RELIGIÃO NOS LIMITES DA SIMPLES RAZÃO
(Die Religion Innerhalb der Grenzen der Bloßen Vernunft)

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

 

Este estudo tem por objetivo apresentar para reflexão alguns excertos da obra a Religião nos Limites da Simples Razão (em alemão, Die Religion Innerhalb der Grenzen der Bloßen Vernunft), de autoria do filósofo Immanuel Kant (Königsberg, 22 de abril de 1724 – 12 de fevereiro de 1804).

 

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

 

Immanuel Kant (22 de abril de 1724 – 12 de fevereiro de 1804) foi um filósofo alemão (nativo do Reino da Prússia) e um dos principais pensadores do Iluminismo. Seus abrangentes e sistemáticos trabalhos em Epistemologia, Metafísica, Ética e Estética fizeram dele uma das figuras mais influentes da Filosofia Ocidental Moderna.

 

Em sua doutrina do Idealismo Transcendental, Kant argumentou que o espaço e o tempo são meras formas de intuição que estruturam toda a experiência, e que os objetos da experiência são meras aparências. A natureza das coisas como elas são em si mesmas é incognoscível para nós. Em uma tentativa de contrariar o Ceticismo, ele escreveu a Crítica da Razão Pura (1781/1787), sua obra mais conhecida. Kant traçou um paralelo com a revolução copernicana em sua proposta de pensar os objetos dos sentidos em conformidade com nossas formas espaciais e temporais de intuição e as categorias de nosso entendimento, de modo que tenhamos conhecimento a priori desses objetos.

 

Kant acreditava que a razão também é a fonte da moralidade e que a Estética surge de uma faculdade de julgamento desinteressado. Ele foi um expoente da idéia de que a paz perpétua poderia ser assegurada por meio da Democracia Universal e da cooperação internacional, e que, talvez, este pudesse ser o estágio culminante da história mundial.

 

A natureza das visões religiosas de Kant continua a ser objeto de disputa acadêmica. Também controversos são os pontos de vista de Kant sobre raça. Ele defendeu o racismo científico durante grande parte de sua carreira, mas, mudou seus pontos de vista sobre raça na última década de sua vida.

 

Kant também publicou importantes obras sobre Ética, religião, Direito, Estética, Astronomia e História durante sua vida.

 

Alguns seres humanos são mesmo pra lá de esquisitões.
Alguns preferem ser antidemocratas e anti-republicanos
do que ser democráticos e republicanos.
Alguns preferem aceitar o convite e ir à Festa da Selma
do que lutar por liberdade e independência.
Alguns preferem rabiscar minutas golpistas fedorentas
do que ser dignos, honrados e verazes.
Alguns preferem inventar lendas crocodilianas
do que incentivar a necessária vacinação.
Alguns preferem ser maria-vai-com-as-outras
do que ser não-imitativos e verdadeiros.
Alguns preferem babar e acreditar em news
do que pesquisar e se informar corretamente.
Alguns preferem ausência ou falta de razão e injustiça
do que bom senso, senso estético e senso moral.
Alguns preferem caminhar no lado caliginoso da Estrada
do que no lado ensolarado da Estrada.
Alguns preferem, enfim, teimosamente, viver e morrer
do que Iniciaticamente e .
Ora, tudo isto é triste, desolador e ruinoso porque,
como está registrado no Eclesiastes III: 1,
tudo tem o seu [espaço-]tempo determinado,
e há
[espaço-]tempo para... E [espaço-]tempo para...
Em outras palavras: somos nós os criadores do nosso
espaço-tempo!

 

 

 

 

Excertos da Religião nos Limites da Simples Razão

 

 

Acredite em milagres, mas, não dependa deles. [Todos nós, sem exceção, em algum momento de nossas vidas, temos algumas idéias absurdas e, às vezes, dizemos coisas que se opõem à razão e ao bom senso. Esta, talvez, tenha sido a coisa mais destituída de sentido e de racionalidade que Kant pensou e registrou. Argumento: se as Leis Cósmicas (que Kant tanto prezou) não podem ser alteradas nem adulteradas, milagres não podem existir, pois, um milagre seria algo que infringe, desobedece, viola, transgride e desrespeita uma ou mais Leis Cósmicas. Acreditar em milagres é acreditar em coisas que nunca aconteceram, que não podem acontecer e que jamais acontecerão. Acreditar em milagres é absurdamente querer que outrem faça o dever de casa que cabe a cada um e a todos nós fazer.]

