O HOMEM ETERNO
(Parte III)

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Texto

 

 

 

Este texto tem por objetivo apresentar para reflexão a terceira parte de alguns fragmentos da obra O Homem Eterno, de autoria de Louis Pauwels e Jacques Bergier. Devo dizer que, devido à inabitualidade e à especificidade dos temas abordados na obra, sem exageração, fiz algumas interpolações em alguns fragmentos, mas, creio que os autores, se estivessem vivos, não me censurariam. Afinal, para educar, instruir e alforriar, se não houver má-fé, deslealdade, fraude ou perfídia, penso que tudo seja válido, desde que o propósito esteja estruturado em um máximo de honestidade e em um mínimo de ingenuidade. Ou não? Bem, seja como for, quanto a mim, eu apenas posso garantir o máximo de honestidade, porque, reconheço que, até certo ponto, eu sou mesmo meio ingênuo. Fazer o quê?

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

Existe uma infinidade de sóis e de terras girando em torno de seus sóis, tal como nossos sete planetas giram em torno de nosso Sol... Seres vivos habitam esses mundos. [Giordano Bruno]. Foram cruéis as represálias da Igreja Católica: declarado herege pelo Santo Ofício, Bruno morreu queimado em Roma, no Campo dei Fiori, no dia 17 de fevereiro de 1600.

 

 

Giordano Bruno

 

 

A vida é o objetivo final da formação dos planetas. [Nicolas Camille Flammarion, mais conhecido como Camille Flammarion (Montigny-le-Roi, 26 de fevereiro de 1842 – Juvisy-sur-Orge, 3 de junho de 1925).]

 

O santo dos santos da substância viva é a hereditariedade. O problema da origem da vida é, em boa parte, um problema genético. Os progressos da Biologia Molecular fazem prever que sua solução poderá ser encontrada em futuro não muito remoto.

 

 

Divisão Celular

 

 

DNA
(O Segredo e o Código de Todos os Mistérios)

 

 

Nossas concepções em torno da pluralidade dos mundos habitados estão evoluindo muito depressa. [Mesmo aqui, na nossa Terra querida, escola para todos nós, na qual, pelo aprendizado compensatório, precisamos nos esforçar para zerar o nosso karma terreno, e auxiliar os outros a zerar os deles, há civilizações (no plural) ainda desconhecidas por nós. Por exemplo, o Domínio dos Arianni – o Mundo Interior da Terra, o Centro do Grande Desconhecido – relatado no diário do Almirante da Marinha dos Estados Unidos Richard Evelyn Byrd Jr. (Winchester, 25 de outubro de 1888 – Boston, 11 de março de 1957) é uma destas civilizações avançadas que desconhecemos. O diário do Almirante Byrd revela o motivo da visita forçada ao Domínio dos Arianni, em 19 de fevereiro de 1947: apesar de os Arianni nunca terem interferido diretamente antes em nossas guerras fratricidas e em nosso barbarismo multifacetado, ficaram preocupados com o fato de a Humanidade ter aprendido a usar o poder da energia nuclear. Esta justificada preocupação alcançou seu limite máximo com as detonações nucleares do Little Boy (Hiroxima, Japão, 6 de agosto de 1945, com ± 70.000 pessoas mortas, como resultado direto da explosão, e um número equivalente de pessoas feridas, e, devido ao resultado de radiações após o ataque, muitas mães grávidas perderam os seus filhos e em outros casos as crianças nasceram com deformações) e do Fat Man (Nagasaki, Japão, 9 de agosto de 1945, com ± 40.000 mortos instantaneamente e entre 25.000 e 60.000 feridos), o que, para nós, marcou um ponto sem volta, pois, há aqueles, dentre nós, que preferem destruir o próprio mundo (como foi o caso do senhor Harry S. Truman (Lamar, 8 de maio de 1884 – Kansas City, 26 de dezembro de 1972), o 33º Presidente dos Estados Unidos, o mandante das explosões nucleares anteriormente citadas), a abdicar dos seus poderes e privilégios, tal como os conhecem, admitem e adoram. Não aprendemos que a futilidade das guerras e das disputas acabarão por nos levar a uma idade negra, que cobrirá a Terra como uma mortalha. Em outras palavras: dia-a-dia, estamos cavando a nossa própria destruição.]
Vale a pena consultar a Página:

https://www.curaeascensao.com.br/
curiosidades_arquivos/curiosidades74.html

 

 

Almirante Richard Evelyn Byrd Jr.

