Este
estudo objetiva apresentar para reflexão a segunda parte de alguns
fragmentos fundamentais da obra Iniciação
Humana e Solar (dedicado
com reverência e gratidão ao Mestre K. H.), de
autoria de Alice LaTrobe Bateman, mais conhecida como Alice Ann Bailey (16
de junho de 1880 – 15 de dezembro de 1949), uma pesquisadora e escritora
teosófica inglesa, que publicou diversas obras no campo da psicologia
esotérica e da cura, além de temas filosóficos, religiosos
e astrológicos, alguns em co-autoria com o Mestre Djwhal Khul (DK),
também conhecido como O Tibetano. Enfim, acredito que este texto
baileyriano irá esclarecer alguns pontos que não foram abordados
em estudos anteriores.
Fragmentos
da Obra
A
Loja _________ é composta por Iniciados que passaram pela Quinta
Iniciação e por um grupo de devas.
A
Loja Azul é constituída por todos os Iniciados da Terceira,
Quarta e Quinta Iniciações.
Os
membros das diversas Lojas estão reunidos em sete grupos, cada grupo
representando um tipo da energia sétupla planetária emanada
do Logos Planetário.
Os
seres, os trabalhadores e os Adeptos que trabalham ou estão em atividade
junto ao Reino Animal [e
aos Reinos Vegetal e Mineral] são totalmente distintos
dos servidores do Quarto Reino ou Humano.
Todo
o trabalho da Hierarquia progride e funciona como um todo sintético.
9 x
7 = 63 —›
49 Adeptos trabalham, por assim dizer, exotericamente, e 14, esotericamente,
substantivamente ocupados com a manifestação subjetiva.
Uma
particular advertência deve ser feita em relação ao
trabalho dos Mestres através de Seus Discípulos: é
exclusivamente sobre os Discípulos-fundadores das várias escolas
de pensamento (que são nutridas pela Energia da Grande Loja) que
recaem a responsabilidade pelos resultados e pelo karma conseqüente,
e não sobre o Mestre. O método de procedimento é aproximadamente
o seguinte: o Mestre revela a um Discípulo o objetivo em vista para
um pequeno ciclo imediato, e sugere que um dado desenvolvimento é
desejável. O trabalho do Discípulo consiste em determinar
o melhor método para produzir os resultados desejados e formular
os planos pelos quais uma certa percentagem de sucesso será possível.
Então, o Discípulo lança seu esquema, funda a sociedade
ou a organização e dissemina o ensino necessário. A
responsabilidade de escolher os cooperadores certos, de passar o trabalho
para as mãos dos mais capazes e de revestir o ensinamento com uma
roupagem apresentável é sua própria. Tudo o que o Mestre
faz é observar com simpatia e interesse o esforço, enquanto
Ele mantém seu alto ideal inicial e prossegue, com altruísmo
puro, no seu labor. Não se deve culpar o Mestre se o Discípulo
mostrar falta de discriminação na escolha dos cooperadores
ou evidenciar uma incapacidade para representar a Verdade [relativa].
Se ele tiver êxito e o trabalho prosseguir como desejado, o Mestre
continuará a derramar suas bênçãos sobre a tentativa.
Se ele falhar ou se seus sucessores se desviarem do impulso original, assim
disseminando todo o tipo de erro, com Seu amor e com Sua simpatia, o Mestre
retirará aquela bênção, reterá Sua energia
e assim cessará de estimular aquilo que seria melhor ou deverá
morrer.1
A
Obra deve prosseguir ininterruptamente, destruindo a forma onde se mostrar
inadequada ou a utilizando quando for suficiente e consentânea para
a necessidade imediata.
O
Ovo Podre
O
Mestre Morya, por muitas décadas, manteve uma posição
de autoridade nos assuntos da Índia. Ele e seu Irmão, o Mestre
Kut Hu Mi, trabalham como unidade, e o têm feito por muitos séculos
e continuarão no futuro, pois o Mestre Kut Hu Mi se prepara para
o cargo de Instrutor do Mundo, quando o presente ocupante daquele posto
o deixar para um mais alto trabalho e a Sexta Raça-raiz vier à
existência. O Mestre Morya atua como inspirador dos estadistas do
mundo, manipulando forças que, através do Maha Chohan, têm
produzido as condições desejadas para o adiantamento da evolução
racial.
O
Mestre Kut Hu Mi, muito conhecido no Ocidente, é originário
da Caxemira, embora sua família tenha vindo originariamente da índia.
Ele é também um Iniciado de alto grau, e está sob o
Segundo Raio ou do Amor-Sabedoria. É um ser-humano-aí-no-mundo
de nobre presença, alto, embora, de porte mais delgado que o do Mestre
Morya. Ele tem cútis clara, barba e cabelo castanhos-dourados e olhos
de um maravilhoso azul profundo, através dos quais parecem fluir
o Amor e a Sabedoria das idades. Ele tem uma enorme cultura, tendo sido
educado originariamente em uma das universidades britânicas e fala
inglês fluentemente.
Nesta
época, em particular, os Mestres Morya, Kut Hu Mi e Jesus estão
intimamente interessados na obra de unificar, tanto quanto possível,
os pensamentos oriental e ocidental, de tal maneira que as grandes religiões
do Oriente e a fé católica possam se beneficiar mutuamente.
O
Mestre Jesus é o ponto focal da energia que flui através das
várias igrejas católicas. Ele opera especialmente com as massas,
mais do que com indivíduos, embora tenha reunido ao Seu redor um
grupo de alunos mais ou menos numeroso. Ele está sob o Sexto Raio
– da Devoção ou do Idealismo Abstrato – e Seus
alunos são freqüentemente distinguidos por aquele entusiasmo
e aquela devoção que os mártires, nos primórdios
dos tempos cristãos, manifestaram. Ele mesmo é, sem dúvida,
uma figura marcial, um Discípulo magro, com uma face fina e um tanto
longa, cabelos pretos, cútis pálida e olhos azuis penetrantes.
Seu trabalho, nesta época, é de grande responsabilidade, pois
a Ele incumbe resolver o problema de dirigir o pensamento do Ocidente, de
seu presente estado de inquietude, para as águas pacíficas
da Certeza e do Conhecimento, e de preparar o Caminho, na Europa e na América,
para a vinda do Instrutor do Mundo. Ele é bem conhecido na História
da Bíblia, aparecendo primeiro como Joshua, o Filho de Nun; aparecendo
novamente, na época de Esdras, como Jeshua; passando pela Terceira
Iniciação, como relatado no livro de Zacarias, como Joshua;
e, na História do Evangelho, é conhecido por dois grandes
sacrifícios: um, aquele em que cedeu seu corpo para ser usado pelo
Cristo; e o outro, o da grande renúncia que é a característica
da Quarta Iniciação. Como Apolônio de Tiana, passou
pela Quinta Iniciação e Se tornou um Mestre de Sabedoria.