 

A malignidade ou o estado de corrupção do Coração humano é a inclinação do arbítrio para máximas que compõem o móbil dimanante da lei a outros (não morais). Pode igualmente se chamar a perversidade do Coração humano, porque inverte a ordem moral a respeito dos móbiles de um livre-arbítrio e, embora assim possam ainda existir sempre ações boas segundo a Lei, o modo de pensar é, no entanto, corrompido na sua raiz, e o homem é, por isso, designado como mal.

 

Quando o homem inverte o fundamento supremo das suas máximas, pelas quais era um homem mau, graças a uma única decisão imutável (e se reveste assim de um homem novo), é nessa medida, segundo o princípio e o modo de pensar, um sujeito susceptível do bem, mas, só no contínuo agir e devir será um homem bom.

 

Efetivamente, não obstante a queda, sem diminuição, ressoa na nossa [personalidade-]alma o mandamento: devemos nos tornar seres melhores. Devemos, portanto, também poder fazê-lo, inclusive se o que conseguimos fazer houvesse por si só ser insuficiente e nos tornássemos, assim, apenas susceptíveis de uma assistência superior para nós imperscrutável.

 

O melhoramento moral do homem é um assunto que compete apenas ao próprio homem. A razão, legisladora moral, além das leis que prescreve a todo indivíduo, iça ainda a bandeira da virtude, sinal de reunião para todos aqueles para os quais o bem é caro, a fim de que se reúnam em torno dele e o levem a vencer, acima de qualquer coisa, o mal que os ataca sem trégua.

 

A Moral, em prol de si mesma (tanto objetivamente, no tocante ao querer, como subjetivamente, no que diz respeito ao poder), de nenhum modo precisa da religião, mas, se basta a si própria em virtude da razão pura prática.

 

A religião é o reconhecimento de todos os nossos deveres como mandamentos divinos.

 

Não é necessário à Moral, em ordem ao reto agir, fim algum, mas, lhe basta a lei que contém a condição formal do uso da liberdade em geral.

 

A finalidade pela liberdade com a finalidade da Natureza é uma combinação de que não podemos prescindir.

 

Faz do Sumo Bem possível no mundo o teu fim último é uma proposição sintética 'a priori', que é introduzida pela própria Lei Moral, que pode e deve ser o fim último do homem.

 

O cultivo e a preservação das ciências deve estar isento de preconceitos. [Então, como poderá subsistir uma religião qualquer que incrimine, condene e aparte, por exemplo, cientistas progressistas, divorciados, e membros de outras religiões? Ou os preconceitos chegam ao fim ou tudo o que nos rodeia será transformado em deserto!]

 

 

O Deserto da Ignorância

 

A Lei Moral quer que se realize, por meio de nós, o mais elevado possível. [Eu não sei se a Lei Moral quer que se realize, por meio de nós, o mais elevado Bem possível, mas, sei, sim, que o mais elevado Bem possível só poderá ser realizado por nós por intermédio da Lei Moral. O grande problema, para todos nós, é identificarmos direitinho, sem contradição, o que é e o que não é Lei Moral.]

 

Se isto é assim – e foi-é-será –
a Operação Especial na Ucrânia
foi o mais medonho mal possível.

O apoio a
é o mais medonho mal possível.

O genocídio do povo ucraniano
está sendo o mais medonho mal possível.

O ataque do Hamas a Israel
foi o mais medonho mal possível.

A retaliação de Israel ao Hamas
está sendo o mais medonho mal possível.

A destruição da Faixa de Gaza
está sendo o mais medonho mal possível.

A mortandade dos palestinos em Gaza
está sendo o mais medonho mal possível.

A cagaço inoperante do Ocidente
é o mais medonho mal possível.

O assassinato do Mahatma Gandhi
foi o mais medonho mal possível.

O assassinato do Chico Mendes
foi o mais medonho mal possível.

O assassinato da Marielle Franco
foi o mais medonho mal possível.

O
foi o mais medonho mal possível.

