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Nota:
1. O conceito de homens-sem-alma
está inserido no volume I da Doutrina Secreta (Síntese
da Ciência, da Religião e da Filosofia), Cosmogênese,
tradução de Raymundo Mendes Sobral, Editora Pensamento, 1969,
obra monumental de autoria de Helena Petrovna Blavatsky. Escreveu Helena:
A Alma, cujo veículo
corpóreo é o envoltório astral, etéreo-substancial,
pode morrer, continuando o homem, não obstante, a viver sobre a Terra.
Quer dizer: a Alma pode se libertar do tabernáculo e abandoná-lo
por diversas razões, tais como a loucura, a depravação
espiritual e física etc. A possibilidade de que a Alma (isto é,
o Ego Eterno, Espiritual) possa residir nos Mundos Invisíveis, enquanto
seu corpo continue a viver na Terra, é uma doutrina eminentemente
oculta, máxime nas Filosofias chinesa e budista. Há homens-sem-alma
entre nós, sabendo-se que este fenômeno ocorre com pessoas
materializadas e perversas ao último ponto, assim como entre aqueles
que se adiantaram em santidade e que não mais retornam. Neste
poema, usei a expressão homens-sem-almas (com
a palavra alma no plural) porque – ainda que o Um, desde sempre, seja
Um – cada um de nós, em princípio, possui uma alma pessoal
ou personalidade-alma.
Mas o que Helena não
explicou é que quando em um ente
ocorre a
perda da personalidade-alma
– perda motivada
por uma desmedida materialidade, por múltiplas perversidades ou por
outros motivos teneborosos – todos nós, de certa forma, também
perdemos um pouco de alguma Coisa. Temos que nos conscientizar de que não
há perda nem ganho exclusivamente pessoal, individual; o que afeta
um ser afeta todos os seres. Mas, por outro lado, como a Misericórdia
e o
Poder Daqueles
Que Sabem e Podem são ilimitados... Enfim,
os nossos irmãos neonazistas merecem de nós nossas mais fraternas
orações.
Fundo musical:
Springtime For Hitler
(Mel Brooks)
Fonte:
http://www.hamienet.com/midi23108.html