A
ILUSÃO
QUE NOS CONSOME
(A ILUSÃO
NOSSA DE CADA DIA)
Rodolfo Domenico Pizzinga
Música
de fundo: All the Way
INTRÓITO
Diferentemente de alguns trabalhos
anteriores, dos quais tive a honra e o privilégio de poder divulgá-los,
este foi escrito da forma mais simples e didática possível.
Esforcei-me para não usar termos esotéricos, teosóficos,
antroposóficos, cabalísticos etc., e procurei auxiliar
o leitor a refletir sobre uma idéia, pelo menos, polêmica:
este é o PLANO DA ILUSÃO! No final, para
amenizar um pouco a densidade do tema em discussão, propus um
momento educativo de lazer e de alegria, usando, por empréstimo,
a criatividade de especialistas em ilusão de ótica. Todos
os sites consultados estão referenciados na última página
do trabalho, que recomendo por serem excelentes.
A
ILUSÃO (MÂYÂ)
Minimamente, todos os símbolos
têm três significados. EXOTÉRICO
ou EXTERIOR, acessível e de fácil percepção.
ESOTÉRICO ou SECRETO, intelectualmente
discernível. E ESPIRITUAL ou MÍSTICO,
cuja compreensão ou decifração depende de experiência
pessoal e solitária. Esta experiência é individual
e intransferível e seu significado só pode ser vivenciado
pelo EU INTERNO. A compreensão mística
de um símbolo, de uma lei ou de uma experiência insólita
envolve, por sua vez, três níveis que não se anulam.
Pelo contrário, são complementares e interdependentes,
ou seja: sente-se com o CORAÇÃO, vê-se
com o OLHO INTERIOR e compreende-se com a RAZÃO.
Na verdade, mas isto não será apreciado neste ensaio,
há sete possíveis interpretações para cada
símbolo. De qualquer sorte, é necessário que se
admita um fato irrecorrível: o ente só pode CONHECER
e SABER por sua própria EXPERIÊNCIA.
A mera curiosidade é abstrata e inócua; a teimosia
e a arrogância intelectual e/ou teológica apenas satisfazem
a vaidade; o SILÊNCIO INTERIOR transmuta ilusões
em VERDADES (RELATIVAS). E a SANTA
SABEDORIA (ShOPhIa) SÓ
PODERÁ SER ALCANÇADA EM SILÊNCIO E PELA MEDITAÇÃO.
Não há outro CAMINHO. Peregrinar, então,
é preciso.
Então, na medida em
que, por serem desprezados ou desconhecidos esse Triângulo (CORAÇÃO,
OLHO INTERIOR e RAZÃO) e a
própria constituição setenária do ser, são
mimados e gratificados os desejos, as paixões e as cobiças,
ou seja, as ilusões. E, devido a essa fraqueza constitucional
(temporária!), novas, mais elaboradas e escandalosas necessidades
ilusórias são engendradas pelo ser singular e acompanhadas
pela coletividade, que imita e repercute em série modismos e
absurdos sucessivos.
Mas, há algo pior e
mais comprometedor que não é conhecido ou reconhecido
pela quase totalidade dos seres humanos. As palavras e os nomes pensados
ou pronunciados pelos indivíduos têm influência imediata
ou mediata no próprio emissor, nos outros seres e em toda a Natureza.
Em suma: afetam o UNIVERSO. P. Christian, citado por
Madame Blavatsky no volume I de sua Doutrina Secreta, ensina:
Pronunciar uma palavra é evocar um pensamento e fazê-lo
presente; o poder magnético da palavra humana é o começo
de todas as manifestações no Mundo Oculto. Pronunciar
um nome é não somente definir um ser [uma entidade],
mas submetê-lo à influência desse nome e condená-lo,
por força da emissão da palavra... a sofrer a ação
de um ou mais poderes ocultos. As coisas são, para cada um de
nós, o que as palavras determinam quando as nomeamos. A palavra...
ou a linguagem de cada homem é, sem que ele disso tenha consciência,
uma ‘bendição’ ou uma ‘maldição’;
e é por isso que a nossa atual ignorância acerca das propriedades
ou atributos da ‘idéia’, assim como sobre os atributos
ou propriedades da ‘matéria’, nos é tantas
vezes fatal. Sim, os nomes [e as palavras] são ’benéficos’
ou ‘maléficos’; em certo sentido, são nocivos
ou salutares, conforme as influências ocultas que a Sabedoria
Suprema associou a seus elementos, isto é, às ‘letras’
que os compõem e aos ‘números’ que correspondem
à essas letras.
A primeira das ilusões
humanas, talvez genitora de todas as outras, é a crença
inverossímil de que qualquer ser possa existir independentemente
da Natureza, e, em conseqüência, desvinculado do Cosmos.
A Natureza é uma. O Universo é UM. Tudo
está associado. Minerais. Vegetais. Animais. Entes. Sistemas.
Galáxias. Correndo o risco de ser impertinente, repito: TUDO
É UM. As sensações de separação
e de isolamento estão conformes com a ilusão de individualidade.
A VIDA, a SENSAÇÃO e
a CONSCIÊNCIA são partes inalienáveis
da INTELIGÊNCIA CÓSMICA, e as vidas, as
sensações e as consciências individuais são
meras emanações desta INTELIGÊNCIA.
A insustentável e imaginária convicção de
auto-existência e de superioridade advêm da ignorância
e da presunção de que possa existir estanqueidade ou degraus
auto-suficientes e independentes no Universo. Tudo interfere em tudo.
Mas, por outro lado, se a
mente está apaziguada e liberta de influências desarmônicas
(interiores e exteriores), pode se congraçar com os arquétipos
mais sutis e elevados dos Planos Superiores. Neste estado, a razão
humana (científica e filosófica) cede espontaneamente
lugar à RAZÃO ou INTELIGÊNCIA
CÓSMICA. Não importa se esta percepção
é fragmentária. Ela é, sim, fragmentária.
