como será a quarta: com paus e pedras.

 

A pior das instituições gregárias se intitula exército. Eu o odeio. Se um homem puder sentir qualquer prazer em desfilar aos sons de música, eu desprezo este homem... Não merece um cérebro humano, já que a medula espinhal o satisfaz. Deveríamos fazer desaparecer o mais depressa possível este câncer da civilização. Detesto, com todas as forças, o heroísmo obrigatório, a violência gratuita e o nacionalismo débil. A guerra é a coisa mais desprezível que existe. Preferiria deixar-me assassinar a participar desta ignomínia.

 

Você não pode prevenir e se preparar para a guerra ao mesmo tempo.

 

 

 

 


Viemos todos de tão longe

que ninguém merece pifar enregelado.

Mas não é preciso virar monge

para, cosmicamente, ser ascensionado.

 

 

Só um pouquinho de siso...

Só um poucochinho de confraternizar...

É só isto que é preciso

para esfriar o tórrido[6] inverno nuclear!

 

 

Enfim, eu não acredito

em uma terceira guerra internacional.

Isto, porque não admito

que o Sumo Bem capitule ante o mal.

 

 

______

Notas:

[1]. O Projeto Manhattan ou, formalmente, Distrito de Engenharia de Manhattan, foi um esforço durante a Segunda Guerra Mundial para desenvolver as primeiras armas nucleares pelos Estados Unidos da América, com o apoio do Reino Unido e do Canadá. O projeto foi dirigido pelo General Leslie R. Groves e a pesquisa foi supervisionada pelo físico estadunidense J. Robert Oppenheimer, após ter ficado claro que uma arma de fissão nuclear era possível e que a Alemanha Nazista estava também a investigar tais armas para si. Embora tenha envolvido pesquisa e produção em treze locais diferentes, o Projeto Manhattan foi largamente desenvolvido em três cidades científicas secretas que foram estabelecidas por poder de domínio eminente: Hanford, em Washington, Los Alamos, no Novo México e Oak Ridge, no Tennessee. A algumas famílias em Tennessee foram dados avisos de duas semanas para evacuarem as fazendas e terras que possuíam há gerações. O laboratório de Los Alamos foi construído em terrenos que eram da Escola Rancho de Los Alamos, um colégio interno privado para rapazes. O sítio de Hanford, que cresceu para quase 1000 milhas quadradas (2600 km²), incorporava terras de algumas fazendas e de duas pequenas aldeias, Hanford e White Bluff. O projeto trabalhava na concepção, produção e detonação de três bombas nucleares em 1945. Trinity foi a primeira bomba nuclear do mundo a explodir perto de Alamogordo, Novo México. A segunda, a arma Little Boy, que detonou em 6 de agosto sobre a cidade de Hiroshima, no Japão. A terceira, a barriguda Fat Man, que detonou em 9 de agosto sobre a cidade de Nagazaki, no Japão. Em 1945, o projeto empregava cerca de 130.000 pessoas e o seu pico de custo perfazia, na época, um total de cerca de US$ 2 bilhões ($21 bilhões em 1996). Os bombardeamentos nucleares de Hiroshima e Nagazaki mataram centenas de milhares de pessoas imediatamente, e muitas mais, de câncer, após alguns anos. Foi o maior genocídio instantâneo de todos os tempos, pois as pessoas, no momento da detonação das bombas, não morreram simplesmente, elas sublimaram, isto é: passaram diretamente do estado sólido ao estado gasoso em uma fração de segundo.

 

 

 

 

Sublimação Humana

 

 

[2]. r = rem (Röntgen Equivalent Man) é uma unidade de dose de radiação; foi substituído pelo Sievert. 1 Sv = 100 rem.

[3]. R= Röntgen ou Roentgen é uma unidade de medida de radiação ionizante (como os raios X e raios gama), nomeada em homenagem ao físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen. Adotada em 1928, 1 R é a quantidade de radiação necessária para libertar cargas positivas e negativas de 1 unidade eletrostática de carga (esu) de 1 cm³ de ar seco à temperatura e pressão normais. Tal corresponde à geração de aproximadamente 2,08 x 109 pares de íons. Até 2006, o Röntgen era aceito para uso com o Sistema Internacional (SI), e, neste caso, o seu valor era expresso em termos de unidades SI de carga dividida pela massa em (C/kg), e não através da definição original. Embora o uso seja aceito no SI, não é em si mesma uma unidade SI e o seu uso foi fortemente desencorajado pelo National Institute of Standards and Technology.