A
foi o mais medonho mal possível.

O
foi o mais medonho mal possível.

A lenda do Caiman latirostris
foi o mais medonho mal possível.

A minuta de golpe de Estado
foi o mais medonho mal possível.

Ter sacanagens palacianas
foi o mais medonho mal possível.

O vandalismo de 8 de janeiro de 2023
foi o mais medonho mal possível.

O divisionismo do povo brasileiro
foi o mais medonho mal possível.

O retrocesso da Pátria Amada Brasil
foi o mais medonho mal possível.

O desejo de um regime de exceção
(com quem quer que seja como presidente)
foi o mais medonho mal possível.

A separatividade egoísta e desfraterna
foi o mais medonho mal possível.

Impingir ao povo ora fake, ora merda,
tem sido o mais medonho mal possível.

Catalisar ora desrespeito, ora preconceito,
tem sido o mais medonho mal possível.

Todo o resto, que você conhece muito bem,
tem sido o mais medonho mal possível.

Ou transmutamos os medonhos males
ou nossa vida terá sido perda de tempo.

O absurdamente pior da perda de tempo
será nos tornarmos
não-entidades absolutas!

 

 

Simbolicamente

 

 

Todos os nossos juízos devem ser totalmente imparciais.

 

A moral acaba conduzindo, inevitavelmente, à religião. Por religião se estende, fora do homem, à idéia de um legislador moral todo-poderoso. [O problema incompatível deste pensamento está no advérbio inevitavelmente. Inevitável e insubstituível é isto: Moral –› Bom Combate –› Iniciação/Illuminação –› Compreensão –› Libertação (de si mesmo) –› Ascensão –› Unificação –› Divinização Consciente. Por outro lado, admitir a existência de um legislador moral todo-poderoso nada mais é do que acreditar em um deus onipotente que faz o que quer, o que é outro absurdo. O Hinduísmo é a religião mais seguida na Índia. É uma religião muito rica e com diversas divindades, de tal maneira que o número oficial de deuses na Índia chega a mais de 330 milhões. Agora, imagine cada um desses deuses fazendo o que quer!]

 

O fim que contém a condição iniludível e, ao mesmo tempo, suficiente de todos os outros fins é o fim último. A felicidade própria é o fim último subjetivo dos seres racionais do mundo, e todas as proposições práticas que têm como fundamento este fim último são sintéticas, mas, ao mesmo tempo são empíricas. Que todos, porém, devam fazer para si do supremo bem possível no mundo o fim último é uma proposição prática sintética 'a priori' e, decerto, uma proposição objetivo-prática dada por meio da pura razão, porque é uma proposição que vai além do conceito dos deveres no mundo e acrescenta uma conseqüência sua (um efeito) que não está contido nas Leis Morais e, portanto, não se pode desenvolver analiticamente a partir delas.

 

A corrupção está alojada em todos os seres humanos, e não pode ser superada senão através da idéia do bem moral em sua pureza absoluta.

 

A partir do ponto em que a Doutrina Cristã foi construída não sobre simples conceitos de razão, mas, sobre fatos, ela pôde ser chamada não apenas de Religião Cristã, mas de Fé Cristã, sobre a qual uma igreja foi edificada.

 

A restauração da predisposição original para o bem em nós não é a aquisição de um incentivo perdido do bem, pois, nunca pudemos perder o incentivo que consiste no respeito à Lei Moral. A restauração é, portanto, apenas a recuperação do pureza da Lei, como o fundamento supremo de todas as nossas máximas, segundo a qual a própria Lei deve ser incorporada ao poder de escolha, não apenas ligada a outros incentivos, nem mesmo subordinada a eles como condições, mas, em sua plenitude de pureza.

 

A afirmação o ser humano é mau não pode significar outra coisa senão que ele é consciente da Lei Moral, no entanto, incorporou em sua máxima o desvio (ocasional) Dela.