Mas, é de fragmento em fragmento, de verdade relativa em verdade
relativa, que é possível ao buscador, lentamente, alforriar-se
de seu balaio de ilusões, sejam estes erros de percepção
ou de entendimentos conscientes ou inconscientes.
O mito da queda do homem reflete
este pensamento. Para voltar a poder contemplar o ESTADO DE
PUREZA, o peregrino-buscante deverá renunciar às
suas próprias ilusões pela compreensão progressiva
e ilimitada de que tão-só a RAZÃO UNIVERSAL
pode e deve atuar concertada e efetivamente em sua consciência.
A servidão da vida social, as inquisições (públicas
ou escondidas), as aparências fenomênicas, as soluções
finais, a opinião aceita, os preconceitos, o conhecimento superficial,
o aprendizado corrompido, as convicções cousistas,
as crendices, simpatias e mandingas, as adulterações conscientes,
as supressões voluntárias, a classificação
e a manipulação de informações, os sofismas
filosóficos, as compulsões emocionais, as concepções
científicas e teológicas esdrúxulas e hipotéticas,
as conquistas intelectuais e espirituais personalistas, as ambições
inescrupulosas, as intolerâncias (fundadas!? ou infundadas), o
egoísmo, as conspirações, a cumplicidade consciente,
a avareza etc. podem paralisar e até impedir a RAZÃO
CÓSMICA de se manifestar na, com e pela razão
humana. Pelo uso indevido, inadequado, hipócrita e injustificável
sob qualquer argumento da razão, as mais hediondas violações
foram e continuam a ser cometidas. Uma interminável lista de
insucessos, de crimes e de equívocos foi maquiavelicamente implementada
com base em razões de estado, razões teológicas,
razões comunitárias e razões pessoais, cujos alicerces,
inequivocamente, foram e são ancorados em variados tipos presuntivos
de categorias absurdas e incompatíveis com os princípios
mais comezinhos daquilo que os próprios artífices desses
abismos infernizantes cognominam de moral. Em defesa da segurança
nacional, em nome de deus, para salvaguardar o condomínio, em
nome da honra e da família, prender, torturar, arrebentar, estuprar,
escravizar, aniquilar e matar foram e continuam sendo as providências
executadas pelos fracos que se julgam fortes, pelos idólatras
que se admitem deuses e pelos infelizes sem-alma que sequer cogitam
da possibilidade da existência da ALMA. Ainda
que, impostergavelmente, estas denúncias devam sempre ser lembradas
e relembradas, pessoalmente estou convicto de que os protagonistas desses
horrores, por exclusão, devem ser inseridos, no âmbito
da psiquiatria, na categoria dos transtornos mentais, particularmente
os diversos subtipos de transtornos de personalidade (por exemplo, transtorno
de personalidade psicopática). Não é possível
que, por exemplo, um homem-sem-alma possa vivenciar em seu interior
sentimentos de altruísmo, de fraternidade, de misericórdia,
de solidariedade, de júbilo e de amor. Esse irmão-infeliz
tem, inconscientemente, seu ego imantado à ††††††
††††††. A todos nós
que compreendemos este e outros fardos cumpre... ORAR... ORAR...
ORAR... VIGIAR... VIGIAR... VIGIAR...
Só um pouquinho de MISERICÓRDIA... Só
um tiquinho de LUZ... por esses irmãos menores
que gritam silentemente por ajuda sem saber, sem sentir, sem pedir e
sem falar. Não existe, no Universo, sofrimento maior do que o
sofrimento daquele que gera o sofrimento sem saber porquê. Ainda
que ele seja um instrumento causal, nele os efeitos são impossíveis
de ser compreendidos, inclusive pelos especialistas dessa área.
Pois, o que está aderido ao corpo astral e o que dele resta é
simplesmente inimaginável e desconhecido da medicina convencional.
Só pode ser visto com o olho interno. E o que é visto
é medonho. De qualquer maneira, como afirma Christian Bernard
no artigo Peregrinação Interior publicado na
revista O Rosacruz (4º trimestre de 2003), é preciso ter
em mente que: Do mais ignorante ao mais sábio, do
mais malévolo ao mais gentil, todos nos auxiliamos mutuamente
a cumprir nossa evolução, de múltiplas maneiras,
da mais dolorosa à mais agradável, da mais penosa à
mais fácil.
Há muita miséria
e muita dor no mundo dito contemporâneo. Neste momento, eu escolhi
para me entristecer e me comover com o inamovível despotismo
indisfarçável de segmentos majoritários da Igreja
de Roma, que mantiveram e continuam a manter lacradas as bibliotecas
dos porões do Vaticano, nos quais dormem empoeiradas, amarelecidas
e bolorentas as (quase) intocadas obras verazes que contêm os
conhecimentos tradicionais milenares e os fundamentos do misticismo
autêntico, divulgando (e determinando que sejam divulgados) dos
púlpitos, apenas os ilusórios dogmas temporais caliginosos
e sem coerência interna, que lhes interessam e lhes servem. Pobres
catecúmenos inocentes(?) de sempre! Neste particular, comungo
das idéias arrojadas de Kanefer
Anpu,
Editor-chefe do Latino
Portal R+C
da ORDO
SVMMVM BONVM.
Fico apenas na dúvida do que é pior: se o espírito
de corpo das religiões instituídas, se o inconcebível
poderio militar de algumas superpotências! Poder não se
divide. Esta é a lei aplicada pelo poder carcomido para não
ceder um milímetro de poder. Oh! Ilusório poder! A Revolução
Industrial, que irrompeu na segunda metade do século XVIII, na
Inglaterra, desestruturou as desgastadas estruturas feudais, as guildas
e o domínio paralelo que a Igreja detinha sobre as organizações
trabalhistas. Mas não conseguiu tocar no Poder Oculto por trás
do poder. Esse Poder pode (quase!) tudo.
