PROLEGÔMENOS A TODA METAFÍSICA FUTURA
(Prolegomena zu Einer Jeden Künftigen Metaphysik,
die als Wissenschaft Wird Auftreten Können
)
(Parte 1)

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

 

Este estudo tem por objetivo apresentar para reflexão a 1ª parte de alguns excertos da obra Prolegômenos a Toda Metafísica Futura (em alemão, Prolegomena zu Einer Jeden Künftigen Metaphysik, die als Wissenschaft Wird Auftreten Können), de autoria do filósofo Immanuel Kant (Königsberg, 22 de abril de 1724 – 12 de fevereiro de 1804).

 

 

Breve Biografia

 

 

 

 

Immanuel Kant (22 de abril de 1724 – 12 de fevereiro de 1804) foi um filósofo alemão (nativo do Reino da Prússia) e um dos principais pensadores do Iluminismo. Seus abrangentes e sistemáticos trabalhos em Epistemologia, Metafísica, Ética e Estética fizeram dele uma das figuras mais influentes da Filosofia Ocidental Moderna.

 

Em sua doutrina do Idealismo Transcendental, Kant argumentou que o espaço e o tempo são meras formas de intuição que estruturam toda a experiência, e que os objetos da experiência são meras aparências. A natureza das coisas como elas são em si mesmas é incognoscível para nós. Em uma tentativa de contrariar o Ceticismo, ele escreveu a Crítica da Razão Pura (1781/1787), sua obra mais conhecida. Kant traçou um paralelo com a revolução copernicana em sua proposta de pensar os objetos dos sentidos em conformidade com nossas formas espaciais e temporais de intuição e as categorias de nosso entendimento, de modo que tenhamos conhecimento a priori desses objetos.

 

Kant acreditava que a razão também é a fonte da moralidade e que a Estética surge de uma faculdade de julgamento desinteressado. Ele foi um expoente da idéia de que a paz perpétua poderia ser assegurada por meio da Democracia Universal e da cooperação internacional, e que, talvez, este pudesse ser o estágio culminante da história mundial.

 

A natureza das visões religiosas de Kant continua a ser objeto de disputa acadêmica. Também controversos são os pontos de vista de Kant sobre raça. Ele defendeu o racismo científico durante grande parte de sua carreira, mas, mudou seus pontos de vista sobre raça na última década de sua vida.

 

Kant também publicou importantes obras sobre Ética, religião, Direito, Estética, Astronomia e História durante sua vida.

 

Alguns seres humanos são mesmo pra lá de esquisitões.
Alguns preferem ser antidemocratas e anti-republicanos
do que ser democráticos e republicanos.
Alguns preferem aceitar o convite e ir à Festa da Selma
do que lutar por liberdade e independência.
Alguns preferem rabiscar minutas golpistas fedorentas
do que ser dignos, honrados e verazes.
Alguns preferem inventar lendas crocodilianas
do que incentivar a necessária vacinação.
Alguns preferem ser maria-vai-com-as-outras
do que ser não-imitativos e verdadeiros.
Alguns preferem babar e acreditar em news
do que pesquisar e se informar corretamente.
Alguns preferem ausência ou falta de razão e injustiça
do que bom senso, senso estético e senso moral.
Alguns preferem caminhar no lado caliginoso da Estrada
do que no lado ensolarado da Estrada.
Alguns preferem, enfim, teimosamente, viver e morrer
do que Iniciaticamente e .
Ora, tudo isto é triste, desolador e ruinoso porque,
como está registrado no Eclesiastes III: 1,
tudo tem o seu [espaço-]tempo determinado,
e há
[espaço-]tempo para... E [espaço-]tempo para...
Em outras palavras: somos nós os criadores do nosso
espaço-tempo!

 

 

 

 

Excertos dos Prolegomena

 

 

Qualquer problema, se for abordado apenas por um lado e se não se tiver em conta o conjunto, em toda a sua amplidão, nada poderá explicar.

 

A razão pura é uma esfera de tal modo à parte, tão completamente unificada em si, que não se pode tocar em nenhuma parte sem afetar todas as outras, e que nada se pode fazer sem primeiramente ter determinado o lugar de cada uma e a sua influência sobre as outras, porque, nada existindo fora dela que possa corrigir o nosso juízo interior, a validade e o uso de cada parte depende da relação em que ela se encontra com as outras na própria razão tal como, na estrutura de um corpo organizado, o fim de cada membro só pode se deduzir do conceito geral do todo.

