Feliz
Natal a todos. Que a LLuz
e a Paz do Deus Interior de todos nós Illumine
e Pacifique nossas consciências. Se nos esforçarmos só
um pouquinho, 2012 será mais produtivo e mais libertador. Afinal,
(re)nascemos para nos tornar Deuses, pois, como disse Max Heindel, somos
todos Cristos-em-formação.
E, tenho certeza: todos nós nos tornaremos Deuses. Enfim, faço
minhas as palavras de Max
Heindel: Que
Deus nos ajude durante o próximo ano a alcançar maior semelhança
com Cristo do que jamais conseguimos antes. A
perfeição pode parecer uma longa caminhada. E quanto mais
consideramos Cristo, mais nos apercebemos como estamos longe de viver à
altura dos nossos ideais. Não obstante, é pela luta diária,
hora após hora, que finalmente chegaremos lá. E a cada dia
algum progresso pode ser feito, algo pode ser realizado. Podemos deixar
a nossa Luz brilhar de tal maneira, que os homens a vejam como faróis
na escuridão do mundo. Então,
vamos nessa: vamos iluminar o mundo!
Bem,
Max Heindel, enquanto viveu, teve como principal objetivo transmitir o ideal
de Cristo. No trabalho Interpretação Mística do
Natal, o autor dissertou sobre o significado oculto do Cristo e os
princípios por Ele proclamados. Li a obra, me emocionei e gostei
muito, mas me senti um microorganismo unicelular. Seja como for, de tanto
que gostei, como venho fazendo, nela garimpei alguns fragmentos que hoje
estou divulgando para vocês, associando-me ao esforço de Max
Heindel de proporcionar mais estes esclarecimentos.
Para
ler a obra completa, por favor, dirija-se a:
http://www.fraternidaderosacruz.org/imdn.htm
Fragmentos
Heindelianos
O
natal, para o religioso devoto, é um período reverenciado,
sagrado e repleto de mistério, não menos sublime por ser incompreendido.
Para o ateu é uma tola superstição. Para o puramente
intelectual é um enigma, pois está além da razão.
Na noite de 24 para 25 de dezembro,
o Sol começa sua jornada do sul para o norte. Ele é a 'Luz
do Mundo'. Se o Sol permanecesse sempre no sul, o frio e a fome exterminariam
inevitavelmente a raça humana. Por isto, é motivo de grande
regozijo quando ele começa sua jornada em direção ao
norte, pelo que é, então, aclamado 'Salvador', pois vem 'salvar
o mundo', vem para dar o 'pão da vida', quando amadurecem o grão
e a uva. Assim, Ele dá sua vida na cruz (crucificação)
do equador (no equinócio da primavera) e começa sua ascensão
no céu (norte). Na noite em que começa sua jornada em direção
ao norte, o signo Virgo, a Virgem Celestial, a 'Rainha do Céu', está
astrologicamente no horizonte – seu 'Signo Ascendente'. Portanto,
Ele 'nasce de uma virgem', sem intermediários, sendo daí 'concebido
imaculadamente'.
As
forças materiais e espirituais fluem e refluem alternadamente no
decurso do ano.
É
um fato sublime o de sermos todos Cristos-em-formação. Portanto,
quando compreendermos que temos de cultivar o Cristo Interno antes que possamos
perceber o Cristo Externo, mais apressaremos o Dia da nossa Illuminação
Espiritual.
'Ainda que Cristo nascesse mil vezes
em Belém, se não nascer dentro de ti, tua alma ficará
perdida. Em vão olharás a Cruz do Gólgota, a menos
que, dentro de ti, Ela seja novamente erguida.' (Angelus
Silesius1, apud
Max Heindel).