Daí o grande perigo
da predisposição para a sugestão. Uma pessoa sugestionável
compra qualquer idéia. Jung advertiu que a separação
cada vez maior entre o consciente e o inconsciente [que eu prefiro
denominar de subconsciente pessoal] aumenta o perigo de contágio
psíquico e de psicose de massa. E os dois blocos citados
são altamente especializados em sugestionar incautos e ignorantes,
sejam estes bem-intencionados ou não (o que é pior). Devemos
todos, portanto, estar atentos para não cairmos [por
exemplo] na armadilha da lisonja - como adverte Bernard no
artigo já citado – [pois] esta nos tornará surdos
à voz dos que realmente querem nosso bem e cegos aos atos dos
que nos fazem mal, com o único objetivo de nos iludir ou de nos
usar para fins interesseiros. Mas há outras armadilhas piores
do que a adulação! ‚‚‚‚‚‚
e ‚‚‚‚‚‚‚
não descansam nem dormem!
Os TRÊS Ps da Filosofia
Antiga são Pitágoras (KH), Platão e Plotino. Vou
me debruçar um pouco sobre o pensamento plotiniano, naquilo que
possa estar vinculado ao tema que está sendo examinado. O Pai
das Enéadas morreu em 270 d.C. transmitindo a Eustóquio
– seu médico – o seguinte testamento espiritual:
Procurai conjugar o divino que há em vós
com o divino que há no Universo. Sua Filosofia
Mística admite que Deus não pode ser expresso por conceitos
ou por idéias humanas. Mesmo que se admita que Deus (UNO-EM-SI)
é perfeito, onipotente, incriado, único etc., é
Ele inacessível a qualquer contato direto, pois, inclusive, é
inconsciente dos atos sucessivos que geram as coisas criadas. Nas Enéadas
VI, 9, 3 está ensinado: O Um é destituído
de forma, mesmo de forma inteligível, já que, sendo a
sua natureza geradora de todas as coisas, não é nenhuma
delas. Não é, portanto, nem substância, nem quantidade,
nem pensamento, nem alma; não se move nem está em repouso,
nem está em um lugar, nem em um tempo, mas permanece uniforme
em si mesmo, melhor, sem forma, transcendendo toda forma, movimento
e repouso...
O UM (PRIMEIRO UM ou UNO-EM-SI)
está acima de todas as coisas. NELE não há alteridade,
e, assim, também não há entropia. O UM nada conhece,
mas concomitantemente, nada há que ELE ignore! Estes pensamentos
podem, à primeira vista, parecer paradoxais e inconsistentes.
Entretanto, por mais que a razão se esforce para decifrar esse
mecanismo, não será bem sucedida. Só há
um Caminho: Pela Meditação que conduz à Via Transracional.
E, assim, D’US não necessita de autoconsciência.
ELE É. ELE É O SVMMVM BONVM QUE ESTÁ ACIMA
DAS EMANAÇÕES DELE PROVINDAS. ELE é – segundo
Plotino – inefável no sentido absoluto do conceito.
Quando o ser humano pensa algo a respeito do UM, é somente para
tentar poder compreendê-Lo. Já o UM não pode pensar
sobre SI MESMO, porque se o fizesse haveria multiplicidade. Portanto,
ELE não pensa em SI e o ser singular jamais poderá pensá-Lo
convenientemente. Todas as aproximações mentais que sejam
feitas sobre e de D’US são também ilusões
próprias da imperfeição humana. O próprio
pensamento de Plotino – ainda que, sabidamente, Ele tenha sido
um Hierofante – encerra com uma quota-parte de ilusão!
Assim, quando os seres – e o próprio Plotino – pensam
ou falam de D’US, partem de categorias posteriores e próprias
do plano das realidades do tipo bondade, onipotência, justiça,
paternidade, providência, perdão, incriação,
perpetuidade etc., que nada mais são do que conceitos humanos.
Mas, esta dificuldade não impede que, pela intuição
transracional, os seres, e particularmente os Iniciados, possam, repito,
de verdade relativa em verdade relativa, de fragmento em fragmento,
sentir em seus corações a PRESENÇA INCONFUNDÍVEL
DO DEUS DE SEUS CORAÇÕES. Esta sensação
permite que uma certa certeza se corporifique, de tal sorte que o Mestre-Deus-Interior
possa paulatinamente ser construído. Por isso, Plotino
deixou escrito nas Enéadas: ...Ele transcende palavra,
espírito e sensibilidade: essas coisas Ele concede generosamente
sem ser nenhuma delas (V, 3,13 e 14). Esta concessão deve
ser entendida como mérito-privilégio da busca.
Em conformidade com o pensamento
neo-platônico plotiniano, está gravado no Gênese
I, 2: ...e as TREVAS cobriam a face do abismo... Em João
I, 4 pode ser lido: ... [Ali] estava a VIDA, e a VIDA era a Luz...
E a Luz brilhou nas TREVAS e as TREVAS não a compreenderam. O
entendimento esotérico, oculto e iniciático de TREVAS
refere-se ao ABSOLUTO – o UNO-EM-SI
– que não se conhece nem pode compreender a Luz Transitória.
Demon est D’US inversus. TREVAS
É O ESPÍRITO PURO. O FOCO E A ORIGEM DA LUZ SÃO
AS TREVAS PRIMORDIAIS – O FOGO NEGRO. AS TREVAS SÃO A ATUALIDADE
CÓSMICA, base e raiz da LUZ –
realidade manifestada. O ser só pode ter acesso às diversas
oitavas da LUZ, jamais às TREVAS.