Desde aquele tempo, Ele tem permanecido e trabalhado com a Igreja Católica,
nutrindo o germe da verdadeira Vida Espiritual entre os membros de todas
as seitas e divisões, e neutralizando, tanto quanto possível,
os erros e os enganos dos clérigos e teólogos. Ele é,
particularmente, o Grande Líder, O General e o Sábio Executivo,
e, em assuntos da Igreja, Ele coopera intimamente com o Cristo, atuando
como Seu intermediário, onde quer que seja possível. Ninguém
conhece tão sabiamente como Ele os problemas do Ocidente, ninguém
está tão estritamente em contato com as pessoas que representam
tudo que há de melhor nos ensinamentos cristãos e católicos,
e ninguém está tão ciente da necessidade do momento
presente. Certos grandes prelados das Igrejas Católica e Anglicana
são Seus sábios agentes.
O
Mestre Djwhal Khul ou Mestre DK, como é freqüentemente chamado,
é outro Adepto do Segundo Raio – de Amor-Sabedoria. Sos Adeptos,
Ele é o que mais recentemente recebeu a Quinta Iniciação,
tendo passado ppr Ela em 1875, e está, portanto, ocupando o mesmo
corpo no qual Ele a recebeu; a maioria dos outros Mestres passou pela Quinta
Iniciação enquanto ocupava veículos anteriores. É
muito devotado ao Mestre Kut Hu Mi. DK trabalha com aqueles que curam, e
coopera, desconhecido e invisível, com os pesquisadores da Verdade
nos grandes laboratórios do mundo, com todos os que definidamente
almejam a cura e o alívio do mundo e com os grandes movimentos filantrópicos
da Humanidade, tais como a Cruz Vermelha. DK trabalha amplamente com um
certo grupo de devas curadores dos éteres, que assim O ajudam no
trabalho de sanar alguns dos males físicos da Humanidade. DK foi
quem ditou uma grande parte de A Doutrina Secreta, e mostrou a Helena Petrovna
Blavatsky muitos dos quadros representativos e lhe deu muitos dos dados
que são encontrados naquela obra.
O
Mestre Rakoczi é quem se ocupa especialmente com o desenvolvimento
futuro dos assuntos raciais na Europa e com o processo de crescimento mental
na América e na Austrália. Esteve particularmente sob as vistas
do público quando foi o Conde de St. Germain e, antes ainda, quando
foi tanto Roger Bacon como, mais tarde, Francis Bacon. O Mestre Rakoczi
está sob o Sétimo Raio – o da Ordem Cerimonial ou da
Magia – e trabalha grandemente através do ritual e do cerimonial
esotéricos, estando vitalmente interessado nos efeitos, até
agora não reconhecidos, do cerimonial maçônico, das
várias fraternidades e de todas as igrejas.
No
Quinto Raio – o do Conhecimento Concreto ou da Ciência –
encontramos o Mestre Hilarion que, em uma encarnação anterior,
foi Paulo de Tarso. O Mestre Hilarion trabalha com aqueles que estão
desenvolvendo a intuição, e controla e transmuta os grandes
movimentos que tendem a despojar o invisível de seu véu. Dele
é a energia que, através de Seus Discípulos, está
estimulando grupos de Pesquisa Psíquica em toda parte. e foi Quem
iniciou, através de vários de Seus Discípulos, o Movimento
Espírita. Tem sob observação todos aqueles que são
psíquicos de ordem superior, e os assiste no desenvolvimento de seus
poderes para o bem do grupo, e em conexão com certos Devas do Plano
Astral. Ele trabalha para abrir, aos pesquisadores da verdade, aquele mundo
subjetivo que jaz atrás do grosseiramente material.
O
Mestre Serapis, freqüentemente chamado o Egípcio, é o
Mestre sob o Quarto Raio e os grandes movimentos de arte do mundo –
a evolução da música, da pintura e do drama –
recebem d'Ele um energético impulso.
O Mestre
P... trabalha sob a direção do Mestre Rakoczi, na América
do Norte. Está diretamente vinculado às várias ciências
mentais, tais como a Ciência Cristã e o Novo Pensamento, empenhado
em ensinar aos homens a realidade do que não é visto e o poder
criador da mente. É um Mestre do Quarto Raio, e muito do trabalho
do Mestre Serapis Lhe foi transferido quando este voltou Sua atenção
para a evolução dévica.
O
Caminho Probatório precede o Caminho da Iniciação ou
da Santidade, e marca aquele período na vida do ser-humano-aí-no-mundo
em que ele se põe definitivamente do lado das forças da evolução
e trabalha na construção de seu próprio caráter.
William
Makepeace Thackeray: Semeia
um pensamento e colherás uma ação; semeia uma ação
e colherás um hábito: semeia um hábito e colherás
um caráter; semeia um caráter e colherás um destino.2
O
Princípio Crístico Interior está em todos nós,
em nosso Coração, mas, de maneira geral, está adormecido.
Iniciados
do primeiro e do segundo graus mantêm, na Câmara do Aprendizado,
classes para os Discípulos aceitos e para os probacionistas, entre
as dez horas da noite e cinco horas da madrugada, todas as noites, em todas
as partes do mundo, de tal maneira que a continuidade do ensino não
é interrompida. O passo seguinte é a Câmara da Sabedoria.
Os muito avançados e aqueles, no Caminho Probatório, próximos
da Iniciação, formam um grupo de assistentes junto à
Hierarquia.3
As
três primeiras etapas do desenvolvimento do Discípulo: 1ª)
compreensão do Eu Interior e percepção das Leis Básicas
que regulam o Sistema Universal; 2ª) ampliação do conceito
intelectual da Obra do Kosmos; e 3ª) domínio oculto da Lei de
Gravitação com todos os seus corolários. O Discípulo
aprende o significado da coesão oculta e da união interna
que mantêm o Sistema Universal como uma Unidade Homogênea.
Unidade
Homogênea
(Teorema de Pitágoras)
Os
Discípulos e os Eus avançados no Caminho Probatório
recebem instrução particular com dois propósitos especiais:
1º) testar sua adaptabilidade para um certo tipo de trabalho especial
no futuro. Eles são testados na aptidão para a vida comunitária,
com a intenção de recrutar os adequados para a colônia
de Sexta Sub-raça. Eles são testados em várias linhas
de trabalho, muitas incompreensíveis para nós, agora, mas,
que se tornarão métodos ordinários de desenvolvimento
conforme o tempo progrida. Os Mestres também testam para achar aqueles
nos quais a intuição tenha atingido um ponto de desenvolvimento
que indique um início da coordenação do Veículo
Búdico ou que tenham atingido um ponto onde as moléculas do
Sétimo Sub-plano do Plano Búdico possam ser distinguidas na
aura do Eu. Quando isto acontece, Eles podem prosseguir com confiança
no trabalho de instrução, sabendo que certos fatos dados serão
entendidos; e 2º) nesta época, neste período crítico
da História do Planeta, um grupo especial de pessoas está
recebendo instrução suplementar. Estas pessoas vieram, todas
ao mesmo tempo, pelo mundo todo, para fazer o trabalho de ligar os dois
Planos, Físico e Astral, via Plano
Etérico. Para que ocorra esta ligação dos dois
Planos, são requeridas pessoas que estejam polarizadas nos seus Corpos
Mentais (ou se Nele não estão ainda polarizadas, que sejam,
pelo menos, bem desenvolvidas e equilibradas) e possam, portanto, trabalhar
seguramente e com inteligência neste tipo de trabalho. São
necessárias, primariamente, pessoas em cujos veículos possa
ser encontrada uma certa proporção de matéria do Sub-plano
Atômico, de tal maneira que uma comunicação direta se
possa efetuar entre o Superior e o inferior, através da Seção
Transversal Atômica do Corpo Causal.