 

Aquela religião na qual devo saber de antemão que algo é um mandamento divino para reconhecê-lo como meu dever é a religião revelada (ou aquela que precisa de uma revelação). Por outro lado, aquela religião na qual devo primeiro saber que algo é meu dever antes de poder aceitá-lo como uma injunção divina é a religião natural. Quando a religião é classificada não com referência à sua origem primeira e sua possibilidade interna (aqui ela é dividida em religião natural e revelada), mas, com relação às suas características que a tornam capaz de ser amplamente compartilhada com outras pessoas, ela pode ser de dois tipos: ou a religião natural, da qual (uma vez surgida) todos podem ser convencidos por sua própria razão, ou uma religião erudita, da qual alguém pode convencer os outros apenas por meio do aprendizado (no qual e através do qual eles devem ser guiados). Uma religião, portanto, pode ser natural e, ao mesmo tempo, revelada, quando é constituída de tal forma que os homens poderiam e deveriam tê-la descoberto por si mesmos apenas pelo uso de sua razão, embora não a tivessem encontrado dessa maneira, cedo ou em uma área tão ampla quanto necessário. Portanto, uma revelação disso em um determinado momento e em um determinado lugar pode muito bem ser sábia e muito vantajosa para a raça humana, pois, uma vez que a religião assim introduzida está aqui e foi divulgada publicamente, todos podem doravante por si mesmos e com sua própria razão se convencer de sua verdade. Nesse caso, a religião é objetivamente uma religião natural, embora subjetivamente uma religião que foi revelada.

 

Ainda não existe uma igreja como uma religião universal. [Por isto guerras foram e ainda são feitas em nome de deus!]

 

A sinceridade é a base indispensável de toda consciência e, por conseqüência, de toda religião sincera.

 

A religião é um assunto importante demais para seus devotos para ser ridicularizada. Se eles se entregam a absurdos, devem ser lamentados e não ridicularizados.

 

Não é a vontade de Deus apenas que sejamos felizes, mas, que nos tornemos felizes.

 

Aquele que fez grande progresso moral deixa de rezar.

 

O Coração humano se recusa a acreditar em um Uni[multi]verso sem propósito.

 

O bom caminho não conduz da remissão dos pecados à virtude, mas, precisamente, o contrário: da virtude à remissão dos pecados.

 

A leitura das Escrituras Sagradas ou o estudo de seu conteúdo têm por finalidade tornar os homens melhores.

 

O simples aumento de nosso saber histórico é tão-somente erudição inútil e estéril. [Saber e não ascensionar equivale a mudar para piorar.]

 

Tudo aquilo de que temos necessidade nos é revelado de modo suficiente (pela razão e pela Escritura), e essa revelação é igualmente inteligível para todos os homens [e não somente aqueles que se auto-intitulam exegetas.]

 

Irresistivelmente, a Lei Moral acaba invadindo o indivíduo por força de sua disposição moral.

 

A diferença sobre a possibilidade de o homem ser bom ou mau não deve residir na diferença dos móbiles que ele acolhe na sua máxima, porém, na subordinação de qual dos móbiles possíveis ele faz a condição do outro.

 

O primeiro fundamento subjetivo da adoção de máximas somente pode ser único e se referir universalmente ao uso integral da liberdade.

 

Um homem é mau não por que comete ações más, senão por que a máxima de sua ação é má.

 

A inveja, a tirania e a ganância e as inclinações hostis a elas associadas assaltam a natureza do ser humano, em si moderada, logo que se encontra no meio dos homens, e nem sequer é necessário pressupor que estes já estejam mergulhados e constituem exemplos sedutores; basta que estejam aí, que o rodeiem, e que sejam homens, para mutuamente se corromperem na sua disposição moral e se fazerem maus uns aos outros.

 

Ao homem de um coração corrupto, que continua ainda a ter uma boa vontade, há esperança de um retorno ao bem do qual se desviou. [Para tudo, esperança sempre há. O que é preciso é transformar esperança em ato, em realidade. Do contrário, a esperança é inútil.]

 

Quando o homem inverte o fundamento supremo de suas máximas, pelas quais era um homem mau, graças a uma única decisão imutável (e se reveste assim de um homem novo), é nessa medida, segundo o princípio e modo de pensar, um sujeito suscetível do bem, mas, só no contínuo agir e devir será um homem bom, isto é, pode esperar que, semelhante pureza do princípio que adotou para máxima suprema do seu arbítrio e com a firmeza do mesmo, se encontre no caminho bom (embora estreito) de uma constante progressão do mau para o melhor. [Isto se resume em controle das más inclinações e constância das ações conforme o dever. Ou como costumo lembrar: lutar o Bom Combate.]