No
solstício de verão, em junho, a Terra está mais distante
do Sol. Entretanto, no solstício de inverno, a Terra está
mais perto do Sol. Os raios espirituais caem em ângulos retos na superfície
da Terra no Hemisfério Norte, estimulando a espiritualidade, enquanto
as atividades físicas diminuem em razão do ângulo oblíquo
em que o raio solar atinge a superfície de nosso Planeta. Por este
princípio, na noite entre 24 e 25 de dezembro, as atividades físicas
estão no seu mais baixo nível e as forças espirituais
no seu mais elevado fluxo, e, por isto, esta noite é chamada a 'noite
mais santa do ano'. Devemos, nesta época do ano, concentrar todas
as nossas energias em esforços espirituais para colher o que não
conseguiríamos obter em nenhuma outra ocasião.
Os solstícios do verão
e do inverno, juntamente com os equinócios da primavera e do outono,
constituem os pontos decisivos na vida do Grande Espírito da Terra.
A nova era que se aproxima encontrará
alguns sem o 'Manto Nupcial', e, portanto, incapacitados para nela entrar,
até que se qualifiquem em um período posterior.
O
cérebro é formado das mesmas substâncias que compõem
todas as outras partes do corpo, acrescidas de fósforo, que é
peculiar somente ao cérebro. A conclusão lógica é
que o fósforo é o elemento particular por meio do qual o Eu
se capacita a expressar o pensamento. Descobriu-se que a proporção
e a variação deste elemento químico correspondem ao
estado e à fase de inteligência do indivíduo. Assim,
os idiotas possuem pouquíssimo fósforo, enquanto o pensador
arguto tem-no em abundância. É, pois, de grande importância
que o aspirante, cujo veículo físico vai ser utilizado no
trabalho mental e espiritual, supra seu cérebro do elemento fósforo,
tão necessário a este propósito.
P
é o símbolo químico do Fósforo
Neste
sentido, não foi por acaso que os Mestres da Escola de Mistérios
Grega denominaram assim esta substância luminosa que conhecemos por
fósforo. Para eles era patente que 'Deus é LLuz', e a palavra
grega designativa de luz é 'phos'. Portanto, muito apropriadamente,
eles denominaram a substância do cérebro, que é a avenida
de ingresso do impulso divino, 'phos-phoros', literalmente 'Portador da
LLuz'. Na medida em que formos capazes de assimilar esta substância,
nos encheremos de LLuz e começaremos a brilhar a partir de dentro,
circundando-nos, então, um halo como uma marca de santidade. O fósforo,
contudo, é apenas um meio físico que possibilita a LLuz Espiritual
de se expressar através do cérebro físico, sendo a
LLuz, em si mesma, um produto do crescimento anímico. Mas o crescimento
anímico capacita o cérebro a assimilar quantidades crescentes
de fósforo, pelo que o método para a aquisição
desta substância em maiores quantidades não deve ser pelo metabolismo
químico, e, sim, pelo Processo Alquímico do Crescimento Anímico,
o que foi totalmente esclarecido por Cristo quando Ele disse a Nicodemus:
'— Todo aquele que pratica o mal aborrece a LLuz e não se aproxima
da LLuz, a fim de não serem reprovadas as suas obras. Mas, aquele
que pratica a verdade se aproxima da LLuz para que as suas obras sejam manifestadas,
porque são feitas em Deus'. (João III: 17 - 21).
O
Natal é a época do ano de maior LLuz Espiritual. Durante esta
era de ciclos alternantes, há marés altas e marés baixas
de LLuz Espiritual, como acontece com as águas do oceano. A primitiva
Igreja Cristã marcou a concepção no outono do ano (no
Hemisfério Norte), de modo que até hoje o evento é
celebrado pela Igreja Católica quando a Grande Onda de Vida e de
LLuz Espiritual começam a sua descida à Terra. O ponto máximo
de maré é alcançado no Natal, sendo esta verdadeiramente
a época santa do ano, a ocasião em que esta LLuz Espiritual
é mais facilmente contatada e especializada pelo aspirante através
de atos de compaixão, de gentileza e de amor.