Ao
refletir sobre o assunto dos Mestres e Seus Discípulos, devemos reconhecer
duas coisas. Primeiro: na Hierarquia nada é perdido por falta de
reconhecimento da Lei da Economia. Cada gasto de força da parte de
um Mestre ou Instrutor está sujeito à sabia previsão
e discriminação. Assim como não pomos professores universitários
para lecionar a principiantes, tampouco os Mestres trabalham individualmente
com seres-humanos-aí, antes destes terem atingido uma certa etapa
da evolução, e estejam prontos para tirar proveito de Sua
instrução. Segundo: devemos nos lembrar de que cada um de
nós é reconhecido pelo brilho da própria luz. Este
é um fato oculto. Quando mais fino o grau de matéria que compõe
nossos corpos, mais brilhantemente se refletirá a Luz Interior. Luz
é vibração, e pela medida da vibração
é feita a classificação dos alunos. Portanto, nada
pode impedir o progresso de um ser-humano-aí-no-mundo,
desde que ele cuide da purificação de seus veículos.
A Luz Interior brilhará com claridade sempre maior à medida
que o trabalho de refinamento for feito, até que – quando a
matéria atômica predominar – grande será a glória
daquele Homem Interior. Somos todos, portanto, classificados, se assim puder
ser expresso, de acordo com a magnitude da nossa Luz, de acordo com a velocidade
da vibração, de acordo com a pureza do tom e de acordo com
a claridade da cor. De nossa classificação depende, portanto,
quem será o nosso Instrutor. O segredo e a possibilidade estão
na similitude da vibração.4
Os
grupos de Eus são formados: 1º) de acordo com o seu Raio; 2º)
de acordo com seu Sub-raio; e 3º) de acordo com sua intensidade de
vibração. Os Eus são também grupados para fins
de classificação: 1º) de acordo com o Raio Egóico;
e 2º) de acordo com o Sub-raio que esteja governando a personalidade.
Os Arquivos estão sob o cuidado do Chohan de cada Raio, cada Raio
tendo sua própria coleção de registros.
Os
Iniciados (dos Planos Internos) recebem instruções [consciente
e/ou inconscientemente] diretamente de um Mestre ou de algum
dos grandes Devas, a qualquer hora julgada aconselhável. A maior
parte do preparo do Discípulo é deixada nas mãos de
algum Iniciado ou Discípulo mais adiantado, que cuida de seu irmão
mais jovem e é responsável pelo seu progresso perante o Mestre,
fazendo relatórios regulares, sendo o karma o árbitro desta
relação.5
Um
Discípulo é alguém que, acima de tudo, está
empenhado em fazer três coisas: 1ª) Servir à Humanidade;
2ª) Cooperar com o plano dos Grandes, tal como o vê, e da melhor
maneira possível; e 3ª) Desenvolver os poderes do Eu Superior,
expandindo sua consciência até que ela possa funcionar nos
três planos, nos três mundos e no corpo causal, seguindo a direção
do Eu Superior, e não os ditames de sua manifestação
tríplice inferior. Um Discípulo é alguém que
está começando a compreender o trabalho grupal e a mudar seu
centro de atividade, de si-mesmo (como o pivô ao redor do qual tudo
gira), para o centro do grupo. É Discípulo quem percebe, simultaneamente,
a insignificância relativa de cada unidade de consciência e
também sua vasta importância. Seu senso de proporção
é ajustado, e ele vê as coisas como elas são; ele vê
as pessoas como elas são; ele vê a si-mesmo como é,
inerentemente, e procura, então, se tornar aquilo que é. O
Discípulo percebe a vida ou o aspecto-força da Natureza, e
a forma não o atrai. Ele trabalha com a Força e através
da Força; ele se reconhece como um Centro de Força dentro
de um Centro de Força maior, e é sua a responsabilidade de
dirigir a energia que pode ser derramada por ele, em canais através
dos quais o grupo possa ser beneficiado. O Discípulo se conhece como
sendo – em um grau maior ou menor – um ponto avançado
da Consciência do Mestre, visualizando-o em um sentido duplo: a) como
sua própria consciência egóica; e b) como o centro de
seu grupo – como a Força que anima as unidades do grupo, unindo-se
em um todo homogêneo. É Discípulo aquele que transfere
sua consciência do pessoal para o impessoal, e durante a etapa de
transição, muitas dificuldades e sofrimentos são necessariamente
suportados. Estas dificuldades provêm de várias causas: a)
do eu inferior do Discípulo, que se rebela contra o Ser Transmutado;
b) do grupo mais íntimo de um ser-humano-aí-no-mundo,
amigos ou família, que se rebelam contra sua impessoalidade crescente,
pois, não gostam de ser identificados como em unidade com ele, sob
o ponto de vista da vida e, todavia, dele separados no que toca aos desejos
e interesses. Não obstante, a Lei rege sempre, e somente na Vida
Essencial da [personalidade-]alma
pode ser conhecida a Verdadeira Unidade [ainda
que relativa]. Na descoberta do que é a forma, há
multo sofrimento para o Discípulo; mas, a Estrada leva à perfeita
união. Enfim, é Discípulo quem se conscientiza de sua
responsabilidade com todos os indivíduos que caem sob sua influência
– uma responsabilidade de cooperar com o plano de evolução
tal como este existe para eles, e, assim, tenta expandir suas consciências
e lhes ensina a diferença entre o real e o irreal, entre a vida e
a forma. Isto ele o fará muito facilmente, pelo exemplo de sua própria
conduta em relação à sua finalidade, ao seu propósito
e ao seu Centro de Consciência.6
Aspirações
de um Verdadeiro Discípulo: resposta sensível à vibração
do Mestre, pureza prática de vida, libertação da ansiedade
(resultado da falta de serenidade e de uma resposta muito pronta às
vibrações dos mundos inferiores), cumprimento sereno do dever,7
atenção às dívidas cármicas, atenção
ao Kama-Manas [campo de batalha
durante a vida, pois, é o vínculo entre a natureza inferior
e a natureza superior do ser-humano-aí-no-mundo], trabalhar
e atuar cientificamente, se assim puder ser expresso, na construção
do corpo físico (empenhar-se de tal maneira que produza, em cada
encarnação, um corpo que sirva melhor como veículo
da Força), manter silêncio diante dos sofrimentos do mundo,
não perdendo tempo com queixas fúteis e demonstrações
cheias de dor, mas, se aplicando para aliviar a carga do mundo, e trabalhando,
sem desperdiçar energia em conversas fúteis; entretanto, por
outro lado, se ele precisar falar, onde o encorajamento se fizer necessário,
ele expressará a Força por amor ao mundo, para que Ela flua
por ele, onde for mais útil para tornar uma carga mais fácil
de ser carregada ou para aliviar um pouco um determinado peso...