 

As fontes do conhecimento metafísico não podem ser empíricas. Os seus princípios (a que pertencem não só os seus axiomas, mas, também, os seus conceitos fundamentais) nunca devem, pois, ser tirados da experiência: eles devem ser um conjunto de conhecimentos, não físico, mas metafísico, isto é, devem estar além da experiência. Portanto, não lhes servem de fundamento nem a experiência externa, que é a fonte da física propriamente dita, nem a experiência interna, que constitui o fundamento da psicologia empírica. É, por conseguinte, conhecimento a priori ou de entendimento puro e de razão pura conhecimento filosófico puro.

 

Os juízos analíticos são explicativos nada acrescentando ao conteúdo do conhecimento; os juízos sintéticos são extensivos aumentando o conhecimento dado, como é o caso, por exemplo, dos juízos matemáticos.

 

As proposições matemáticas genuínas são sempre juízos a priori e não empíricos, porque têm em si uma necessidade que não pode ser tirada da experiência.

 

A proposição aritmética é sempre sintética.

 

Entre dois pontos, a linha reta é a mais curta é uma proposição sintética.

 

 

Para toda e qualquer síntese deveremos recorrer à intuição.

 

Dialética

 

Os conceitos a = a, isto é, o todo é igual a si mesmo, (a + b) > a e (a + b) > b, isto é, o todo é maior do que as suas partes, são admitidos em Matemática unicamente porque podem ser representados na intuição.

 

O Princípio de Razão Suficiente [ou Princípio da Causalidade (Lei da Causa e do Efeito): tudo o que existe e tudo o que acontece têm uma razão (causa) para existir e uma razão (causa) para acontecer] é manifestamente sintético. [Então, se o cara-pálida é barnabé há 30 anos e nem sequer aprendeu a chulear, não recebeu uma herança da vovó, não ganhou na , não deu o golpe do baú, não casou com a Dona (que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha), não achou o ouro perdido dos Astecas e, de repente, aparece serelepe com US$ 100.000.000,00 em um , não é preciso qualquer outra prova: é mesmo um sacaníssimo ratão-do-banhado! A simples existência de toda essa grana é a razão suficiente para provar que o dinheiro tem origem ilícita, fraudulosa, criminosa. Mas, isso não dispensa o devido processo legal nem o respectivo direito de defesa.]

 

 

Por que bifas tanto assim, ladravaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é para rapidinho enricar, é bom mudar.
Haverás de tudinho compensar!

Por que mentes tanto assim, inveraz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é porque és mitomaníaco, é bom mudar.
A verdade irá te alforriar!

Por que conspiras tanto assim, audaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é porque és antidemocrata, é bom mudar.
Democracia em primeiro lugar!

Por que vandalizas tanto assim, doidarraz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é para rasar a República, é bom mudar.
A República não irá se esboroar!

Por que instigas tanto assim, belaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é outra Festa da Selma, é bom mudar.
Atrás das grades irás festejar!

Por que minutas tanto assim, rapaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é para dar um golpe, é bom mudar.
A irá te enquadrar!

Por que blindas tanto assim, machacaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é por falta de opção, é bom mudar.
O verbo-chave é: dignificar!

Por que deliras tanto assim, loquaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é por razão insuficiente, é bom mudar.
Delírio só faz retrogradar!

Por que te ufanas tanto assim, mendaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é para seduzir o povão, é bom mudar.
É preciso o livre-arbítrio respeitar!

Por que embusteias tanto assim, linguaraz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é por falta de vergonha, é bom mudar.
A Lei Cósmica haverá de triunfar!

Por que falsificas tanto assim, falaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é para descumprir a Lei, é bom mudar.
Causa —› Efeito: sem atenuar!

Por que intimidas tanto assim, minaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é para poder despotizar, é bom mudar.
o sempre haverá de brilhar!

Por que irracionalizas tanto assim, procaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é por incapacidade tua, é bom mudar.
O Bom Combate irá te transmutar!

Por que hipotetizas tanto assim, mordaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é para levar vantagem, é bom mudar.
O categórico haverá de aurorar!

Por que tanto assim, incapaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é por não compreender, é bom mudar.
Se esqueceste, precisas relembrar!

Por que te desonras tanto assim, imperspicaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é para sabujar uma , é bom mudar.
Já, já ela irá te rejeitar!

