Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Texto

 

 

 

Feliz Natal a todos. Que a LLuz e a Paz do Deus Interior de todos nós Illumine e Pacifique nossas consciências. Se nos esforçarmos só um pouquinho, 2012 será mais produtivo e mais libertador. Afinal, (re)nascemos para nos tornar Deuses, pois, como disse Max Heindel, somos todos Cristos-em-formação. E, tenho certeza: todos nós nos tornaremos Deuses. Enfim, faço minhas as palavras de Max Heindel: Que Deus nos ajude durante o próximo ano a alcançar maior semelhança com Cristo do que jamais conseguimos antes. A perfeição pode parecer uma longa caminhada. E quanto mais consideramos Cristo, mais nos apercebemos como estamos longe de viver à altura dos nossos ideais. Não obstante, é pela luta diária, hora após hora, que finalmente chegaremos lá. E a cada dia algum progresso pode ser feito, algo pode ser realizado. Podemos deixar a nossa Luz brilhar de tal maneira, que os homens a vejam como faróis na escuridão do mundo. Então, vamos nessa: vamos iluminar o mundo!

 

Bem, Max Heindel, enquanto viveu, teve como principal objetivo transmitir o ideal de Cristo. No trabalho Interpretação Mística do Natal, o autor dissertou sobre o significado oculto do Cristo e os princípios por Ele proclamados. Li a obra, me emocionei e gostei muito, mas me senti um microorganismo unicelular. Seja como for, de tanto que gostei, como venho fazendo, nela garimpei alguns fragmentos que hoje estou divulgando para vocês, associando-me ao esforço de Max Heindel de proporcionar mais estes esclarecimentos.

 

Para ler a obra completa, por favor, dirija-se a:

http://www.fraternidaderosacruz.org/imdn.htm

 

 

 

Fragmentos Heindelianos

 

 

 

O natal, para o religioso devoto, é um período reverenciado, sagrado e repleto de mistério, não menos sublime por ser incompreendido. Para o ateu é uma tola superstição. Para o puramente intelectual é um enigma, pois está além da razão.

 

Na noite de 24 para 25 de dezembro, o Sol começa sua jornada do sul para o norte. Ele é a 'Luz do Mundo'. Se o Sol permanecesse sempre no sul, o frio e a fome exterminariam inevitavelmente a raça humana. Por isto, é motivo de grande regozijo quando ele começa sua jornada em direção ao norte, pelo que é, então, aclamado 'Salvador', pois vem 'salvar o mundo', vem para dar o 'pão da vida', quando amadurecem o grão e a uva. Assim, Ele dá sua vida na cruz (crucificação) do equador (no equinócio da primavera) e começa sua ascensão no céu (norte). Na noite em que começa sua jornada em direção ao norte, o signo Virgo, a Virgem Celestial, a 'Rainha do Céu', está astrologicamente no horizonte – seu 'Signo Ascendente'. Portanto, Ele 'nasce de uma virgem', sem intermediários, sendo daí 'concebido imaculadamente'.

 

As forças materiais e espirituais fluem e refluem alternadamente no decurso do ano.

 

 

 

 

É um fato sublime o de sermos todos Cristos-em-formação. Portanto, quando compreendermos que temos de cultivar o Cristo Interno antes que possamos perceber o Cristo Externo, mais apressaremos o Dia da nossa Illuminação Espiritual.

 

'Ainda que Cristo nascesse mil vezes em Belém, se não nascer dentro de ti, tua alma ficará perdida. Em vão olharás a Cruz do Gólgota, a menos que, dentro de ti, Ela seja novamente erguida.' (Angelus Silesius1, apud Max Heindel).

 

No solstício de verão, em junho, a Terra está mais distante do Sol. Entretanto, no solstício de inverno, a Terra está mais perto do Sol. Os raios espirituais caem em ângulos retos na superfície da Terra no Hemisfério Norte, estimulando a espiritualidade, enquanto as atividades físicas diminuem em razão do ângulo oblíquo em que o raio solar atinge a superfície de nosso Planeta. Por este princípio, na noite entre 24 e 25 de dezembro, as atividades físicas estão no seu mais baixo nível e as forças espirituais no seu mais elevado fluxo, e, por isto, esta noite é chamada a 'noite mais santa do ano'. Devemos, nesta época do ano, concentrar todas as nossas energias em esforços espirituais para colher o que não conseguiríamos obter em nenhuma outra ocasião.

 

Os solstícios do verão e do inverno, juntamente com os equinócios da primavera e do outono, constituem os pontos decisivos na vida do Grande Espírito da Terra.

 

A nova era que se aproxima encontrará alguns sem o 'Manto Nupcial', e, portanto, incapacitados para nela entrar, até que se qualifiquem em um período posterior.

 

O cérebro é formado das mesmas substâncias que compõem todas as outras partes do corpo, acrescidas de fósforo, que é peculiar somente ao cérebro. A conclusão lógica é que o fósforo é o elemento particular por meio do qual o Eu se capacita a expressar o pensamento. Descobriu-se que a proporção e a variação deste elemento químico correspondem ao estado e à fase de inteligência do indivíduo. Assim, os idiotas possuem pouquíssimo fósforo, enquanto o pensador arguto tem-no em abundância. É, pois, de grande importância que o aspirante, cujo veículo físico vai ser utilizado no trabalho mental e espiritual, supra seu cérebro do elemento fósforo, tão necessário a este propósito.

 

 

P é o símbolo químico do Fósforo

 

 

Neste sentido, não foi por acaso que os Mestres da Escola de Mistérios Grega denominaram assim esta substância luminosa que conhecemos por fósforo. Para eles era patente que 'Deus é LLuz', e a palavra grega designativa de luz é 'phos'. Portanto, muito apropriadamente, eles denominaram a substância do cérebro, que é a avenida de ingresso do impulso divino, 'phos-phoros', literalmente 'Portador da LLuz'. Na medida em que formos capazes de assimilar esta substância, nos encheremos de LLuz e começaremos a brilhar a partir de dentro, circundando-nos, então, um halo como uma marca de santidade. O fósforo, contudo, é apenas um meio físico que possibilita a LLuz Espiritual de se expressar através do cérebro físico, sendo a LLuz, em si mesma, um produto do crescimento anímico. Mas o crescimento anímico capacita o cérebro a assimilar quantidades crescentes de fósforo, pelo que o método para a aquisição desta substância em maiores quantidades não deve ser pelo metabolismo químico, e, sim, pelo Processo Alquímico do Crescimento Anímico, o que foi totalmente esclarecido por Cristo quando Ele disse a Nicodemus: '— Todo aquele que pratica o mal aborrece a LLuz e não se aproxima da LLuz, a fim de não serem reprovadas as suas obras. Mas, aquele que pratica a verdade se aproxima da LLuz para que as suas obras sejam manifestadas, porque são feitas em Deus'. (João III: 17 - 21).

 

O Natal é a época do ano de maior LLuz Espiritual. Durante esta era de ciclos alternantes, há marés altas e marés baixas de LLuz Espiritual, como acontece com as águas do oceano. A primitiva Igreja Cristã marcou a concepção no outono do ano (no Hemisfério Norte), de modo que até hoje o evento é celebrado pela Igreja Católica quando a Grande Onda de Vida e de LLuz Espiritual começam a sua descida à Terra. O ponto máximo de maré é alcançado no Natal, sendo esta verdadeiramente a época santa do ano, a ocasião em que esta LLuz Espiritual é mais facilmente contatada e especializada pelo aspirante através de atos de compaixão, de gentileza e de amor.

