A
Iniciação é o aspecto e a causa essencial da
elevação da consciência às sublimes realidades
objetivas dos estados superiores – àquele estado transcendente
de percepção onde o Ser Verdadeiro funciona de acordo
com o grau de seu despertamento e em um plano de existência
que permite o serviço sem restrições. A Iniciação
opera em um dos diversos planos, cada um com sua própria
realidade objetiva, sua própria criação, que
pode ou não ter paralelo com aquelas realidades objetivas
do mundo com o qual estamos acostumados. Nosso ponto individual
de trabalho depende somente do grau de nosso despertamento e do
nível particular de realidade objetiva no qual fomos Iniciados.
Até
certo ponto, a natureza de nossas iniciações é
escolhida por nós mesmos, embora, talvez, não somente
como resultado de uma escolha intelectual. É nossa sinceridade
interior, nossa atitude e nossa pureza de motivo que determinam em
que nível funcionamos. É fácil perceber que nosso
intelecto não pode tomar estas decisões por si só.
Mais exatamente, ele serve meramente para nos auxiliar a nos harmonizarmos
com o nosso Deus Interior, de onde se origina nosso desabrochar para
atingirmos um ponto de Verdadeira Iniciação de Verdadeira
Escolha.
Uma Iniciação
Verdadeira é puramente espiritual. Ela ocorre a partir do e
no interior de cada indivíduo como resultado de seu próprio
preparo e presteza, sendo inspirada e acelerada por um ritual físico
que, às vezes, se associa a uma experiência psíquica.
A
conseqüência da Iniciação Verdadeira é
ao mesmo tempo uma possibilidade e um dever de utilizar a LLuz recém-adquirida
em nome da Humanidade – uma possibilidade no sentido que o Iniciado
pode se recusar a cruzar o portal; e um dever, no sentido que, se
o cruzar, o Iniciado deverá se tornar um foco de radiação
da LLuz. O Iniciado deve se livrar de todo egoísmo e de interesses
egocêntricos. Se estes grilhões forem quebrados, a emissão
de LLuz é ao mesmo tempo Amor, Energia e Poder.
O ato da Iniciação
cria um equilíbrio dentro do Iniciado reconhecido como Harmonia.
Uma vez atingida a Harmonia, o Poder se torna percebido e, por meio
disto se torna permanente. Aquilo que é feito não pode
ser desfeito. O Iniciado percebe que não pode nunca mais voltar
para o mundo profano. Mas, ao mesmo tempo, não há garantia
de que o Iniciado permanecerá no Caminho.
Um verdadeiro ritual de Iniciação
em muito ultrapassa uma simples dramatização. Uma dramatização
somente tocará as emoções e o intelecto. O ritual
tocará a essência espiritual e trará à
existência a assistência espiritual através de
um despertamento.
Quando
um verdadeiro ritual de Iniciação ocorre, ele é
acompanhado pela responsabilidade do Iniciado em manter a transmissão
do Poder Espiritual através da obrigação de irradiá-lo
a partir do interior de seu ser. Há, também, a obrigação
de cada Iniciado de se certificar que a LLuz seja perpetuada e transmitida
às gerações sucessivas, assegurando assim a continuidade
da técnica. No entanto, ainda é possível ao Iniciado
se afastar da linhagem e utilizar o poder para fins egoístas.
Se isto for feito, não estamos lidando com um indivíduo
que é simplesmente ignorante acerca da LLuz, mas com alguém
que conscientemente serve às Forças das Trevas.
O
propósito da Iniciação Verdadeira é servir
à Humanidade para garantir que a LLuz seja irradiada em meio
às trevas. Podemos ver, de fato, que as obrigações
e responsabilidades do Iniciado são muito grandes e complexas,
e também percebemos que a importância de uma linhagem
iniciática continuada e ininterrupta é de suma importância
para que o poder da LLuz cresça e transcenda as limitações
do Iniciado individual. O indivíduo pode dar as costas à
LLuz, mas a cadeia iniciática e a linhagem centenária
de Iniciados criam uma condição que supera o indivíduo,
pois não pode ser destruída pelos fracassos de uma pessoa,
seja ela quem for. Nenhuma pessoa isolada ou grupo pequeno de pessoas
têm a força para desfazer o que foi feito. Isto se torna
uma Força e um Poder da LLuz que não pode ser desviado.
Eis porque é tão absurdo ouvir a alegação
que as ordens iniciáticas estão obsoletas, e eis porque
é tolice pensar que uma criação completamente
moderna da “Nova Era” pode substituir um sistema que tem
funcionado e prestado um grande serviço por incontáveis
séculos.
A
LLuz Espiritual não conhece as trevas, mas para receber a Luz
precisamos transcender as trevas e atingir o nível da LLuz.
Devemos, através da Iniciação Verdadeira, deixar
as trevas para trás através de nossos próprios
esforços. Não podemos levar as trevas conosco ao nos
aproximarmos da LLuz. A LLuz não virá a nós se
permitirmos que as trevas estejam presentes. Eis porque os Mestres
não canalizam, através de médiuns, em nosso plano
de existência.
Informação:
Este
extrato foi editado do artigo Elementos
Introdutórios da Iniciação de autoria
de Gary L. Stewart, Imperator da Confraternidade
da Rosa+Cruz.
Ele pode ser lido integralmente no endereço:
http://www.crcsite.org/elements_portug.htm