O
nascimento em um mundo é morte, sob o ponto de vista do outro mundo,
isto é: a criança que vem a nós morre para o mundo
espiritual, e a pessoa que sai do alcance dos nossos olhos, ao transpor
o véu pela morte, nasce em novo mundo e se junta aos seus amigos.
Na verdade, a morte não existe!
Aquilo
que acontece ao ser humano sob determinadas condições deve
se aplicar também ao sobre-humano em circunstâncias análogas.
Ao
nos aproximarmos do solstício de inverno (no Hemisfério Norte),
quando acontecem os dias mais escuros do ano, é a época em
que a luz brilha com menos intensidade e o Hemisfério Norte se torna
frio e melancólico. Todavia, na noite mais longa e mais escura do
ano, quando o Sol retoma o seu caminho ascendente, a LLuz de Cristo nasce
de novo na Terra e o mundo inteiro rejubila. No entanto, quando Cristo nasce
na Terra, Ele morre no céu. Assim como o espírito, livre ao
nascer, fica fortemente enclausurado no véu da carne, que o restringe
por toda a vida física, assim também o Espírito de
Cristo é agrilhoado e tolhido toda vez que nasce na Terra. Este grande
Sacrifício Anual começa quando soam os nossos sinos de Natal,
quando os alegres sons do nosso louvor e gratidão ascendem aos céus.
No mais literal sentido da palavra, Cristo é aprisionado desde o
Natal até a Páscoa. Nesta época do ano, no mundo inteiro,
há um influxo de Vida e LLuz espirituais.
O
Natal é a época das dádivas, mesmo que a consumação
do sacrifício aconteça apenas na Páscoa. Aqui se situa
o ponto crucial, o ponto crítico, quando ocorre algo profundamente
místico que garante a prosperidade e a continuidade do mundo.
No
Natal, o amor que se expressa no espírito de dar ao invés
de receber; na Páscoa, há uma expressão de desejo,
uma energia que se expressa em amor sexual visando a perpetuação
de si mesmo como nota-chave.
No
badalar sinos há um símbolo muito apropriado de Cristo: a
Palavra.2
Existem
dias e noites, tanto para os maiores espíritos quanto para os seres
humanos. Do mesmo modo que vivemos em nossos corpos durante o dia, cumprindo
o destino que nós mesmos criamos no mundo físico e somos liberados
à noite para nos recuperarmos nos mundos superiores, assim também
existe esta alternância para o Espírito de Cristo. Parte do
ano Ele habita o interior do nosso globo, e depois se retira para os mundos
superiores. Assim, o Natal é para Cristo o começo de um dia
de vida física – por Amor, o início de um período
de limitação.
Qual
deve ser, portanto, a aspiração do místico devotado
e Illuminado, que compreende a grandeza desta dádiva à Humanidade
nesta época do ano? No mínimo, colaborar, dentro de sua esfera
imediata de trabalho, para a elevação da Humanidade, de modo
a facilitar o Dia da Libertação pela qual o Espírito
de Cristo está esperando, gemendo e labutando.
Se,
de fato, trabalharmos com afinco em nossa própria pequena esfera
de ação, não buscando coisas maiores até havermos
feito aquelas que estão à mão, então, descobriremos
que um maravilhoso crescimento anímico pode ser alcançado,
de forma que as pessoas que nos rodeiam possam ver em nós algo que
não saberão definir, mas que, não obstante, ser-lhes-á
evidente: verão a LLuz Natalina, a LLuz do Cristo recém-nascido
brilhando dentro da nossa esfera de ação.
Qual
a maior aspiração de um Místico? Não ter vivido
em vão.
O
Sol tem sido reverenciado como o dador de vida, mas além do símbolo
material Ele encerra uma grande Verdade Espiritual. Mas, além daqueles
que adoravam a órbita celeste que é vista com o olho físico,
sempre houve e continua a haver uma pequena mas crescente minoria, um Sacerdócio
Consagrado pela Virtude mais do que por rituais, que viu e vê as eternas
Verdades Espirituais por trás das formas temporais e efêmeras
que revestem estas verdades.
