Este estudo tem por objetivo apresentar para reflexão alguns excertos do opúsculo O Fim de Todas as Coisas (em alemão, Das Ende Aller Dinge), de autoria do filósofo Immanuel Kant (Königsberg, 22 de abril de 1724 – 12 de fevereiro de 1804), uma espécie de corolário à sua obra capital A Religião nos Limites da Simples Razão. Como explica Artur Morão, a redução da religião à moral levou Kant a expor de modo simbólico os princípios da religião cristã, a propor a distinção entre fé histórica (fé eclesial, que é desvalorizada porque é de índole feiticista) e a fé da razão (fé moral), a encarar as verdades reveladas como simples auxiliares da religião enquanto sentimento moral.
Breve Biografia
Immanuel Kant (22 de abril de 1724 – 12 de fevereiro de 1804) foi um filósofo alemão (nativo do Reino da Prússia) e um dos principais pensadores do Iluminismo. Seus abrangentes e sistemáticos trabalhos em Epistemologia, Metafísica, Ética e Estética fizeram dele uma das figuras mais influentes da Filosofia Ocidental Moderna.
Em sua doutrina do Idealismo Transcendental, Kant argumentou que o espaço e o tempo são meras formas de intuição que estruturam toda a experiência, e que os objetos da experiência são meras aparências. A natureza das coisas como elas são em si mesmas é incognoscível para nós. Em uma tentativa de contrariar o Ceticismo, ele escreveu a Crítica da Razão Pura (1781/1787), sua obra mais conhecida. Kant traçou um paralelo com a revolução copernicana em sua proposta de pensar os objetos dos sentidos em conformidade com nossas formas espaciais e temporais de intuição e as categorias de nosso entendimento, de modo que tenhamos conhecimento a priori desses objetos.
Kant acreditava que a razão também é a fonte da moralidade e que a Estética surge de uma faculdade de julgamento desinteressado. Ele foi um expoente da idéia de que a paz perpétua poderia ser assegurada por meio da Democracia Universal e da cooperação internacional, e que, talvez, este pudesse ser o estágio culminante da história mundial.
A natureza das visões religiosas de Kant continua a ser objeto de disputa acadêmica. Também controversos são os pontos de vista de Kant sobre raça. Ele defendeu o racismo científico durante grande parte de sua carreira, mas, mudou seus pontos de vista sobre raça na última década de sua vida.
Kant também publicou importantes obras sobre Ética, religião, Direito, Estética, Astronomia e História durante sua vida.
Alguns seres humanos são mesmo pra lá de esquisitões.
Alguns preferem ser antidemocratas e anti-republicanos
do que ser democráticos e republicanos.
Alguns preferem aceitar o convite e ir à Festa da Selma
do que lutar por liberdade e independência.
Alguns preferem rabiscar minutas golpistas fedorentas
do que ser dignos, honrados e verazes.
Alguns preferem inventar lendas crocodilianas
do que incentivar a necessária vacinação.
Alguns preferem ser maria-vai-com-as-outras
do que ser não-imitativos e verdadeiros.
Alguns preferem babar e acreditar em news
do que pesquisar e se informar corretamente.
Alguns preferem ausência ou falta de razão e injustiça
do que bom senso, senso estético e senso moral.
Alguns preferem caminhar no lado caliginoso da Estrada
do que no lado ensolarado da Estrada.
Alguns preferem, enfim, teimosamente, viver e morrer
do que Iniciaticamente e .
Ora, tudo isto é triste, desolador e ruinoso porque,
como está registrado no Eclesiastes III: 1,
tudo tem o seu [espaço-]tempo determinado,
e há [espaço-]tempo para... E [espaço-]tempo para...
Em outras palavras: somos nós os criadores do nosso espaço-tempo!
Excertos de O Fim de Todas as Coisas
É o sublime terrível, em parte pela sua obscuridade, em que a imaginação costuma agir com maior poder [apetite, gosto e preferência] do que na claridade da LLuz.
