HIPOGRIFO

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Harry Potter
(Voando em um Hipogrifo)

 

 

 

Monte, leitor amigo, na garupa do meu hipogrifo, e se acomode nele da melhor forma que puder. Veja! Estamos nos levantando no ar. Estamos voando! Olhe! Não tema, os hipogrifos nunca tropeçam. Adiante! Adiante! E retenhamos o fôlego enquanto voarmos por cima dos Pântanos Pontinos. Medonhos e desolados, os seus miasmas são, para os jardins que temos atravessado, o que a vida comum é para o Coração que deixou de Amar. [Um hipogrifo é um animal mitológico, fabuloso, metade cavalo, metade grifo (outro animal fabuloso, com cabeça, bico e asas de águia e corpo de leão), representado com asas, garras e cabeça de um grifo e corpo e patas traseiras iguais às de um cavalo.] [In: Zanoni, de autoria de Edward George Bulwer-Lytton.]

 

 

 

O Jardim de Ninfa Imerso nos Pântanos Pontinos

 

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos por um help sem diligência-merecimento.

 

 

 

 

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com o inacessível Ouro dos Templários.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos em ganhar a .

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com o fantástico Tesouro de Montezuma.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com o dos extraterrestres.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com a Brahmastra – a arma nuclear dos deuses.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos em fabricar, cada vez mais, .

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com guerras santas, em nome de deus.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com a completa putinização da Ucrânia.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com o total putinicídio dos ucranianos.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com o nosso bem-estar... E deixamos-pra-lá.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos em, da face da Terra, eliminar os adversários.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com ditaduras e regimes de exceção.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com minutas de decretos de defesa.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos em não largar o osso de jeito maneira.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com ... E não nos vacinamos.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos na volta de D. Sebastião I – O Desejado.

 

 

Rei D. Sebastião
(Lisboa, 20 de janeiro de 1554 – Alcácer Quibir, 4 de agosto de 1578)
(Por Cristóvão de Morais, Museu Nacional de Arte Antiga, Portugal)

 

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos em burrinhas-de-padre e sacis-pererês.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos em espíritos perturbados e encostos.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos em esconjuro de demônios e de outros espíritos malignos.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos em despacho de intenção maléfica.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos em santos de barro que choram sangue.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos em milagres contrariadores das Leis Unimultiversais.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos em milagres comprados com dízimos e trízimos.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos que é uma boa tentar fazer negócios com deus.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos em João de Deus e Roger Abdelmassih.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos em Jim Jones e Charles Manson.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos em Hitler, Mussolini, Stalin, Videla, Pinochet...

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos em bufarinheiros de H2O consagrada.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos em bufarinheiros de feijões mágicos.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e acreditamos em glossolalias fajutas para inglês ver.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com corrupção e enriquecimento ilícito.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com informações privilegiadas e refúgios fiscais.

 

 

Refúgio Fiscal

 

 

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com uma mudança sem combate.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com uma compreensão sem empenho.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com uma libertação sem esforço.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com uma indulgência inacontecível.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com uma salvação hipotética.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com um paraíso extravagante.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com deuses e demônios imaginários inventados.1

 

 

Deuses Imaginários Inventados

 

 

Demônios Imaginários Inventados

 

 

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com uma proteção inefetiva.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos em obter o Anel Mágico de Salomão.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos em descobrir onde está a Arca da Aliança.2

 

 

Baixo-relevo em ouro do transporte da Arca da Aliança
(Catedral de Santa Maria de Auch, França)

 

 

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com mel e valquírias inexistentes.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com um para-sempre edênico impossível.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos com uma vida eterna sem mérito.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos em fabricar o Lapis Philosophorum.3

 

 

Lapis Philosophorum (Grande Cera Vermelha)
(Simbolicamente)

 

 

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos em achar o Elixir da Imortalidade.

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e, irresponsáveis, vivemos sem .

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,
deliramos e, persistentes, morremos sem .

Montados em um hipogrifo que quimerizamos,
que – oh! – parecem não ter fim,
sempre ± na mesma e ± na mesma sempre,

 

 

Delírio Incoerente, Inconseqüente e Inconsistente

 

 

A Chave da Libertação (In Corde)
(Simbolicamente)

 

 

______

Notas:

1. Os Teóricos dos Alienígenas do Passado como, por exemplo, Giorgio A. Tsoukalos e Erich von Däniken, admitem que os deuses da Antigüidade eram seres extraterrestres ou ultradimensionais, e que, proximamente, retornarão à Terra. Eu adoraria estar vivo para ver. Agora, o fato é que as aparições de OVNIs, depois da 2ª Guerra Mundial, têm aumentado exponencialmente, e estão mais do que documentadas e comprovadas. O Governo Americano, bem lentamente, a conta-gotas, está começando a liberar estas informações. Bem, duas coisas precisamos entender: 1ª) o Unimultiverso é vida (não existe morte); e 2ª) há vida por toda parte. Até um grão de areia está vivo. Agora, se os deuses da Antigüidade eram astronautas, viajantes do espaço cósmico, seres extraterrestres, seres intraterrestres, seres ultradimensionais ou um pouco disso tudo é outra coisa, e só o futuro esclarecerá essa questão. A Estrela Sirius A, por exemplo, a Estrela mais brilhante do céu noturno visível a olho nu, segundo Alice Ann Bailey e o Mestre Ascensionado Djwhal Khul, é a Sede da Grande Loja Branca – a Casa da Hierarquia Espiritual. Vida! Tudo é Vida! Não há morte!