Por que vives e morres tanto assim, hipertenaz?
Chega! Isso é brutaz!
Se é miragem ou ilusão, é bom mudar.
—› —› !

 

Não há um único livro que possa nos ensinar: eis a metafísica. Aqui encontrareis o fim mais nobre desta ciência, o conhecimento de um Ser Supremo e de um mundo futuro, demonstrado a partir de princípios da razão pura.

 

A razão, com efeito, está sempre presente em nós, ao passo que as Leis da Natureza devem
habitualmente ser investigadas de um modo que exige esforço e trabalho.

 

Os juízos genuinamente metafísicos são todos sintéticos.

 

O dogmatismo nada nos ensina, e o ceticismo nada nos promete, nem sequer a tranqüilidade de uma ignorância permitida.

 

 

A possibilidade das proposições analíticas pode ser facilmente apreendida, pois, funda-se simplesmente no princípio de contradição. A possibilidade de proposições sintéticas 'a posteriori', isto é, das que são tiradas da experiência, também não precisa de uma explicação particular, pois, a experiência não é senão uma contínua adição (síntese) das percepções.

 

O conhecimento pela pura razão nunca se refere ao conhecimento analítico, mas, apenas, ao conhecimento sintético.

 

Temos um arraigado e longo hábito de achar que determinada coisa é verdadeira e, por conseguinte, de considerar como objetiva uma necessidade subjetiva. [E assim, analfabetos por convicção, irracionalmente fideístas, buchas de canhão, inocentes úteis, massas de manobra e maria-vai-com-as-outras, cremos em deuses fabricados pelos outros, em demônios inexistentes, em paraísos fantásticos, em infernos abrasadores, em milagres impossíveis, em negócios com deus, em salvações unilaterais, em perdões e remissões extravagantes e esquisitos, em sacerdotes, gurus, xamãs, pajés, profetas, vaticinantes, benzedeiros e curandeiros, em águas consagradas (desconsagradas), em feijões mágicos de mentirinha etc. E, por isso, subsistimos em um deserto de miragens e ilusões, crendo em abominações execráveis e repulsivas, condenando, preconceituando e separando os diferentes, necessitando de coisas que desnecessitamos, desnecessitando de outras que, de fato necessitamos, querendo que outros façam por nós o que nos cabe fazer, não nos libertando de nós mesmos, vivendo adoentados sem , morrendo cegos e surdos sem , escravizados e agrilhoados ao senso comum irreflexivo (renunciando ao livre-arbítrio e à razão) e desconsiderando a (possibilidade da) existência de uma ShOPhIa a priori. Quousque tandem?]

 

Quando se trata de juízos 'a priori', não é possível nos expormos a probabilidades insípidas (porque o que se pretende reconhecer 'a priori' é, por isso mesmo, declarado necessário), não sendo permitido jogar com conjecturas, mas, por outro lado, nossas afirmações devem ser Ciência ou, então, não serão nada. Por isto, primeiramente, deveremos nos esforçar para tornar possível e compreensível a Metafísica.

 

Apenas a Matemática Pura e a Física Pura podem nos apresentar os objetos na intuição e nos mostrar, por conseguinte, se nelas ocorresse um conhecimento 'a priori', a verdade ou a conformidade do mesmo com o objeto, 'in concreto', isto é, a sua própria realidade, a partir do qual se poderia, então, remontar, por via analítica, até o fundamento da sua possibilidade.

 

Perguntas que todos nós, mais cedo ou mais tarde, teremos que nos fazer, e nós mesmos teremos que responder, pois, representam os conteúdos essenciais e principais da Crítica:

1ª) Como é possível uma Matemática Pura?
2ª) Como é possível uma Ciência Pura da Natureza?
3ª) Como ê possível uma Metafísica em geral?
4ª) Como é possível uma Metafísica enquanto Ciência?

 

Só se buscarmos na nossa própria razão a Fonte da Ciência, poderemos explorar e medir o nosso poder de conhecer alguma coisa 'a priori'.