No solstício
de inverno, o Místico Sol da Meia-noite penetra em nosso Planeta
transportando os Três Atributos Divinos: Vida, LLuz e Amor. Estes
raios de esplendor e poder espirituais inundam o nosso globo com uma LLuz
Sobrenatural que envolve todos sobre a Terra, do mais insignificante ao
mais importante, sem distinção. Mas só reconhecendo
o Cristo Menino Interno poderemos ser guiados ao Caminho, à Verdade
e à Vida.
A
menos que tenhamos Cristo dentro de nós, e que um maravilhoso pacto
fraternal de sangue tenha sido consumado, não poderemos ter parte
no Salvador, embora os sinos de Natal nunca parem de soar.
Sem
a vitalizante e enérgica influência do Espírito de Cristo,
a Terra permaneceria fria e árida. Não haveria uma nova canção
na primavera nem haveria os pequeninos coristas da floresta para alegrar
os nossos corações na chegada do verão. A pressão
gélida dos pólos boreais manteria a Terra agrilhoada e muda
para sempre, impossibilitando-nos de prosseguir em nossa evolução
material, tão necessária para aprendermos a usar a força
do pensamento através de canais criativos apropriados.
O
Espírito de Natal é, pois, uma realidade viva para todo aquele
que já desenvolveu o Cristo Interno. O homem e a mulher comum sentem
este Espírito somente nas proximidades das festas natalinas, mas
o místico iluminado pode vê-Lo e senti-Lo meses antes e meses
depois do seu ponto culminante na Noite Santa. Em setembro, ocorre uma mudança
na atmosfera terrestre; uma luz começa a brilhar nos céus.
Esta luz parece permear todo o Universo Solar e, gradualmente, vai crescendo
em intensidade, parecendo envolver o nosso Globo. Então, ela penetra
a superfície do Planeta e, pouca a pouco, concentra-se no seu centro,
onde os espíritos-grupo das plantas têm o seu lar. Na Noite
Santa, ela alcança o mínimo de seu tamanho e o máximo
de seu fulgor. Então, passa a irradiar luz concentrada, dando nova
vida à Terra para que esta prossiga com as atividades da Natureza
no ano entrante. Isto
é o começo do grande drama cósmico 'Do Berço
à Cruz', que acontece anualmente durante os meses de inverno (no
Hemisfério Norte).
Todo aquele que aspira se tornar
um Caráter Cósmico – um salvador da Humanidade –
precisa se preparar para se oferecer muitas vezes, sacrificando-se em benefício
de seus semelhantes.
Temos
o poder de apressar o dia da paz ao falar, pensar e viver em paz, pois a
ação conjunta de milhares de pessoas transmite impressões
ao Espírito de Raça quando a ele enviadas, especialmente quando
a Lua está em Cancer, Scorpio ou Pisces, que são os três
grandes signos psíquicos mais apropriados para trabalhos ocultos
desta natureza.
Ao
trabalharmos pela paz na Terra, estejamos certos de não tomar partido,
a favor ou contra, por quaisquer das nações conflitantes.
Lembremos a todo instante que cada um dos seus membros é nosso irmão.
Cada um merece o nosso amor tanto quanto o outro. Tenhamos em mente que
o que queremos ver é a Fraternidade Universal sobre a Terra, ou seja,
paz na Terra e boa vontade entre os homens, a despeito de terem os combatentes
nascido de um lado ou de outro das linhas traçadas nos mapas ou como
eles se expressam neste, naquele ou em qualquer outro idioma. Oremos para
que a paz possa reinar sobre a Terra. Uma paz duradoura e uma boa vontade
entre todos os homens, não importando quaisquer diferenças
de raça, cor ou religião. Na medida em que tenhamos êxito
em formular com os nossos corações e não apenas com
os nossos lábios esta prece impessoal em favor da paz, estaremos
antecipando a chegada do Reinado de Cristo para recordar que é a
Ele que estamos todos destinados na época oportuna.