 

Imagem fotográfica de Sirius A e Sirius B
(Feita pelo Telescópio Espacial Hubble)

 

 

2. Para a Igreja Ortodoxa Etíope, a Arca foi levada à Etiópia por Menelik I, filho do Rei Salomão e Makeda, a Rainha de Sabá. A Arca estaria guardada em uma capela da Igreja de Santa Maria de Sião, na Cidade de Aksum, no norte da Etiópia, onde um único sacerdote pode vê-la. A narrativa dessa tradição etíope se encontra no Kebra Negast, o Livro da Glória dos Reis da Etiópia.

3. Na Idade Média, particularmente, aqueles que se dedicavam à Arte Sagrada, conhecida como Alquimia, estavam divididos em dois grupos: os sopradores e os Adeptos ou Iniciados. Os sopradores queriam, pela transmutação dos metais inferiores, produzir ouro. Só tinham isto em mente. Cobiçosos e ambiciosos só pensavam em enriquecer. Nunca conseguiram produzir um grama de ouro por transmutação. Já os Grandes Adeptos ou Iniciados, depois de haverem alcançado um determinado ponto específico na Senda Iniciática, tinham acesso a determinados Sons Sagrados, ao Segredo da Luz Polarizada, à algumas Operações Místicas e à Palavras de Poder peculiares, e eram autorizados a realizar uma Transmutação Alquímica, que nada mais é do que uma espécie de ensaio de controle de qualidade de algo realmente importante – o Lapis Philosophorum, a Grande Cera Vermelha, que, segundo Fulcanelli, se nos oferece sob a forma de um corpo cristalino, diáfano, vermelho quando em massa, amarelo depois de pulverizado, o qual é denso e muito fusível |funde a 64ºC|, embora fixo a qualquer temperatura, e cujas qualidades próprias o tornam incisivo, ardente, penetrante, irredutível e incalcinável. É solúvel no vidro em fusão, mas, se volatiliza instantaneamente quando é projetado sobre um metal fundido. Quando muito, ao longo da vida, estes Santos Homens faziam apenas mais uma Transmutação, isto se precisassem de fato repor o estoque do Lapis Philosophicus. Não há registro conhecido de que um Adepto ou um Iniciado tenha utilizado a Santa ShOPhIa e o Mysterium Magnum para benefício egoístico pessoal. A própria pequena quantidade de Ouro Alquímico que produziam era caritativamente doada. Se, por um lado, a Santa ShOPhIa é a Ponte para a Vida Eterna, quando mal empregada o que é raríssimo leva à destruição da vida e à morte entrópica da personalidade-alma. Por isto, como relatou Mateus no seu Evangelho, XIX, 21, disse Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. E, depois, vem, e me segue. Bem, concluirei esta pequena explanação, citando de novo Fulcanelli: O Sapiente sabe apaziguar a sua dor. O ramo de oliveira, símbolo de paz e de concórdia, marca a união perfeita dos elementos geradores da Pedra Filosofal. Ora, esta Pedra, pelos conhecimentos certos que traz, pelas verdades que revela ao Filósofo, permite-lhe dominar os sofrimentos morais que afetam os outros homens e vencer as dores físicas, suprimindo a causa e os efeitos de grande número de outras doenças. Enfim, só é feito o que pode ser feito. Só acontece o que deve acontecer. No Universo, não há fortuitidade. A Lei não pode ser violada. Não há efeito sem uma causa geradora. Tudo deve ser devidamente compensado. Nem Jesus pôde auxiliar todos os que Dele se aproximaram. Quanto a tudo isto, todos terão que chegar a uma conclusão sozinhos, no Silêncio dos seus Corações

 

Música de fundo:

Magic Fire Music
Composição: Wilhelm Richard Wagner
Interpretação: Berlin Philharmonic Orchestra; (maestro: Klaus Tennstedt)

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=jyQ8gw2jBNk

Observação:

Admite-se que esta composição esteja associada ao 7º Raio (Liberdade).

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sirius

https://www.ancient-origins.net/

https://www.etsy.com/

https://www.gettyimages.com.br/fotos/refugio-fiscal

https://es.wikipedia.org/wiki/Lagunas_Pontinas

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sebastianismo

https://www.freepik.com/vectors/alligator/2

https://es.vecteezy.com/

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/
religiao/historia-brahmastra-bomba-atomica-deuses.phtml

http://clipart-library.com/free/key-png-image.html

https://www.pinterest.ca/pin/704813410421432319/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Arca_da_Alian%C3%A7a

https://www.sciencetosahaja.com/resources

https://www.sciencetosahaja.com/resources

https://gfycat.com/scaryevergreenfrog-trollpoly

https://www.deviantart.com/

 

Direitos autorais:

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