INICIAÇÃO VERDADEIRA

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 


Às vezes, pensamos que estamos vendo,
mas, realmente, não estamos vendo nada.

 

 

 

 

A Iniciação é o aspecto e a causa essencial da elevação da consciência às sublimes realidades objetivas dos estados superiores – àquele estado transcendente de percepção onde o Ser Verdadeiro funciona de acordo com o grau de seu despertamento e em um plano de existência que permite o serviço sem restrições. A Iniciação opera em um dos diversos planos, cada um com sua própria realidade objetiva, sua própria criação, que pode ou não ter paralelo com aquelas realidades objetivas do mundo com o qual estamos acostumados. Nosso ponto individual de trabalho depende somente do grau de nosso despertamento e do nível particular de realidade objetiva no qual fomos Iniciados.

Até certo ponto, a natureza de nossas iniciações é escolhida por nós mesmos, embora, talvez, não somente como resultado de uma escolha intelectual. É nossa sinceridade interior, nossa atitude e nossa pureza de motivo que determinam em que nível funcionamos. É fácil perceber que nosso intelecto não pode tomar estas decisões por si só. Mais exatamente, ele serve meramente para nos auxiliar a nos harmonizarmos com o nosso Deus Interior, de onde se origina nosso desabrochar para atingirmos um ponto de Verdadeira Iniciação de Verdadeira Escolha.

Uma Iniciação Verdadeira é puramente espiritual. Ela ocorre a partir do e no interior de cada indivíduo como resultado de seu próprio preparo e presteza, sendo inspirada e acelerada por um ritual físico que, às vezes, se associa a uma experiência psíquica.

A conseqüência da Iniciação Verdadeira é ao mesmo tempo uma possibilidade e um dever de utilizar a LLuz recém-adquirida em nome da Humanidade – uma possibilidade no sentido que o Iniciado pode se recusar a cruzar o portal; e um dever, no sentido que, se o cruzar, o Iniciado deverá se tornar um foco de radiação da LLuz. O Iniciado deve se livrar de todo egoísmo e de interesses egocêntricos. Se estes grilhões forem quebrados, a emissão de LLuz é ao mesmo tempo Amor, Energia e Poder.

O ato da Iniciação cria um equilíbrio dentro do Iniciado reconhecido como Harmonia. Uma vez atingida a Harmonia, o Poder se torna percebido e, por meio disto se torna permanente. Aquilo que é feito não pode ser desfeito. O Iniciado percebe que não pode nunca mais voltar para o mundo profano. Mas, ao mesmo tempo, não há garantia de que o Iniciado permanecerá no Caminho.

Um verdadeiro ritual de Iniciação em muito ultrapassa uma simples dramatização. Uma dramatização somente tocará as emoções e o intelecto. O ritual tocará a essência espiritual e trará à existência a assistência espiritual através de um despertamento.

Quando um verdadeiro ritual de Iniciação ocorre, ele é acompanhado pela responsabilidade do Iniciado em manter a transmissão do Poder Espiritual através da obrigação de irradiá-lo a partir do interior de seu ser. Há, também, a obrigação de cada Iniciado de se certificar que a LLuz seja perpetuada e transmitida às gerações sucessivas, assegurando assim a continuidade da técnica. No entanto, ainda é possível ao Iniciado se afastar da linhagem e utilizar o poder para fins egoístas. Se isto for feito, não estamos lidando com um indivíduo que é simplesmente ignorante acerca da LLuz, mas com alguém que conscientemente serve às Forças das Trevas.

O propósito da Iniciação Verdadeira é servir à Humanidade para garantir que a LLuz seja irradiada em meio às trevas. Podemos ver, de fato, que as obrigações e responsabilidades do Iniciado são muito grandes e complexas, e também percebemos que a importância de uma linhagem iniciática continuada e ininterrupta é de suma importância para que o poder da LLuz cresça e transcenda as limitações do Iniciado individual. O indivíduo pode dar as costas à LLuz, mas a cadeia iniciática e a linhagem centenária de Iniciados criam uma condição que supera o indivíduo, pois não pode ser destruída pelos fracassos de uma pessoa, seja ela quem for. Nenhuma pessoa isolada ou grupo pequeno de pessoas têm a força para desfazer o que foi feito. Isto se torna uma Força e um Poder da LLuz que não pode ser desviado. Eis porque é tão absurdo ouvir a alegação que as ordens iniciáticas estão obsoletas, e eis porque é tolice pensar que uma criação completamente moderna da “Nova Era” pode substituir um sistema que tem funcionado e prestado um grande serviço por incontáveis séculos.

A LLuz Espiritual não conhece as trevas, mas para receber a Luz precisamos transcender as trevas e atingir o nível da LLuz. Devemos, através da Iniciação Verdadeira, deixar as trevas para trás através de nossos próprios esforços. Não podemos levar as trevas conosco ao nos aproximarmos da LLuz. A LLuz não virá a nós se permitirmos que as trevas estejam presentes. Eis porque os Mestres não canalizam, através de médiuns, em nosso plano de existência.

 

Informação:

Este extrato foi editado do artigo Elementos Introdutórios da Iniciação de autoria de Gary L. Stewart, Imperator da Confraternidade da Rosa+Cruz. Ele pode ser lido integralmente no endereço:

http://www.crcsite.org/elements_portug.htm


 

 

 


Às vezes, pensamos que estamos vendo,
mas, realmente, não estamos vendo nada.

 

 

 

Mestres não canalizam,

através de médiuns,

em nosso plano de existência.

Mestres não impõem nada

nem forçam quaisquer mudanças

em nossa incipiente consciência.

 

Mestres não andam por aí

mandando recadinhos

Mas, sim, os Mestres inspiram

o peregrino leal e sincero

que tenta dominar seu lado fero.

 

E o maior de todos os Mestres

que habita em nosso Coração.

e, então, ultrapassado teremos

as ilusões que geram tanta dor.

 

 

 


Às vezes, pensamos que estamos vendo,
mas, realmente, não estamos vendo nada.

 

 

 

Música de fundo:

Theme from the Ten Commandments
Compositor: Elmer Bernstein

Fonte:

http://mp3skull.com/mp3/
the_ten_commandments_theme.html

 

Páginas da Internet consultadas:

http://institutoseva.blogspot.com/
2009/08/introducao-geometria-sagrada.html

http://institutoseva.blogspot.com/2009/01/
geometria-sagrada-uma-antiga-linguagem.html