Máquina

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

De maneira geral, se pode dizer que a moralidade social, na verdade, é completamente imoral. É a moralidade de ir para a guerra, de matar os presumidos inimigos, de ser agressivo, de ser competitivo, de buscar o poder, de só querer levar vantagem, de dar ensanchas ao ódio etc. É a crueldade e a injustiça da autoridade estabelecida. É uma moralidade sem moral. E a maior ou menor facilidade com que a pomos de lado é o sinal de nossa moralidade; não o esforço que nos custa o pô-la de lado, não a recompensa ou a punição deste esforço, mas, a maior ou menor dificuldade com que a abandonamos. Se nossa conduta é dirigida pelo ambiente em que vivemos, por ele moldada e controlada, então, esta conduta é mecânica e fortemente condicionada, pois, normalmente, está ancorada no medo à punição e no desejo de recompensa. E tudo isto nada mais é do que imitação, ajustamento e obediência cega. Enfim, todo ajustamento a um padrão, sancionado ou não pela tradição, não representa conduta virtuosa. Só da Liberdade poderá nascer a Virtude. Portanto, ou aceitamos a moral social ou a rejeitamos. Não podemos pôr dois proveitos num saco, estar com um pé no inferno e o outro no céu. [In: A Luz que Não se Apaga (em inglês: The Urgency of Change), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

 

 

Nazismo

Nazismo

 

 

Nicolás Maduro MorosNicolás Maduro MorosNicolás Maduro MorosNicolás Maduro MorosNicolás Maduro Moros

Muchos Nicolás Maduro Moros

 

 

BarataBarataBarataBarataBarataBarata

Baratas

 

 

Descoisa a tua coisinha.

E eu, obediente e submisso, sempre descoisei.

Coisa a tua não-coisinha.

E eu, obediente e submisso, sempre coisei.

Não uses camisinha.

E eu, obediente e submisso, nunca usei.

Um pouco antes, ponha pra dentro um Viagra.

E eu, obediente e submisso, sempre viagrei®.

Penetre pra valer e com vontade.

E eu, obediente e submisso, sempre penetrei.

Vota nele.

E eu, obediente e submisso, fui lá e votei.

Não vota no outro.

E eu, obediente e submisso, não votei.

Frauda o resultado.

E eu, obediente e submisso, cambalachei e fraudei.

Inventa uma desculpa.

E eu, obediente e submisso, sempre inventei.

Não reforma jamais a previdência.

E eu, obediente e submisso, não reformei.

Aniquila os opositores.

E eu, obediente e submisso, sempre os aniquilei.

Confessa teus pecados.

E eu, obediente e submisso, sempre confessei.

Ajoelha e reza.

E eu, obediente e submisso, sempre ajoelhei e rezei.

Cilicia o teu corpo.

E eu, obediente e submisso, sempre ciliciei.

Celibatariza para sempre.

E eu, obediente e submisso, cumpri e celibatarizei.

Decepa o causador.

E eu, obediente e submisso pimba! decepei.

Vai à missa e dizima todos os domingos.

E eu, obediente e submisso, sempre fui e dizimei.

Canta a Ladainha de Todos os Santos.

E eu, obediente e submisso, entoei e cantei.

Requesta um milagre ao Anus Dei.

E eu, obediente e submisso, contrito requestei.

Transaciona o que precisas com Deus.

E eu, obediente e submisso, pelas caladas, transacionei.

Leva vantagem em tudo.

E eu, obediente e submisso, sempre levei.

Aplica tua bufunfinha na BOVESPA.

E eu, obediente e submisso, sempre apliquei.

Compra dólares e euros.

E eu, obediente e submisso, sempre comprei.

Acumula todas as riquezas que puderes.

E eu, obediente e submisso, sempre acumulei.

Não bobeies; aceita Insider Trading.

E eu, obediente e submisso, sempre aceitei.

Enrica a qualquer preço.

E eu, obediente e submisso, Saco de Dinheiro.

Não pregues prego sem estopa.

E eu, obediente e submisso, nunca preguei.

Engana as velhinhas desacauteladas.

E eu, obediente e submisso, sempre enganei.

Gatuna as moedas do .

E eu, obediente e submisso, sempre gatunei.

Filia-te ao Estado Islâmico.

E eu, obediente e submisso, imediatamente me filiei.

Subsidia o Boko Haram.

