De
maneira geral, se pode dizer que a moralidade social, na verdade, é
completamente imoral. É a moralidade de ir para a guerra, de matar
os presumidos inimigos, de ser agressivo, de ser competitivo, de buscar
o poder, de só querer levar vantagem, de dar ensanchas ao ódio
etc. É a crueldade e a injustiça da autoridade estabelecida.
É uma moralidade sem moral. E a maior ou menor facilidade com que
a pomos de lado é o sinal de nossa moralidade; não o esforço
que nos custa o pô-la de lado, não a recompensa ou a punição
deste esforço, mas, a maior ou menor dificuldade com que a abandonamos.
Se nossa conduta é dirigida pelo ambiente em que vivemos, por ele
moldada e controlada, então, esta conduta é mecânica
e fortemente condicionada, pois, normalmente, está ancorada no medo
à punição e no desejo de recompensa. E tudo isto nada
mais é do que imitação, ajustamento e obediência
cega. Enfim, todo ajustamento a um padrão, sancionado ou não
pela tradição, não representa conduta virtuosa. Só
da Liberdade poderá nascer a Virtude. Portanto, ou aceitamos a moral
social ou a rejeitamos. Não podemos pôr dois proveitos num
saco, estar com um pé no inferno e o outro no céu. [In:
A Luz que Não se Apaga (em inglês: The
Urgency of Change), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
Nazismo
Muchos
Nicolás Maduro Moros
Baratas
—
Descoisa a tua coisinha.
E
eu, obediente e submisso, sempre descoisei.
Coisa
a tua não-coisinha.
E eu, obediente e submisso, sempre coisei.
Não
uses camisinha.
E
eu, obediente e submisso, nunca usei.
Um
pouco antes, ponha pra dentro um .
E
eu, obediente e submisso, sempre viagrei®.
Penetre
pra valer e com vontade.
E eu, obediente e submisso, sempre penetrei.
Vota
nele.
E
eu, obediente e submisso, fui lá e votei.
Não
vota
no outro.
E
eu, obediente e submisso, não votei.
Frauda
o resultado.
E
eu, obediente e submisso, cambalachei e fraudei.
Inventa
uma desculpa.
E eu, obediente e submisso, sempre inventei.
Não
reforma jamais a previdência.
E
eu, obediente e submisso, não reformei.
Aniquila
os opositores.
E
eu, obediente e submisso, sempre os aniquilei.
Confessa
teus pecados.
E eu, obediente e submisso, sempre confessei.
Ajoelha
e reza.
E
eu, obediente e submisso, sempre ajoelhei e rezei.
Cilicia
o teu corpo.
E
eu, obediente e submisso, sempre ciliciei.
Celibatariza
para sempre.
E
eu, obediente e submisso, cumpri e celibatarizei.
Decepa
o causador.
E
eu, obediente e submisso –
pimba! –
decepei.
Vai
à missa e dizima todos os domingos.
E eu, obediente e submisso, sempre fui e dizimei.
Canta
a Ladainha de Todos os Santos.
E
eu, obediente e submisso, entoei e cantei.
Requesta
um milagre ao Anus
Dei.
E
eu, obediente e submisso, contrito requestei.
Transaciona
o que precisas com Deus.
E
eu, obediente e submisso, pelas caladas, transacionei.
Leva
vantagem em tudo.
E eu, obediente e submisso, sempre levei.
Aplica
tua bufunfinha na .
E eu, obediente e submisso, sempre apliquei.
Compra
dólares e euros.
E eu, obediente e submisso, sempre comprei.
Acumula
todas as riquezas que puderes.
E eu, obediente e submisso, sempre acumulei.
Não
bobeies; aceita .
E eu, obediente e submisso, sempre aceitei.
Enrica
a qualquer preço.
E
eu, obediente e submisso, .
Não
pregues prego sem estopa.
E
eu, obediente e submisso, nunca preguei.
Engana
as velhinhas desacauteladas.
E
eu, obediente e submisso, sempre enganei.
Gatuna
as moedas do
.
E
eu, obediente e submisso, sempre gatunei.
Filia-te
ao Estado Islâmico.
E
eu, obediente e submisso, imediatamente me filiei.
Subsidia
o Boko Haram.
E
eu, obediente e submisso, sempre subsidiei.