O Ódio Nasce da Ignorância
É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais o ódio e a injustiça do que o Amor e a Justiça.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais o começo ou o fim do que o Sempre.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais as infernales tenebræ (escuridão infernal) do que a LLux Æeterna.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais as carnis suavia blandimenta (seduções blandiciosas da carne) do que a Beleza.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais o nigredo do que o Rubedo.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais a inscícia do que a ShOPhIa.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais a eikasia do que a Dianoia.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais a pistis do que a Noesis.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais a Media Nox do que a Aurora.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais o deserto do que o Oásis.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais a caverna do que a Lanterna.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais a mentira do que a Verdade.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais a prisão do que a Liberdade.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais a prisão do que a Liberdade.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais o Estado de exceção do que o Estado Democrático de Direito.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais ir à Festa da Selma do que festejar a República.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais passar o dia inteiro do que .É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais a tortura e o suplício do que o Respeito aos Direitos Humanos.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais imitar do que Ousar e se Autonomizar.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais se imbecilizar do que se Ilustrar.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais caranguejar do que Avançar.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais separar do que Unificar.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais newsar do que corretamente Informar.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais ser negacionistas do que Cientificistas.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais ser medievalistas do que Contemporâneos.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais ser cloroquínicos do que Vacinistas.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais mais-valiar do que Compartilhar.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais preconceituar do que Confraternizar.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais ser desirmãos e desumanos do que Irmãos e Caridosos.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais hostilizar do que Pacificar.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais putinizar do que Defensar e Resguardar.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais amesquinhar e aviltar do que não prejudicar e Respeitar.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais poluir e destruir do que Conservar e Preservar.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais arruinar a 1ª, 2ª e 3ª Hierarquias do que Protegê-Las.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais o aquecimento global do que a Harmonia Planetária.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais impingir o inóbvio do que tentar consertar e restaurar o óbvio.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais fabricar foguetes do que construir a concórdia.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais a doença do que a Saúde.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais o Manipura do que o Sahasrara.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais o karma do que o Dharma.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais a magia negra do que a Magia Branca.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais andar de rastos do que Voar.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais dormir do que Despertar.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais seu demônio interior do que seu Deus Interior.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais saudosar a dolor do que edificar a Alegria.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais existir no espaço-tempo do que tentar alcançar a 12ª Hora.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais o seu pessoal do que tentar Transmutá-lo em Alquímico.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais simplesmente não-ser do que Ser.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais simplesmente dizer não-sou do que Eu-Sou.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais simplesmente dizer não-vou do que Eu-Vou.É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais simplesmente morrer do que .É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais simplesmente viver do que .É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais não sair do mesmo lugar do que Ascensionar.
É triste, sim, é muito triste, desolador e doloroso,
mas, muitos, muitos, muitos preferem, escolhem e amam
mais se tornar não-entidades absolutas do que Deuses Conscientes.
Todo fim (ende) é, ao mesmo tempo, na ordem moral dos fins (zwecke), o começo de uma persistência das mesmas coisas. [Na verdade, nada tem começo e nada tem fim; tudo é eternidade em mudança e movimento. O dia seguinte, com o seu conteúdo, é produto do anterior.]
O Dia do Juízo Final será o Dia da Prestação de Contas pelo homem em relação ao seu comportamento em toda a sua vida temporal. É um Dia de Juízo; o veredicto do perdão ou da condenação pronunciado pelo Juiz do Mundo é, pois, o fim verdadeiro de todas as coisas no tempo e, simultaneamente, o começo da eternidade (bem-aventurada ou infeliz) em que a sorte a cada um repartida permanece tal como lhe foi declarada no instante do veredicto (da sentença). [Esta declaração de Kant, para mim, foi surpreendente, porém, foi uma surpresa desagradável e desprazerosa. Eu gostaria de saber em que Kant se fundamentou para chegar a esta conclusão esquizofrênico-delirante. Juízo Final é, obviamente, sinônimo de fim ou de nada, mas, como é possível que algo que nunca teve princípio (pois, ex nihilo nihil fit, nada surge do nada) possa vir a ter um fim (ou virar um inexistente nihil)? Ora, o Unimultiverso e tudo o que nele existe sempre existiram e, para sempre, existirão. No eterno movimento unimultiversal, as mudanças são igualmente eternas.]