E eu, obediente e submisso, sempre subsidiei.

Negocia pelo melhor preço.

E eu, obediente e submisso, sempre negociei.

Em rio que tem piranhas, nada de costas.

E eu, obediente e submisso, sempre nadei.

Em lagoa que tem jacarés, chucha de canudinho.

E eu, obediente e submisso, sempre chuchei.

Em mar que tem tubarões, não entres.

E eu, obediente e submisso, nunca entrei.

Em deserto que não tem H2O, não bordejes.

E eu, obediente e submisso, nunca bordejei.

Chupa um pirulito que bate-bate.

E eu, obediente e submisso, sempre chupei.

Dá uma pirogada na piroga de cristal do Boi.

E eu, obediente e submisso, sempre piroguei.

Se chover, usa capa de chuva e galochas.

E eu, obediente e submisso, sempre capei e galochei.

No carnaval, brinca até desmaiar.

E eu, obediente e submisso, sempre brinquei.

Gargalha do azar alheio.

E eu, obediente e submisso, sempre gargalhei.

Deixa a peteca cair.

E eu, obediente e submisso, sempre deixei.

Toma um pifão.

E eu, obediente e submisso, sempre tomei.

Cheira uma carreirinha.

E eu, obediente e submisso, sempre Cocaína.

Fuma um fininho.

E eu, obediente e submisso, sempre fumei.

Troca alhos por bugalhos e bugalhos por alhos.

E eu, obediente e submisso, sempre troquei.

Não passes embaixo de escada.

E eu, obediente e submisso, nunca passei.

Não quebres um espelho.

E eu, obediente e submisso, nunca quebrei.

Não coloques uma Vassoura de Cabeça para Baixo de cabeça para baixo.

E eu, obediente e submisso, nunca coloquei.

Não andes de costas.

E eu, obediente e submisso, nunca andei.

Não apontes para as estrelas.

E eu, obediente e submisso, nunca apontei.

Não cortes as unhas à noite.

E eu, obediente e submisso, nunca cortei.

Não assobies de madrugada.

E eu, obediente e submisso, nunca assobiei.

Não pagues imposto de renda.

E eu, obediente e submisso, nunca paguei.

Beija a mão do João de Deus.

E eu, obediente e submisso, sempre beijei.

Beija de novo a mão do João de Deus.

E eu, obediente e submisso, de novo, beijei.

Beija mais uma vez a mão do João de Deus.

E eu, obediente e submisso, mais uma vez, beijei.

Não dês esmola a ninguém.

E eu, obediente e submisso, nunca dei.

Almoça um churrasco.

E eu, obediente e submisso, com fome, almocei.

Obstaculiza o progresso.

E eu, obediente e submisso, sempre obstaculizei.

Dificulta o sucesso.

E eu, obediente e submisso, sempre dificultei.

Apaga o impresso.

E eu, obediente e submisso, sempre apaguei.

Queima a bandeira dos Estados Unidos.

E eu, obediente e submisso, com ódio, queimei.

Odeia os LGBTQIAP+.

E eu, obediente e submisso, sempre odiei.

Açoita os negros de cor.

E eu, obediente e submisso, sempre açoitei.

Conspira contra os judeus.

E eu, obediente e submisso, sempre conspirei.

Maquina contra os árabes.

E eu, obediente e submisso, sempre maquinei.

Isola os mexicanos.

E eu, obediente e submisso, sempre isolei.

Critica os soteropolitanos.

E eu, obediente e submisso, sempre critiquei.

Elogia o führer sieg heil.

E eu, obediente e submisso, sempre elogiei.

Venera o Koba.

E eu, obediente e submisso, sempre venerei.

Idolatra o Grande Timoneiro.

E eu, obediente e submisso, sempre idolatrei.

Recorda o Marechal Idi Amin Dada.

E eu, obediente e submisso, sempre recordei.

Não olvides o Don Corleone.

E eu, obediente e submisso, nunca olvidei.

Apóia a ditadura.

E eu, obediente e submisso, sempre apoiei.

Abriga os torturadores.

E eu, obediente e submisso, sempre abriguei.

Plagia o Tomás de Torquemada.

E eu, obediente e submisso, sempre plagiei.

Amordaça a imprensa.

E eu, obediente e submisso, sempre amordacei.

Lucra de montão nas operações comerciais.