 

 

Então, buscando na nossa própria razão,
entre outras coisas, coisinhas e coisonas,
certamente, nós concluiremos que
antivacinismo,
apartheid de vacinas,
desrespeito à ,
lenda do jacaré-de-papo-amarelo,
saracoteio irresponsável,
antidemocracia,
anti-republicanismo,
conspiratas,
carambolas,
news,
minutas para golpe de Estado,
ditadura,
censura,
tortura,
todas as apócopes,
malversações,
peculatos,
tribunecas,
corrupções,
vantagens,
toma-lá-dá-cá,
toma-cá-dá-lá,
dá-cá-toma-lá,
dá-lá-toma-cá,

preconceitos,
7 @s,
E daí?,
desrazões,
injustiças,
violação do(s) direito(s) de outrem,
manias escalafobéticas,
jeitinhos extravagantes,
desfraternidade,
separatividade,
ódio,
deixa-pra-lá,
o-que-não-é,
fiat voluntas mea,
imperativos hipotéticos,

indignidade,
desonestidade,
traição,
mais-valia,
mais-trabalho,
escravidão,
submissão,
fideísmo fanático,
milagre,
salvação,
inferno,
paraíso,
deuses inventados,
demônios fabricados,
santinhos,
medalhinhas,
simpatias,
escapulários,
ladainhas,
mandingas,
magia negra,
dogmas religiosos,
H2O (des)consagrada,
feijões mágicos,
glossolalias fajutas,
ameaças,
proibições,
prisões,
dízimos e trízimos,
assassinato,
suicídio,
guerras,
genocídio,
invasões,
anexações,
poluição ambiental,
aquecimento global (criado por nós),
dilapidação da 1ª Hierarquia,
devastação da 2ª Hierarquia,
massacre da 3ª Hierarquia...
São boçalidades e irracionalidades sesquipedais.
Agora, as nossas boçalidades
não serão deletadas por milagre nem rezando de joelhos;
haveremos de compensar todas elas.

 

 

 

 

A intuição 'a priori' está indissoluvelmente ligada ao conceito antes de toda a experiência e de toda a percepção particular.

 

A intuição é uma representação que depende imediatamente da presença do objeto. [A não, pois, é Iniciática.]

 

Só de uma maneira é possível que a intuição seja anterior à realidade do objeto e se produza como conhecimento 'a priori': quando nada mais contém além da forma da sensibilidade que, no meu sujeito, precede todas as impressões reais pelas quais eu sou afetado pelos objetos. [E isto só poderá acontecer em .]

 

Tudo o que se pode apresentar aos nossos sentidos (aos sentidos externos no espaço e ao sentido interno no tempo) [que, hoje, sabemos que é um continuum espaço-tempo, compreendendo quatro dimensões: três para o espaço e uma para o tempo] é por nós percebido apenas como nos aparece, e não como é em si. [Daí os equívocos, daí as miragens, daí as ilusões, daí os delírios, daí as fantasias, daí as prisões.]

 

Vemos uma Fata Morgana,
mas, desconhecemos o Princípio de Fermat.

 

 

Princípio de Fermat ou do Tempo Mínimo

 

Vemos as coisas se moverem,
mas, desconhecemos o Princípio de Hamilton.

 

 

Princípio de Hamilton ou Princípio da Ação Mínima/Estacionária

 

Vemos um OVNI,
mas, não sabemos como foi apreendida e dominada a tecnologia do .

Vemos uma mesa de madeira,
mas, não vemos os átomos de carbono.

Vemos um copo com água,
mas, não vemos os átomos de hidrogênio e de oxigênio.

Vemos um anel de ouro,
mas, não vemos os átomos de ouro.

Vemos uma maçã ou um limão,
mas, não vemos as moléculas de Vitamina C.

Ficamos resfriados ou gripados,
mas, não sabemos qual o vírus que nos infectou.

Assassinamos os animais para comer,
mas, desconhecemos as conseqüências destes assassinatos.

 

 

 

 

Preconceituamos, humilhamos e separamos,
mas, não sabemos com quantos paus se faz uma canoa.

Somamos 1 + 1 = 2 e subtraímos 1 – 1 = 0,
mas, não sabemos que no Kosmos, 1 + 1 = 1 e 1 – 1 = 1.

Nos suicidamos,
mas, não sabemos que todo suicídio é um assassinato.

Assassinamos,
mas, não sabemos que todo assassinato é um suicídio.

Sabemos que existe um ,
mas, não conhecemos o que ele oculta.

Não sabemos nada de Imunoterapia, Imunologia clínica e Imunogenética,
mas, cismamos, e somos antivacinistas.

Não sabemos nada de alta tecnologia nem as suas inovações,
mas, cismamos, e somos negacionistas.