 

O soberano político não pode forçar a entrada dos indivíduos na comunidade ética, pois, entrar em semelhante estado deve ser o resultado de uma decisão livre. Ai do legislador que, pela boa ação, pretendesse levar a cabo uma constituição orientada para fins éticos! Efetivamente, produziria, assim, não só o contrário da constituição ética, mas, também, minaria e tornaria insegura a sua constituição política. [Isso vale também para a religião. Ameaçar e forçar o indivíduo a não pecar sempre dará em águas de bacalhau. Nem champanhe com caviar é melhor do que pecar! Segundo Kant, a tutela religiosa além de ser a mais prejudicial é também a mais desonrosa. Essa coisa de que poderes incertos ocorrem apenas em favor de certos escolhidos é uma maldade mentirosa sesquipedal! Acreditar-se escolhido, predileto ou salvo de antemão por ser bem-comportado é uma mistura de infantilidade + crendice + ignorância.]

 

A superstição é a total subordinação da razão a fatos absurdos e incomprovados ditos, repetidos [e glossolalizados] pelos pastores do povo.

 

Em virtude da propensão do homem para a fé servil no culto divino, a qual estão por si inclinados a dar não só a maior importância antes da fé moral (que consiste em servir a Deus mediante a observância dos seus deveres), mas, até a única importância, que compensa todas as outras deficiências, é fácil aos guardiões da ortodoxia, como pastores de [personalidades-]alma, inspirar um devoto temor face ao menor desvio de certos enunciados de fé, fundados na história, e inclusive, face a toda a investigação, de tal modo que não se atrevem a deixar subir em si, nem sequer no pensamento, uma dúvida contra as proposições que lhe são impostas, porque tal equivaleria a dar ouvidos ao espírito mau. [E assim, esses fajutíssimos pastores de [personalidades-]alma inventam milagres, feijões mágicos, fogueiras santas, corrente dos revoltados, salvação, prosperidade, águas consagradas, banho de cheiro, pedras do Sinai, pão de Israel, água do rio Jordão, cajado da vitória, pedra de David, corrente da vitória, mural da sagrada família, manto sagrado, azeite orado, galho de arruda, sal grosso, sabonete do descarrego e mais sei lá o quê! E as pessoas acreditam! E dão o que têm e o que não têm! E os pastores de [personalidades-]alma estão arquimilionários!]

 

Todo antropomorfismo que não seja simbólico tem conseqüências extremamente prejudiciais, e, por outro lado, se a razão prática pura não oferecesse os arquétipos morais pelos quais a própria religião história devesse se orientar, a última seria destituída de todo sentido. [Para mim, antropomorfismo, seja simbólico ou não-simbólico, é a mesma coisa: merda teológica que só gera merda teológica! Simples: quem você conhece que consegue distinguir e perceber a diferença entre o que é simbólico e o que não é simbólico?]

 

 

Antropomorfismo Fecal

 

 

O Estado jamais deve interferir nos assuntos de religião no sentido de obrigar seus cidadãos, de qualquer forma que seja, a freqüentar qualquer tipo de culto.

 

Caso o Estado ordene algo que seja contra a verdadeira religião, isto é, que seja contra o mandamento moral, então, há o dever moral de desobedecer às leis do Estado.

 

Para o povo, nenhuma doutrina que esteja fundada na simples razão parece ser boa para constituir uma norma imutável e ele exige ainda uma revelação divina, portanto, também uma autenticação histórica da sua autoridade, mediante uma dedução de sua origem.

 

A verdadeira religião consiste essencialmente no cumprimento do dever moral, o qual não é nenhum dever em especial para com Deus, isto é, não há nenhum mandamento moral que exija qualquer ação de louvor ou de agradecimento a Deus. [Uma suposta verdadeira religião só poderá existir se estiver fundada em imperativos categóricos. Toma-lá-dá-cá (dízimo supositício) é uma contradição lógica hipotética.]

 

Um príncipe que não acha indigno de si dizer que tem por dever nada prescrever aos homens em matéria de religião... É efetivamente um ser esclarecido.