A
Palavra [Verbum
Dimissum Sempiternum et Inenarrabile] é
a mais oculta manifestação existente; é o meio da criação
e o veículo da Força.
A
energia que agora, na maioria, encontra expressão através
dos centros inferiores ou da geração será transladada
para o centro da garganta.
O
Discípulo é um Servidor porque não tem interesses próprios
para servir e seus corpos inferiores não emitem vibração
alguma que possa seduzi-lo para fora de Caminho. Ele Serve porque sabe o
que está no interior do ser-humano-aí-no-mundo,
e porque, por muitas vidas, trabalhou com indivíduos e com grupos,
gradualmente expandindo o campo de seu esforço, até que reuniu,
à sua volta, aquelas unidades de consciência que ele pode vitalizar
e usar, e através das quais pode executar os planos de seus Superiores.
Todo
Discípulo deverá se tornar seu próprio Caminho.8
O
Amor Impessoal se rejubila onde há resposta, mas, não a busca.9
Discipulado
Solidão.10
No
princípio, a atividade de um Discípulo é conduzida
quase inconscientemente.
A
depressão, a preocupação e uma imprópria sensibilidade
às críticas alheias levam a uma condição na
qual as atividades de um Discípulo poderão se tornar quase
inúteis.11
Felicidade
Confiança no Deus Interior.
Sofrimento
Rebeldia do eu inferior.
O
Centro da Vida está no Eu Interior, que é, em essência,
Equilíbrio e Harmonia.
A
percepção interna da existência do Eu (distinta do não-Eu
ou ego) só persistirá se e quando o tempo, o espaço
e tudo neles contido não interferir e não comprometer a existência
e a ação do Eu, ou seja, quando todas as ilusões dos
planos inferiores tiverem sido experimentadas, transpostas, transmutadas
e transcendidas. Então, e só então, a Voz do Deus Interno,
que ressoa no Silêncio do Coração, será ouvida.
Doenças,
oportunidades, sucessos e desapontamentos, zombarias e maquinações
dos inimigos, falta de compreensão por parte daqueles que amamos
– tudo é apenas para ser usado e tudo existe apenas para ser
transmutado. Tudo o que acontece é para o melhor.12
Somente
aquele que não deseja nada para si pode ser recipiente de uma concessão
financeira e um distribuidor das riquezas do Universo.
O
dinheiro pelo dinheiro [qualquer
bem material] não traz consigo outra coisa senão
tristeza e infortúnio, descontentamento e abuso.13
Em
uma certa etapa da vida do Discípulo, onde quer que Ele vá,
a Força que flui através Dele – vertida dos Planos Superiores
– é derramada no meio ambiente. E isto poderá se tornar
um estímulo para que o bem aconteça ou atuar como um instrumento
de destruição, no sentido oculto do termo. É isto (superestimulação
temporária de seus centros e veículos) o que também
causa as quedas temporárias de [personalidades-]alma
avançadas.
1º
Raio: Força, Energia, Ação.
2º Raio: Consciência, Expansão, Iniciação.
3º Raio: Adaptação, Desenvolvimento, Evolução.
4° Ralo: Vibração, Resposta, Expressão.
5º Raio Mentalização, Conhecimento, Ciência.
6° Raio: Devoção, Abstração, Idealismo.
7° Raio: Encantamento, Magia, Ritual.
No
Caminho da Iniciação, cada passo para o alto é sempre
dado à custa do sacrifício de tudo o que o Coração
considera querido em um plano ou em outro, e este sacrifício sempre
terá que ser voluntário.14
Iniciados
podem cair, e, eventualmente, caem mesmo, e, por isto, como todos os seres-aí-no-mundo,
ficam sujeitos à sanção da Lei que educa. Ou seja:
estão sujeitos ao karma educativo da compensação. Seu
progresso será seriamente obstaculizado, já que o karma deverá
ser esgotado. O próprio fato de um ser-humano-aí-no-mundo
ser Iniciado e, portanto, de ser um canal para a energia de um tipo grandemente
intensificado, faz seus desvios do Reto Caminho terem efeitos mais poderosos
do que no caso de um homem menos avançado. O ajuste será sempre
igualmente maior. Inevitavelmente, ele deverá compensar (retribuir)
sua(s) falta(s), antes de lhe ser permitido seguir adiante no Caminho.15
Nem
todos os seres-humanos-aí se desenvolvem exatamente da mesma forma
ao longo das mesmas linhas ou de linhas paralelas, e, portanto, não
podem ser baixadas regras inflexíveis ou fixas quanto ao exato procedimento
em cada Iniciação, ou quanto a exatamente quais centros deverão
ser vivificados, ou, ainda, qual ensinamento deverá ser proporcionado.
Muito depende do Raio do Discípulo ou do seu desenvolvimento em uma
direção particular, pois, as pessoas não se desenvolvem
usualmente de maneira uniforme. Tudo depende do karma individual e das exigências
de cada período especial [oportunidade].
Na
Primeira Iniciação (passagem da Câmara do Aprendizado
para a Câmara da Sabedoria) – nascimento do Cristo
[percepção
interna consciente] – o centro do Coração
é o que é usualmente vivificado, tendo em vista um controle
mais efetivo do Veículo Astral e a prestação de maior
serviço à Humanidade.
Um
grande período de muitas encarnações poderá
ser necessário antes que o controle do Corpo Astral seja aperfeiçoado
e o Iniciado esteja pronto para dar o próximo passo. Todavia, uma
vez atingida a Segunda Iniciação, o progresso será
rápido, a Terceira e a Quarta seguindo-se, provavelmente, na mesma
vida ou na seguinte.
Primeira
Iniciação: controle do Corpo Físico.
Segunda Iniciação: controle do Corpo Astral.
Terceira Iniciação (Transfiguração): controle
do Corpo Mental. Vivificação dos centros da cabeça
e reconhecimento dos outros membros da Grande Loja Branca.
Quarta Iniciação (Crucificação: desenvolvimento
da visão quadridimensional e do poder de síntese): controle
do Veículo Búdico. Aquele que alcança a Quarta Iniciação
renuncia a tudo: amigos, dinheiro, reputação, caráter,
permanência no mundo, família e mesmo à própria
vida. Neste ponto, o Iniciado está pronto para se tornar um Adepto
no que se refere ao significado da Cor e do Som.