E eu, obediente e submisso, sempre lucrei.

Compra uma Glock.

E eu, obediente e submisso, logo comprei.

Contrabandeia uma AR-15.

E eu, obediente e submisso, célere contrabandeei.

Descola uma granada.

E eu, obediente e submisso, com manha, descolei.

Comercia diamantes de sangue.

E eu, obediente e submisso, sempre comerciei.

Fuzila todos os invasores.

E eu, obediente e submisso, todos fuzilei.

Bifa no mensalão.

E eu, obediente e submisso, sempre bifei.

Afana no petrolão.

E eu, obediente e submisso, sempre afanei.

Fatura em tudo que terminar em ão.

E eu, obediente e submisso, malandro faturei.

Topa uma bola ODEBRECHT.

E eu, obediente e submisso, sempre topei.

Enrola o Juiz Bretas.

E eu, obediente e submisso, sagaz enrolei.

Cagüeta everybody macacada.

E eu, obediente e submisso, loguinho cagüetei.

Esmaga todas as baratas.

E eu, obediente e submisso, sempre esmaguei.

Chifra a tua mulher.

E eu, obediente e submisso, sempre chifrei.

De leve, papa tua vizinha.

E eu, obediente e submisso, fui lá e papei.

Sem faltar um, masturba-te todos os dias.

E eu, obediente e submisso, sempre me masturbei.

Coça o saco.

E eu, obediente e submisso, sempre cocei.

Pratica uma vendetta.

E eu, obediente e submisso, fui lá e vendettei.

Imita os poderosos.

E eu, obediente e submisso, sempre imitei.

Aguarda uma recompensa.

E eu, obediente e submisso, sempre aguardei.

Medra o inferno.

E eu, obediente e submisso, sempre medrei.

Ajusta-te à tradição.

E eu, obediente e submisso, sempre me ajustei.

Presta vassalagem.

E eu, obediente e submisso, sempre prestei.

Não perdoa nem uma 'Pulex irritans'.

E eu, obediente e submisso, nunca perdoei.

Esfola os traidores.

E eu, obediente e submisso, sempre esfolei.

Tortura os comunistas.

E eu, obediente e submisso, sempre torturei.

Passeia em Pasárgada.

E eu, obediente e submisso, sempre passeei.

Namora as mulheres-damas.

E eu, obediente e submisso, sempre namorei.

Escala um pau-de-sebo.

E eu, obediente e submisso, com dificuldade, escalei.

Deita na beira do rio.

E eu, obediente e submisso, fui lá e deitei.

Chama a mãe-d'água.

E eu, obediente e submisso, respeitoso chamei.

Monta em burro brabo.

E eu, obediente e submisso, com cagaço montei.

Anda de bicicleta.

E eu, obediente e submisso, sem saber andei.

Cava um fosso e levanta um muro.

E eu, obediente e submisso, cavei e levantei.

Edifica uma barreira.

E eu, obediente e submisso, sempre edifiquei.

Prende e arrebenta.

E eu, obediente e submisso, sempre prendi e arrebentei.

Vai à merda de jangada.

E eu, obediente e submisso, logo acatei e merdei.

Trabalha em favor da Grande Loja Negra.

E eu, obediente e submisso, sempre trabalhei.

Mercadeja com o cão a tua personalidade-alma.

E eu, obediente e submisso, triste mercadejei.

Espera o momento de ires para a Oitava Esfera.

E eu, obediente e submisso, esperando fiquei.

Executa tudo isto, e serás um vencedor.

E eu, obediente e submisso, não é que executei?

No final, dá um tiro no teu coco.

E eu, obediente e submisso, um dia, dei!

 

 

Suicídio

 

 

Música de fundo:

Coisinha do Pai
Composição: Jorge Aragão, Almir Guineto & Luiz Carlos
Interpretação: Beth Carvalho

Fonte:

https://baixarmusica.me/coisinha-do-pai-beth-carvalho-mp3/

 

Páginas da Internet consultadas:

http://bosquedapoesia.blogspot.com/

https://simpsons-latino.tumblr.com/

https://www.freepik.com/

http://www.animated-gifs.eu/

https://www.youtube.com/watch?v=2BtawLeS5fM

https://www.kobo.com/

https://gifer.com/en/7yAl

https://www.deviantart.com/

https://giphy.com/

https://laurenmacsweencdc.wordpress.com/

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.