Céu e uma nova Terra para morada dos bem-aventurados; inferno para os condenados! [Outra conclusão esquizofrênico-delirante. É realmente inacreditável que um filósofo que escreveu a Crítica da Razão Pura, a Crítica da Razão Prática e a Fundamentação da Metafísica dos Costumes tenha delirado tanto e, abismaticamente, escrito também isto! Bem, este tipo de delírio não é uma particularidade exclusiva de Kant. Profetas apocalípticos e armagedômicos sempre existiram. Por exemplo, o matemático, físico, astrônomo, teólogo e autor inglês Isaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de 1643 – Kensington, 31 de março de 1727), um dos mais importantes nomes da ciência moderna, era também um grande estudioso de Teologia, e, com base no Livro do Profeta Daniel, no Antigo Testamento, chegou até a desenvolver uma profecia de que o apocalipse aconteceria depois que a corrupção e a arrogância dominassem o mundo, ou seja, em 2060. O fim do mundo, segundo Newton, será marcado por sinais como a ruína das nações ímpias, o fim do sofrimento e de todas as tribulações, assim como o retorno dos judeus do cativeiro e o estabelecimento de seu reino próspero e duradouro, mirabolâncias que não anulam sua enorme contribuição para a ciência, tanto quanto os devaneios de Kant não anulam sua colaboração para a Filosofia.]
7 —› 49 —› 343 —› 1
Unimultiverso Incriado Perpétuo = Movimento Perpétuo + Mudança Perpétua.
(Nada é criado, nada é perdido, tudo se modifica. Perpetuamente. Ciclicamente.)
Muito
resumidamente,
talvez, não tão corretamente,
foi-é-será ± assim:
---› 7 —› 49 —› 343 —› 1 ---›
7 —› 49 —› 343 —› 1 ---› 7 —›
49 —› 343 —› 1 ---›
Unimultiverso. Desde sempre: tudo + todos = 1.
Tudo
está associado,
tudo está interligado,
tudo está interconectado.
Eu estou em você,
você está em mim,
nós estamos em tudo-todos,
tudo-todos estão em nós.
Não há vácuo; não há separatividade.
Em uma carta que escreveu em 1851
para o então 14º Presidente dos Estados Unidos,
Franklin Pierce (1804 – 1869), que presidiu os Estados Unidos de 1853
a 1857,
o Chief Seattle (cerca de 1786 – 7 de junho de 1866),
líder da tribo Suquamish, do Estado de Washington, afirmou:
Our God is the same God.
O sentido místico de Our
God is the same God é: Somos todos Um!
Única fotografia conhecida do Chief Seattle, 1864
A
Energia Unimultiversal
– incriada, portanto, que sempre existiu
e que não pode ser diminuída nem aumentada –
se transforma em bósons.
Propícia e favoravelmente,
em conformidade com Leis Unimultiversais imutáveis,
os bósons se transformam em átomos.
Os átomos mudam...
Átomo + átomo + átomo + átomo + átomo +
átomo + átomo...
E molecularizam.
As moléculas mudam...
E macromolecularizam.
As macromoléculas
mudam...
E se transformam em pedras.
A pedras mudam...
E se transformam em plantas.
A plantas mudam...
E se transformam em bichos.
Os bichos mudam...
E se transformam em gentes.
As gentes mudam...
Umas se transmutam em Deuses,
outras se transformam em não-entidades
absolutas.
O nosso Livre-arbítrio é o Rei Absoluto.
Por isto, somos responsáveis pelas nossas escolhas:
ou futuros Deuses Conscientes ou não-entidades
absolutas.
Não
há, no script, uma terceira opção.
Definitivamente, nós precisamos compreender
que, no , nunca houve começo, pois,
o inexistente nada não pode dar origem a alguma coisa.
E nunca haverá um Dia do Juízo Final ou um treco equivalente, pois,
uma coisa existente não pode simplesmente se transformar em um nada inexistente.
Aquele que, por algum motivo, não puder prosseguir nesta Onda Evolutiva
será entropizado, retornará à Energia Unimultiversal,
será devidamente reciclado e atualizado.
De fato, não há castigo.
Não há imposição de sofrimento.
Não há prêmio.
Não há galardão nem condecoração.
Há, sim, mudança e atualização pela aprendizagem progressiva.
Há, sim, Illuminação e Libertação por mérito.
Há, sim, Ascensão e Divinização por excelência e transcendência.
é preciso; saber não é preciso.
é preciso; querer não é preciso.
é preciso; ousar não é preciso.
é preciso; calar não é preciso.
é preciso; viver não é preciso.
é preciso; morrer não é preciso.
Ciclos... Ciclos... Ciclos... Sem fim...
Mânvântâras... Sem fim...
Prâlâyas... Sem fim...
Ad æternum, o-que-não-é,
gradual e progressivamente,
vai se transmutando emMas, por que tudo isto foi-é-será assim?