[4] rad = (Radiation Absorbed Dose ou Dose Absorvida de Radiação). Define-se como uma dose de 100 erg de energia por grama de matéria. No SI (Sistema Internacional) a sua unidade é J/kg a que foi dado o nome de gray (Gy). Um gray é a absorção de 1 J de radiação por 1 kg de matéria. 1 Gy = 1 J/kg = 1 m2·s-2.

[5] Disse Abert Einstein: Minha responsabilidade na questão da bomba atômica se limita a uma única intervenção: escrevi uma carta ao Presidente Roosevelt. Eu sabia ser necessária e urgente a organização de experiências de grande envergadura para o estudo e a realização da bomba atômica. E o disse. Conhecia também o risco universal causado pela descoberta da bomba. Mas os sábios alemães se encarniçavam sobre o mesmo problema e tinham todas as chances de resolvê-lo. Assumi, portanto, minhas responsabilidades. E, no entanto, sou apaixonadamente um pacifista e minha maneira de ver não é diferente diante da mortandade em tempo de paz. Já que as nações não se resolvem a suprimir a guerra por uma ação conjunta, já que não superam os conflitos por uma arbitragem pacífica e não baseiam seu direito sobre a lei, elas se vêem inexoravelmente obrigadas a preparar a guerra. Participando da corrida geral dos armamentos e não querendo perder, concebem e executam os planos mais detestáveis. Precipitam-se para a guerra. Mas, hoje, a guerra se chama o aniquilamento da Humanidade. Protestar, hoje, contra os armamentos não quer dizer nada e não muda nada. Só a supressão definitiva do risco universal da guerra dá sentido e oportunidade à sobrevivência do mundo. Daqui em diante, eis nosso labor cotidiano e nossa inabalável decisão: lutar contra a raiz do mal e não contra os efeitos. O homem aceita lucidamente esta exigência. Que importa que seja acusado de anti-social ou de utópico? Gandhi encarna o maior gênio político de nossa civilização. Definiu o sentido concreto de uma política e soube encontrar em cada homem um inesgotável heroísmo quando descobre um objetivo e um valor para sua ação. A Índia, hoje livre, prova a justeza de seu testemunho. Ora, o poder material, em aparência invencível, do Império Britânico foi submergido por uma vontade inspirada por idéias simples e claras.

[6] Tórrido porque é gelado; e o que gela também queima. (Geladura é a queimadura ou a secação causada em plantas pela geada).


Páginas da Internet consultadas:

http://commons.wikimedia.org/
wiki/File:Nitrous-oxide-3D-vdW.png

http://books.google.com.br/

http://www.uenf.br/uenf/
centros/cct/qambiental/ar_smog.html

http://www.cetesb.sp.gov.br/
Ar/ar_saude.asp

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Albert_Einstein

http://pt.wikiquote.org/
wiki/Albert_Einstein

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Coreia_do_Norte

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Inverno_nuclear

http://pt.wikipedia.org/
wiki/R%C3%B6ntgen

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Sievert

http://br.geocities.com/jcc5002/
radiacoesgrandezasunidades.htm

http://www.fernandosantiago.com.br/
radioat.htm

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Projeto_Manhattan

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Antoine_Henri_Becquerel

http://www.geocities.com/
trabalhosmedicina/rieradio1.html

http://ciencia-vela.blogspot.com/
2008/02/fisso-nuclear.html

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Fiss%C3%A3o_nuclear

http://quasar.cc.osaka-kyoiku.
ac.jp/ob/miwa/fission.html

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Radioatividade

 

Fundo musical:

Rosa de Hiroshima
Composição: Vinícius de Moraes e Gerson Conrad
Interpretação: Secos e Molhados
Vocalista: Ney Matogrosso

Fonte:

http://www.paixaoeromance.com/
70decada/rosa_iroshima/h_rosa_de_hiroshima.htm