JULGAMENTO1
(Com a severidade que julgardes...
Sereis igualmente julgados.)
Rodolfo
Domenico Pizzinga
A
ninguém cabe ironizar,
Ameaçar
e muito menos julgar
O
que outro faz da sua vida.
A Tríplice Lei é:
Ninguém
tem o direito de se intrometer
E
também não deve o nariz torcer
Para
um Fruto da Árvore (Invertida) da Vida.2
Tudo
vive em compasso próprio de
Assassinos...
Pansexuais... Vigaristas...
Corruptos... Ladrões...
Terroristas...
Pode ser incrível, mas todos
são
nossos irmãos!
De
Saturno à nossa Terra contemporânea
Houve
promoções, descensões, amor, insânia.
No
Kosmikós
e
são
irmãos!
_____
1.
Este trabalho não tem qualquer intenção, explícita
ou inexplícita,
de criticar o conjunto de órgãos que forma o Poder Judiciário,
o conjunto de pessoas que participa do exercício da justiça,
nem qualquer das jurisdições encarregadas de administrar
a justiça. Contudo, estou duplamente de acordp com Alain René
Lesage (1668-1747) e com Rui Barbosa (1849-1923). O primeiro disse:
A Justiça é uma coisa tão bela que não
poderia ser comprada bastante caro. E Rui escreveu na sua famosa
Oração Aos Moços: A justiça atrasada
não é Justiça, senão injustiça qualificada
e manifesta. Um místico injusto não é um Místico,
mas um serviçal das trevas. Este soneto trata disso (também).
2.
No capítulo XV
(editado)
do 'Bhagavad-Gita' (a Sublime Canção, a Canção
do Senhor ou a Mensagem do Mestre) está escrito: Afirma-se
que existe uma figueira-da-bengala imperecível cujas raízes
ficam para cima e os galhos para baixo. As folhas são os hinos
védicos. Quem conhece esta árvore é um conhecedor
dos Vedas. Os galhos desta árvore se estendem para baixo e para
cima, nutridos pelos três modos da natureza material (bondade,
atividade e inércia são os três modos ––
ou amarras
–
da natureza
material que acorrentam a eterna alma individual no corpo). Os brotos
são os objetos dos sentidos. Esta árvore também
tem raízes que descem, e estas estão atadas às
ações fruitivas da sociedade humana. Não se pode
perceber a verdadeira forma desta árvore neste mundo. Ninguém
pode compreender onde ela
começa,
onde ela acaba ou onde ela se
alicerça. Mas, com determinação, deve-se derrubar
(com a arma do desapego) esta árvore fortemente arraigada. Em
seguida, deve-se procurar aquele lugar do qual ninguém volta
após ter lá chegado e render-se à Suprema Personalidade
de Deus — de Quem tudo começou e de Quem tudo emana desde
tempos imemoriais.
Este
mundo material é tão complexo que pode mesmo ser comparado
a uma grande figueira-da-bengala. De fato, o desejo é a causa
do enredamento da alma neste mundo; por isso o desejo é comparado
à raiz dessa grande árvore, isto é, do envolvimento
material sem fim. Neste mundo, há ilimitadas possibilidades de
gozo dos sentidos e, por isso, as possibilidades de enredamento também
são ilimitadas. O ser vivo vagueia de galho em galho, ou seja,
transmigra de uma forma para outra mantendo sempre interesse em dominar
a natureza material. Às vezes, devido ao seu bom 'karma', ele
se eleva aos planetas celestiais, e, às vezes, o seu mau 'karma'
o conduz a situações (vivências e experiências)
inteiramente miseráveis em planetas ou corpos vibratoriamente
inferiores. Mas, como os galhos desta árvore se estendem para
baixo, o ser vivo, na maioria das vezes, é forçado a neles
descer para tentar colher seus frutos e, assim, se posiciona de maneira
bastante perigosa. Na verdade, este mundo material, que é aqui
comparado a esta árvore sem fim, é um reflexo da verdadeira
árvore da Morada Suprema do Senhor, a qual se encontra no céu
espiritual. O ser vivo, enquanto se mantiver dependente deste mundo
material, não poderá compreender esta Morada Suprema.
Para compreendê-La ele terá que se desapegar das atividades
ilusórias deste mundo.