 

 

Não terá o nosso Planeta, no passado e até mesmo em passado relativamente próximo, recebido a visita de astronautas [alienígenas do passado] vindos de outros sistemas planetários? A hipótese é válida, no entender de Viktor Borisovich Shklovski (São Petersburgo, 24 de janeiro de 1893 Leningrado, 6 de dezembro de 1984), de Carl Edward Sagan (Nova Iorque, 9 de novembro de 1934 Seattle, 20 de dezembro de 1996) [e dos atuais teóricos dos alienígenas do passado, como, por exemplo, Erich Von Daniken, Giorgio A. Tsoukalos e Linda Moulton Howe.]

 

Não importa absolutamente bulhufas,
se, no passado, fomos visitados,
se, hoje, continuamos a ser visitados,
e se, no futuro, seremos visitados
por deuses-astronautas-alienígenas.
Venham de onde vier, sejam eles quem for,
nenhum deles pôde, pode ou poderá fazer
o dever de casa que cabe a nós fazê-lo.
Nenhum deles pôde, pode ou poderá alterar
o nosso karma pessoal e o karma coletivo:
terrenalmente, isto cabe a nós zerá-lo.
Nenhum deles pôde, pode ou poderá Alquimiar
o nosso chumbo interior em Ouro:
esta Transmutação é responsabilidade nossa.
Nenhum deles pôde, pode ou poderá curar nossas doenças:
o Harmonium deverá ser alcançado por nós.
Nenhum deles pôde, pode ou poderá anular
a idade negra e a mortalha,
que estão sendo cozinhadas por nós:
intransferivelmente, nós é que teremos de descozinhá-las.
Nenhum deles pôde, pode ou poderá desfazer
a gigantesca desarmonia planetária
que, irresponsavelmente, viemos e vimos produzindo:
esta tarefa pertence somente a nós.
Nenhum deles pôde, pode ou poderá interferir
na Lei Educativa da Causa e do Efeito:
sem exceção, todas as Leis Cósmicas são imexíveis.
Nenhum deles pôde, pode ou poderá fazer milagres:
no Unimultiverso, não existem milagres.
Nenhum deles pôde, pode ou poderá perdoar nossos pecados:
no Unimultiverso, não existem pecados;
existem, sim, apedeutismos sesquipedais.

Somos nós que deveremos Peregrinar.
Somos nós que deveremos nos Consolidar.
Somos nós que deveremos Compreender.
Somos nós que deveremos nos Libertar.
Somos nós que deveremos Ascensionar.
Somos nós que deveremos nos Divinizar.

E, para isto, todos nós precisa(re)mos,
digna e esforçadamente, lutar o Bom Combate,
que, entre outras muitas coisas, envolve:
transmutar intolerância em misericórdia,
transmutar egoísmo em altruísmo,
transmutar preconceito em fraternidade,
transmutar sacanagem em integridade,
transmutar corrupção em honestidade,
transmutar despotismo em Democracia,
transmutar primeiro-eu em todos-nós,
transmutar magia negra em Magia Branca,
transmutar desordem barulhenta em Silêncio Interior,
transmutar miragens + ilusões em ShOPhIa,
transmutar desejos + cobiças + paixões em desapego,
transmutar fiat voluntas mea em FIAT VOLUNTAS TUA,
transmutar vida em VIDA,
transmutar morte em MORTE,
transmutar trevas em LLUZ
e transmutar deuses inventados em Deuses Internos.
Só assim mereceremos receber a 1ª Iniciação da G.'. L.'. B.'.,
passar pela Iniciação do Novo Nascimento
e conhecer o significado da LETRA A.'.

 

Suponhamos que astronautas [alienígenas] tenham vindo à nossa Terra, aqui encontrando homens. Acontecimento assim insólito, deveria forçosamente deixar vestígios nas lendas e nos mitos. Aqueles seres, aos olhos dos primitivos, pareceram dotados de poderes sobrenaturais, e eles, assim, lhes atribuíram uma natureza divina; os mitos estabeleceram no céu um lugar especial de onde teriam vindo os enigmáticos visitantes e para onde teriam voltado. Os terrícolas poderiam ter aprendido técnicas e rudimentos de ciência com "visitantes celestes”. Como se sabe, os mitos e as lendas criados antes do aparecimento da escrita possuem um enorme valor histórico. Assim, atualmente, tem sido reconstituída, em grande parte, a partir do folclore, das lendas e dos mitos, a história pré-colonial dos povos da África Negra, que não possuíam escrita. [Esta é exatamente a mesma hipótese defendida pelos atuais teóricos dos alienígenas do passado. Por exemplo, as destruições de Sodoma e de Gomorra teriam sido derivadas de uma explosão nuclear e o rapto de Enoque teria sido uma proeza de visitantes extraterrestres avançados. Bem, como Louis Pauwels e Jacques Bergier, eu prefiro a morte ao papel de censor, e admito que alguma razão têm os teóricos dos alienígenas do passado, pois, certamente não foram deuses nem emissários divinos que fizeram contato com os antigos profetas. Não podemos esquecer de que, no passado, os Mistérios Iniciáticos estavam disponíveis para os dignos, e a Hierarquia da G.'. L.'. B.'. estava presente na Terra entre os seres humanos. Se isto acabou nos sendo subtraído foi devido à nossa preferência pela magia negra, pela indignidade e pela crueldade.]