 

Uma religião que adicione, como muitas vezes aconteceu na história [e continua a acontecer], alguma autoridade coativa, seja por temor divino ou terreno, então, ela se torna indigna e moralmente repulsiva. [Medo coativo do inferno... Medo coativo do mundo dos mortos... Medo coativo do demônio... Medo coativo da tentação... Medo coativo de pecar... Medo coativo do castigo... Medo coativo da condenação... Medo coativo do Caronte... Medo coativo de Nix (a Noite)... Medo coativo de Érebo (a Escuridão)... Medo coativo de Hipnos (o Sono)... Medo coativo de Tânatos (a Morte)... Medo coativo do Hades... Medo coativo dos Rios Estige e Aqueronte... Medo coativo da excomunhão... Medo coativo... Medo coativo... Medo coativo...]

 

 

Caronte
(Ilustração de Gustave Doré, para a Divina Comédia)

 

 

 

 

Imperativo Categórico: aja segundo uma máxima que também possa valer como Lei Geral.

 

A guerra é ruim porque faz mais pessoas más do que as mata.

 

O estabelecimento universal e duradouro da paz constitui não apenas uma parte, mas, todo o propósito final e o fim da Ciência do Direito, dentro dos limites da razão.

 

Não se pode exigir mais da Humanidade do que não violar a sua consciência.

 

O que não milita contra a moralidade não pode ser falso.

 

Moralidade não requer religião.

 

Nada é divino senão o que é agradável à razão.

 

A consciência de que uma ação que estou prestes a realizar é correta é, em si, um dever imediato, imperativo e inadiável. Quais ações são certas e quais são erradas são questões para o entendimento, não para a consciência.

 

A questão não é: como a consciência deve ser guiada? Ora, a consciência é seu próprio general e líder; basta, portanto, que cada homem tenha uma.

 

A adoração de poderosos seres invisíveis, a que o homem indefeso é compelido, surge, na consciência, do medo inatural fundado de sua incapacidade.

 

O Cristianismo possui a grande vantagem de ter vindo da boca de um Mestre Ascensionado, não como uma religião estatutária, mas, como uma Religião Moral, e assim entrar em uma relação mais próxima com a razão, de modo que, através da própria razão, pôde ser capaz de ser difundida em todos os tempos e entre todos os povos, com a maior confiabilidade. [Infelizmente e lamentavelmente, séculos e mais séculos de teologias autoritárias, hipotéticas e fedorentas adulteraram quase todos os Princípios Gnósticos, Espirituais e Iniciáticos transmitidos pelo Mestre Jesus, conservados, na atualidade, apenas nos chamados Evangelhos Apócrifos e nos ensinamentos das geralmente desprezadas Fraternidades e Ordens Iniciáticas.]

 

 

 

 

Todos os que ficarem esperando sentados, passivamente, que aconteça algum tipo de bondade divina miraculosa, com as mãos no colo, como se fora uma espécie de dom celestial que desce do alto, ficarão carecas de tanto esperar, e não acontecerá necas de pitibiribas. Aqueles que deixarem de usar as suas predisposições naturais para a bondade predisposições que residem em todas as naturezas humanas (como um talento congênito que lhes foi confiado) na confiança [expectativa] preguiçosa de que uma influência superior suprirá o caráter moral e a integridade que lhes faltam [ou que estão adormecidos], serão confrontados com a ameaça que até mesmo o bem que, em virtude de suas predisposições naturais, possam ter feito no passado, não lhes será permitido usufruí-lo, por causa de suas nefelibáticas negligências.

 

Dever universal: Ame cada um como a si mesmo, isto é, promova seu bem-estar de boa vontade, que deverá ser imediata e não derivada de motivos de si mesmo (vantagens).

 

Jesus combinou todos os deveres em uma regra universal (que inclui em si tanto as relações morais internas quanto externas dos homens), a saber: Cumpra seus deveres por nenhum outro motivo que não seja a estima incondicional pelo próprio dever, isto é, o Amor. [Se Jesus fosse kantiano, teria dito: Cara-pálida, cumpra seus deveres apenas através de imperativos categóricos.]

 

Deus é, acima de tudo, o Legislador de todos os deveres.

