Exorta-nos
Cristo a que lhe imitemos a vida e os costumes, se verdadeiramente queremos
ser iluminados e livres de toda a cegueira do coração.
Quem
quer entender e saborear toda a plenitude das palavras de Cristo deve
esforçar-se por moldar nEle toda a própria vida.
Em
verdade, as palavras sublimes não fazem o homem santo e justo;
é a vida pura que o torna querido de Deus.
A
suprema sabedoria consiste em tender para o reino do Céu pelo
desprezo do mundo.
Vaidade,
pois, amontoar riquezas caducas e nelas pôr a sua confiança.
Vaidade, ainda, ambicionar honras e guindar-se a altas posições.
Vaidade, seguir os apetites da carne e desejar o que mais tarde será
gravemente punido. Vaidade, desejar viver muito e descuidar de viver
bem. Vaidade, preocupar-se só com a vida presente e não
prever a futura. Vaidade, amar o que tão vertiginosamente passa
e não demandar pressuroso a alegria que sempre dura.
Os
que se deixam levar pela própria sensualidade mancham a consciência.
Se
te parece que sabes e compreendes bem muitas coisas, tem por certo que
muito mais são as que ignoras.
Se
vires outrem pecar abertamente e ainda cometer faltas graves, nem por
isto te deves ter por melhor, porque não sabes por quanto tempo
poderás perseverar no bem. Somos todos fracos, mas a ninguém
tenhas por mais fraco que tu.
Quanto
maior progresso fizer cada um na unidade e na simplificação
interior, tanto mais numerosas e mais sublimes coisas entenderá
sem esforço, porque do alto receberá a luz da inteligência.
Este
deverá ser o nosso maior empenho: vencermo-nos a nós mesmos,
tornarmo-nos cada dia mais fortes e fazermos algum progresso no bem.
Oh!
Quão depressa passa a glória do mundo!
Verdadeiramente
grande é quem tem grande caridade! Verdadeiramente grande é
aquele que, pequeno aos próprios olhos, em nada estima as maiores
honras. Verdadeiramente sábio é aquele que considera 'todas
as coisas da Terra como lodo para ganhar a Cristo' (Filip.
III, 8).
Os
homens perfeitos não prestam facilmente fé a tudo o que
se lhes conta, porque conhecem a natureza humana, inclinada ao mal e
leviana no falar.
Quem
ainda não morreu perfeitamente a si mesmo é bem depressa
tentado e vencido em coisas pequenas e insignificantes.
É,
com efeito, resistindo e não obedecendo às paixões
que se encontra a verdadeira paz de coração. Paz não
terá, pois, o homem carnal nem o dissipado, mas o fervoroso e
espiritual.
Se
em ti reconheceres algum bem, pensa que são melhores os outros,
e assim te conservarás em humildade. Nenhum mal há em
te colocares abaixo de todos; grande mal, porém, se – ainda
a um – só te preferires. No coração humilde,
paz contínua; no soberbo, freqüente o ciúme e a irritação.
Não
bajules os ricos nem gostes de aparecer na presença dos poderosos.
Procura a companhia dos humildes e simples, dos piedosos e de bons costumes
e com eles entretém-te de coisas edificantes.
É
mister que algumas vezes renunciemos ao nosso modo de ver por amor da
paz. Quem é tão sábio que chegue a saber tudo perfeitamente?
Não confies, pois, demais na tua opinião, mas de bom grado
ouve também a dos outros.
Importa
vigiar e orar para que não passe inutilmente o tempo. Quando
for permitido ou conveniente falar, fala de coisas edificantes.
Como
poderá permanecer muito tempo em paz aquele que se intromete
em negócios alheios, que procura dissipar-se nas coisas externas
e dentro de si, pouco ou raras vezes, se recolhe? Bem-aventurados os
simples porque terão muita paz!