 

Precisamos ter calma e ortografia!

 

Carl Sagan tentou determinar o número de civilizações tecnicamente desenvolvidas existentes simultaneamente na galáxia, o que poderia atingir a ordem de 106, e a duração da existência das mesmas seria de 107 anos. De acordo com as suposições de Sagan, estas civilizações avançadas estudam o Cosmos seguindo um plano que exclui a repetição das visitas. Se, por hipótese, cada civilização enviar, em cada ano terrestre, uma nave interastral de reconhecimento, o intervalo médio entre duas visitas na região será igual a 105 anos. Para o intervalo médio entre duas visitas a um único e mesmo sistema planetário (o nosso, por exemplo), que dê guarida a formas racionais de vida, poderemos admitir, no quadro das hipóteses de Sagan, um número correspondente a alguns milhares de anos. A freqüência, aqui, seria de aproximadamente cinco mil e quinhentos anos. Seja como for, devemos estar preparados para uma próxima visita e para um próximo desembarque. [Há quem afirme, categoricamente, que alguns Governos Mundiais, como, por exemplo, o dos EUA, há alguns anos, já mantêm contato com civilizações extraterrestres avançadas, com programas espaciais que incluem bases na face oculta da Lua e em Marte. Bem, seja como foi ou como é na atualidade, repito o que escrevi mais acima: não importa absolutamente bulhufas, se, no passado, fomos visitados, se, hoje, continuamos a ser visitados, e se, no futuro, seremos visitados por deuses-astronautas-alienígenas. Venham de onde vier, sejam eles quem for, nenhum deles pôde, pode ou poderá fazer o dever de casa que cabe a nós fazê-lo. Nossas Compreensão, Libertação, Iniciação (acesso aos Antigos Mistérios), Ascensão e futura Divinização consciente dependem exclusivamente de nós. Nenhum ET, nenhum IT ou quem quer que seja, vindos de qualquer lugar no espaço ou do centro da Terra, poderão interferir nisto. Cabe a nós fazer direitinho o dever de casa ou continuar a encarnar, pela Lei do Renascimento, para aprender, pela Lei da Causa e do Efeito, da forma mais dolorosa, o que poderia ser aprendido suavemente com o Coração, com Amor e pela Transrazão.]

 

O passado nada importa.
O presente nada importa.
O futuro nada importa.
Apenas o sempre importa.

No passado, fomos Deuses.
No presente, somos Deuses.

No futuro, seremos Deuses.
Sempre haveremos de ser Deuses.

Para Compreendermos isto,
precisaremos lutar o Bom Combate,
zerarmos as miragens e as ilusões
e os desejos, as cobiças e as paixões.

 

A uma distância de quarenta anos-luz da Terra, notícias referentes a uma nova civilização técnica já alçaram vôo entre as estrelas. Se existirem realmente seres que perscrutam os céus à espera de que surja em nossa região do espaço uma civilização técnica adiantada, eles haverão de tomar conhecimento de nosso saber, para nossa felicidade ou para nossa desgraça. Talvez, dentro de alguns séculos, venha até nós algum emissário. Faço votos para que tenhamos progredido ainda mais e que não tenhamos destruído
tudo aqui, quando chegarem os visitantes de sua longínqua estrela.
[Carl Edward Sagan.]

 

Há uma possibilidade diferente de zero de que a Terra tenha acolhido viajantes do espaço. [Viktor Borisovich Shklovski.]

 

Hipótese de Carl Edward Sagan: Visitantes extraterrestres, metidos em escafandros, a bordo de uma nave espacial pousada no mar, vieram trazer aos homens os rudimentos do conhecimento. Estes homens fundaram Sumer [Suméria]. A Humanidade deve ter conservado, durante muito tempo, a recordação de seres meio homens e meio peixes (o capacete, a armadura que evoca o cintilar das escamas e o aparelho respiratório semelhante a uma cauda que prolonga o corpo), vindos de um exterior incógnito para comunicar o saber. Talvez, esteja relacionado com esta reminiscência fabulosa o sinal do peixe, que deveria, mais tarde, congregar os Iniciados do Oriente Próximo.

