HY BRASIL

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Hy Brazil

Hy Brasil

 

 

 

Hy Brasil, Ilha Brasil, Ilha do Brasil, Ilha de São Brandão ou Brasil de São Brandão é uma ilha fantasma do Oceano Atlântico ligada à tradição de São Brandão das terras afortunadas, situada a oeste do continente europeu.

 

A cartografia medieval européia inclui com grande constância a Ilha de Hy Brasil – a par da Antílha, da Ilha de São Brandão, das Sete Cidades e das Ilhas Afortunadas – entre as ilhas que existiriam no mar oceano. A posição e as dimensões de Hy Brasil variam de carta para carta, mas, a partir de meados do século XIV, a Ilha, consistentemente, começou a ser colocada no Atlântico Norte centro-ocidental.

 

A presença desta Ilha mítica na cartografia fixa o topônimo em data muito anterior a 1500, a data da descoberta "oficial" das Terras de Santa Cruz, o atual Brasil, e invalida de todo a teoria de que o nome estaria ligado ao vermelho do pau-brasil. Na realidade, naquela data, há muitos séculos, o Brasil, como lugar mítico, já estava presente no vocabulário dos povos do ocidente europeu.

 

Até 1624, a procura da Ilha de Hy Brasil foi uma constante nas navegações renascentistas do Atlântico. Desde o oeste da Irlanda, seu lugar inicial, a posição da suposta Ilha migrou para oeste, primeiro para os Açores, onde a atual Ilha Terceira aparece, por vezes, com esta designação, e onde, muito antes de 1500, já a península fronteira à Cidade de Angra ostentava o nome de Monte Brasil, que hoje mantém. Dos Açores, se deslocou para sudoeste, primeiro para as Caraíbas, para, depois, se fixar no litoral do atual Brasil.

 

Esta Ilha, erupção do maravilhoso celta, segundo diz a Enciclopédia dos Lugares Mágicos de Portugal, de Paulo Pereira, volume 8, Lisboa, 2006, surge na cartografia náutica desde o século XIII. Tem diversos nomes, variantes do nome original, e está localizada perto da Irlanda ou no meio do oceano Atlântico.

 

Aparece em um mapa da Catalunha de 1325 – 1330, no mapa de Dulcert, de 1339, no mapa dos irmãos Pizagani (que não eram meus parentes), de 1375 – 1378 e no mapa do cartógrafo veneziano Andrea Bianco, de 1436 (onde já se mencionava explicitamente o Mar dos Sargaços). Esta Ilha também surge no mapa atlântico do cartógrafo veneziano Zuane Pizzigano e no mapa anônimo chamado de Weimar, ambos de 1424, com o Arquipélago dos Açores, e as Ilhas Antília, Satanazes, Saya e Ymana. O historiador português Armando Cortesão sugere uma hipotética eventualidade do conhecimento tardo-medieval dos Açores, do Atlântico Central, dos Arquipélagos das Caraíbas ou Antilhas, bem como do continente americano, pelos portugueses. Tais Ilhas aparecem, de forma idêntica, na carta do cartógrafo genovês Battista Beccario, de 1435 (onde as Ilhas lendárias são clara e implicitamente identificadas com os Açores reais na expressão adjunta figurante Ilhas novas ou recentemente descobertas) bem como nas de Bartolomeu Pareto, de 1455, e de Gracioso Benincasa, de 1470 e 1482.

 

Como O'Brasil é atualmente um nome próprio irlandês, Hy Bressail ou O Brasil (que significa Ilha Afortunada), Brasil, Bracil e Bracir são corruptelas da palavra original gaélica. Acompanham-na nos mapas Ilhas como a dos Demônios, Avalon, da Lenda do Rei Artur, as Ilhas de São Brandão, Drogio, Emparedada, Estotiland e Grocelandia. Foi intensamente procurada, inclusive pelo desconcertante Cristóvão Colombo, comenta a Enciclopédia acima citada.

 

Os portugueses foram responsáveis por fixar tal nome a uma terra, pois, inicialmente, denominaram Ilha Brasil à Ilha que se conhece hoje no Arquipélago dos Açores como Ilha Terceira (ainda hoje ali existe um Monte Brasil). Depois que Pedro Álvares Cabral desvendou o continente sul-americano, o atual Brasil foi primeiro chamado Terra de Vera Cruz, depois Mundo Novo e depois ainda Terra dos Papagaios. Não retirou seu nome da madeira avermelhada, mas, sim, das narrativas míticas que levaram à sua identificação.

 

Mas, mesmo após a consagração do nome Brasil para o continente descoberto, a Ilha Mítica permanece na cartografia, como no mapa de Fernão Vaz Dourado, de 1568.

 

Seja como for, muitos especialistas em alienígenas do passado (como, por exemplo, Erich von Däniken, Giorgio A. Tsoukalos, Nick Pope, Stephen Bassett e David Hatcher Childress) acreditam que Hy Brasil seja uma base extraterrestre ou um OSNI. Será? Um OSNI é um Objeto Submarino Não Identificado, definido como qualquer objeto ou fenômeno de percepção ótica ou mecânica de origem desconhecida observado dentro da água, e que permanece não identificado até mesmo depois da investigação completa. Um OSN é o análogo marítimo de um OVNI ou Objeto Voador Não Identificado.

 

 

 

Objeto Voador Não Identificado

 

 

 

 

 

 

Eu nasci em Hy Brasil

uma Ilha Abençoada

lá no Atlântico Norte

mas, acabei me avilando

por dentro e por fora.

