INÉRCIA

 

 

 

Inércia

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

O pensamento e a memória são naturalmente necessários ao viver. O pensamento é o único instrumento de que dispomos para nos comunicar, para trabalhar em nossos empregos etc. O pensamento é a reação da memória, memória acumulada por meio da experiência, do conhecimento, da tradição, do tempo. Deste acúmulo de memória, é que provêm as nossas reações, e estas reações constituem o pensar. O pensamento, portanto, é essencial em certos níveis, porém, quando o pensamento se projeta, psicologicamente, como futuro e como passado, criando o medo bem como o prazer, a mente se embota e, por conseguinte, se torna inevitável a inércia. [In: Liberte-se do Passado (Freedom From the Known), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

 

Precisamos compreender que, quando pensamos no futuro e no passado, em termos de prazer e de dor, esse pensamento poderá gerar medo. Então, ou o pensamento se detém, psicologicamente, ou o medo nunca terá fim. [Ibidem.]

 

 

Medo

 

 

Temos medo de nos sentir vazios. Temos medo de encarar os nossos temores. [Ibidem.]

 

 

 

 

O fato é que não poderemos nos compreender de acordo com Sigmund Freud, Burrhus Frederic Skinner, William James, Jean Piaget, Carl Rogers, Erich Fromm, Alfred Adler, Edward Thorndike, Carl Gustav Jung, Virginia Satir, Anna Freud, Jacques Lacan, Timothy Leary, Robert Rosenthal, Robert Sternberg, Krishnamurti ou de acordo com qualquer outra pessoa. As teorias dos outros não têm importância alguma. É a nós mesmos que deveremos perguntar as coisas e é de nós mesmos que deveremos ouvir as respostas. [Ibidem.]

 

Só existe um desejo. Os objetivos do desejo é que variam, mas, o desejo é sempre o mesmo. Assim, da mesma maneira, só existe um medo. Temos medo de uma porção de coisas, porém, só existe um medo. [Ibidem.]

 

 

 

Perguntei a um padre se...

Ele tentou me explicar de acordo

com o seu Catolicismo,

mas, eu continuei na mesma.

 

Perguntei a um rabino se...

Ele tentou me explicar de acordo

com o seu Judaísmo,

mas, eu continuei na mesma.

 

Perguntei a um monge se...

Ele tentou me explicar de acordo

com o seu Budismo,

mas, eu continuei na mesma.

 

Perguntei a um médium se...

Ele tentou me explicar de acordo

com o seu Espiritismo,

mas, eu continuei na mesma.

 

Perguntei a um aiatolá se...

Ele tentou me explicar de acordo

com o seu Islamismo,

mas, eu continuei na mesma.

 

Perguntei a um krishnamurtista se...

Ele tentou me explicar de acordo

com o seu Krishnamurtismo,

mas, eu continuei na mesma.

 

Perguntei a um ateísta se...

Ele tentou me explicar de acordo

com o seu Ateísmo,

mas, eu continuei na mesma.

 

Perguntei a um pagão se...

Ele tentou me explicar de acordo

com o seu Paganismo,

mas, eu continuei na mesma.

 

Perguntei a um apedeuta se...

Ele tentou me explicar de acordo

com o seu apedeutismo,

mas, eu continuei na mesma.

 

Perguntei ao ol' man river se...

Ele tentou me explicar de acordo

com a sua experiência milenar,

mas, eu continuei na mesma.

 

Perguntei a zil pessoas se...

Todas tentaram me explicar de acordo

com as tradições do passado,

mas, eu continuei na mesma.

 

Então, perguntei a um diabo se...

O diabo, irritado, me respondeu:

Quem sou eu para ensinar algo a você.

Para tudo, o esforço deverá ser todo seu.

 

Mas, minha inércia foi maior

do que a vontade de me esforçar.

E, a todos, continuei perguntando,

sem parar, até, um dia, embarcar.

 

 

 

Perguntando

 

 

 

E embarquei uma mula quadrada!

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Ol' Man River
Composição: Jerome Kern & Oscar Hammerstein II
Interpretação: Sam Cooke

Fonte:

https://emp3hq.club/artist/1988.html

 

Páginas da Internet consultadas:

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