 

O nascimento em um mundo é morte, sob o ponto de vista do outro mundo, isto é: a criança que vem a nós morre para o mundo espiritual, e a pessoa que sai do alcance dos nossos olhos, ao transpor o véu pela morte, nasce em novo mundo e se junta aos seus amigos. Na verdade, a morte não existe!

 

 

 

 

Aquilo que acontece ao ser humano sob determinadas condições deve se aplicar também ao sobre-humano em circunstâncias análogas.

 

Ao nos aproximarmos do solstício de inverno (no Hemisfério Norte), quando acontecem os dias mais escuros do ano, é a época em que a luz brilha com menos intensidade e o Hemisfério Norte se torna frio e melancólico. Todavia, na noite mais longa e mais escura do ano, quando o Sol retoma o seu caminho ascendente, a LLuz de Cristo nasce de novo na Terra e o mundo inteiro rejubila. No entanto, quando Cristo nasce na Terra, Ele morre no céu. Assim como o espírito, livre ao nascer, fica fortemente enclausurado no véu da carne, que o restringe por toda a vida física, assim também o Espírito de Cristo é agrilhoado e tolhido toda vez que nasce na Terra. Este grande Sacrifício Anual começa quando soam os nossos sinos de Natal, quando os alegres sons do nosso louvor e gratidão ascendem aos céus. No mais literal sentido da palavra, Cristo é aprisionado desde o Natal até a Páscoa. Nesta época do ano, no mundo inteiro, há um influxo de Vida e LLuz espirituais.

 

O Natal é a época das dádivas, mesmo que a consumação do sacrifício aconteça apenas na Páscoa. Aqui se situa o ponto crucial, o ponto crítico, quando ocorre algo profundamente místico que garante a prosperidade e a continuidade do mundo.

 

No Natal, o amor que se expressa no espírito de dar ao invés de receber; na Páscoa, há uma expressão de desejo, uma energia que se expressa em amor sexual visando a perpetuação de si mesmo como nota-chave.

 

No badalar sinos há um símbolo muito apropriado de Cristo: a Palavra.2

 

Existem dias e noites, tanto para os maiores espíritos quanto para os seres humanos. Do mesmo modo que vivemos em nossos corpos durante o dia, cumprindo o destino que nós mesmos criamos no mundo físico e somos liberados à noite para nos recuperarmos nos mundos superiores, assim também existe esta alternância para o Espírito de Cristo. Parte do ano Ele habita o interior do nosso globo, e depois se retira para os mundos superiores. Assim, o Natal é para Cristo o começo de um dia de vida física – por Amor, o início de um período de limitação.

 

 

 

 

Qual deve ser, portanto, a aspiração do místico devotado e Illuminado, que compreende a grandeza desta dádiva à Humanidade nesta época do ano? No mínimo, colaborar, dentro de sua esfera imediata de trabalho, para a elevação da Humanidade, de modo a facilitar o Dia da Libertação pela qual o Espírito de Cristo está esperando, gemendo e labutando.

 

 

 

 

Se, de fato, trabalharmos com afinco em nossa própria pequena esfera de ação, não buscando coisas maiores até havermos feito aquelas que estão à mão, então, descobriremos que um maravilhoso crescimento anímico pode ser alcançado, de forma que as pessoas que nos rodeiam possam ver em nós algo que não saberão definir, mas que, não obstante, ser-lhes-á evidente: verão a LLuz Natalina, a LLuz do Cristo recém-nascido brilhando dentro da nossa esfera de ação.

 

Qual a maior aspiração de um Místico? Não ter vivido em vão.

 

O Sol tem sido reverenciado como o dador de vida, mas além do símbolo material Ele encerra uma grande Verdade Espiritual. Mas, além daqueles que adoravam a órbita celeste que é vista com o olho físico, sempre houve e continua a haver uma pequena mas crescente minoria, um Sacerdócio Consagrado pela Virtude mais do que por rituais, que viu e vê as eternas Verdades Espirituais por trás das formas temporais e efêmeras que revestem estas verdades.