 

É uma esperança insidiosa imaginar que, apenas por meio da invocação e do louvor do Legislador Supremo, na pessoa do Seu Enviado, serão compensadas as faltas de boas obras, e que cairemos nas boas graças de Deus. [Imperativos hipotéticos são peneiras que não retêm nada.]

 

Ninguém se manterá imune fugindo de seu verdadeiro dever moral, apenas por ter cumprido seus deveres eclesiais. [É por isso que dízimos, ajoelhações, beija-mãos, orações etc. não adiantam absolutamente bulhufas.]

 

A pura religião da razão deve ser a intérprete da Lei.

 

Jesus afirmou que qualquer dano causado ao próximo só poderá ser reparado por meio de satisfação prestada ao próprio ofendido, não por atos de adoração divina.

 

Jesus afirmou que não é a observância dos deveres exteriores civis ou estatutários da Igreja que torna o homem agradável a Deus, mas, apenas, a pura disposição moral do Coração.

 

Suponhamos que houve um professor de quem um registro histórico (ou, pelo menos, uma crença amplamente difundida que não é basicamente contestável) relata que ele foi o primeiro a expor publicamente uma religião pura e perspicaz, compreensível para o mundo inteiro. Suponhamos que tudo o que ele fez foi feito em face de uma verdade dominante e que conduzia a fins morais (uma verdade cujo culto podia servir como um tipo-base de todas as outras religiões). Suponhamos, além disso, que descobrimos que ele fez dessa religião universal da razão a condição mais elevada e indispensável de toda fé religiosa, seja qual for, exigida em si mesma como elemento constitutivo de qualquer religião. Após esta breve descrição, não se deixará de reconhecer esta pessoa como o fundador inconteste da Primeira Religião Verdadeira, que, livre de qualquer dogma, está gravada no Coração de todos os homens, pois, não tem a sua origem numa vontade arbitrária, mas, está fundada na Lei Moral Unimultiversal. [Negrito e sublinhado meus.]

 

Só a bondade e a misericórdia, gradualmente, por meio de seu poder interior, crescem no Reino de Deus.

 

Tudo o que o homem pensa que pode fazer, além de praticar um bom e digno modo de vida, para agradar a Deus, é mera miragem subserviente e simples ilusão religiosa. [Para efeito de simples argumentação filosófica, considerando que exista um deus, ele não quer nada nem precisa de nada; quem precisa e deve Mudar somos nós. Não temos que pedir nada; temos, sim, que fazer as coisas direito – custe o que custar, doa o quanto doer, sempre lutar o Bom Combate. E, repito: Mudar (Transmutar)! Claro, sempre para melhor! Simbolicamente, isto significa sair do dark side of the street, atravessar a rua e, com dignidade e categoricamente, caminhar on the sunny side of the street. Agora, você sabe onde está ou onde fica o sunny side of the street? Em nosso Coração.]

 

 

 

 

Música de fundo:

On the Sunny Side of the Street
Composição: Jimmy McHugh (música) & Dorothy Fields (letra)
Interpretação: Tony Bennett & Willie Nelson

Fonte:

https://muzonier.ru/pesni-o-lyubvi/Tony-Bennett-and-
Willie-Nelson/On-The-Sunny-Side-Of-The-Street/

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Caronte

https://tenor.com/pt-BR/search/strah-gifs

https://wtfisshetalkingabt.wordpress.com/2019/08/12/youreashitperson/

http://periodicos.pucminas.br/index.php/SapereAude/article/view/11248/9101

https://upjourney.com/immanuel-kant-quotes

https://www.youtube.com/watch?v=4ZdLRetk0WY

https://www.quotescosmos.com/people/Immanuel-Kant-quotes-5.html

https://www.sirquotesalot.com/immanuel-kant-quotes/

https://www.gradesaver.com/religion-within-the-
boundaries-of-mere-reason/study-guide/quotes

https://dribbble.com/shots/14776750-Desert-GIF

https://pt.org.br/tag/gabinete-do-odio/

https://pngimg.com/image/42599

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:
Vector_Face_wearing_Spectacles.png

http://www.lusosofia.net/textos/kant_
immanuel_religiao_limites_simples_razao.pdf

https://www.pensador.com/

https://pt.vecteezy.com/free-png-pt/esqueleto

https://gifdb.com/

https://www.istockphoto.com/br

https://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.