Existem
fatores por detrás de todas as manifestações da Natureza
– inteligências de diversos graus de consciência, construtivas
e destrutivas, que desempenham parte importante na economia da Natureza
– e até que estes agentes sejam identificados e seu trabalho
estudado, nós não poderemos ter um conceito adequado do modo
como atuam estas forças da Natureza, as quais chamamos calor, eletricidade,
gravidade, ação química etc. Por exemplo, quando dizemos
que há tempestades, na verdade, batalhas estão sendo travadas
na superfície do mar e no ar, algumas vezes com a ajuda das salamandras,
para acender a tocha do relâmpago e enviar seu aterrorizante ziguezague
através da negra escuridão, seguida do poderoso troar do trovão
na atmosfera transparente, enquanto as ondinas triunfalmente lançam
as resgatadas gotas de água sobre a Terra para que elas possam novamente
se unir ao seu elemento materno. Já os pequenos gnomos são
necessários para construir as plantas e as flores. Eles estão
em todas as partes, e a proverbial abelha não é tão
atarefada como eles. Enquanto para a abelha é dado todo o crédito
pelo trabalho que ela faz, os pequenos Espíritos da Natureza, que
desempenham uma parte imensamente importante no trabalho do mundo, são
desconhecidos, salvo por alguns que são chamados de sonhadores ou
loucos. Por outro lado, no solstício de verão, as atividades
físicas da Natureza estão no apogeu ou zênite, portanto,
é no solstício de verão que se realiza o grande festival
das fadas, que trabalharam para construir o universo material.
É um axioma científico
que a Natureza não tolera o que é inútil. A Natureza
tem um trabalho a fazer, e necessita da colaboração de todos
que se propuseram a justificar suas existências, pois todos são
parte dela.
Para
o sentido espiritual, luz e som são inseparáveis.
O sacrifício de Cristo não
foi um acontecimento que teve lugar no Gólgota nem foi consumado
de uma vez por todas em poucas horas. Os nascimentos e mortes místicas
do Redentor são contínuas ocorrências cósmicas.
E este sacrifício é necessário à nossa evolução
física e espiritual durante a presente fase do nosso desenvolvimento.
Há
um Mistério na perpétua manifestação da Divindade
– a Trindade na Unidade.
Do mesmo modo que a luz branca – una – refrata-se nas três
cores primárias – vermelho, amarelo e azul – o Divino
também Se revela em papel tríplice pelo exercício de
três funções divinas: criação, preservação
e dissolução.3
Quando exercita o atributo criação, revela-Se como Jeová
– o Espírito Santo – Senhor da lei e da geração,
projetando a fertilidade solar indiferentemente através dos satélites
lunares de todo planeta em que seja necessário fornecer corpos para
seus seres evoluintes. Quando expressa o atributo de preservação,
com o propósito de sustentar os corpos gerados por Jeová sob
as leis da Natureza, revela-Se como Redentor, Cristo, e irradia os princípios
de amor e de regeneração diretamente a todo Planeta, onde
as criaturas de Jeová requeiram essa ajuda para se libertarem das
malhas da morte e do egoísmo, e alcançarem o altruísmo
e a vida infinita. Já quando opera dissolvendo, utilizando o divino
atributo da dissolução, aparece como o Pai. Chama-nos de volta
ao Lar Celestial para assimilarmos os fruto das experiências e do
crescimento anímico que acumulamos durante o dia de manifestação.
Este Solvente Universal – o Raio do Pai – emana, então,
do Invisível Sol Espiritual. O fato incontestável é
que, gradativamente, tudo se cristaliza e se torna inerte, precisando se
dissolver para dar lugar a outras coisas e a outros eventos.
Cristo,
o Grande Espírito, introduziu uma nova era na qual as nações
estabelecidas sob o regime de Jeová serão destroçadas,
a fim de que a sublime estrutura da Fraternidade Universal possa ser edificada
sobre as suas ruínas.