 

 

 

 

No solstício de inverno, o Místico Sol da Meia-noite penetra em nosso Planeta transportando os Três Atributos Divinos: Vida, LLuz e Amor. Estes raios de esplendor e poder espirituais inundam o nosso globo com uma LLuz Sobrenatural que envolve todos sobre a Terra, do mais insignificante ao mais importante, sem distinção. Mas só reconhecendo o Cristo Menino Interno poderemos ser guiados ao Caminho, à Verdade e à Vida.

 

A menos que tenhamos Cristo dentro de nós, e que um maravilhoso pacto fraternal de sangue tenha sido consumado, não poderemos ter parte no Salvador, embora os sinos de Natal nunca parem de soar.

 

Sem a vitalizante e enérgica influência do Espírito de Cristo, a Terra permaneceria fria e árida. Não haveria uma nova canção na primavera nem haveria os pequeninos coristas da floresta para alegrar os nossos corações na chegada do verão. A pressão gélida dos pólos boreais manteria a Terra agrilhoada e muda para sempre, impossibilitando-nos de prosseguir em nossa evolução material, tão necessária para aprendermos a usar a força do pensamento através de canais criativos apropriados.

 

O Espírito de Natal é, pois, uma realidade viva para todo aquele que já desenvolveu o Cristo Interno. O homem e a mulher comum sentem este Espírito somente nas proximidades das festas natalinas, mas o místico iluminado pode vê-Lo e senti-Lo meses antes e meses depois do seu ponto culminante na Noite Santa. Em setembro, ocorre uma mudança na atmosfera terrestre; uma luz começa a brilhar nos céus. Esta luz parece permear todo o Universo Solar e, gradualmente, vai crescendo em intensidade, parecendo envolver o nosso Globo. Então, ela penetra a superfície do Planeta e, pouca a pouco, concentra-se no seu centro, onde os espíritos-grupo das plantas têm o seu lar. Na Noite Santa, ela alcança o mínimo de seu tamanho e o máximo de seu fulgor. Então, passa a irradiar luz concentrada, dando nova vida à Terra para que esta prossiga com as atividades da Natureza no ano entrante. Isto é o começo do grande drama cósmico 'Do Berço à Cruz', que acontece anualmente durante os meses de inverno (no Hemisfério Norte).

 

Todo aquele que aspira se tornar um Caráter Cósmico – um salvador da Humanidade – precisa se preparar para se oferecer muitas vezes, sacrificando-se em benefício de seus semelhantes.

 

Temos o poder de apressar o dia da paz ao falar, pensar e viver em paz, pois a ação conjunta de milhares de pessoas transmite impressões ao Espírito de Raça quando a ele enviadas, especialmente quando a Lua está em Cancer, Scorpio ou Pisces, que são os três grandes signos psíquicos mais apropriados para trabalhos ocultos desta natureza.

 

Ao trabalharmos pela paz na Terra, estejamos certos de não tomar partido, a favor ou contra, por quaisquer das nações conflitantes. Lembremos a todo instante que cada um dos seus membros é nosso irmão. Cada um merece o nosso amor tanto quanto o outro. Tenhamos em mente que o que queremos ver é a Fraternidade Universal sobre a Terra, ou seja, paz na Terra e boa vontade entre os homens, a despeito de terem os combatentes nascido de um lado ou de outro das linhas traçadas nos mapas ou como eles se expressam neste, naquele ou em qualquer outro idioma. Oremos para que a paz possa reinar sobre a Terra. Uma paz duradoura e uma boa vontade entre todos os homens, não importando quaisquer diferenças de raça, cor ou religião. Na medida em que tenhamos êxito em formular com os nossos corações e não apenas com os nossos lábios esta prece impessoal em favor da paz, estaremos antecipando a chegada do Reinado de Cristo para recordar que é a Ele que estamos todos destinados na época oportuna.