Plotino admitiu que, por ser
contrária à natureza do UM, as coisas não podem,
por simples criação, DELE proceder diretamente. Uma das
imagens usadas por esse magistral Hierofante para descrever como as
coisas procedem do UM, é a de uma árvore (invertida).
Na Raiz estão o UM, a VIDA VERDADEIRA, o PRINCÍPIO SEM
PRINCÍPIO NEM FIM. Para que os seres possam conceber o UM e contemplar
fragmentariamente SUA GRANDEZA, o único CAMINHO é através
do êxtase interior e com o suplicado auxílio dos Seres
que são depois DELE. Nesse processo emanativo, resumida e apocopadamente,
a ordem descensional é: AQUILO QUE É —›
NOUS OU INTELIGÊNCIA —›
VIDA —› ALMA UNIVERSAL —›
ALMA DOS HOMENS (PERSONALIDADES-ALMA) —›
MATÉRIA. Esta última emanação, segundo Plotino,
é a menos perfeita, mas, não é má-em-si
– como pretendiam os maniqueus – apenas está potencialmente
mais distante(!?) da perfeição do UNO-EM-SI
do que os outros planos vibratórios que lhe são superiores.
A união personalidade-alma‹—›corpo
é regulada pela NECESSIDADE, que governa as emanações
procedentes do UM. A missão, por assim dizer, da personalidade-alma
é retornar (reintegrar-se) ao UM, missão, todavia, dolorosa
e árdua, porque exige, no mínimo, o empenho férreo
da vontade, filha da VONTADE. A VONTADE (LIBERDADE) não contradiz
a NECESSIDADE UNIVERSAL. A personalidade-alma é originária
do AMOR e do BEM impressos na INTELIGÊNCIA (SEGUNDO UM); o pensamento
é desejo polarizado. E a vontade – impregnada da VONTADE
– consciente ou inconscientemente, aspira a se identificar e a
se reconciliar consigo, com o(s) outro(s) e com o ABSOLUTO. Apesar de
a reintegração total no e com o ABSOLUTO ser uma missão
impossível, porque tal reintegração é um
processo interminável, ilimitado e assintótico, Plotino
ensinou que TRÊS são as etapas ascensionais de retorno
ao UM:
Primeira: ASCESE OU CATARSE (SABEDORIA, FORTALEZA,
TEMPERANÇA e JUSTIÇA);
Segunda:
CONTEMPLAÇÃO (MEDITAÇÃO);
e
Terceira:
ÊXTASE – Ao alcançar este
estado, a personalidade-alma adquire consciência de que é
parte inalienável do UNO-EM-SI. Desaparece, por isso,
a sensação de dualidade enquanto persistir o estado extático.
Neste tempo não mensurável tudo é sentido como
UNIDADE e PLENITUDE. Aquilo que é
entendido como criação é um processo cíclico
e insubstituível de expansão (diástole universal)
e de contração (sístole universal) do Universo,
cuja repetição é conhecida dos ALTOS INICIADOS.
O Número que expressa essa LEI é:
SÍSTOLE:
311 040 000 000 000 ANOS
DIÁSTOLE: 311 040 000 000 000 ANOS
CICLO COMPLETO: 622 080 000 000 000 ANOS
A MENTE UNIVERSAL atua centripetamente,
ou seja, em direção ao centro, que está, ao mesmo
tempo, em toda parte e em nenhuma. A reação a esta ação
é de natureza centrífuga. Daí a inspirada concepção
plotiniana das emanações. Confinando estas lucubrações
ao homem, a personalidade-alma é, em um dado nível ou
plano vibratório, o resultado da atividade centrífuga
da VONTADE CÓSMICA, que se contrapõe à atividade
centrípeta do UNO-EM-SI (UM). Assim, quando o ente,
em processo de meditação, dirige centripetamente o poder
de seu pensamento para o interior – para o CORAÇÃO
– poderá perceber e sentir uma reação centrífuga
poderosa que fortifica o EU INTERIOR e todas as células do corpo.
Este processo é o resultado da transmutação temporária
do ser setenário global em um padrão menos grosseiro,
portanto, mais harmônico e mais sutil. Paulatinamente, conforme
está escrito em todos os Livros Sagrados, as ilusões do
Mundo da Concretização serão minimizadas e a insensatez
de viver delirantemente dará lugar à SENSATEZ
DE VIVER, à POSSIBILIDADE DE COMPREENDER
e à FORTALEZA DE SABER.
O CORAÇÃO
simboliza exotericamente o AMOR; esotericamente, a
COMPREENSÃO; e espiritualmente, o SABER
INICIÁTICO. Esta peregrinação haverá
de ser por todos desejada, percorrida e realizada. Ainda que, repetindo,
seja impossível a absorção definitiva e integral
do ser no ABSOLUTO, a senda místico-iniciática propicia
ao buscador sincero uma progressiva e imperdível condição
espiritual, na qual as ilusões inerentes aos ciclos... encarnação-desencarnação-encarnação...
são minimizadas. Vencida a roda das encarnações
compulsórias neste plano... isto é tarefa para cada um
experimentar em silêncio... com o D’US DO SEU CORAÇÃO!
O fato é que a encarnação compulsória decorre
da ilusão inconsciente e/ou da teimosia consciente, e é
regulada pela amorosa reciprocidade cósmica educativa. A Lei
da Retribuição não é punitiva como pensam
ainda certos confrades de algumas congregações ou irmandades.
O Amor Cósmico é didático e pedagógico.
Muitas vezes dói, mas a dor é uma opção
pessoal, geralmente inconsciente. Mas, retornando ao começo desta
monografia, devo enfatizar: aquilo que o CORAÇÃO
sentir deverá ser visto pelo OLHO INTERNO e
compreendido pela RAZÃO.