Por que tudo isto acontece assim?
Quais as Leis Cósmicas que regem e regulam estas coisas?
Só a nos ensinará isto;
não há um caminho alternativo.
Não há religião nem filosofia,
não há livro sagrado nem alfarrábio,
não há sacerdote nem xamã,
não há sábio nem merlim
que, concertadamente, nos expliquem isto.
Precisaremos nos esforçar e merecer
saber, efetivamente, o porquê e o como destas coisas.Seja como for, não há um céu e uma nova Terra
para morada dos bem-aventurados
nem um inferno para os condenados,
pois, não existem nem céu nem inferno,
nem pecados nem extraordinariedades,
nem deuses nem demônios,
nem bem-aventurados nem condenados,
nem santos nem pecadores,
nem preferidos nem enjeitados,
nem glorificados nem amaldiçoados!
Existem, sim, a Lei Eterna em ação infatigável
e existências eternas unificadas,
ora in potentia, ora in actu,
ora inconscientes de quem são,
ora conscientes de quem são.
A palavra-chave é: unimultiplicidade.
O adjetivo que a acompanha é: eterna.
Um segundo adjetivo coligado é: indestrutível.
Não existe criação ex nihilo,
porque nem sequer existe criação.
Portanto, há, sim, para tudo e para todos nós,
possibilidades muitas vezes não-aproveitadas...
E, sempre, novas possibilidades...
Novas Possibilidades... Novas Possibilidades...
Indefinidamente. Ilimitadamente. Interminavelmente.
Eternamente reflorescimento-em-si.
Todavia, devo dizer que aqui há um mistério,
porque esse eternamente não é eterno!!!
A é uma conquista meritocrática.Seja como for, precisamos ter confiança.
E humildade.
E paciência.
E, diariamente, lutar o Bom Combate.
E comer muito, muito feijão,
mas, não os feijões mágicos do pastor Valdemiro Santiago.
E beber muita água,
mas, não a água (des)consagrada do Missionário R. R. Soares.
E categórica e dignamente merecer.
Então, o resultado haverá de ser
Illuminação/Divinização Consciente.
E depois?
Ora, para conhecermos o depois,
precisaremos, primeiro, chegar
Mas, para podermos chegar ,
teremos que peregrinar sempre
– íntegra, honesta e honradamente –
on the Sunny Side of the Street.
Nada vislumbramos que, desde já, nos possa informar sobre o nosso destino num mundo futuro, excepto o juízo da nossa própria consciência moral, isto é, o que o nosso presente estado moral, tanto quanto o conhecemos, nos permite, a este respeito, julgar de um modo racional, a saber, que princípios da nossa conduta vital, que encontramos em nós dominando até o seu termo (sejam eles princípios do bem ou do mal), também, após a morte, continuarão a ser predominantes, sem que tenhamos a mínima razão para supor, nesse futuro, uma modificação dos mesmos. Devemos, pois, esperar, também para a eternidade, as conseqüências correspondentes ao mérito ou à culpa, sob o domínio do bom ou do mau princípio. Nesta perspectiva, é prudente, então, agir como se uma outra vida, e o estado moral com que terminamos a presente juntamente com as suas consequências, fosse inalterável com a entrada nela. [Admitir conseqüências eternas para o que quer que seja (de ordem material, de ordem espiritual, da ordem que for) é sinônimo de imobilidade (punitiva ou premiadora), e, por isto, é inteiramente contrário à boa lógica e à razão (pura ou prática), sendo um completo absurdo e um cabal contra-senso. Ora, se o Unimultiverso está fundamentado em movimento e mudança permanentes e perpétuos, conseqüências eternas não têm o menor cabimento e, absolutamente, este (des)raciocínio longe está de ser prudente. Tudo isto está mais para filme de terror terrificante do que para qualquer outra coisa que seja útil.]
— Delirando nefelibaticamente meio-ânion,
sempre me encagacei do Isaac Newton.
Delirando nefelibaticamente e me benzendo com água benta,
sempre me encagacei do ano 2060.
Delirando nefelibaticamente meio-changeant,
sempre me encagacei do Immanuel Kant.
Delirando nefelibaticamente e meio-microrrizo,
sempre me encagacei do Dia do Juízo.
Delirando nefelibaticamente meio-adeus,
sempre me encagacei de Deus.
Delirando nefelibaticamente meio-toleirão,
sempre me encagacei da excomunhão.