Não
é necessário nem aconselhável tentar desenvolver as
faculdades sintéticas – clariaudiência e clarividência
– enquanto a Terceira Iniciação não for alcançada.16
O
alvo de todo o desenvolvimento místico é o despertar da Intuição
Espiritual.
Ao
Conhecimento mais concertado, maior Poder é acrescentado.
Fatos
fundamentais no que concerne à Iniciação: a) Percepção
da força; b) Aplicação da força; e c) Utilização
da força.
Etapas
sucessivas do desenvolvimento do Aspirante: 1ª) ciência e consciência,
através do discernimento, da energia ou força do seu próprio
eu inferior; 2ª) domínio sobre o ritmo energético, até
que o ritmo inferior seja substituído pelo Superior e o antigo método
de expressar a energia seja inteiramente substituído; e 3ª)
por conscientizações graduais e progressivas, contato e emprego
– sob adequada direção – de certas formas de energia
grupal, até, posteriormente controle da força planetária.
Na
Quinta Iniciação, a força ou energia do Planeta (compreendida
esotericamente e não meramente a força ou energia do globo
material) está inteiramente à disposição do
Iniciado.
O
método particular de desenvolvimento da consciência da família
humana foi iniciado pela Hierarquia durante a Raça-raiz Atlante,
no último período da Quarta Sub-raça, e persistirá
até o meio da próxima Ronda. Por este tempo, o estímulo
necessário terá sido dado e, como três quintos da família
humana terão esotericamente “posto seus pés no Caminho”
e uma grande porcentagem de seres-humanos-aí estará, então,
em processo de se tornar o próprio Caminho, a rotina mais normal,
digamos assim, será reassumida.17
Sob
a Lei Evolutiva, o Conhecimento é sempre crescente.
Influências
Cósmicas que afetam o nosso Planeta: Energia (ou Força) emanada
do Sol Sírio, sentida primariamente no centro da garganta; Energia
vinda das Plêiades, que tem efeito definido sobre o Corpo Causal e
serve para estimular o centro do coração; Energia sétupla
emanada de uma das sete estrelas da Ursa Maior; Energia oriunda de um Centro
que deve permanecer incógnito aplicada ao Corpo Causal.
O
elo entre os dois planos (mental e físico) existe na continuidade
de consciência que o Iniciado terá desenvolvido e que lhe permitirá
trazer, até o cérebro físico, ocorrências e acontecimentos
dos planos subjetivos da vida.
Com
o aumento da capacidade psíquica da glândula pineal e do corpo
pituitário, começará a se desenvolver o Poder do Eu
Interior.18
Em
determinado ponto da Santa Peregrinação Iniciática,
o Iniciado, finalmente, se torna consciente, de maneira progressiva, daquela
recordação interna ou memória oculta, que se relaciona
com o trabalho da Hierarquia e, fundamentalmente, com a sua participação
no plano geral. Quando o Iniciado, que se recorda ocultamente, em sua consciência
despertada, de um fato cerimonial, encontra em si-mesmo todas as manifestações
de crescimento e percepções conscientes aumentadas, e, então,
a verdade [relativa]
de sua certeza íntima fica [relativamente]
provada e substanciada para ele. Deve ser lembrado que esta consubstanciação
interna só tem valor para o Iniciado e para ninguém mais.19
A
Iniciação é uma conquista interna, e, por isto, é
um assunto estritamente pessoal, ainda que tenha aplicação
universal. É bem possível aos homens funcionarem no Plano
Físico e estarem ativamente empenhados no serviço mundial,
sem lembrança alguma de terem passado pelo processo da Iniciação,
podendo, no entanto, ter atingido a Primeira ou Segunda Iniciações
em vidas anteriores.20
A
mera curiosidade, por levantar uma forte vibração na natureza
inferior de um ser-aí-no-mundo, serve apenas para desviá-lo
do Caminho, ao invés de dirigi-lo para a meta na qual ele está
interessado.
A
boa vida comum, quando não nutrida por uma vida de completo sacrifício
pelos outros21
e por reticência [supressão],
humildade e desinteresse de tipos muito raros, poderá servir para
construir bons veículos que serão úteis em uma outra
encarnação, mas, não para derrubar aquelas barreiras
– externas e internas – nem para superar aquelas energias e
forças oponentes que separam um homem “bom” da Cerimônia
de Iniciação.22
O
Caminho do Discipulado é difícil de trilhar e o Caminho da
Iniciação mais árduo ainda. Um Iniciado não
é senão um guerreiro marcado por cicatrizes da batalha, o
vitorioso em muitas lutas arduamente vencidas. Ele não fala de suas
façanhas, pois, está muito ocupado com o grande trabalho em
suas mãos. Ele não faz nenhuma referência a si mesmo
ou ao que realizou, salvo para desaprovar a pequenez do que foi feito. Contudo,
para o mundo, ele sempre é um homem de grande influência, o
manejador do Poder Espiritual, o encarnador de idéias, o trabalhador
para a Humanidade que, infalivelmente, traz resultados que as gerações
seguintes reconhecerão. Ele é alguém que, apesar de
toda esta grande conquista espiritual, raramente é entendido por
sua própria geração. Ele é, freqüentemente,
alvo de ridículo das línguas dos seres-humano-aí, e,
com freqüência, todo o que faz é mal interpretado. O Iniciado
deixa tudo o que é seu – tempo, dinheiro, influência,
reputação e tudo o que o mundo considera de valor –
sobre o altar do serviço altruísta e, muitas vezes, oferece
sua vida como última dádiva, apenas para descobrir que aqueles
a quem serviu, devolvem-lhe a dádiva, desdenham de sua renúncia
e o rotulam com nomes desagradáveis. Mas, o Iniciado não se
importa, pois, é dele o Privilégio de ver algo do futuro e,
portanto, percebe que a força que gerou trará, no devido tempo,
o plano à realização. Ele sabe também que seu
nome e seus esforços estão anotados nos arquivos da Loja [G.'.L.'.B.'.],
e que o “Vigilante Silencioso” dos afazeres dos seres-humano-aí
tomou conhecimento e de tudo está ciente.
Sanat
Kumara, no plano físico, é o representante do Vigilante Silencioso
– aquela Grande Entidade que é a Vida Animadora do Planeta
Terra, e que mantém o mundo dentro de Sua Aura, sendo contatada diretamente
apenas pelo Adepto que passou pela Quinta Iniciação, e que
prossegue até atingir as outras duas, a Sexta e a Sétima.