Somos incultos, despreparados e analfabetos políticos,
mas, não abrimos mão de ser maria-vai-com-as-outras,
e de apoiar atos antidemocráticos e anti-republicanos.

Vemos o Sol nos iluminar,
mas, não vemos como ele é por dentro.

Vemos a Lua no céu,
mas, não vemos seu lado oculto, em razão das suas
rotação e translação serem sincronizadas com os movimentos da Terra.

Vivemos na superfície da Terra,
mas, não vemos exatamente como Ela é por dentro.

Vemos um político discursando,
mas não sabemos quais são as suas reais intenções.

Assistimos uma partida de futebol,
mas não sabemos qual será o resultado do jogo.

Nos alimentamos diariamente,
mas não vemos como se dá o metabolismo (anabolismo e catabolismo).

Andamos de carro ou de ônibus,
mas não vemos como se dá a combustão.

Ouvimos e vemos as coisas,
mas não percebemos como se dão a audição e a visão.

Sabemos que há uma minuta de golpe de Estado,
mas, desconhecemos quem a redigiu.

Acreditamos em dogmas, apresentados como certos e indiscutíveis,
mas, nem desconfiamos o porquê de acreditarmos.

Acreditamos que in principio erat Verbum,
mas, não fazemos idéia de o que é o Verbum.

Preferimos o fiat voluntas mea,
mas, nem imaginamos o que seja o Fiat Voluntas Tua.

Dizemos que isto é assim e que aquilo é assado,
mas, não sabemos a diferença entre assim e assado.

Descaradamente, sempre que podemos, impomos a mais-valia,
mas, não sabemos que os escravos somos nós.

Sabemos que os religiosos pedem o dízimo,
mas, desconhecemos o tamanho das suas fortunas.

Sabemos que está em curso a Guerra na Ucrânia,
mas, desconhecemos quando ela terminará.

Nascemos e, um dia, morreremos,
mas, desconhecemos quem somos, de onde viemos,
o porquê de estarmos aqui e para onde iremos.

Acordamos, nos movimentamos, vamos, voltamos, dormimos,
mas, não percebemos a existência do continuum espaço-tempo.

Vemos crueldade por todo lado,
mas, desconhecemos as motivações dos cruéis.

O Unimultiverso inteiro está repleto de vida,
e dizem que, na Terra, existem protetores da Natureza
que ajudam tanto os homens quanto os animais,
mas, não vemos os Silfos, as Ondinas, as Ninfas, as Sereias, os Tritões,
as Fadas, as Salamandras, os Duendes, os Gnomos e os Avissais.

Sabemos que todas as causas produzem efeitos,
mas, geralmente, não associamos os efeitos às causas.

Admitimos que há uma Sabedoria Unimultiversal,
mas, normalmente, não sabemos como acessá-La.

Costumeiramente, alicerçamos nossa vida em imperativos hipotéticos,
mas, infelizmente, não sabemos que são pura magia negra.

Nós não sabemos
mas, ignorantemente, somos vaidosos e presunçosos.

 

 

O que poderá haver de mais semelhante e de mais inteiramente igual à minha mão ou à minha orelha do que as suas imagens no espelho? E, no entanto, não posso substituir à imagem primitiva a mão vista no espelho, pois, se era mão direita, no espelho, ela é mão esquerda, e a imagem da orelha direita é uma orelha esquerda, que, de nenhum modo, pode ser trocada pela outra.

 

A nossa representação sensível de nenhum modo é uma representação das coisas-em-si mesmas, mas, apenas, da maneira como elas nos aparecem.

 