Se
estivéramos inteiramente mortos a nós mesmos e menos embaraçados
no nosso interior, poderíamos saborear as coisas divinas e ter
alguma experiência da contemplação celestial. O
maior, o único obstáculo é que não nos desvencilhamos
das paixões e concupiscências nem nos decidimos a entrar
no caminho perfeito dos santos. Mal surge uma pequena contrariedade,
deixamo-nos logo entrar de desânimo e voltamos às consolações
humanas.
Levemos
o machado à raiz para que, purificados das paixões, tenhamos
a alma em paz.
Bom
é que, de quando em quando, passemos por sofrimentos e contrariedades,
porque muitas vezes fazem o homem entrar em si, lembrando-lhe que vive
no desterro e em coisa nenhuma do mundo deve pôr a sua esperança.
Bom é que, por vezes, padeçamos contradições
e de nós se não tenha boa estima, ainda quando são
boas as nossas ações e intenções. Isto muito
nos ajuda a ser humildes e preserva-nos da vanglória.
Segurança
perfeita e paz completa não pode haver neste mundo.
Não
há homem tão perfeito e santo que, de quando em quando,
não tenha tentações; totalmente livres delas não
podemos viver.
As
tentações, porém, ainda que molestas e graves,
são muitas vezes de grande utilidade para o homem; nelas se adquire
humildade, pureza e experiência. Por muitas tentações
e tribulações passaram todos os santos e com isto aproveitaram;
os que não puderam resistir-lhes, sucumbiram e perderam-se. Não
há Ordem religiosa tão santa nem lugar tão retirado
onde não haja tentações e adversidades.
A
paciência e a verdadeira humildade nos tornam mais fortes do que
todos os inimigos.
O
fogo prova o ferro; a tentação, o justo... Por isto disse
alguém: 'Atalha no princípio; tarde chega o remédio
se o mal, por longo tempo, fundas raízes lançou' ('Principiis
obsta; sero medicina paratur Quum mala per longas invaluere moras' –
Ovídio).
Põe
os olhos em ti e guarda-te de julgar as ações alheias.
Se
confias mais em tua razão e habilidade do que na virtude que
nos submete a Jesus Cristo, tarde e raras vezes terás a alma
iluminada.
Por
coisa nenhuma deste mundo, nem por amor de quem quer que seja, se deve
praticar o mal.
Sem
a caridade de nada vale nenhuma obra exterior.
Oh!
quem tivera uma centelha de verdadeira caridade! Como lhe pareceriam
vãs todas as coisas da Terra!
Esforça-te
por suportar com paciência os defeitos e fraquezas alheias; também
os outros terão muito que suportar de ti.
Todos
têm a sua carga; ninguém há sem defeitos, ninguém
se basta a si mesmo, nem é suficientemente sábio para
guiar-se. Mas, reciprocamente, devemos suportar-nos e consolar-nos;
uns aos outros devemos prestar auxílio, instrução
e conselho. Na adversidade melhor se manifesta a virtude de cada um;
a ocasião não faz o homem fraco, revela-o tal qual é.
É
mister que te faças 'louco por amor de Cristo' se queres seguir
a vida religiosa.
De
pouco valem o hábito e a tonsura; é a mudança dos
costumes e a perfeita mortificação das paixões
que fazem o verdadeiro religioso. Quem procura outra coisa fora de Deus
e da salvação de sua alma só achará tribulação
e dor. Não pode também viver muito tempo em paz quem não
se esforça por ser o menor e o mais submisso de todos.
Os
Santos e amigos de Cristo serviram ao Senhor 'em fome e sede, em frio
e nudez, em trabalhos forçados e fadigas, em vigílias
e jejuns' (II Cor. XI, 27), em orações e santas meditações,
em mil perseguições e opróbrios.
A
decisão do nosso propósito é a medida do nosso
aproveitamento; e de muita diligência há mister quem deseja
progredir no bem.