E não demorou muito

para que eu virasse

um medonho patifão,

safado, sem-vergonha,

arapuqueiro, ardilão,

desonesto, maganão,

corrupto e corruptor.

Violei os bons costumes,

traí meus compromissos,

a sociedade de Hy Brasil

e o Deus do meu Coração.

Tornei-me o pior dos piores

e o mais escroto dos escrotos!

E abiscoitei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.1

E muita gente comemorou.

 

 

 

 

E carambolei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E maracutaiei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E embromei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E empulhei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E trapaceei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E desencaminhei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E engambelei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E usurpei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E dilapidei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E malbaratei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E malversei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E peculatei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E corrompi muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E desonrei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E conspirei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E genocidei muito, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E despojei ceguinho, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E defraudei manquinho, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E esbulhei analfinho, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E espoliei surdinho, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E saqueei mudinho, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E pilhei anãozinho, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

E sei-lá-mais-o-quê, porém,

a nobre justiça hy brasileira

me obsequiou e me perdoou.

Justitia locuta, causa finita.

E muita gente comemorou.

 

 

E pifei engalanado, porém,

não escapei da Eterna Lei,

Mas, muita gente nem soube.

Todavia, esperei mil milênios

para poder de novo encarnar,

e comi o pão que o cujo amassou.

Disto, eu nunquinha esquecerei.

E, pela dor, acabei aprendendo:

o que a justiça humana perdoa

a Justiça Cósmica faz cumprir.

 

 

 

 

Mas, este fazer não é castigo,

porque a Lei não pune nem premia.

No Uni(multi)verso, não existem

predileção, galardão e punição.2

Estas são coisas tão-só humanas.

 

 

 

 

A Lei Educa para poder Ensinar;

a Lei Ensina para poder Elucidar;

a Lei Elucida pra poder Alforriar;

a Lei Alforria para poder Illuminar;

a Lei Illumina para poder Ascensionar;

Ela Ascensiona para poder Iniciar;

a Lei Inicia para poder Divinizar;

a Lei Diviniza para poder Unificar.

 

 

 

Divinizando para Unificar

 

 

 

______

Notas:

1. A locução latina Roma locuta est, causa finita est, que equivocadamente costuma ser atribuída a Santo Agostinho de Hipona (345 – 430), significa: tendo falado Roma, acabou a questão. Ora, eu não penso que, se Roma locutar, todos devam se calar, acatar e executar. Mas, no caso da justiça, é diferente: em princípio, se a justitia locuta, causa finita, ou seja, se a justiça se pronunciou, apenas cabe cumprir. O grande busílis é quando a justitia humana locuta, mas, a causa finita é injusta, absurda, ilógica, contraditória, ilegítima e desarrazoada, até porque, no Uni(multi)verso não existe essa excrescência de causa finita decidida por um ser-humano-aí-no-mundo. Toda causa engendrada obriga, necessariamente, o nascimento de um efeito compensatório educativo, que poderá ser imediato ou porvindouro. Escapar da justiça aqui não significa escapar da Justiça Cósmica. Portanto, muitíssimo pior do que um anão corrupto é um juiz corrupto, como é o caso do Juiz Nicolau dos Santos Neto (São Paulo, 15 de julho de 1928), que ficou popularmente conhecido como Lalau, após o desvio de recursos, ocorrido de 1994 a 1998, que seriam utilizados na construção do Fórum Trabalhista de São Paulo.

 

 

Nicolau Don Ratón Lalau dos Santos Neto

 

 

2. Talvez, o exemplo mais doloroso disto tenha sido o surgimento da Guerra Mundial de 1914 a 1945. Ao longo dos séculos, nós criamos as condições desarmônicas para que ela acontecesse. E ela aconteceu, porque nós a parimos! A grande questão é: aprendemos a lição? Em muitos aspectos, eu penso que não. Um exemplo contemporâneo é a Guerra Civil Síria (às vezes referida como Revolta Síria ou ainda Revolução Síria), que é um conflito interno em andamento na Síria, que começou como uma série de grandes protestos populares em 26 de janeiro de 2011 e progrediu para uma violenta revolta armada em 15 de março de 2011, influenciados por outros protestos simultâneos no mundo árabe. Esta maldita Guerra, que já dura quase nove anos, já ceifou a vida de mais ou menos 600.000 pessoas e produziu mais de 7,6 milhões de deslocados internos e mais de 5,6 milhões de refugiados. O osso que Bashar Hafez al-Assad não quer largar irá lhe custar os dentes por muitas eternidades! Um segundo exemplo foi o The September 11 Attacks (também referido como 9/11) – um injustificado atentado terrorista aos edifícios do World Trade Center, perpetrado em 11 de setembro de 2001, em New York – no qual morreram 2.977 pessoas e 19 terroristas da Al-Qaeda.

 

 

Bashar Hafez al-Assad

 

 

World Trade Center

World Trade Center

 

 

Música de fundo:

Hy Brasil: The Isle is Full of Noises

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=0Fhquq0oxsc

 

Páginas da Internet consultadas:

https://br.freepik.com/

http://www.dsvc.com.br/

https://veja.abril.com.br/

http://www.gamersheroes.com/

https://ojcs.siue.edu/ojs/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Civil_S%C3%ADria

https://www.presentation-process.com/

https://www.vectorstock.com/

https://www.freepik.com

https://contatoalienigena.blogspot.com/2017
/11/o-segredo-alienigena-do-hy-brazil.html

https://www.soundjay.com/footsteps-1.html

https://br.pinterest.com/pin/324470348145037428/

https://www.freepik.com

https://giphy.com

https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil_(ilha_mítica)

 

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