Se
a Primeira Grande Guerra tivesse terminado muito cedo, o karma planetário
não se teria cumprido adequadamente. Na época, em uma conferência
místico-espiritual que se realizou em Shamballa – da qual participaram
o Logos Planetário, o Senhor do Mundo, um dos Buddhas de Atividade,
o Buddha, o Maha Chohan e o Manu – ficou decidido observar os acontecimentos
um pouco mais, antes de ser imposta uma interferência direta na direção
dos assuntos humanos. A confiança destas Entidades Planetárias
Illuminadas na capacidade dos seres-humano-aí para ajustar as condições
a tempo foi justificada, e ficou provado que a interferência teria
sido desnecessária e extemporânea. [A
Primeira Guerra Mundial foi uma guerra global, centrada na Europa, que começou
em 28 de julho de 1914 e durou até 11 de novembro de 1918. Aproximadamente
esta Guerra fabricou 10 milhões de mortos e 20 milhões de
feridos.]23
Nem
um pardal cai sem que sua queda seja notada.
Existe
a mais íntima cooperação entre todos os Departamentos,
sem perda de energia. Devido à Unidade de Consciência daqueles
que estão livres dos três planos inferiores. O que transpira
em um Departamento é conhecido nos outros.
As
duas Iniciações Finais são atingidas nos Planos Búdico
e Átmico, enquanto as Primeiras Cinco Iniciações se
passam no Plano Mental.
Sanat
Kumara é Quem preside a Loja dos Mestres, e tem em Suas Mãos
as rédeas do Governo em todos os Três Departamentos, tendo,
por Amor, escolhido cuidar da evolução dos seres-humano-aí
e dos devas, até que todos tenham sido ocultamente “salvos”
[libertos].
Em
determinados períodos do ano, a Loja [G.'.L.'.B.'.]
se reúne, e, no Festival de Wesak, isto acontece sob a
jurisdição de Sanat Kumara, com três propósitos:
1º) contatar a Força Planetária, por meio do Buddha;
2. manter a principal das conferências trimestrais; e 3º) admitir
na Cerimônia de Iniciação aqueles que estão prontos
em todos os graus. Três outras Cerimônias de Iniciação
se realizam durante o ano: 1ª) para as Iniciações Menores
administradas pelo Bodhisattva, todas elas tendo lugar no Departamento do
Maha Chohan e em um ou outro dos Quatro Raios Menores – os do atributo;
2º) para as Iniciações Maiores em algum dos Três
Raios Maiores – os do aspecto – que são administradas
pelo Bodhisattva, e são, portanto, as Duas Primeiras Iniciações;
e 3º) para as Três Iniciações Superiores, nas quais
Sanat Kumara maneja o Cetro. Em todas as Iniciações, o Senhor
do Mundo está presente, mas, nas Duas Primeiras, Ele mantém
uma posição similar àquela mantida pelo Vigilante Silencioso,
quando Sanat Kumara administra o juramento na Terceira, Quarta e Quinta
Iniciações. Seu poder se derrama e o Brilho da Estrela perante
o Iniciado é o sinal de Sua aprovação, mas, o Iniciado
não O vê face a face, antes da Terceira Iniciação.
Humildade!
Humildade! Humildade!
Oh! Por que tanta
relutância?
Irmandade! Irmandade!
Irmandade!
Oh! Por que tanta repugnância?
Que
não se responsabilize o tempo;
o tempo não se imiscui em nada.
Que não
se inculpe o contratempo;
é imprescindível subir a Escada.
Nas
Duas Iniciações Finais, tomam parte muitos Membros da Hierarquia,
que são, por assim dizer, extraplanetários.
A
Iniciação de um ser-aí-no-mundo sempre envolve a transferência
[promoção-ascensão]
de algum Adepto ou um Iniciado para um grau mais alto ou para um outro trabalho...
Portanto, é uma coisa importantíssima, envolvendo a atividade
grupal, a lealdade grupal e o esforço unificado. É pela Sabedoria
dos Altos Illuminados que é confiada a um ser-aí-no-mundo
um posto ou um lugar nas Câmaras de Conselho da Hierarquia.
Iniciação
de um ser-aí-no-mundo
(Promoção-ascensão de um ser-aí-no-mundo)
Continua...
______
Notas:
1. Aqui, cabe fazer
a seguinte pergunta: que responsabilidade tem ou poderá ter o Mestre
Jesus relativamente aos desmandos e descaminhos que tomou o Movimento Cristão
exotérico (que se transformou em diversos Catolicismos, Protestantismos,
Evangelicalismos etc.) ao longo dos séculos? Eu mesmo me incumbirei
de responder: bulhufas! Adulterações da Doutrina, dogmatizações,
inquisição, matanças, autoritarismo eclesial, pedofilia,
conspirações, vaidade, transações ilícitas,
negócios com deus, apócopes interesseiras e hipotéticas,
mentirarias et cetera e tal nunca foram sequer pensadas pelos fundadores
do Cristianismo Gnóstico primitivo. É por isto (e por outras
coisinhas) que todas as religiões (e fraternidades iniciáticas
de qualquer natureza) nascem, prosperam, dão seus recadinhos e morrem,
ainda que a sujeirada fedorenta e a inversão de polaridade, que é
comum se ver nas mais variadas religiões, geralmente, não
costume acontecer no âmbito das fraternidades místico-iniciáticas.
E, se não fosse pelos motivos acima, as religiões (e as fraternidades
iniciáticas) também nasceriam, prosperariam, dariam seus recadinhos
e morreriam, pois, no Universo, não há estaticidade; tudo
se movimenta ascensionalmente. A coisificação cristalizadora
das religiões (e das fraternidades iniciáticas), principalmente,
é o que acaba com elas. Só um desperspicaz
boboca pode admitir que a religião (ou fraternidade iniciática)
à qual pertence é a melhor de todas e que durará para
sempre. Oh!, céus!
2. Semeia um destino
e, dependendo da semeadura, colherás a morte ou a Vida. Tudo depende
de nós.
3. Tenhamos certeza
de uma coisa: não há um único ser bem-intencionado
que não seja chamado a colaborar. Só precisamos ter paciência
e confiança.
4. E assim, não
adianta xongas simplesmente querermos as coisas; precisamos trabalhar e
fazer por merecê-las. Ou como acertadamente pensou Alice Bailey: Quando
construirmos a vibração certa e nos sintonizarmos com a nota
adequada, nada poderá impedir de o Mestre ser encontrado.
Aliás, o que os Mestres mais desejam é ser encontrados. Mas,
não movem uma palha para isto. Tudo depende de nós.
5. Nada do que não
for possível poderá acontecer. E, nesta matéria, não
há privilégios; apenas Privilégios,
todos conquistados pelo mérito. E mais: para saber x +
é necessário saber x. Tudo acontece por acréscimo.
Logo, acréscimo em cima de nada é impossível.
6. Todavia, um Discípulo
plenamente consciente do Discipulado, jamais obrigará ninguém
ao que quer que seja, pois, Ele sabe que isto não adianta coisíssima
nenhuma. Em certas ocasiões, poderá, digamos assim, dar um
toque sobre uma coisa ou outra, mas, nada além disto que possa causar
desconforto em quem o ouve. Quem tem a mania de forçar a barra, indo
além do que é razoável ou sensato, faz mais mal do
que bem.