SILÊNCIO...
SILÊNCIO... SILÊNCIO...
O
EXPERIMENTO
Este
experimento (que deve ser realizado apenas uma vez por mês, preferentemente
na lua crescente) tem por finalidade implantar uma idéia benéfica
e efetiva na memória, de tal sorte a causar uma ressonância
associativa progressiva, ou seja:
Ser
Singular‹—›Mestre-Deus Interior Imanente
PRIMEIRO PASSO – Este exercício, a critério
de cada um, poderá ser praticado em qualquer dia da semana. Contudo,
será mais apropriado que seja levado a efeito em uma QUINTA-FEIRA,
entre 19,00 e 22,00 horas.
SEGUNDO PASSO – No dia escolhido - qualquer que
seja ele - é recomendável que não sejam ingeridos
alimentos oriundos do reino animal. Devem ser evitadas, também,
bebidas que contenham álcool.
TERCEIRO PASSO – Antes do exercício, deve-se
tomar banho e beber um copo de água fresca.
QUARTO PASSO – Sente-se confortavelmente em uma
cadeira ou deite-se em decúbito dorsal (de costas) com as pernas
ligeiramente separadas e os braços formando um ângulo de
90º em relação ao tronco.
QUINTO PASSO – Inspirar e expirar três
vezes, sustentando a inspiração por mais ou menos 10 segundos.
SEXTO PASSO – Faça a oração
que você estiver acostumado ou a que mais lhe agradar. Lembre-se
de que você está próximo de entrar em COMUNHÃO
DIRETA E CONSCIENTE COM O DEUS ÚNICO E QUE, POR ISSO, ESTÁ
PRESENTE EM SEU CORAÇÃO. O CORAÇÃO É
O CENTRO DA VIDA DO SER. O CORAÇÃO É O SANCTUM
SANCTORUM DE CADA ENTE ENCARNADO.
SÉTIMO PASSO – Nesta altura do exercício,
você já cumpriu a metade da peregrinação.
Todos os sentimentos de discórdia, de mágoa, de rancor
devem, agora, ser eliminados. Relaxe. Não pense em nada. Esvazie
a mente. Os problemas da vida devem, neste momento, ser postos de lado.
Relaxe profundamente e sinta em seu ser o SER que nele
permanentemente habita.
OITAVO PASSO – Relaxe os pés, as coxas,
o tronco, os braços. Relaxe o cérebro. Elimine todo e
qualquer pensamento. Sinta o AMOR e o BEM UNIVERSAIS
penetrando cada célula do seu corpo. PERMITA
QUE O DEUS DO SEU CORAÇÃO SE MANIFESTE LIVRE E INTEGRALMENTE
EM SEU CORAÇÃO.
NONO PASSO – Agora, concentre sua mente objetiva
no seu CORAÇÃO Sinta o batimento cardíaco...
e viva apenas no CORAÇÃO A partir de
agora você é só CORAÇÃO.
DÉCIMO PASSO – Suave, mas audivelmente,
emita o mantra A-UM
MA-NI ...
PAD-ME HUM.
Este mantra (som vocálico) deve ser pronunciado, preferentemente,
com um pequeno intervalo entre as quatro primeiras sílabas e
as três últimas. Este som sétuplo deve ser repetido
SETE VEZES, enquanto o foco da atenção
permanece centrado no CORAÇÃO.
DÉCIMO-PRIMEIRO PASSO – Mentalize algo
semelhante a: DEUS: EU ME ENTREGO AGORA, SEM RESERVAS, A TI.
OPERA EM MEU SER O BEM, A BELEZA E O AMOR DO UNIVERSO. SEJA FEITA A
TUA VONTADE E NÃO A MINHA. ASSIM SEJA. ESTÁ SELADO.
DÉCIMO-SEGUNDO PASSO – Deixe acontecer.
Não pense em mais nada. Confie que o DEUS DO SEU CORAÇÃO
está, neste momento, em harmonia integral com todo o seu ser.
Você e o DEUS DO SEU CORAÇÃO agora
são UM, porque você assim está
permitindo!
DÉCIMO-TERCEIRO PASSO – Ao acordar ou
ao terminar o exercício AGRADEÇA PELO DOM DA VIDA
E PELO QUE RECEBEU NAQUELE INSTANTE SAGRADO DE SUA EXISTÊNCIA.
Não se esqueça de que nosso Planeta é basicamente
constituído de minérios e minerais, de vegetais, animais
e de seres humanos. TUDO COMPÕE UMA UNIDADE INDISSOCIÁVEL.
O
B S E R V A Ç Ã O
O mantra A-UM
MA-NI ...
PAD-ME HUM
tem um poder quase ilimitado quando pronunciado para o BEM,
pois, segundo a Doutrina Teosófica, cada sílaba encerra
um poder oculto capaz de produzir um resultado definido. De qualquer
ângulo que seja examinada, esta frase esotérica pode ter,
entre outros, os seguintes significados; a) Eu sou o que
sou; b) Eu estou em Ti e Tu estás em
mim; e c) Oh! D’US meu que estás
em mim! Esta fórmula canaliza energias vibratórias
poderosíssimas e, deste modo, o vocalizador, os outros seres
e mesmo todo o Planeta serão beneficiados, transmutados e protegidos.
Tudo isso porque, indissolvivelmente, homem e Universo são UM,
e, imanentemente, D’US está em tudo e
em todos os seres.
A-UM
MA-NI ...
PAD-ME HUM
pronunciado pelos lábios de um Iniciado da Senda Direita produz
maravilhas que não podem ser descritas ou concebidas com a mente
objetiva. Meus irmãos: VAMOS TRABALHAR.
Trabalhar é preciso!
