Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Quando [o discípulo] houver cessado de ouvir os muitos, poderá discernir o UM – o Som Interno que mata o externo.

 

A Voz do Silêncio, Fragmento I, nº 7
Helena Petrovna Blavatsky (1831 - 1891)

 

 

 

 

 

 

 

Antes que a Alma possa Enxergar,

para as ilusões os olhos deverão enceguecer.

Antes que a Alma possa Escutar,

para o bulício os ouvidos deverão ensurdecer.

 

 

Antes que Alma possa se descativar,

pela Humanidade um Amor imenso deverá sentir.

Antes que a Alma possa Ascensionar,

a Voz Silenciosa do Som Interno precisará ouvir.

 

 

Nada poderá ser percebido

enquanto os olhos insistirem em distinguir.

Nada poderá ser ouvido

enquanto os ouvidos insistirem em ouvir.

 

 

Nada poderá ser compreendido

enquanto nos livros for buscado o jeito.

E não haverá libertação

enquanto houver desamor e preconceito.

 

 

As fraquezas debilitam e protelam;

as paixões martirizam e extraviam;

os vícios corrompem e dilaceram;1

O Bem e a Beleza Livram e Transmutam.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Nota:

1. As fraquezas retardam, as paixões desencaminham, os vícios exterminam. Louis-Claude de Saint-Martin, o Filósofo Desconhecido. (Amboise, Tourraine, França, 18 de janeiro de 1743 – Aulnay-la-Rivière, França, 13 de outubro de 1803).

 

Fundo musical:

Pulsar (Luke Palmer)

Fonte:

http://luqui.org/music/?sort=-date