Se
pudesse ter sido encontrado alguém mais nobre, não teria sido
Jesus o escolhido para ser o veículo do Grande Unigênito –
Cristo – em que reside a Divindade.
O
Sol físico é o veículo visível de Cristo. Mas
o Sol Invisível, que é o veículo do Pai e fonte de
tudo, este só pode ser visto pelos maiores clarividentes, e apenas
como a oitava superior da fotosfera do Sol, revelando-se como um anel de
luminosidade azul-violeta por trás do Sol. Mas nós não
precisamos vê-Lo. Podemos sentir Seu amor, e esta sensação
nunca é tão grande como na época do Natal, quando Ele
nos está dando o maior de todos os presentes: o Cristo do novo ano.
Paz
na Terra e boa vontade entre os homens.
Minha
Compreensão:
Tudo
é movimento;
tudo
é mudança.
O
que
é dolorimento
é apenas andança.
Quem
se revolta
não
aprende a lição.
É
preciso dar meia-volta
Poderá
ser agora,
poderá
ser em outra vida.
Um
Dia, soará a Hora,
e
o que era vida será Vida!
Somos
Cristos-em-formação;
somos
Deuses sem saber.
Oh!,
Voz de cada Coração!
______
Notas:
1.
Angelus Silesius é
o pseudônimo de Johannes Scheffler, místico cristão,
filósofo, médico, poeta e jurista nascido em 1624 em Breslau,
Polônia, e falecido na mesma cidade em 1677. É também
de Silesius a célebre frase: A
rosa não tem por quê. Floresce porque floresce. Não
cuida de si mesma. Nem pergunta se alguém a vê.
Angelus
Silesius
2.
Palavra = Verbum
Dimissum, Perpetuum, Æternum et Inenarrabile. A Primeira
Palavra, o incriado Som do Sanctum
Verbum, desde sempre, é, foi e será. Em cada mânvântâra,
sempre haverá de haver os Dias da Criação, que, na
verdade, representam transformações cíclicas. Logo,
como poderá ter havido um primeiro incunábulo permissor, iniciador?
Saído do nada? O nada não pode dar origem a coisa alguma.
A incunabulidade, via Verbum
Dimissum et Inenarrabile, só tem e faz sentido para dar
início e durante a manifestação de cada mânvântâra
(quando, então, já em ato) – para toda e cada manifestação
cósmica, como, por exemplo, o incunábulo de cada ser-no-mundo,
para uma dada encarnação, é a fecundação
(processo em que um espermatozóide penetra no oócito –
célula germinativa feminina). Agora, especulando, se há um
Som que dá origem e reverbera em cada mânvântâra,
deverá haver, por assim dizer, um anti-som, que, lentamente, à
semelhança das Três Palavras, provoque a desativação
manvantárica, e que paulatinamente induza o estado praláico.
Esta última afirmação, repito, é uma mera especulação
abstrata; cada um deverá refutá-la ou comprová-la pessoalmente,
no Silêncio do seu Coração.
3.
No Hinduísmo, Vishnu,
Shiva
e Brahma
formam a Trimúrti – a Trindade Hindu. Vishnu
é o Deus responsável pela manutenção do Universo;
Shiva
é Deus destruidor ou transformador; e Brahma
é a Força Criadora ativa no Universo.
Páginas
da Internet consultadas:
http://photobucket.com/images/volcano%20gif/
http://geology.wwu.edu/dept/faculty
/hirschd/courses/101resources/earthquakes/
http://hinata769.deviantart.com/
art/Hand-Heart-165950836
http://www.loni.ucla.edu/
~thompson/projects.html
http://senhorfernando.blogspot.com/
2011_04_01_archive.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Angelus_Silesius
Música
de fundo:
Silent
Night (gravada em 1934)
Letra: Joseph Mohr
Franz Xaver Gruber
Interpretação: Bing Crosby
Fonte:
http://www.4shared.com/get/k4X8tr4t/
Bing_Crosby_Silent_Night_1934.html