Importa
examinar e ordenar tanto o nosso exterior quanto o interior porque um
e outro contribuem para o nosso aproveitamento.
Pela
manhã toma as tuas resoluções; à noite,
examina as tuas ações, como te houveste hoje em palavras,
obras e pensamentos; porque pode ser que nisso muitas vezes tenhas ofendido
a Deus e ao próximo.
Nunca
estejas ocioso; lê ou escreve, reza, medita ou trabalha em alguma
coisa útil aos outros.
Deixa-te
de curiosidades e entrega-te a leituras que antes excitem a compunção
do que distraiam o espírito. Aparta-te das conversas supérfluas
e dos passeios ociosos. Fecha os ouvidos às novidades e às
atoardas e acharás tempo suficiente e propício para te
entregar às santas meditações. Os maiores santos
evitavam, quanto podiam, a companhia dos homens e preferiam viver a
sós com Deus.
Quem
aspira à vida interior e espiritual deve, com Jesus, apartar-se
das turbas. Só aparece em público com segurança
quem gosta de viver oculto. Só fala com acerto quem cala de boa
vontade. Só ocupa sem risco os primeiros lugares quem de bom
brado se coloca nos últimos. Só não corre perigo
em mandar quem se exercitou em obedecer.
Nunca
te dês por seguro nesta vida, por mais que pareças bom
religioso ou devoto ermitão.
Se
queres arrepender-te de coração recolhe-te em teu aposento
e afasta-te do bulício do mundo, segundo está escrito:
"compungi-vos em vosso cubículo" (Salmos IV,5).
Os
desejos dos sentidos arrastam-te aos divertimentos; mas, passada aquela
hora, que te fica senão o remorso da consciência e a dissipação
do coração? A uma saída alegre sucede muitas vezes
uma volta triste; e a uma noite passada em prazeres, uma manhã
de tristezas. Assim, todo prazer dos sentidos insinua-se brandamente,
mas no fim resolve-se em sofrimentos e morte.
Encerra-te
em teu aposento e chama por Jesus – o Amigo Dileto. Permanece
com Ele... em nenhum outro lugar encontrarás tanta paz. Se não
saíras nem ouviras novidades, melhor te conservaras em paz.
Ditoso
aquele que pode desembaraçar-se do impedimento das distrações
para unir-se a Deus no recolhimento da santa compunção!
Ditoso aquele que de si aparta tudo o que lhe pode manchar ou agravar
a consciência!
Não
te metas na vida alheia e não te enredes nos negócios
dos grandes. Põe sempre os olhos em ti primeiro, e repreende-te
a ti mesmo de preferência a todos os teus amigos. Não te
aflijas por não ter o favor dos homens; só deve entristecer-te
o não viver com a virtude e circunspecção... É
muitas vezes mais útil e seguro não ter nesta vida muitas
consolações, sobretudo consolações sensíveis.
Se
mais amiúde pensaras na morte do que na duração
da vida, sem dúvida te emendarias com mais fervor.
Ninguém
há neste mundo, ainda que rei ou papa, sem alguma tribulação
ou angústia.
Quanto
mais espiritual quer ser o homem tanto mais amarga se lhe torna a vida
presente, porque sente melhor e vê com mais clareza as deficiências
da natureza humana corrompida.
Não
percas, irmão, a esperança de progredir na vida espiritual:
tens ainda tempo e oportunidade. Por que razão queres adiar o
teu propósito? Levanta-te, começa neste mesmo instante
e dize: 'É tempo de agir, é tempo de pelejar, é
tempo de corrigir-me.' Quando te sentes aflito e atribulado, então
tempo é de merecer. É preciso 'passares por fogo e por
água antes de chegares ao refrigério' (Salmos LXV, 11).
Deves
pensar e agir sempre como se hoje houveras de morrer... O dia de amanhã
é incerto; quem sabe se lá chegarás?