 

 


 

Carl Edward Sagan propõe cinco possíveis origens para os visitantes extraterrestres: Alpha Centauri, Epsilon Eridani, 61 Cygni, Epsilon Indi e Tau Ceti, situados a quinze anos-luz de nós. E conclui: histórias como a Lenda de Oannes, as imagens e os textos mais antigos referentes ao aparecimento das primeiras civilizações terrestres (até o momento interpretadas exclusivamente como mitos ou divagações da imaginação primitiva) estão a merecer estudos críticos muito mais amplos que os efetuados até agora. Estes estudos não deveriam desprezar uma orientação de pesquisa voltada no sentido dos contatos diretos com uma civilização extraterrestre [avançada].

 

Sem dúvida, os nomes daqueles autóctones [aborígines, indígenas] devem ter sido salvos do esquecimento, enquanto ficava obscurecida a recordação de sua obra, em conseqüência tanto do desaparecimento dos homens a quem havia sido transmitida sua tradição, quanto da extensão do tempo decorrido. Com efeito, os remanscentes da espécie humana sobreviviam em estado inculto, e, depois de desmoronamentos e dilúvios, seus conhecimentos se reduziam aos nomes dos príncipes que haviam governado o país, mas, muito pouca coisa sabiam de sua obra. Assim, gostavam de dar esses nomes a seus filhos, muito embora ignorassem os méritos daqueles homens do passado e as leis por eles instituídas, salvo algumas tradições obscuras relativas a cada um. Desprovidos como viviam, tanto eles como seus filhos, e durante várias gerações, das coisas necessárias à existência, tendo o espírito voltado para estas coisas de que careciam, tomavam-nas como único assunto de suas conversas, pouco se interessando pelo que havia ocorrido anteriormente e pelos acontecimentos de um remoto passado. De fato, o estudo das lendas e as investigações relativas à Antigüidade são duas coisas que entraram nas cidades, ao mesmo tempo que o lazer, no dia em que verificaram estar asseguradas, para alguns, as necessidades da existência. Mas, não antes. [In: Crítias, diálogo de Platão.]

 

Talvez, o nosso imenso esforço para atingir o céu seja tão-somente um antiqüíssimo e heróico desejo de prosseguir o diálogo. Talvez, passemos a encarar a nossa origem e o nosso final como dois momentos de uma relação com a Vida e a Inteligência no Uni[multi]verso.

 

Provérbio chinês: Quem está à espera um cavaleiro deve ficar atento para não confundir o ruído dos cascos com as batidas do coração. Mas, quem faz bater o coração é a esperança!

 

O homem que faz muitas perguntas, pode, às vezes, parecer tolo, porém, o homem que nunca as faz será tolo a vida toda.

 

Talvez, tenha florescido no Planalto de Marcahuasi, na Cordilheira dos Andes, localizado a 60 km a leste da capital do Peru e a 4.000 metros acima do nível do mar, a mais antiga cultura do mundo, anterior à do Egito e à de Sumer. O que terá acontecido na América do Sul entre este período e a chegada dos espanhóis? Achamo-nos diante de um enigma sem solução, sendo necessário admitir que ainda não foi encontrada a resposta definitiva, escreveu o professor dinamarquês Kaj Birket-Smith (20 de janeiro de 1893 – 28 de outubro de 1977).

 

Será Mohenjo-Daro, um sítio arqueológico situado na Província do Sinde, no Paquistão, construído por volta do século XXVI a.C. e um dos maiores centros populacionais da antiga Civilização do Vale do Indo, a Cidade Marmini, descrita na Rigveda?

 

 

Mohenjo-Daro

 

 

Ecos de visitas extraterrestres ressoam nas páginas dos textos sagrados, entre os quais os Vedas. A economia das hipóteses deve implicar a conjectura de tecnologias avançadas em civilizações anteriores à história. Esta conjectura parece mais credora de um exame experimental do que a de uma "magia primitiva”, derivada de uma interpretação subjetiva e literária. Por exemplo, em 1930, na rede de esgotos de Bagdá, foi encontrada uma pilha elétrica de dois mil anos de idade, em cuja composição entravam o ferro, o cobre, um eletrólito e asfalto à guisa de isolante! Estaríamos diante de uma técnica esquecida ou então descurada logo que inventada? Processo de douramento nos templos, em seguida abandonado? Instrumento utilizado pelos sacerdotes para "operarem milagres” ou vestígios de um conhecimento e de práticas cujas chaves já há dois mil anos haviam sido perdidas e atiradas entre refugos por ignorância ou inépcia?

