Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

Será possível? Será impossível?

Ou – raio! – será mesmo possível

que as pessoas não percebam

o que andam pelaí tecendo e fazendo

e a gelad[ur]a em que estão se metendo?

 

 

Será factível? Será infactível?

Ou – loucura! – será mesmo factível

que as pessoas vendam o raio da alma

por um fedorento e falso brilhante

ou por um inspirador e tesudo amante?

 

 

Será exeqüível? Será inexeqüível?

Ou – caramba! – será mesmo exeqüível

que as pessoas continuem a preferir

matar, padecer e morrer entupigaitadas

do que prosseguir em suas Caminhadas?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fundo musical:
Hino ao Amor (Hymne à L'amour)
Composição: Letra de Édith Piaf; música de Marguerite Monnot
Intérprete: Dalva de Oliveira

Fonte:

http://www.sonsesonhos.com/
midis_brasileiras.htm

 

 

 

Escuta a voz da Sabedoria,

que te repete o dia inteiro:

a vida é breve, e tu não és como as plantas

que reverdecem depois de podadas.

 

(Omar Kháyyám, século XII)

 

 

Se é assim, não posso deixar

de 'rubaiyatar' e de comentar:

Por pior que seja uma monstruosidade,

ela não é fruto do acaso nem de azar.