Para vencer o reinado da ilusão criado pela intelectualidade
deformada e mantido pela dupla ignorância: objetiva
e subjetiva. A rejeição em cooperar com
o Mestre Interior produziu no passado, produz no presente e produzirá
no futuro caos e conflitos. Pessoais, interpessoais e coletivos. O início
da libertação começará quando o ser alcançar
a compreensão de que o limitado não pode impor, autoritária
ou totalitariamente, seu domínio e seus desejos ao que é
limitado como ele, nem, muito menos, ao ILIMITADO.
A chave de tudo está na compreensão exata e ajustada do
conceito denominado COOPERAÇÃO entre
o próprio ser e seu MESTRE INTERIOR. Essa cooperação
associativa com a INTELIGÊNCIA implica em uma
RELAÇÃO HARMONIOSA e PERMANETE.
Quando a VOZ SILENCIOSA falar pela primeira vez, não
emudecerá nunca mais. O diagrama de ouro abaixo resume todo este
ensaio.
Renúncia
–› Cooperação –›
Harmonia –› MAESTRIA |
Como pensamento final destas reflexões viajarei
no tempo e voltarei a Crotona. Lá, vejo Pitágoras ensinando
pacientemente a um grupo de discípulos escolhidos: Primeiro discípulo:
— Mestre, como poderemos alcançar a MAESTRIA? Pitágoras
responde: — Conhecendo o segredo da TETRACTYS e desvendando
com paciência o mistério de certos números sagrados
e especiais como o NÚMERO DE OURO {[1 + 51/2]÷2} e o NÚMERO
DA BELEZA DO UNIVERSO ILIMITADO, que decorre, matematicamente, da divisão
de 22 por 7. Segundo discípulo: — Mestre,
falaste da BELEZA, mas não compreendi.
Podes explicar melhor? Pitágoras responde: — A
BELEZA decorre da HARMONIA UNIVERSAL. No homem ela só será
sentida quando a frívola autoconsciência hipotética
for inteiramente dominada. Então ser e SER comporão uma
Unidade Consciente. Esse é o Caminho para a MAESTRIA. Terceiro
discípulo: — Mestre, quando alcançarmos a MAESTRIA
poderemos descobrir e criar livremente coisas novas? Pitágoras
responde: — Os verdadeiros Iniciados sempre souberam
que não existiu, não existe e não poderá
existir jamais nada novo sob o SOL. O que o olho não pode ver,
o OLHO vê e cala. É mister cegar o olho para poder enxergar
com o OLHO. Só pelo e no SILÊNCIO este OLHO pode mostrar
ao olho a BELEZA de que falei há pouco.
*
* * *
* * *
Não posso, realmente,
concluir este texto sem fazer um brevíssimo comentário
sobre a ilusão babélica e alucinante que reina no domínio
da Economia, cujo pecado mortal está centrado nos denominados
modelos mecanicistas. A própria Ordem
Rosacruz - AMORC
divulgou, no primeiro ano do terceiro milênio, um Manifesto elaborado
pelos Deputados do Supremo Conselho da Fraternidade Rosacruz. E assim,
foi acesa a QUARTA CHAMA R+C. Este Manifesto,
denominado POSITIO
FRATERNITATIS ROSÆ CRUCIS,
entre outros temas, aborda a situação escandalosa e caótica
pela qual passa a economia mundial.
Ora, que resultados trouxeram
os modelos macroeconômicos vigentes e as simulações
computacionais elaboradas nos luxuosos gabinetes do Poder, sejam públicos,
sejam privados? Creio que todos estão de acordo que, de modo
geral e resumidamente, as estruturas ilusórias nas quais está
ancorado o modelo neoliberal têm exorbitantemente produzido o
aumento da miséria e da pobreza, excedido os limites razoáveis(!?)
das fedorentas sobrevalias, multiplicado as concordatas, promovido a
exploração descontrolada dos ecossistemas e estuprado
intensamente as reservas naturais, incrementado geometricamente os problemas
ambientais, estimulado maldosamente o desemprego crescente, intensificado
a regulamentação, o domínio, a interferência
e o controle do poder invisível dos aparelhos burocráticos
com fins indisfarçáveis e hipotéticos contrários
aos interesses reais da sociedade, e que só interessam aos grandes
conglomerados, desequilibrado as balanças comerciais, aumentado
assustadoramente as dívidas interna e externa e exacerbado as
tensões psicológicas. A isto, estão associadas
a manipulação das consciências e as guerras fabricadas.
As simulações orquestradas e orientadas jamais poderão
solucionar as insuficiências do insuficiente pensamento humano.
Estou de acordo com as ponderações de Marco Bertalot,
que no artigo Morte e Ressurreição da Economia,
assevera: A superação do egocentrismo nos
pensamentos... terá também seus reflexos favoráveis
na superação dos egoísmos econômicos e, portanto,
favoráveis à concretização gradativa do
princípio da solidariedade econômica, sem o qual o número
de excluídos será cada vez maior. Este pensamento
verdadeiro remete à Lei Social, proposta por volta de 1905, por
Rudolf Steiner, que se contrapõe frontalmente às festejadas
proposituras de Adam Smith. No artigo Uma Revisão da Economia
– As Bases do Pensamento Econômico, Lex Bos, sociólogo
e consultor de empresas, recorda a aludida Lei, cujo enunciado é:
O bem-estar de um grupo de pessoas que trabalha em conjunto
é tanto maior quanto menos o indivíduo exigir para si
os resultados do seu trabalho, ou seja, quanto mais ele ceder estes
resultados aos seus colaboradores e quanto mais as suas próprias
necessidades forem satisfeitas, não pelo seu próprio trabalho,
mas pelo dos outros.
Certamente, a trimembração
conhecida Capital-Trabalho-Mercadorias está
seriamente comprometida e desarmonizada e, esses três componentes
não podem, a juízo dos economistas, antropólogos
e sociólogos honestos e conscientes dos graves problemas vividos
pela sociedade contemporânea, servir de gancho –
como adverte Lex Bos – para a cura dessas distorções.