Feliz
daquele que traz sempre diante dos olhos a hora da morte e cada dia
se prepara para morrer. Se já viste morrer alguém, pensa
que pelo mesmo transe hás de passar.
Poucos
melhoram com a enfermidade; como raros são os que se santificaram
com muitas romarias.
Não
confies em parentes e amigos, nem deixes para mais tarde o negócio
de tua salvação; mais depressa do que imaginas, de ti
se hão de esquecer os homens. Melhor é prover a tempo
e mandar boas obras diante de ti do que esperar no auxílio dos
outros. Se não cuidas de ti agora, quem cuidará de ti
mais tarde? Agora é o tempo precioso; 'eis o tempo propício,
eis os dias de salvação' (II Cor. VI, 2).
Quem
se lembrará de ti depois da morte? Quem rezará por ti?
Faze, faze agora, irmão meu, tudo o que puderes; não sabes
quando hás de morrer nem o que te há de suceder depois
da morte. Enquanto tens tempo, entesoura riquezas imperecíveis.
Preocupa-te unicamente com a tua salvação e cuida só
das coisas de Deus. 'Faze, agora, amigos', venerando os santos de Deus
e imitando-lhes as ações, para que, 'ao saíres
desta vida, eles te recebam nas moradas eternas' (Luc. XVI,9).
Grande
e salutar purgatório tem o homem paciente que, injuriado, mais
se aflige com a maldade alheia do que com a ofensa própria; que
roga sinceramente pelos que o contrariam e de coração
lhes perdoa; se a alguém magoa, não tarda em pedir-lhe
perdão; que mais facilmente se inclina à compaixão
do que à cólera; que, muitas vezes, faz violência
a si mesmo e se esforça por sujeitar de todo a carne ao espírito.
Mais vale purificar agora os pecados e extirpar os vícios do
que deixar para expiá-los na outra vida. Em verdade nos enganamos
a nós mesmos pelo amor desordenado que temos à carne.
Bem
te podes envergonhar ao considerares a vida de Jesus Cristo, por não
haver feito mais esforço de te conformar com ela apesar de trilhares
há tanto tempo o caminho de Deus.
O
que procura uma vida fácil e relaxada estará sempre em
angústias; alguma coisa haverá sempre que lhe desagrade.
Quem
não evita as faltas pequenas pouco a pouco cairá nas grandes.
Alegrar-te-ás sempre à noite quando houveres empregado
bem o dia. Vela sobre ti mesmo; anima-te; admoesta-te e aconteça
o que acontecer aos outros, não te descuides de ti.
BREVE
COMENTÁRIO
Ao
concluir o exame deste primeiro Livro da Imitação
de Cristo de Kempis, fiz uma associação
interessante que desejo partilhar com todos. Basicamente, para uma compreensão
fácil de ser assimilada, um átomo, segundo a física
moderna, é uma unidade eletricamente neutra composta de um centro
positivo e de uma periferia negativa.
De
uma maneira geral, tanto o centro quanto a periferia dos átomos
são compostos de (múltiplas) partículas, mas para
que o átomo se mantenha íntegro como átomo (desconsiderado
aqui o fenômeno da radioatividade natural), todas as partículas
se mantêm em movimento e são independentes e interdependentes.
Devo enfatizar que esta explicação está absolutamente
simplificada no que concerne a um entendimento mais avançado
sobre física atômica e nuclear. A própria atomística
Rosacruz difere em muitos pontos das leis físicas ensinadas nas
academias. Mas, de qualquer forma, considerando apenas um único
átomo, a carga elétrica de cada partícula atômica
– tanto positiva, quanto negativa – afeta a si própria
e a todas as outras, e todas as cargas das outras partículas,
menos uma, afetam uma partícula específica constituitva
do átomo (do núcleo ou da periferia). Interessante também
é que o nêutron, ainda que eletricamente neutro, quando
livre é instável decaindo em cerca de 10 minutos, gerando
um próton e emitindo um elétron e um antineutrino. As
possibilidades de reações e interações intranucleares
e extranucleares são tantas que eu acho que ainda estamos no
berço da compreensão de como funciona o Universo (
universos). Também se admite hoje que o próton seja uma
partícula instável com uma meia-vida superior a 1031
anos. As animações abaixo ilustram esses dois fenômenos.