O espaço nada mais é do que a forma de todos os fenômenos exteriores sob a qual apenas os objetos dos sentidos nos podem ser dados. A imagem, ou antes, esta intuição formal é a propriedade essencial da nossa sensibilidade, mediante a qual unicamente os objetos nos são dados, e, se esta sensibilidade não representa as coisas-em-si mesmas, mas, apenas, os seus fenômenos, então, é muito fácil compreender e está incontestavelmente provado que todos os objetos exteriores do mundo sensível devem, necessariamente, de um modo preciso, coincidir com as proposições da Geometria, porque a sensibilidade, graças à sua forma de intuição externa (o espaço), de que o geômetra se ocupa, torna, primeiramente, possíveis aqueles objetos enquanto simples fenômenos. [Todavia, necessariamente, isto precisa acontecer sempre no espaço e, concomitantemente, em uma fração do tempo, daí, diferentemente de Isaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de 1643 – Kensington, 31 de março de 1727), para quem o tempo era tomado como uma unidade de medida universal, uniforme por todo o espaço e independente de qualquer movimentação nesse, no contexto da Relatividade Especial de Albert Einstein (Ulm, 14 de março de 1879 – Princeton, 18 de abril de 1955) o tempo é tratado como uma dimensão adicional às três dimensões espaciais, não podendo ser separado dessas, pois, a taxa de passagem do tempo, observada para um determinado objeto, depende de sua velocidade em relação à velocidade do observador. Então, na Física pós-Einstein, no início do século XX, o espaço-tempo passou a ser considerado o sistema de coordenadas utilizado como base para o estudo da Relatividade Restrita (ou Especial) e da Relatividade Geral, propostas e publicadas por Einstein, respectivamente, em 1905 e em 1915. O tempo (t) e o espaço tridimensional (x, y, z) passaram a ser concebidos em conjunto, como quadrigêmeos univitelinos, ou seja, uma única variedade de quatro dimensões, à qual, na atualidade, se dá o nome de Continuum Espaço-tempo, compreendendo quatro dimensões: três  para o espaço (x, y, z) e uma para o tempo (t). Neste sentido, um ponto, no espaço-tempo, pode ser designado como um acontecimento. Cada acontecimento tem quatro coordenadas (t, x, y, z) ou, em coordenadas angulares, , que informam o local (espaço) e o momento (tempo) em que ele já ocorreu, que está ocorrendo ou que poderá ocorrer. Entretanto, em termos esotéricos e iniciáticos, tanto o espaço quanto o tempo são miragens ilusórias aprisionadoras que precisam ser superadas em favor do . Haveremos de compreender que tudo o que acontece no espaço-tempo, percebido por nós, são simples fenômenos concordes com as Leis Unimultiversais, não coisas-em-si propriamente, ou seja, são apenas representações da nossa intuição sensível, vinculadas e dependentes da nossa cultura presente e da oitava na qual nos encontramos, atualmente, na Spira Legis. É exatamente por isto que, nesta 4ª Ronda, desta 5ª Raça-raiz, ainda escravos da nossa sensibilidiade objetiva, separamos as manifestações em passado, presente e futuro, condições inexistentes no . Dito isto, para os desinformados, talvez, contraditória e paradoxalmente, mas, nem tanto, tudo no Unimultiverso é efetivamente miralusão (miragem + ilusão). Infelizmente, para a maioria de nós, escravizantemente, prevalece o-que-não-é ao invés de .]

 

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em paraíso e em inferno;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir paraíso e inferno?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em rios de leite e de mel;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir rios de leite e de mel?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em huris e criaturas mágicas;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir huris e criaturas mágicas?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em 72 virgens à minha espera, depois;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir 72 virgens à minha espera, depois?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em seres celestes antropomórficos perfeitos;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir seres celestes antropomórficos perfeitos?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava na gratidão de deus por minhas boas ações na Terra;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderá coexistir a gratidão de deus por boas ações na Terra?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em purgatório e em limbo;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir purgatório e limbo?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em pecados e em boas qualidades;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir pecados e boas qualidades?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em deuses e em demônios;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir deuses e demônios?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em jinni e em entidades sobrenaturais;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir jinns e entidades sobrenaturais?

 

 

Al-Malik al-Aswad (O Rei Negro dos Jinni)

 

 