Delirando nefelibaticamente meio-zé-pé-de-rabo,
sempre me encagacei do diabo.
Delirando nefelibaticamente meio-zé-bozerna,
sempre me encagacei da conseqüência eterna.
Delirando nefelibaticamente meio-zé-ferida,
sempre me encagacei da outra vida.
Delirando nefelibaticamente sem-fim,
sempre me encagacei do fim.
Delirando nefelibaticamente a três por dois,
sempre me encagacei do depois.
Delirando nefelibaticamente sem-termo,
sempre me encagacei do ermo.
Delirando nefelibaticamente sem-razão,
sempre me encagacei da punição.
Delirando nefelibaticamente sem-esmo,
sempre me encagacei de mim-mesmo.
Delirando nefelibaticamente no escuro,
sempre me encagacei do futuro.
Delirando nefelibaticamente meio-eclipse,
sempre me encagacei do apocalipse.
Delirando nefelibaticamente meio-pororom,
sempre me encagacei do Armagedom.
Delirando nefelibaticamente meio-abatido,
sempre me encagacei do Har Megido.
Delirando nefelibaticamente meio-manco na Estrada,
eu vivi acreditando em H2O (des)consagrada.
Delirando nefelibaticamente meio-autofágico,
eu vivi acreditando em feijão mágico.
Delirando nefelibaticamente meio-jeremias,
eu vivi acreditando em glossolalias.
Delirando nefelibaticamente meio-zé-vinage,
eu vivi acreditando em milagre.
Delirando nefelibaticamente meio-zé-bundão,
eu vivi acreditando em salvação.
Delirando nefelibaticamente meio-nuvioso, como ela,
meus dias anoiteceram na janela.
Enfim, delirando nefelibaticamente mais-para-não-ser,
vivi sem e morri sem .
Dar um fim ao gênero humano e, claro está, um fim horrível (transformações da Natureza devido a terremotos, tempestades e inundações ou por meteoros e prodígios atmosféricos) seria a única medida adequada à suprema sabedoria e justiça. [Dar um fim horrível ao gênero humano nada tem de sábio nem de justo. Quem acredita neste filme de terror é, sim, um boçal e um injusto.]
Os progressos do gênero humano, a cultura dos talentos, da destreza e do gosto (gerando como consequência a opulência) leva a melhor sobre o desenvolvimento da moralidade. E semelhante estado é justamente o mais gravoso e o mais perigoso, tanto para os bons costumes como para o bem-estar físico, porque as necessidades crescem muito mais depressa do que os meios para as satisfazer. [Isto é uma verdade óbvia, mas, daí a tudo ter que acabar em um apocalipse devastador no Har Megido não faz o menor sentido e não tem o menor cabimento.]
A fé heróica em um Juízo Final e uma descida aos infernos, que trarão consigo o fim de todas as coisas na Terra, não parecem ter, subjetivamente, uma influência tão poderosa e universal sobre os espíritos para os levar à conversão. [Não há conversão possível pela simples crença em filmes de terror nem em dogmas teológicos. Uma presumida conversão só poderá acontecer pela Compreensão exata e concertada das Leis Unimultiversais [Lex est res surda et inexorabilis, a Lei é surda e inexorável] e isto só será possível pela Iniciação. Não há uma segunda opção.]
O fim de todas as coisas se subdivide em: 1º) no fim natural de todas as coisas, segundo a ordem do fim moral da Sabedoria Divina; 2º) no seu fim místico (sobrenatural), na ordem das causas eficientes, acerca das quais nada compreendemos; e 3º) no fim antinatural (invertido) de todas as coisas por nós próprios suscitado, porque entendemos mal o fim último.
Geralmente, pensamos em uma transformação que prossegue até o infinito (no espaço-tempo), em constante progresso para um fim último, progresso em que a disposição de ânimo (algo de supra-sensível, portanto invariável no tempo, e não, como aquele, um fenômeno) permanece e é firmemente a mesma.
Para os seres, de modo geral, só no espaço-tempo podem refletir [por comparações abstrusas, confusas, inconseqüentes e absurdas] e se tornar [equivocada, incorreta, imaginosa e desacertadamente] conscientes das suas existências e das suas grandezas. [Daí, as miragens; daí, as ilusões; daí, as múltiplas ignorâncias; daí, os sofrimentos; daí, as guerras; daí, a ausência de harmonia; daí, sempre na mesma e na mesma sempre; daí, as inevitáveis Leis do Renascimento e da Causa e do Efeito.]