Ora, isso tudo não é uma maravilha? Que grande ensinamento
místico podemos tirar daí? Muito simples: um
átomo é semelhante ao Universo macro – que é
um grande átomo ou uma grande célula, e portanto está
'vivo' e não poderá 'morrer' jamais.
Tudo é movimento, e a percepção de que algo está
parado (estático) só reforça o que ensinam os místicos
e ocultistas: os sentidos mais iludem do que ensinam. As próprias
partículas de um átomo funcionam como universos individuais,
mas vinculadas indissoluvelmente a todas as outras partículas
e por elas sendo afetadas em sua órbita e em seu núcleo,
e, por assim dizer, em sua individualidade. Assim, por exemplo, ainda
que um elétron da camada K seja energeticamente diferente de
um elétron da camada L ou da camada M, ele sofre as influências
desses outros elétrons e neles influi. Isso vale identicamente
para as interações vibratório-energéticas
elétron-próton, elétron-nêutron, próton-próton,
próton-nêutron, nêutron-nêutron etc. Quando,
por um processo qualquer, o elétron é arrancado da esfera
de influência do núcleo, ele passa a ter 'vida'
independente; mas se encontrar em seu caminho um pósitron (que
é um elétron positivo), eles se abraçarão
e perderão suas identidades para se transformarem em energia.
(Isto pode acontecer também com o elétron girando em sua
órbita). No inexistente tempo, essa energia novamente gerará
um par elétron-pósitron. Mas, não é assim
que parece funcionar todo o Universo? As duas animações
abaixo mostram esse fenômeno. (Na equação reversível
abaixo, h = constante de Planck e f = freqüência da radiação).
A física contemporânea admite que da aniquilação
elétron-pósitron também se forme um par neutrino-antineutrino.
Há um power point muito bem feito disponibilizado no
link abaixo que interessará a quem aprecia o tema da
formação do Universo:
http://www.oal.ul.pt/download/ace2004/escalaoa/ArteCosmica.ppt#2
e–
+ e+ ‹—› Energia
(2 hf)
Da
mesma forma, todos os possíveis universos são unidades
individualizadas, que somadas compõem o Universo Total –
o TODO UNO – influindo e sofrendo influências,
sem poderem existir e se manifestar fora desse TODO UNO.
Se
relativizarmos esse entendimento para o nível dos seres humanos,
evidentemente que concordaremos que influímos em tudo e em todos,
e somos influenciados por tudo e por todos, em meio a uma unidade que,
em princípio, não pode ser desmantelada – a Humanidade.
E esta mesma Humanidade, à semelhança
dos elétrons, é parte do TODO UNO, tudo
influenciando (individual e coletivamente) e de tudo recebendo influências
as mais variadas. A independência–interdependência
é um fato do qual nenhum ser (qualquer que seja o ser) pode escapar.
Por isso, sabem os Místicos:
O sentimento de individualidade, assim, é uma ilusão imposta
à nossa consciência objetiva pelo Corpo Astral, que nos
faz ser egoístas, vaidosos e indiferentes. Quando compreendermos
que TUDO É UM, os desejos darão lugar
ao desprendimento, as cobiças cessarão para que se evidencie
o desapego fraterno e solidário e as paixões serão
substituídas pela imparcialidade e pela paz interior. Nesse momento,
a humildade, a misericórdia e o amor reinarão soberanos
em nossa consciência. Observe a animação abaixo
(um átomo!) e reflita sobre o que poderá significar uma
unidade manifestada no seio da UNIDADE.