 

É permitido sonhar. Convém sonhar, mas, sem consentir que o sonho assuma a direção do dia-a-dia e tome conta do pedaço. Talvez, até, isso, para a investigação do passado, seja altamente recomendável. De fato, é a arma principal da luta contra a obscuridade misteriosa das eras desaparecidas. E a luta contra o tempo é a única atividade digna do homem que sente algo diferente em seu interior e que reconhece em si mesmo a presença de algo de eterno. [Convém especular, sim, mas, sem permitir que a especulação camufle a realidade.]

 

Para se fazer qualquer pesquisa producente e frutífera e para se chegar a uma finalização concertada e aproveitável, é necessário que se tenha muita paciência, imaginação criadora, humildade, honestidade científica e não tentar ficar procurando estrelas ao meio-dia. Portanto, por exemplo, quanto aos nossos ancestrais de há vinte ou trinta mil anos, deveremos deixar de os considerar como feiticeiros selvagens obsedados pela caça e como primitivos obscuros a dançar ao redor de totens venatórios. Devem, sim ser credores de nosso respeito. Enfim, como poderemos ter qualquer tipo de certeza sobre o funcionamento do espírito humano nas eras remotas? Neste sentido, relativamente à pré-história, todos os nossos conhecimentos devem ser revistos à luz do método estritamente objetivo e impessoal de numeração estatística. Seja como for, o homem da última glaciação era um ser tão complexo quanto nós. [Aliás, todos devem ser credores do nosso respeito. O contrário disso é carregar na bagagem prejulgamentos, preconceitos, boçalidades e separatividades – desgraças esquizofrênicas e medievais que, por exemplo, produziram, recentemente, a Guerra Russo-ucraniana.]

 

Pode-se admitir que as cavernas pré-históricas ornamentadas dos antigos se achem organizadas em função de uma metafísica, para nós, ainda desconhecida, tão ciosa de seu simbolismo quanto a metafísica cristã, o que leva à conclusão que as cavernas eram tidas como um formidável símbolo natural do ventre feminino. Todavia, uma explicação voltada exclusivamente para o universo do sexo e da fecundidade acaba se revelando insuficiente. A característica marcante desta arte, aparentemente dominada pelo ato reprodutor, é seu extraordinário pudor, sua deliberada opção pelo simbolismo e pela abstração. Enquanto são encontrados representados, por toda parte, sinais sexuais abstratos, nem uma única vez foi desenhada a mais ligeira cena de acasalamento. Estamos, sim, diante de uma escrita, de certa forma comparável à implícita na arte das catedrais, uma notável metafísica gravada, com vistas à eternidade, que os nossos irmãos pré-históricos nos legaram como símbolos de sua espiritualidade.

 

Poderá a Austrália no passado terra de aborígines errantes, na qual prevaleciam a caça, a pesca, a coleta e o nomadismo ser considerada como uma tradicional terra de exílio? Será que parte da raça humana foi levada, como numa espécie de reserva, para essa ilha imensa, desprovida de mamíferos, mas, também, de animais perigosos, povoada exclusivamente por marsupiais e estranhos herbívoros saltitantes? Uma experiência tentada por Entes Superiores? A escolha de imenso espaço desértico, feita por Eles, visando a constituir um depósito do saber no país dos cangurus? A Arqueologia, talvez, venha, no futuro, a responder alguma parcela das nossas interrogações.

 

Para os aborígines australianos, são os deuses que presidem à procriação e à morte, ambas de natureza sobrenatural. [A Humanidade haverá de rever o conceito de sobrenaturalidade, pois, no Unimultiverso, tudo é natural, ou seja, tudo funciona de acordo com as imutáveis Leis Cósmicas, a maioria Delas ainda incompreendida pelos seres humanos. Afirmou Gabriel Cousen (14 de maio de 1943): Através da completa cooperação com as Leis Cósmicas, a paz e a harmonia podem ser trazidas à Terra.]

 

 

Geometria Sagrada

 

 

 

Continua...

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Alchemy of Life

Fonte:

https://mp3download.to/9en/1Uo6N8Hu1k0.html

 

Páginas da Internet consultadas:

https://br.pinterest.com/pin/316518680043669920/

https://stock.adobe.com/pt/images/mohenjo-daro-an-archa
eological-site-in-the-province-of-sindh-pakistan/281849025

https://tenor.com/

https://www.ibvb.org/mobile/artigos/ichthus

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Z-DNA_orbit_animated.gif

https://pt.wikipedia.org/wiki/Giordano_Bruno

http://shop04004.fdbjasnj.ru/category?name=cell%20division%20gif

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.