Negocia
pelo melhor preço.
E
eu, obediente e submisso, sempre negociei.
Em
rio que tem piranhas, nada de costas.
E
eu, obediente e submisso, sempre nadei.
Em
lagoa que tem jacarés, chucha de canudinho.
E
eu, obediente e submisso, sempre chuchei.
Em
mar que tem tubarões, não entres.
E
eu, obediente e submisso, nunca entrei.
Em
deserto que não tem H2O, não bordejes.
E
eu, obediente e submisso, nunca bordejei.
Chupa
um pirulito que bate-bate.
E eu, obediente e submisso, sempre chupei.
Dá
uma pirogada na piroga de cristal do Boi.
E
eu, obediente e submisso, sempre piroguei.
Se
chover, usa capa de chuva e galochas.
E
eu, obediente e submisso, sempre capei
e galochei.
No carnaval, brinca até desmaiar.
E
eu, obediente e submisso, sempre brinquei.
Gargalha
do azar alheio.
E
eu, obediente e submisso, sempre gargalhei.
Deixa
a peteca cair.
E eu, obediente e submisso, sempre deixei.
Toma
um pifão.
E eu, obediente e submisso, sempre tomei.
Cheira
uma carreirinha.
E
eu, obediente e submisso, sempre .
Fuma
um fininho.
E eu, obediente e submisso, sempre fumei.
Troca
alhos por bugalhos e bugalhos por alhos.
E eu, obediente e submisso, sempre troquei.
Não
passes embaixo de escada.
E
eu, obediente e submisso, nunca passei.
Não
quebres um espelho.
E
eu, obediente e submisso, nunca quebrei.
Não
coloques uma
de cabeça para baixo.
E
eu, obediente e submisso, nunca coloquei.
Não
andes de costas.
E
eu, obediente e submisso, nunca andei.
Não
apontes para as estrelas.
E
eu, obediente e submisso, nunca apontei.
Não
cortes as unhas à noite.
E
eu, obediente e submisso, nunca cortei.
Não
assobies de madrugada.
E
eu, obediente e submisso, nunca assobiei.
Não
pagues imposto de renda.
E
eu, obediente e submisso, nunca paguei.
Beija
a mão do João de Deus.
E
eu, obediente e submisso, sempre beijei.
Beija
de novo a mão do João de Deus.
E
eu, obediente e submisso, de novo, beijei.
Beija
mais uma vez a mão do João de Deus.
E
eu, obediente e submisso, mais uma vez, beijei.
Não
dês esmola a ninguém.
E
eu, obediente e submisso, nunca dei.
Almoça
um churrasco.
E
eu, obediente e submisso, com fome, almocei.
Obstaculiza
o progresso.
E eu, obediente e submisso, sempre obstaculizei.
Dificulta
o sucesso.
E
eu, obediente e submisso, sempre dificultei.
Apaga
o impresso.
E
eu, obediente e submisso, sempre apaguei.
Queima
a bandeira dos Estados Unidos.
E
eu, obediente e submisso, com ódio, queimei.
Odeia
os LGBTQIAP+.
E eu, obediente e submisso, sempre odiei.
Açoita
os negros de cor.
E
eu, obediente e submisso, sempre açoitei.
Conspira
contra os judeus.
E
eu, obediente e submisso, sempre conspirei.
Maquina
contra os árabes.
E
eu, obediente e submisso, sempre maquinei.
Isola
os mexicanos.
E
eu, obediente e submisso, sempre isolei.
Critica
os soteropolitanos.
E
eu, obediente e submisso, sempre critiquei.
Elogia
o führer
sieg heil.
E eu, obediente e submisso, sempre elogiei.
Venera
o Koba.
E
eu, obediente e submisso, sempre venerei.
Idolatra
o Grande Timoneiro.
E
eu, obediente e submisso, sempre idolatrei.
Recorda
o Marechal Idi Amin Dada.
E
eu, obediente e submisso, sempre recordei.
Não
olvides o .
E
eu, obediente e submisso, nunca olvidei.
Apóia
a ditadura.
E
eu, obediente e submisso, sempre apoiei.
Abriga
os torturadores.
E eu, obediente e submisso, sempre abriguei.
Plagia
o Tomás de Torquemada.