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em bruxas e em fantasmas;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir bruxas e fantasmas?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em mulas-sem-cabeça e em corpos-secos;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir mulas-sem-cabeça e corpos-secos?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em vampiros e em lobisomens;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir vampiros e lobisomens?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em medalhinhas e em escapulários;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir medalhinhas e escapulários?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em cilício e em mortificação;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir cilício e mortificação?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em hereges e em ateus;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir hereges e ateus?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em heterodoxia e em ortodoxia;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir heterodoxia e ortodoxia?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em privilégios, em apanágios e em regalias;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir privilégios, apanágios e regalias?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em exclusividade e em pertença;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir exclusividade e pertença?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em o-que-é-meu e em o-que-é-seu;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir o-que-é-meu e o-que-é-seu?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em vantagens e em hipoteticidades;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir vantagens e hipoteticidades?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em imagens de barro que choram sangue;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir imagens de barro que choram sangue?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em santificados e em profanos;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir santificados e profanos?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em lugares sagrados, milagrosos e especiais;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir lugares sagrados, milagrosos e especiais?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em santos óleos e em águas bentas;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir santos óleos e águas bentas?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em águas consagradas e em feijões mágicos;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir águas consagradas e feijões mágicos?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em dízimos e em negócios com deus;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir dízimos e negócios com deus?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em glossolalias fajutas;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir glossolalias fajutas?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em fideísmo fanático;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderá coexistir o fideísmo fanático?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em castigo e em perdão;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir castigo e perdão?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em milagres e em salvação;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir milagres e salvação?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em celibato e em eremitismo purificadores;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir celibato e eremitismo purificadores?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em feitiços e em mandingas;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir feitiços e mandingas?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em sacrifícios e em oferendas;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir sacrifícios e oferendas?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em excomunhão e em exorcismo;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir excomunhão e exorcismo?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em pragas e em esconjuros;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir pragas e esconjuros?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em sorte e em azar;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir sorte e azar?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em magia e em ;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir magia e ?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em mal e em bem;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir o mal e o bem?

 

 

 

 

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em trevas e em ;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir trevas e ?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em apocalipse e em armagedom;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir apocalipse e armagedom?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em Dia do Juízo e em fim do mundo;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir Dia do Juízo e fim do mundo?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em HhZBTh-NI e em ShBHhTh-NI!;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir HhZBTh-NI e ShBHhTh-NI!?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em escolhidos e em preferidos;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir escolhidos e preferidos?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em infalibilidade e em certeza absoluta;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir infalibilidade e certeza absoluta?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em abençoados e em malditos;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir abençoados e malditos?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em benquistos e em malquistos;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir benquistos e malquistos?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em condenados e em absolvidos;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir condenados e absolvidos?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em à direita e à esquerda do Pai;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir à direita e à esquerda de quem quer que seja?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em só uma vida e em só uma morte;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir só uma vida e só uma morte?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em só uma chance e só uma oportunidade;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir só uma chance e só uma oportunidade?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em só uma experiência e só uma tentativa;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir só uma experiência e só uma tentativa?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em impossível e em irrealizável;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir impossível e irrealizável?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em inviável e em inacessível;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir inviável e inacessível?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em inalcançável e em inatingível;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir inalcançável e inatingível?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em não-sou e em não-serei;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir não-sou e não-serei?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em não-poderei e em não-conseguirei;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir não-poderei e não-conseguirei?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em destino e em predestinação;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir destino e predestinação?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em casualidades e em eventualidades;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir casualidades e eventualidades?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em a priori e em a posteriori;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir a priori e a posteriori?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em in princípio et in fine;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir in princípio et in fine?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em Big Bang e em Big Crunch;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir Big Bang e Big Crunch?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em Átomo Primordial e em criação;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir Átomo Primordial e criação?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava que tudo surge do nada;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , as coisas poderão surgir do nada?

 

 

Ex nihilo nihil fit. Nada surge do nada.

 

 

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em um deus de amor e em um deus de ódio;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir um deus de amor e um deus de ódio?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em um deus perdoador e em um deus punidor;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir um deus perdoador e um deus punidor?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em um deus construidor e em um deus destrutor;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir um deus construidor e um deus destrutor?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava em passado, em presente e em futuro;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir passado, presente e futuro?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava e era escravo de miragens e das minhas ilusões;
hoje, menos ignaro e livre de convicções enganadoras impostas, não acredito mais.
Como, no , poderão coexistir as miragens e as ilusões?

Ontem, cego e surdo, eu acreditava e era escravo de tudo o-que-não-é;
hoje, menos ignaro, estou livre dessa desconvicção enganadora.
Como, no , poderão coexistir o-que-não-é com ?

 

 

Continua...

 

 

 

 

Música de fundo:

É Bom Parar
Composição: Rubens Soares & Noel Rosa
Interpretação: Francisco Alves

Fonte:

https://mp3.pm/song/30833298/Francisco_Alves_-_Bom_Parar/

 

Páginas da Internet consultadas:

https://br.pinterest.com/pin/645844402806398977/

http://semeadorestrelas.blogspot.com/2012/12/ma-ananda-moy.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAnio_(mitologia_%C3%A1rabe)

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