O Trabalho está estruturado rígida e hierarquicamente
com base em relações mecanicistas, resquício, ainda,
das estruturas feudais, que encontraram inspiração no
modelo teocrático-autoritário deturpado que conheceram.
O entrelaçamento mecanicista dos três componentes
do trabalho constitui o instrumento de um Estado totalitário
e de seu domínio burocrático. Os educadores,
por exemplo, não estão, ordinariamente, preocupados com
os aspectos mais elevados da existência, até porque, em
geral, não os conhecem, e, por esse motivo, equivocadamente,
constroem e programam o processo ensino-aprendizagem para preencher
as lacunas criadas perversamente pelo sistema de trabalho. Nesse sentido,
Lex Bos apresenta três paradigmas: Aprender é
meio para uma meta de trabalho (ilusão nº
1); Força de trabalho é mercadoria
(ilusão nº 2); Diferenças salariais são
o único meio para manter um sistema de poder – a hierarquia
do trabalho (ilusão n° 3). Nessa babel ensandecida,
o tratamento dado à força de trabalho como mercadoria,
obriga os indivíduos a cada vez menos pensarem nos outros como
verdadeiros irmãos universais e cada vez mais cogitarem no que
eles podem auferir e lucrar individualmente. A educação,
no futuro, das classes de alfabetização aos cursos de
doutoramento, não poderá estar estruturada sem levar em
alta e prioritária consideração o significado
intrínseco do aprender. Aprender é fundamentalmente
se conhecer. Ao se conhecer, o mesmo conhecerá e amará
o outro. Só desta forma o inferno da ilusão será
transmutado em paraíso do BEM, da BELEZA
e do AMOR. O processo educativo hodierno,
da maneira como está edificado, conduz, na vida profissional,
às seguintes fatalidades: a) a economia, nos moldes em que está
estruturada, sobreleva, ilude e sufoca a possibilidade de uma realização
espiritual plena; b) as empresas e a sociedade estimulam a luta pelo
ilusório poder e a conquista quimérica por vantagens pessoais;
e c) dependendo da empresa, seus funcionários se tornam socialmente
irresponsáveis. A sociedade vive hoje o drama de ter de conviver
com uma quantidade crescente de serviços e de produtos de baixa
qualidade, e iludida com necessidades artificialmente plantadas em seu
subconsciente. Os meios de comunicação sabem, competente
e infernalmente, como penetrar nas consciências desavisadas. Enfim,
uma seqüência de medidas para solucionar os problemas avernais
enfrentados pela sociedade deste milênio que começou chorando,
no campo da Economia, na avaliação de Bos, que coincide
em muitos pontos com a minha, resume-se, minimamente, a: a) A
vinculação rígida entre trabalho, remuneração
e capacidade dá ao trabalho o caráter [hediondo
e macabro] de mercadoria e, desta forma, representa o último
resquício da escravidão que ainda temos que superar;
b) [Os modelos econômicos e as burocracias tantalizantes vigentes]
são incapazes de indicar caminhos para uma verdadeira
renovação econômica. Só o desapego,
a verdadeira fraternidade e um salto de qualidade espiritual poderão
mudar a face do monstro engendrado pelos postulados estabelecidos pelo
Liberalismo e disfarçadamente aprimorados pelo Neoliberalismo;
c) Sendo o Capital, o Trabalho e a Mercadoria os três pilares
dos modelos econômicos atuais, as instituições do
setor de capital, principal e substantivamente, devem repensar seus
modelos de atuação e se debruçar sobre as seguintes
reflexões: a) Colocação de capital de risco
à disposição das empresas, em princípio
sob a forma de dinheiro de doação, através do qual,
em todo o caso, não possa ser exercida qualquer forma de poder
sobre a condução das empresas; b) Neutralização
dos direitos de propriedade sobre os bens de capital. Aqueles que trabalham
com os meios de produção têm o direito de uso, o
qual não significa direito de propriedade; c) Instituições
que possam conduzir os lucros empresariais de uma forma sensata [mais
harmônica e mais fraterna] para a vida espiritual. Neste
caso, as empresas devem ter a segurança de obter créditos
em condições acessíveis; d) Grupos de
consumidores que possam [avaliar] a verdadeira necessidade
dos investimentos; d) Para que possa ser efetivada a Lei Social
de Steiner três tipos de instituições devem ser
implementadas e funcionar concertadamente: Órgãos
de Consumidores [real e livremente atuantes]; Coordenação
Setorial; ; Negociação Associativa entre Produção,
Comércio e Consumo; e) Por último, Bos faz referência
a dois fatores que se entrelaçam nestas lucubrações,
que são: 1º - As qualidades pessoais do empreendedor
[devem estar ancoradas em IMPERATIVOS CATEGÓRICOS] 2º -
O produto que o empreendedor vai gerar e o serviço que ele
vai prestar [têm que estar harmonizados com as Leis Universais].
*
* * *
* * *
UMA
ÚLTIMA MEDITAÇÃO
O
verdadeiro AMOR só será sentido e compreendido
quando for realizado pelo ser, de que ele está no outro, da mesma
forma que o outro está nele. E todos estão em D’US,
como D’US está em todos e em tudo. Esse
D’US precisa ser descoberto, sentido, construído
e realizado. Tudo aquilo que o homem decidir fazer e construir ele conseguirá.
Inclusive e principalmente seu MESTRE-D'US-INTERIOR.
Não existe contingência no Universo. Tudo é necessário.
Sendo assim, chumbo e ouro têm a mesma importância na atualidade
universal. Ainda que relativa. A própria Raça que nos
Suplantará será suplantada por outra que a suplantará...