Muito
recentemente o Frater +Vicente
Velado
– FRC,
Iniciado do Sétimo
Grau do Faraó
e Abade Especial para o Terceiro Mundo da Ordo
Svmmvm Bonvm
(OS+B) – divulgou na Web um fantástico texto sobre a paz
(e a Paz),
que está inteiramente vinculado com o pensamento de Tomás
de Kempis. Penso que muito brevemente esse texto estará disponível
na OS+B. Mas, em um parágrafo da mais perfeita inspiração
ele ensina: Compreende-se, assim, que a Paz
Profunda é totalmente linear e plana, sem oscilações.
Se tivéssemos uma linha imaginária cujas pontas simbolizassem
opostos confrontantes, a Paz Profunda seria precisamente essa linha
quando totalmente abstraída do significado dessas pontas. Quando
isso acontece – em uma mera imagem ilustrativa –
essa linha se volta sobre si mesma e deixa de ter pontas, porque
passa a ser um círculo - um Círculo de Paz. É nessa
condição que tal linha – que pode ser uma
vida humana, ou várias vidas juntas – adquire
a condição de irradiar algo, no caso a Paz. Por essa transformação,
melhor dizendo, sublimação, deve um estudante de Misticismo
trabalhar com persistência, ao longo dos dias, das semanas, dos
meses e dos anos, sem pressa de chegar ao objetivo, pois quanto menos
apressado for, mais o objetivo dele se aproximará. Se é
ele, ainda, uma linha de existência com pontas de opostos –
uma positiva, a outra negativa, digamos – neutralizar
as polaridades deve ser o seu trabalho, para que possa tornar-se um
círculo em favor da Grande Obra. Eu não vou comentar
essa explicação porque não há o que comentar.
Ela é clara e perfeita por si mesma. Mas, tentei, com todas as
limitações que ainda tenho com esse tal de computador,
fazer uma animação muito próxima das explicações
dadas pelo Frater +Velado. Acho, quem sabe, que a animação
não representa exatamente a idéia do meu Irmão,
mas admito que auxiliará visualmente a completar a clarísima
explicação que ele deu. Essa animação, portanto,
pertence ao Frater +Velado, pois a idéia que ele expôs
(que nunca havia me passado pela cabeça da forma como ele explicou)
é dele, e não minha. Confesso que gostei imensamente de
ver o conceito de Paz
Profunda visto dessa maneira.
Por
último, não se pode esquecer de que, em síntese,
o Homem é um ser dual, entendimento místico que não
encontra qualquer contradição no pensamento de Tomás
de Kempis (que completarei proximamente em um texto semelhante a este).
Isto está perfeitamente simbolizado na animação
abaixo em cada esfera que fecha o círculo, e no próprio
fechamento do círculo em si – um Círculo
de Paz –
de Paz Profunda
–
como
explicou o Frater +Vicente Velado. Nossos
equívocos devem ser compreendidos
de maneira circular, para que a paz interior possa ser alquimizada em
PAZ PROFUNDA.
WEBSITES
CONSULTADOS
http://paginas.terra.com.br/arte/ecandido/doc00009.htm
http://www.johnpiazza.net/kempis.htm
http://www.muzeumliteratury.pl/pol/dzialy.htm
http://www.kufs.ac.jp/toshokan/japitaly/3.htm
http://www.fisica.ufc.br/renan/Pesquisa/linha.html
http://www.ck.com.br/materias/1998_08_arquivos/0898.htm
http://www.rstp.uwaterloo.ca/manual/interaction/positron_interactions.htm
http://www.astro.iag.usp.br/~ronaldo/intrcosm/Glossario/index.html
http://aol.klickeducacao.com.br/Conteudo/Referencia/Content/1237/Images/proton.swf
http://lxsa.physik.uni-bonn.de/outreach/wyp/exercises/bonn1/de/materieaufbau.htm