7. Quanto a isto, não
adianta querermos tentar fazer mais do que podemos ou mais do que sabemos.
Da mesma forma que um litro de água não cabe em um simples
copo, um copo de água não encherá uma garrafa de um
litro. O que devemos, isto sim, é fazer da melhor forma que pudermos
o que sabemos fazer e o que nos cabe fazer. Por exemplo: se me derem um
bisturi para operar um apêndice, não irá adiantar nada,
pois, eu não opero nem verruga. Então, um Verdadeiro Discípulo
também conhece seus limites.
8. Esta afirmação
é equivalente a: Todo Discípulo deverá se tornar seu
próprio Mestre.
9. O
Amor Impessoal se rejubila onde há resposta, mas, não a busca
porque é categórico.
10. Por que solidão?
Porque as pessoas, realmente, não podem compreender a vida (interior)
de um Discípulo, e, não compreendendo, costumam criticá-lo
ferozmente. Por isto, à medida que o tempo vai passando, o Discípulo
vai se tornando cada vez mais silencioso e mais afastado (sem se afastar
definitivamente e sem guardar absoluto silêncio). Um Discípulo
jamais se esconderá ou fugirá para não ser crucificado.
Um Discípulo poderá ser tudo, menos um cagarolas-marca-roscofe-de-meia-tigela.
Nem Iouda, dito Iskariotes, que pouco se sabe a sua vida e a sua Verdadeira
Missão, foi um cagarolas.
11. Quanto a isto, se
eu tivesse que escolher qual a principal característica de um Discípulo
eu diria que é a alegria. Discípulo taciturno, melancólico,
triste, sombrio e morrinha não existe, nem aqui nem no raio que o
parta. A misericórdia, claro, é hors
concours.
12. Em termos puramente
místicos e metafísicos não há esse troço
de melhor ou de pior. O que existe simplesmente existe porque existe. Então,
como já tive ocasião de comentar, a questão do bem
e do mal se resume a duas categorias criadas pelo ser-humano-aí-no-mundo
para que possa diferenciar lé de cré e Carolina de Sá
Leitão de caçarolinha de assar leitão. Só isto.
Isto é meio que, por exemplo, as questões do alto e do baixo,
do fundo e do raso, do certo e do errado. Alto em relação
a quê? Baixo em relação a quê? Fundo em relação
a quê? Raso em relação a quê? Certo em relação
a quê? Errado em relação a quê? A coisa é
como disse o Caetano Veloso: E
eu digo não ao não... É proibido proibir!
Bolas! Precisamos parar de acreditar, acreditando por querer e por gostar
de acreditar, e fazer o raio da coisa acontecer. Ou será que pretendemos
simplesmente acreditar para sempre? Acho esse treco muito chato.
13. Eu conheço
uma senhora, há mais ou menos 60 (sessenta) anos, que, atualmente,
está com 81 anos, portadora de Transtorno Bipolar (TB) – antigamente,
o TB era conhecido pelo nome de Psicose Maníaco-depressiva –
que está endividada até a alma. Na fase eufórica, também
denominada mania, esta querida amiga, se puder, compra até foguete
interplanetário e disco voador (com ou sem extraterrestrezinho dentro).
Uma vez, ela quase comprou uma esdrúxula maquininha de amolar vento!
O resultado do descontrole (abuso)
é que terá que vender seu único imóvel para
pagar suas dívidas. Não há outra solução,
porque os juros bancários crescem todos os dias, e, em pouco tempo,
nem seu apartamento (seu único bem) quitará sua dívida.
Alguém poderá perguntar: mas, por que os bancos emprestam
sem parar? Resposta: ora, porque seus donos, de maneira geral, são
todos uns sem-mãe
ou uns filhos-da-puta-madre-que-os-pariu,
que só têm em vista lucro, lucro e mais lucro. Quando um Lehman
Brothers Holdings Inc. da vida declara concordata, como o fez em 15 de setembro
de 2008, o mundo inteiro arca com o prejuízo. Foi exatamente isto
o que aconteceu com a crise dos subprimes, desencadeada em 2006,
revelada ao público a partir de fevereiro de 2007 (a mais grave crise
desde 1929), atingindo generalizadamente todos os setores econômicos
(de países do Quarto Mundo a países do Primeiro Mundo, de
birosca a supermercado, de formiga a elefante, de sem-bunda a com-bundão,
de roncolho a sei-lá-com-quantos-testículos
etc.) e que combustibilizou a crise econômica de 2008, desengonçando
a Economia global. Esta esculhambação anárquica é
mais ou menos como o aquecimento global: lá, em sei-lá-onde,
um desgraçado-sem-mãe
ou um filho-de-uma-putíssima-madre
polui + polui + polui
o ar com gases do efeito estufa (CO2
– Dióxido de Carbono, N2O
– Óxido Nitroso, CH4
– Metano, CFCs – Clorofluorcarbonetos,
HFCs – Hidrofluorcarbonetos, PFCs
– Perfluorcarbonetos e SF6
– Hexafluoreto de Enxofre), e todos nós (os cariocas, os gaúchos,
os soteropolitanos, os haitianos, os mauricianos, os aborígines,
as minhocas, os ursos-polares, as baleias-bicudas-de-cuvier, os dragões-de-komodo,
os megalodontes e, inclusive, os desditosos sem-nariz) pagamos o preço.
Nem mais nem menos; simples assim. Quando a desgraceira ambiental acontecer
à vera, será mais ou menos meio-que-de-repentemente.
Há quem pense que o Planeta irá esquentar progressivamente.
Irá não. Irá é fazer um frio do cacete! Seria
ótimo dar uma pesquisada para saber como isto funciona. Vale a pena
ouvir as explicações de Al Gore.
http://www.youtube.com/watch?v=b-0p7GbPJ14
http://www.youtube.com/watch?v=rQyAG4ZxcLo
14. É bom dizer
aqui que sacrifício, misticamente, é sinônimo de incompreensão
(desejos + cobiças + paixões), porque quando se Compreende
e o senso de valores
foi reajustado, não há renúncia nem propriamente
sacrifício, já que o eu inferior foi dominado (ilustrado)
pelo Eu Superior – Razão Mística (Compreensão).
Não há sequer aquiescência
em obedecer, pois, a obediência se torna uma coisa natural,
automática e conciliante. Quem Compreende poderá tudo, menos
magoar-entristar seu Mestre pessoal e conspurcar-desonrar seu Deus (Mestre)
Interior. Para este Compreensivo, por exemplo, furtar u'a mariola ou matar
uma pulga equivalem a assaltar o Universo inteiro e assassinar todos os
seres.
