A HISTÓRIA
DA MAÇÃ
(é muito mais do que pura fantasia)
Rodolfo Domenico
Pizzinga
— ocê
já reparou
Mas, saiba de
uma coisa:
faço
isto feliz e sorrindo.
— Ensinar
é repetir,
dizendo
doutro jeito.
E isto só
pode fazer
quem é
amigo do peito.
— Ensinar
é redizer,
mudando só
o desenho.
para fixar no
canhenho.
— Disse
e redisse Platão,
disse e
redisse Plotino.
Mas, não
era para menos:
cada um era
um Pequenino.
— A
história da maçã
é mais
do que fantasia.
Foi muito bem
bolada
e é uma
Bela Alegoria.
— A
fome do Sr. Adão
era por Sabedoria.
Aí, comeu
a tal maçã,
e conheceu a
ShOPhIa.
— Maçã
igual Àquela,
quem é
que não comia?
Como eu, come
você
e come toda
a Mouraria.
— E
comem até os rouxinóis,
pousados lá
no beirais.
E, com o passar
do tempo,
sumirão
as dores e os ais.
— E
toda a ignorância
é levada
pelo Vento
–
o Vento da Compreensão –
que zera o
nosso lamento.
— Mas,
o que é complicado
deve ser dado
como pílula,
que precisa
ser dourada,
para não
criar uma fílula.
— Mas
há muitas mentiras
que nem sequer
valem
dugani,
pois, é
falsa a tradução de
de ALI,
ALI, LMH ShBHhTh-NI!
— E
eles também inventaram
um inferno e
um paraíso,
nos quais só
podem crer
os lelés
que não têm siso.
— Assim,
os Velhos Mistérios
foram todos
corrompidos.
E, como cegos
em tiroteio,
todos nós
estamos perdidos.
— Mas,
por que perdidos?
Por que preferimos
acreditar
do que fazer
uma boa massa,
para essa bosta
toda mudançar.
— Mas,
nesta Era de ,
tudo haverá
de entrar nos eixos,
pois, serão
desenrodilhados
os fios enrolados
em cadeixos.
— E as
mentiras astuciosas,
inventadas para
dominar,
serão
todinhas recicladas,
e a LLuz
voltará a brilhar.
— Enfim,
só fico pensando
nos feitores
de relambóias
a se afogar
nas suas loas,
em um mar revolto
e sem bóias.
— Entretanto,
para todos,
eu invoco a
Beleza e o Amor,
entendimento
e misericórdia,
para poder ter
fim essa dor.