12960 anos... 12960 anos... 12960 anos... De acordo com Parmênides,
Filósofo de Eléia, colônia grega que existia no
sul da Itália, o Universo é inalterável,
e a transformação nada mais é do que uma ilusão.
*
* * *
* * *
UM
POUCO DE LAZER
Este texto se presta,
também, para o exercício de uma atividade prazerosa, ainda
que educativa, reflexiva e comparativa. A pergunta que todos devemos
nos responder é: SOMOS PRISIONEIROS DO SENTIDO DA VISÃO?
E, relativamente aos outros sentidos, em que medida somos também
deles PRISIONEIROS? Meu companheiro de jornada: percorra
as figuras (que não são de minha autoria, mas estão
disponibilizadas nos sites referenciados) que serão
apresentadas a seguir, e, talvez, a confiança inabalável
que nos ensinaram a depositar no sentido da visão (como nos outros
sentidos), seja, em parte, abalada, o que é bom,
para poder ser, a partir de então – a tal confiança
inabalável – redimensionada em moldes menos reais e mais
atuais. Em primeiro lugar, assista a uma aprentação
de David Copperfield. Veja se consegue descobrir o que esse mágico
aprontou. Clique no nome dele, abaixo, e... siga as
instruções.
*
* *
1.
Mulher vaidosa ou caveira?
2.
O que é isto? Subindo ou descendo?
3.
Relatividade, 1953, de Maurits Cornelis Escher (1898-1972).
4.
Litografia, 1958, de Maurits Cornelis Escher (1898-1972).
5.
Leia a sentença abaixo apenas uma vez e conte as letras
EFE (F). Não conte novamente. A resposta está apresentada
depois de sites consultados.
FINISHED
FILES ARE
THE RESULT OF YEARS
OF SCIENTIF IC STUDY
COMBINED WITH
THE EXPERIENCE OF YEARS.
6.
Qual é a linha maior?
7.
Se você olhar nos cruzamentos das linhas brancas, vai ver pequenos
pontos cinzas, e se concentrar a visão num desses pontos ele
desaparecerá.
8.
Se você concentrar sua visão na pequena mancha, aos poucos
ela vai desaparecendo e você verá o círculo todo
verde. Algumas pessoas só vêem uma nuvem verde
sobre a mancha. Outras não vêem nada.
9.
O que você vê?
10.
Duas mulheres de perfil com um castiçal no meio ou uma mulher
de frente?
11.
Céu e Água I, 1938, de
Maurits Cornelis Escher (1898-1972).
12.
Caramba, tudo está se movendo?
13.
Serão as linhas paralelas?
14.
O que você vê nesta fotografia da Lua?
15.
Figuras impossíveis!
16.
O
que é isto?
17.
CONFLITO
CEREBRAL: Diga EM VOZ ALTA as CORES e não as palavras:
PRUDÊNCIA
TEMPERANÇA
FORTALEZA
LIBERALIDADE
MAGNANIMIDADE
MANSIDÃO
FRANQUEZA
SABEDORIA
JUSTIÇA |
18.
O que você vê nesta figura? Não seja rápido
ao examiná-la.
19.
???????
20.
???????
21.
Olhe para a espiral em movimento por trinta segundos. Depois, observe
a palma de sua mão.
22.
Terceira dimensão.
23.
Pós-imagem: Olhe para os quatro pontos centrais da figura durante
UM MINUTO. Depois feche os olhos e incline, ligeiramente, a cabeça
para trás. Aguarde. Você verá a figura se formar
e desvanecer várias vezes.
24.
Skate nas nuvens!
SITES
CONSULTADOS (Acesso em 6/2/2004):
http://www.lokieweb.com/ilusao/index.php
http://cidamaria.freeyellow.com/otica.htm
http://www.portaldafamilia.org/artigos/texto046e.shtml
http://www.possibilidades.com.br/
http://www.polinet.com.br/comercio/ilusao.htm
http://www.geocities.com/paula_prb/ilusao.html
http://members.fortunecity.com/consciencia1/ilusao.html
http://members.fortunecity.com/consciencia1/ilusao2.html
http://hosting.pop.com.
http://planeta.terra.com.br/lazer/maiseuhp/ilusao.htm
http://www.str.com.br/ca/ilusaolua.htm
http://www.joelneto.hpg.ig.com.br/n33/New32/rana_caballo.jpg
http://www.anthony.com.br/careca2.gif
http://www.sitemeter.com/default.asp?action=stats&site=s12xineiz1
http://www.matrix.com.br/?locale=rio
http://ilusaodeotica.com/
http://www.hospitaldeolhos.com.br/
http://www.alzirazulmira.com/ilusao/lines.jpg
http://www.tonterias.com
http://www.geocities.com/Area51/9839/escher.htm
http://www.geocities.com/Area51/9839/index.htm
http://www.possibilidades.com.br/possibilimagens/indice_possibilimagens.asp
RESPOSTAS:
4)
Há seis EFEs na sentença. Pessoas com percepção
mediana acham três deles. Muitas pessoas esquecem os OFs.
O cérebro humano tem a tendencia de vê-los como Vs, e não
como Fs.
6.
As duas têm o mesmo comprimento.
AGRADECIMENTOS
Agradeço
aos autores dos sites consultados.
DADOS
SOBRE O AUTOR
Mestre
em Educação, UFRJ, 1980. Doutor em Filosofia, UGF, 1988.
Professor Adjunto IV (aposentado) do CEFET-RJ. Consultor em Administração
Escolar. Presidente do Comitê Editorial da Revista Tecnologia
& Cultura do CEFET-RJ. Professor de Metodologia da Ciência
e da Pesquisa Científica e Coordenador Acadêmico do Instituto
de Desenvolvimento Humano - IDHGE.
PAZ
PROFUNDA