E eu, obediente e submisso, sempre plagiei.
Amordaça
a imprensa.
E eu, obediente e submisso, sempre amordacei.
Lucra
de montão nas operações comerciais.
E
eu, obediente e submisso, sempre lucrei.
Compra
uma Glock.
E
eu, obediente e submisso, logo comprei.
Contrabandeia
uma AR-15.
E
eu, obediente e submisso, célere contrabandeei.
Descola
uma granada.
E
eu, obediente e submisso, com manha, descolei.
Comercia
diamantes de sangue.
E
eu, obediente e submisso, sempre comerciei.
Fuzila
todos os invasores.
E
eu, obediente e submisso, todos fuzilei.
Bifa
no mensalão.
E eu, obediente e submisso, sempre bifei.
Afana
no petrolão.
E
eu, obediente e submisso, sempre afanei.
Fatura
em tudo que terminar em ão.
E
eu, obediente e submisso, malandro faturei.
Topa
uma bola .
E eu, obediente e submisso, sempre topei.
Enrola
o Juiz Bretas.
E
eu, obediente e submisso, sagaz enrolei.
Cagüeta
everybody macacada.
E
eu, obediente e submisso, loguinho cagüetei.
Esmaga
todas as baratas.
E eu, obediente e submisso, sempre esmaguei.
Chifra
a tua mulher.
E
eu, obediente e submisso, sempre chifrei.
De leve, papa tua vizinha.
E
eu, obediente e submisso, fui lá e papei.
Sem
faltar um, masturba-te todos os dias.
E eu, obediente e submisso, sempre me masturbei.
Coça
o saco.
E eu, obediente e submisso, sempre cocei.
Pratica
uma vendetta.
E
eu, obediente e submisso, fui lá e vendettei.
Imita
os poderosos.
E eu, obediente e submisso, sempre imitei.
Aguarda
uma recompensa.
E eu, obediente e submisso, sempre aguardei.
Medra
o inferno.
E eu, obediente e submisso, sempre medrei.
Ajusta-te
à tradição.
E eu, obediente e submisso, sempre me ajustei.
Presta
vassalagem.
E eu, obediente e submisso, sempre prestei.
Não
perdoa nem uma 'Pulex irritans'.
E
eu, obediente e submisso, nunca perdoei.
Esfola
os traidores.
E eu, obediente e submisso, sempre esfolei.
Tortura
os comunistas.
E eu, obediente e submisso, sempre torturei.
Passeia
em Pasárgada.
E
eu, obediente e submisso, sempre passeei.
Namora
as mulheres-damas.
E
eu, obediente e submisso, sempre namorei.
Escala
um pau-de-sebo.
E
eu, obediente e submisso, com dificuldade, escalei.
Deita
na beira do rio.
E
eu, obediente e submisso, fui lá e deitei.
Chama
a mãe-d'água.
E
eu, obediente e submisso, respeitoso chamei.
Monta
em burro brabo.
E
eu, obediente e submisso, com cagaço montei.
Anda
de bicicleta.
E
eu, obediente e submisso, sem saber andei.
Cava
um fosso e levanta um muro.
E
eu, obediente e submisso, cavei e levantei.
Edifica
uma barreira.
E eu, obediente e submisso, sempre edifiquei.
Prende
e arrebenta.
E
eu, obediente e submisso, sempre prendi e arrebentei.
Vai
à merda de jangada.
E
eu, obediente e submisso, logo
acatei e merdei.
Trabalha
em favor da Grande Loja Negra.
E
eu, obediente e submisso, sempre
trabalhei.
Mercadeja
com o cão a tua personalidade-alma.
E
eu, obediente e submisso, triste
mercadejei.
Espera
o momento de ires para a Oitava Esfera.
E
eu, obediente e submisso, esperando
fiquei.
Executa
tudo isto, e serás um vencedor.
E
eu, obediente e submisso, não é que executei?
No
final, dá um tiro no teu coco.
E
eu, obediente e submisso, um dia, dei!
Música
de fundo:
Coisinha
do Pai
Composição: Jorge Aragão, Almir Guineto & Luiz
Carlos
Interpretação: Beth Carvalho
Fonte:
https://baixarmusica.me/coisinha-do-pai-beth-carvalho-mp3/
Páginas
da Internet consultadas:
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