 

Existem fatores por detrás de todas as manifestações da Natureza – inteligências de diversos graus de consciência, construtivas e destrutivas, que desempenham parte importante na economia da Natureza – e até que estes agentes sejam identificados e seu trabalho estudado, nós não poderemos ter um conceito adequado do modo como atuam estas forças da Natureza, as quais chamamos calor, eletricidade, gravidade, ação química etc. Por exemplo, quando dizemos que há tempestades, na verdade, batalhas estão sendo travadas na superfície do mar e no ar, algumas vezes com a ajuda das salamandras, para acender a tocha do relâmpago e enviar seu aterrorizante ziguezague através da negra escuridão, seguida do poderoso troar do trovão na atmosfera transparente, enquanto as ondinas triunfalmente lançam as resgatadas gotas de água sobre a Terra para que elas possam novamente se unir ao seu elemento materno. Já os pequenos gnomos são necessários para construir as plantas e as flores. Eles estão em todas as partes, e a proverbial abelha não é tão atarefada como eles. Enquanto para a abelha é dado todo o crédito pelo trabalho que ela faz, os pequenos Espíritos da Natureza, que desempenham uma parte imensamente importante no trabalho do mundo, são desconhecidos, salvo por alguns que são chamados de sonhadores ou loucos. Por outro lado, no solstício de verão, as atividades físicas da Natureza estão no apogeu ou zênite, portanto, é no solstício de verão que se realiza o grande festival das fadas, que trabalharam para construir o universo material.

 

 

 

           

 

 

É um axioma científico que a Natureza não tolera o que é inútil. A Natureza tem um trabalho a fazer, e necessita da colaboração de todos que se propuseram a justificar suas existências, pois todos são parte dela.

 

Para o sentido espiritual, luz e som são inseparáveis.

 

O sacrifício de Cristo não foi um acontecimento que teve lugar no Gólgota nem foi consumado de uma vez por todas em poucas horas. Os nascimentos e mortes místicas do Redentor são contínuas ocorrências cósmicas. E este sacrifício é necessário à nossa evolução física e espiritual durante a presente fase do nosso desenvolvimento.

 

Há um Mistério na perpétua manifestação da Divindade – a Trindade na Unidade. Do mesmo modo que a luz branca – una – refrata-se nas três cores primárias – vermelho, amarelo e azul – o Divino também Se revela em papel tríplice pelo exercício de três funções divinas: criação, preservação e dissolução.3 Quando exercita o atributo criação, revela-Se como Jeová – o Espírito Santo – Senhor da lei e da geração, projetando a fertilidade solar indiferentemente através dos satélites lunares de todo planeta em que seja necessário fornecer corpos para seus seres evoluintes. Quando expressa o atributo de preservação, com o propósito de sustentar os corpos gerados por Jeová sob as leis da Natureza, revela-Se como Redentor, Cristo, e irradia os princípios de amor e de regeneração diretamente a todo Planeta, onde as criaturas de Jeová requeiram essa ajuda para se libertarem das malhas da morte e do egoísmo, e alcançarem o altruísmo e a vida infinita. Já quando opera dissolvendo, utilizando o divino atributo da dissolução, aparece como o Pai. Chama-nos de volta ao Lar Celestial para assimilarmos os fruto das experiências e do crescimento anímico que acumulamos durante o dia de manifestação. Este Solvente Universal – o Raio do Pai – emana, então, do Invisível Sol Espiritual. O fato incontestável é que, gradativamente, tudo se cristaliza e se torna inerte, precisando se dissolver para dar lugar a outras coisas e a outros eventos.

 

 

 

 

Cristo, o Grande Espírito, introduziu uma nova era na qual as nações estabelecidas sob o regime de Jeová serão destroçadas, a fim de que a sublime estrutura da Fraternidade Universal possa ser edificada sobre as suas ruínas.