15. Como chuva no molhado
ou máquina de enxugar gelo, este fragmento é meio desnecessário,
pois, no Universo, não há privilégios nem curvas ou
atalhos amenizadores. Seja Iniciado, seja não-Iniciado, seja crente,
seja ímpio, seja santo, seja terrorista, todos estão sujeitos
à mesma Lei. O resultado compensatório é que é
diferente. Sempre a compensação-retribuição
será mais aguda e mais afligente para quem relativamente compreende.
Escreveu não leu, o pau comeu. Logo, não há essa coisa
absurda, inventada para bocó acreditar, de perdão dos pecados.
Quem pode perdoar quem? De quê? Pior é quando o inócuo
perdão é a troco de bufunfa ou de outros favores menos confessáveis!
Aí, é de doer!
16. Tudo tem seu tempo
certo; no tempo próprio, tudo. Tudo
tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito
debaixo do céu... (Eclesiastes, III: 1).
17. O que este fragmento
pretende dizer é que, se não tivéssemos tido ajuda
de Aqueles-que-Sabem-e-Podem,
talvez, ainda estivéssemos, simbolicamente, morando nas cavernas,
fazendo cocô na mão e sendo papados por dinossauros. Mas, para
que a nossa consciência pudesse, por assim dizer, evoluir e perceber
um tiquinho mais as coisas, entre outras alterações, um (re)ajustamento
orgânico na estrutura do nosso DNA foi necessário, (re)ajustamento
este que continua em curso, como é caso do DNA das crianças
índigo e cristal (uma nova geração de crianças
que pintou na Terra com habilidades especiais, mais refinadas, com maior
sensibilidade, proprietárias de um desenvolvimento profundo no que
concerne às questões ético-morais e um altíssimo
desenvolvimento da Consciência Crística), que possuem três
hélices duplas nos seus DNAs – fato constatado em exames
laboratoriais de sangue. O fato é que todos nós, lentamente,
de certa maneira, estamos nos tornando índigos ou cristais, e acabaremos
por viver de acordo com a Lei da Unidade, com plena Consciência da
Unidade. Esta conversão já é observada em alguns adultos,
os quais já têm outra hélice de DNA em formação,
e alguns já estão com a terceira hélice formada. Esta
mudança, todavia, não é (será) apenas para escolhidos
ou privilegiados, até porque não existem seres escolhidos
e privilegiados, mas, em princípio, será para todos, o que
implicará em uma planetária substituição de
diversos paradigmas, em que, inclusive, as glândulas pineal, pituitária
e timo, que hoje são pouco desenvolvidas, terão papel fundamental
em um futuro próximo da Humanidade, que terá, particularmente,
maior contato com seres de outros sistemas solares e de outras Dimensões.
O negócio é viver para poder ver. Enfim, quem sabe, possamos
aprender nossas lições não por meio dos sofrimentos
e das dores, mas, através do amor e da compreensão. Queiramos
ou não, tudo está mudando, tudo está em transição!
Como disse Patricia Resch, quanto
mais sejamos capazes de ouvir aquela Voz Silenciosa Interior, mais estaremos
em sintonia com as mudanças que estão ocorrendo.
Prozac® (Fluoxetina)
não adianta nada!
DNA
(Tripla Hélice)
18.
Na realidade, o Eu Interior é absolutamente Poderoso; nós
é que não temos consciência disto. O que fazem as progressivas
Iniciações é ampliar a nossa percepção-ação
deste Poder.
19.
Por que relativa e relativamente? Por dois motivos: 1º) porque nada
há de absoluto ou de definitivo em qualquer ponto do Universo e,
particularmente, no caso, na Via Iniciática (certamente, a compreensão
de hoje será atualizada e ampliada amanhã); e 2º) porque,
se alguma coisa fosse absoluta ou definitiva, nada mais haveria para ser
compreendido relativamente a esta coisa, o que é uma impossibilidade.
Para um Iniciado, teleologia e escatologia são quimeras sem sentido.
O esforço para compreender e se libertar é permanente.
20.
Nesta matéria, não se perde o fio da meada. Só se quisermos.
Há muitos seres-aí-no-mundo que são Iniciados
sem saber. Como explicou Alice Bailey, um
homem pode ser capaz de esgotar certo karma e de levar a cabo certo trabalho
para a Loja [G.'.L.'.B.'.]
se estiver livre de ocupação ocultista e de introspeção
mística durante o período de uma vida terrestre qualquer.
Há muitos seres-aí-no-mundo
assim entre os filhos
dos homens nesta época, que previamente atingiram a Primeira Iniciação,
e alguns poucos que passaram pela Segunda, mas, que se mantêm, contudo,
inconscientes disto; no entanto, seus centros e organização
nervosa carregam a prova, para aqueles que têm visão interna.
Todavia, se a Iniciação
foi alcançada pela primeira vez, em qualquer vida, a recordação
dela, oportunamente, chegará ao cérebro físico.
21.
Eu não diria uma
vida de completo sacrifício pelos outros; prefiro pensar
e dizer uma vida de sacrifício pelos outros. Penso que o adjetivo
completo,
neste caso, seja um tanto exagerado e incondizente.
Ninguém deve se sacrificar ao ponto de perder sua própria
identidade, pois, neste caso, o sacrifício se torna um misto de inutilidade
+ fanatismo. Tudo o que é demais é moléstia.
22.
Ser simplesmente bom é bom, mas, é muito pouco. É preciso
mais; muito mais.
23.
Isto, claro, com muito mais razão, valeu também para a Segunda
Guerra Mundial.
Páginas
da Internet consultadas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Crise_dos_subprimes
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Grande_Recess%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Lehman_Brothers
http://www.amorc.org.br/
louis-claude-de-saint-martin-2.html
http://noticias.terra.com.br/
http://starchildglobal.com/
portuguesa/articles/what-pt.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Crian%C3%A7a_%C3%ADndigo
http://en.wikipedia.org/wiki/Triple-stranded_DNA
http://adnuntiatum.wordpress.com/
evoluir/dna-mudancas/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fluoxetina
http://somostodosum.ig.com.br/
conteudo/c.asp?id=03410
http://giphy.com/gifs/VA5S0xr0RmLe
http://www.picgifs.com/
http://www.alecjacobson.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Gases_do_efeito_estufa
http://www.mcasco.com/
http://myweb.rollins.edu/jsiry/
HawkingtheUniverseNutshell-story.html
http://www.mininfantil.com/
http://www.dreamstime.com/
http://www.3d-animated-gifs.com/
http://books.google.com.br/books?
http://www.wabash.edu
/technology/persweb
http://www.caccioppoli.com/
http://cloudyco.com/
2010/10/monster-gifs/
http://www.curaeascensao.com.br/
Downloads/Alice_Bailey_Iniciao_Humana.pdf
Mantra de fundo:
Mantra Padmasambhava
Fonte:
http://www.mp3olimp.net/padmasambhava-guru-rinpoche-mantra/
Direitos
autorais:
As animações,
as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo)
neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a
quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las,
se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar
que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei
do ar imediatamente.