A representação de um progresso ilimitado em direção a um fim último é, ao mesmo tempo, a perspectiva de uma série ilimitada de males que, embora sejam, decerto, superados pelo maior bem, impedem a ocorrência da satisfação, a qual um ente só pode pensar para si, mediante a obtenção derradeira do fim último. [Não existe fim último; todos os fins são aparentes, pois, todos embutem recomeços.]
A razão, em virtude de não se contentar facilmente com o seu uso imanente, isto é, prático, de bom grado, costuma se aventurar a algo de natureza transcendente, e, com isso, sempre prefere o devaneio.
Fruir de uma tranqüilidade eterna, para muitos, constitui o suposto fim bem-aventurado de todas as coisas. [Fruir de uma tranqüilidade eterna é equivalente a fruir de um inexistente nada, isto é, do inexistente pensamento. Movimento e mudança não combinam com tranqüilidade eterna. Tranqüilidade eterna (um céu, por exemplo) não pode existir, nem em Sucupira, nem em Saramandaia.]
A Sabedoria, isto é, a razão prática na adequação das suas medidas cabalmente correspondentes ao fim último de todas as coisas, ao Bem Supremo, só existe em Deus. E só o não agir visivelmente contrário à idéia Dela é que se poderia chamar, mais ou menos, de sabedoria humana. [Se há uma Sabedoria Unimultiversal (e há), se há um Bem Supremo (e há), Ambos estão em nós, pois, estamos, desde sempre, unificados com esta Sabedoria Unimultiversal e com este Bem Supremo. O nosso exílio é devido (por livre escolha) à admissibilidade da existência de um Deus do lado de lá (acima) e nós do lado de cá (em baixo). Por isto, em nós, só são estáveis a instabilidade, a dúvida e a insegurança.]
Precisamos crer, de modo prático, na cooperação da Sabedoria Divina no curso da Natureza, a não ser que se prefira renunciar ao seu fim último. [Acreditar e depender de uma cooperação da Sabedoria Divina e esperar por um fim último bem-aventurado e são equivalentes a crer e esperar por um milagre. Ora, milagres não existem; somos nós que precisamos e devemos fazer o dever de casa que nos cabe fazer. Encarnar significa aprender, e aprender inclui errar e corrigir os erros. A Sabedoria Divina não corrige nada; quem tem que corrigir as coisas somos nós.]
Quem é bom será sempre bom, e quem é mau será sempre mau. [Haverá absurdo maior do que este?]
É uma contradição ordenar a alguém que não só faça alguma coisa, mas, também, que a faça de bom grado.
O sentimento de Liberdade na escolha do fim último é o que toma digna de Amor a Legislação Cristã.
Um eventual castigo não deve se tornar o móbil para o cumprimento dos Mandamentos Cristãos.
Sem reverência, não existe nenhum Verdadeiro Amor. O Amor, pelo qual um modo de pensar liberal se prende a um benfeitor, não se guia pelo bem que o necessitado recebe, mas, se orienta, apenas, pela bondade da vontade de quem está inclinado a reparti-lo. [Isto, sim, é um imperativo categórico.]
O Cristianismo, mesmo na época de maior ilustração, que entre os homens alguma vez existiu, se apresenta ainda numa Luz sempre clara.
O anticristo é considerado o precursor do Juízo Final. [Anticristos somos todos nós quando preconceituamos, separamos, escravizamos, massacramos, genocidamos...]
O Cristianismo está destinado a ser a religião universal.
Música de fundo:
On the Sunny Side of the Street
Composição: Jimmy McHugh (música) & Dorothy Fields (letra)
Interpretação: Dizzy GillespieFonte:
https://archive.org/details/sonnyrollings/01+-+
On+The+Sunny+Side+Of+The+Street.mp3
Páginas da Internet consultadas:
https://amedeo-traversa.tumblr.com/
https://www.britannica.com/science/color-wheel
https://dribbble.com/shots/3429579-TV-Animation
https://br.pinterest.com/pin/487725834631810601/
https://en.wikipedia.org/wiki/Chief_Seattle
https://bigthink.com/starts-with-a-bang/parallel-universes-real/
https://ar.pinterest.com/pin/575546027372577854/
https://tenor.com/pt-BR/search/yes-baby-gifs
https://gifer.com/pt/gifs/smartphone
https://pt.vecteezy.com/free-png-pt/esqueleto
https://www.istockphoto.com/br
https://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant
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