 

Se pudesse ter sido encontrado alguém mais nobre, não teria sido Jesus o escolhido para ser o veículo do Grande Unigênito – Cristo – em que reside a Divindade.

 

O Sol físico é o veículo visível de Cristo. Mas o Sol Invisível, que é o veículo do Pai e fonte de tudo, este só pode ser visto pelos maiores clarividentes, e apenas como a oitava superior da fotosfera do Sol, revelando-se como um anel de luminosidade azul-violeta por trás do Sol. Mas nós não precisamos vê-Lo. Podemos sentir Seu amor, e esta sensação nunca é tão grande como na época do Natal, quando Ele nos está dando o maior de todos os presentes: o Cristo do novo ano.

 

Paz na Terra e boa vontade entre os homens.

 

 

 

 

 

 

Minha Compreensão:

 

 

 

Tudo é movimento;

tudo é mudança.

O que é dolorimento

é apenas andança.

 

Quem se revolta

não aprende a lição.

É preciso dar meia-volta

 

Poderá ser agora,

poderá ser em outra vida.

Um Dia, soará a Hora,

e o que era vida será Vida!

 

Somos Cristos-em-formação;

somos Deuses sem saber.

Oh!, Voz de cada Coração!

 

 

 

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Notas:

1. Angelus Silesius é o pseudônimo de Johannes Scheffler, místico cristão, filósofo, médico, poeta e jurista nascido em 1624 em Breslau, Polônia, e falecido na mesma cidade em 1677. É também de Silesius a célebre frase: A rosa não tem por quê. Floresce porque floresce. Não cuida de si mesma. Nem pergunta se alguém a vê.

 

Angelus Silesius

Angelus Silesius

 

2. Palavra = Verbum Dimissum, Perpetuum, Æternum et Inenarrabile. A Primeira Palavra, o incriado Som do Sanctum Verbum, desde sempre, é, foi e será. Em cada mânvântâra, sempre haverá de haver os Dias da Criação, que, na verdade, representam transformações cíclicas. Logo, como poderá ter havido um primeiro incunábulo permissor, iniciador? Saído do nada? O nada não pode dar origem a coisa alguma. A incunabulidade, via Verbum Dimissum et Inenarrabile, só tem e faz sentido para dar início e durante a manifestação de cada mânvântâra (quando, então, já em ato) – para toda e cada manifestação cósmica, como, por exemplo, o incunábulo de cada ser-no-mundo, para uma dada encarnação, é a fecundação (processo em que um espermatozóide penetra no oócito – célula germinativa feminina). Agora, especulando, se há um Som que dá origem e reverbera em cada mânvântâra, deverá haver, por assim dizer, um anti-som, que, lentamente, à semelhança das Três Palavras, provoque a desativação manvantárica, e que paulatinamente induza o estado praláico. Esta última afirmação, repito, é uma mera especulação abstrata; cada um deverá refutá-la ou comprová-la pessoalmente, no Silêncio do seu Coração.

3. No Hinduísmo, Vishnu, Shiva e Brahma formam a Trimúrti – a Trindade Hindu. Vishnu é o Deus responsável pela manutenção do Universo; Shiva é Deus destruidor ou transformador; e Brahma é a Força Criadora ativa no Universo.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://photobucket.com/images/volcano%20gif/

http://geology.wwu.edu/dept/faculty
/hirschd/courses/101resources/earthquakes/

http://hinata769.deviantart.com/
art/Hand-Heart-165950836

http://www.loni.ucla.edu/
~thompson/projects.html

http://senhorfernando.blogspot.com/
2011_04_01_archive.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Angelus_Silesius

 

Música de fundo:

Silent Night (gravada em 1934)
Letra: Joseph Mohr
Franz Xaver Gruber
Interpretação: Bing Crosby

Fonte:

http://www.4shared.com/get/k4X8tr4t/
Bing_Crosby_Silent_Night_1934.html