Choro... Sofro... E minha cabeça
vira um temporal.1
Mas, minha mente não se afasta
Dos Que Amam!
As
crueldades e o egoísmo muito me afetam
E tenho alguns momentos de descontrole.
Agumas vezes meus sentidos embotam,
Mas jamais perdi descontroladamente
o controle.
Apesar
de tudo, sou um eterno otimista
E creio no homem com todos os seus defeitos.
E assim, declaro-me um Rosa+Cruz
Ateísta
Que não acredita em deuses escorreitos.2
______
Notas
1. Quem pode não se emocionar
e não sofrer com as devastações causadas pelos
tsunamis, pelos vulcões, pelos furacões, pelas
enchentes, pelos incêndios e pelos terremotos? Quem pode não
se comover e não chorar com as guerras e com a violência?
Quem pode não se enternecer com a destruição
sistemática dos diversos ecossistemas terrestres? Quem pode
não se condoer com os maus tratos infligidos aos animais? Quem
pode não se envergonhar com a corrupção generalizada?
Et cetera... Et cetera.... Et cetera.... Et...
Hoje se assiste a esses ajustes — necessários e desnecessários
— (quase) em tempo real pela televisão. Quando vejo essas
matérias melancólicas sofro muito e choro muito. Sei
que não existem nem inocentes nem culpados; existem, sim, os
mais ignorantes e os menos ignorantes. Mas, ainda assim, choro e sofro.
Sou mesmo um Rosa+Cruz racional–emocional–transracional.
2. A perfeição absoluta
– escorreita, definitiva e inalterável – não
pode existir; se existisse ou fosse alcançada seria estática
e tenderia a involuir, porque não teria mais para onde evoluir
e seria inútil e inócua como perfeição
em si; se fosse estática e tendesse a involuir equivaleria
a um tipo irreal de nada, ou tenderia absurdamente a retornar a um
certo tipo de inexistente nada – uma espécie de não-existência
inexistente. Como do nada, nada, o próprio nada, conceitualmente,
para quem o desejar, pode ser entendido como alguma coisa perceptível/imperceptível
que existe e não existe e que se move e não se move
no seio da Coisa – que é sempre existente.
Esse entendimento não acolhe a idéia de um devir em
meio ao nada, nem de um nada em meio a um presumido vir-a-ser. A
Coisa Toda é, sempre sendo, e o que parece estar involuindo
está, na verdade, evoluindo em meio ao movimento cósmico-vibratório
perpétuo e ilimitado. Por tudo isso, eu prefiro o conceito
de integração-reintegração permanente
= movimento. Um ente qualquer que atinja, por assim
dizer, o limite superior de sua presumida e possível manifestação
em uma dada Faixa Vibratória ou em um dado Plano, tenderá
a mudar de Faixa Vibratória ou de Plano. Nesse momento, poderá
ter início uma nova Peregrinação. Minerais...
Vegetais... Animais... Homem... ... ... Ser A... Ser B... Ser C...
... ... Plano A... Plano B... Plano C... ... ... Et cetera.
Isso não significa incomunicação
ou isolamento. Muito pelo contrário.
Esta segunda nota, simbolicamente,
pode ser assim resumida: