O HOMEM ETERNO
(Parte II)

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Texto

 

 

 

Este texto tem por objetivo apresentar para reflexão a segunda parte de alguns fragmentos da obra O Homem Eterno, de autoria de Louis Pauwels e Jacques Bergier. Devo dizer que, devido à inabitualidade e à especificidade dos temas abordados na obra, sem exageração, fiz algumas interpolações em alguns fragmentos, mas, creio que os autores, se estivessem vivos, não me censurariam. Afinal, para educar, instruir e alforriar, se não houver má-fé, deslealdade, fraude ou perfídia, penso que tudo seja válido, desde que o propósito esteja estruturado em um máximo de honestidade e em um mínimo de ingenuidade. Ou não? Bem, seja como for, quanto a mim, eu apenas posso garantir o máximo de honestidade, porque, reconheço que, até certo ponto, eu sou mesmo meio ingênuo. Fazer o quê?

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

Não existe nenhum vestígio de esterilização na história biológica conhecida do nosso Globo, porém, hoje em dia, são correntemente admitidas as colisões que teriam libertado energias de um milhão de megatons; as cicatrizes por elas deixadas na crosta terrestre têm sido identificadas em número bastante grande. [No último fragmento da Parte I deste estudo, eu afirmei: o Unimultiverso se caracteriza, basicamente, por um Triângulo (Vida, Movimento e Mudança), de tal sorte que esta Mudança significa construção, destruição e reconstrução ininterrupta, eterna e ascendente, em meio a ciclos (dentro de ciclos, dentro de ciclos...) maiores e menores, porém, não curtos nem imediatos. Precisamos compreender que estas Mudanças ocorrem na Terra (ora pelo fogo, ora pela água) e no Unimultiverso inteiro (de outras maneiras), sempre promovendo uma espécie de ascensão (reintegração) ilimitada, tanto material quanto espiritual. Seja como for, nós somos Deuses Eternos.]

 

 

Simbolicamente

 

 

Se meteoritos de grande porte caem em pontos distribuídos ao acaso, existem três probabilidades contra uma de que o impacto se produza no mar. A colisão sempre acarreta a volatização de dezenas de milhares de quilômetros de oceano. A Terra inteira fica, durante dias, recoberta de nuvens tão espessas quanto as de Vênus. Ressacas fabulosas varrem o Planeta. É lícito sonhar com um fenômeno deste gênero. Já há de ter ocorrido, provavelmente. Ora, uma ressaca desta ordem se assemelha bastante a um dilúvio, ao Dilúvio Universal, cujo eco se encontra em todas as tradições. [O Dilúvio Universal é uma memória mais ou menos recente, que, como afirmaram Louis Pauwels e Jacques Bergier, se encontra em todas as tradições. A temática do dilúvio é generalizada entre muitas culturas ao redor do mundo, conforme visto em histórias sobre inundações, na Mesopotâmia, nos Puranas (livros religiosos hindus), em Deucalião, na Mitologia Grega, na narrativa do dilúvio, no Gênesis, em mitos dos povos quichés e maias, na Mesoamérica, na tribo Lac Courte Oreilles Ojibwa, de nativos americanos da América do Norte e entre os chibchas e cañaris, na América do Sul. Não é, portanto, uma exclusividade do Gênesis. Seja como for, a Terra já passou por três transformações anteriores: pelo fogo, pela água e pelo fogo.]

 

 

 

 

Caso existam, na nossa galáxia, seres mais poderosos e mais evoluídos do que nós, é possível que eles intervenham na mecânica celeste, a fim de permitir que durem e continuem a se desenvolver a vida e o Espírito, neste minúsculo rincão do espaço? [Sucintamente, vou responder a esta pergunta: intervenção, não: ajuda (inspiração), sim.]

 

Não devemos desprezar a possibilidade de serem projetados para fora da Terra fragmentos de substâncias terrestres, a uma velocidade suficientemente elevada para lhes permitir escapar ao Sistema Solar, e ir pelo Uni[multi]verso, transportando matéria viva. Desta maneira, fragmentos de nossa Terra, arrancados pelo Meteorito de Sudbury, há 1,7 bilhões de anos, talvez, tenham atingido um ambiente propício, num ponto qualquer do céu estrelado... [Isto se denomina Panspermia, teoria segundo a qual microrganismos ou precursores químicos da vida se encontram presentes no espaço, sendo capazes de dar surgimento a ela, quando atingem um planeta adequado. A Panspermia explica a hipótese de que a vida existe em todo o Unimultiverso, sendo distribuída por meteoros, asteroides e planetóides. Em suma, a Teoria da Panspermia propõe que seres vivos que podem sobreviver aos efeitos do espaço, ao estilo dos extremófilos ou tardígrados, ficam presos nos escombros que são ejetados ao espaço ou por colisões entre pequenos corpos do sistema estelar e planetas que abriguem vida, ou mesmo por catástrofes maiores de natureza similar. Os tardígrados ou similares viajariam dormentes nos destroços por um longo período de tempo, antes desses colidirem aleatoriamente com outros planetas ou se misturarem com discos protoplanetários de outros sistemas estelares. A Teoria da Panspermia Cósmica é uma das hipóteses acerca de como surgiram as primeiras formas de vida no planeta Terra. Esta idéia surgiu, pela primeira vez, no século V a.C., na Grécia, remontando à autoridade do filósofo grego do período pré-socrático Anaxágoras de Clazômenas (cerca de 500 a.C. – 428 a.C.), e foi colocada novamente em evidência no século XIX pelo matemático, médico e físico alemão Hermann Ludwig Ferdinand von Helmholtz (Potsdam, 31 de agosto de 1821 – Charlottenburg, 8 de setembro de 1894), no ano de 1879.]

 

 

 

 

A história do nosso Globo e a dos homens sobre este Globo se acha, sem dúvida alguma, indissoluvelmente ligada à história do Sistema Solar e a do próprio Uni[multi]verso. Uma tradição da América do Sul pretende que a Civilização de Tiahuanaco existiu antes das estrelas! Antes das estrelas? Bem, a lenda poderá soar como um absurdo, se tomada ao pé da letra. Já não parecerá tão fantástica, se imaginarmos que, em data não muito remota, os homens presenciaram como que o soerguimento de uma tampa, com as nuvens a se dissolverem e um céu constelado a brilhar, pela primeira vez, acima de suas cabeças... A ciência, para os homens, talvez, tenha começado num deslumbramento de estrelas restituídas aos olhos humanos, como, possivelmente, tenha acontecido em Stonehenge e para aqueles ancestrais neolíticos que estabeleceram um calendário estelar.

 

Em pleno mar, em verdejante ilha,
Onde hoje viça o sombrio coral,
Cheios de orgulho, fausto e majestade,
Erguiam-se os palácios da antiga Atlântida.

 

Talvez, os mitos da Antigüidade tratem de narrativas deturpadas de fatos objetivos, de realidades exteriores e concretas [que, de fato, aconteceram.] Quem sabe, houve uma Civilização Tolteca, a mais evoluída da Atlântida, com seus conhecimentos sobre as forças cósmicas e as suas astronaves! Precisamos ter cuidado, pois, ao lado das informações verdadeiras, há, na verdade, devido a falsas interpretações, monumentos de impostura e completas bibliotecas de mentiras. [Ibidem.]

 

Mesmo antes de se dar a história por começada, já vivia o homem numa sociedade organizada, cujas estruturas, sob vários aspectos, ainda são as mesmas nossas. [Ibidem.]

 

Uma civilização científica e técnica, há vinte mil anos, concebeu o projeto de domesticar o vento solar. Em vários pontos da Terra foram construídos monumentais isoladores, em forma de pirâmide. Em seu cume, se encontrava algo semelhante a um superlaser. [Ibidem.]

 

Depois da grande catástrofe, terão sobrevivido alguns dos detentores do saber da Antigüidade? Quem sabe, alguns, talvez, tenham sido colocados ao abrigo em profundas cavernas! Outros, talvez, estivessem, na ocasião, viajando pelo espaço! [Especulando e delirando, não chegaremos a lugar algum; consultando a Memória da Natureza, aí, sim, teremos acesso ao Conhecimento em primeira mão. Só assim poderemos conhecer a Verdade (ainda que relativamente), e, limitadamente, a História de antes da história. Se o Unimultiverso ilimitado não teve começo e não terá fim, jamais poderemos conhecer o que aconteceu no limite que tende para o inexistente começo.]

 

Acreditar na fábula é estupidez ou infantilidade; acreditar na moral da fábula é Sabedoria.

 

Os resultados das escavações arqueológicas, particularmente as efetuadas pelo Dr. Leakey, na África Oriental, quase a cada semestre nos permitem fazer recuar na noite dos tempos e ouvir os primeiros vagidos da Humanidade. Continuamos, entretanto, a situar o aparecimento do Homo sapiens no paleolítico superior, há cerca de quarenta mil anos. Esta primeira Humanidade, que pertence às camadas inferiores do aurignaciano, estaria morfologicamente ligada ao tipo negro da Humanidade atual... Com toda objetividade, somos levados a reconhecer que o primeiro Homo sapiens era um negróide, e que as demais raças, como, por exemplo, a branca e a amarela, surgiram mais tarde, em conseqüência de diferenciações, cujas causas físicas a ciência ainda não descobriu... Ao que tudo indica, os negros predominaram no início, na pré-história, no paleolítico superior. Esta predominância persistiu nos tempos históricos durante milênios, seja no plano da civilização, seja no plano das supremacias técnica e militar.[Cheikh Anta Diop (Diourbel, 29 de dezembro de 1923 – Dacar, 7 de fevereiro de 1986).]

 

A Chave da Porta que nos separa da nossa Natureza Interior está enferrujada desde o dilúvio. [Gustav Meyrink (19 de janeiro de 1868 – 4 de dezembro de 1932).]

 

Sobreviventes do Planeta Faetonte (que teria explodido como uma bomba) situado, no passado, em um ponto qualquer entre Marte e Júpiter (hoje, o Cinturão de Asteróides), e desaparecido nos céus, em remotos tempos, teriam viajado pelo espaço, visitado a Terra e ensinado aos homens, nas margens do Golfo Pérsico, os rudimentos de seu saber? [Fantasia cósmica perigosamente idealista de uma cosmo-história incomprovável?] Na opinião de Nicolai Danilovitch Rudenko, Júpiter constitui o centro biológico do Sistema Solar e o local, em todo o Uni[multi]verso, em que a vida assumiu as formas mais perfeitas. Os habitantes de Faetonte ocupavam, na Hierarquia Solar, um lugar intermediário entre os jupiterianos e os terrícolas. A Idéia de Deus, por exemplo, teria nascido, em nós, através deste contato indireto. O estadista, legislador e poeta grego antigo Sólon (Atenas, 638 a.C. 558 a.C.), contudo, repetindo os ensinamentos dos antigos sacerdotes egípcios de Saís (que foi a capital do Antigo Egito durante a XXIV Dinastia) afirmou: Faetonte, filho do Sol, não pôde dominar o Carro do Sol, incendiou tudo sobre a Terra e, em seguida, pereceu, vítima do fogo. Caiu sobre a Terra, todo envolto em chamas. Já o livro maia de Chilam Balam afirma: A Terra tremeu, e caiu uma chuva de fogo, de cinzas e de rochas. E as águas subiram e desferiram um grande golpe. E, num momento, foi consumada a destruição. [Podemos até não gostar, mas, é assim que é: ---› Construção ---› Destruição ---› Reconstrução ---›]

 

 

Cinturão de Asteróides

 

 

A História deve permanecer aberta. Sempre deve(re)mos meter uma pá nas areias do sonho.

 

Há uma Palavra Primordial. [Perdida. Esquecida. Mas, que será recordada e reaprendida!] Todas as tradições primitivas, gnósticas ou cabalísticas ensinam que existe um Nome Supremo, chave de todas as coisas.

 

É possível que os Mestres tenham conservado secretas as palavras e vedado aos olhos do vulgo os sinais imprescindíveis à edificação e ao funcionamento das colossais máquinas-templos, como é o caso, por exemplo, de Stonehenge, uma estrutura composta, formada por círculos concêntricos de pedras, que chegam a ter 5 metros de altura e a pesar quase 50 toneladas, localizada na Inglaterra, no condado de Wiltshire.

 

 

Stonehenge
(Simbolicamente)

 

 

O dramaturgo, romancista, contista, ensaísta e jornalista irlandês George Bernard Shaw (Dublin, 26 de julho de 1856 Ayot St Lawrence, 2 de novembro de 1950) em uma de suas peças, põe em cena a figura de César. A Biblioteca de Alexandria está em chamas. Como diz um dos personagens, é a memória da Humanidade que irá desaparecer. Deixai-a queimar, respondeu César, é uma memória cheia de infâmia. Com estas palavras, o senhor do mundo não pretendeu exprimir desprezo pelo Conhecimento; estava apenas traduzindo o pensamento dos Antigos, para os quais a linguagem escrita não passava de um sucedâneo do Verdadeiro Saber, registrado nas Regiões Superiores do Espírito, e depositado na silenciosa memória dos Iniciados... Toda escrita representa tão-somente uma queda no exoterismo, um produto secundário da Linguagem do Conhecimento, o veículo de informações acessórias destinadas ao comum dos mortais.

 

O Senhor possui noventa e nove nomes acessíveis ao entendimento humano, noventa e nove atributos: é justo, misericordioso, onipotente etc. Existe, porém, um Centésimo Nome que brilha nos céus. Aquele que O aprender se elevavará acima da condição humana, Nele residem o pensamento e o poder ilimitados: é o Senhor do Nome. Uma longa cadeia de Senhores do Nome liga os séculos à revelação original, desde o imemorial Melchizedek até os nossos dias, afirmou Israel Baal Shem (cerca de 1698 – 22 de maio de 1760).

 

A linguagem é uma substância e uma força material, não concebida como um alhures mental, uma operação abstrata, mas, sim, como um elemento do corpo e da Natureza. Tal como a matéria e o Espírito, o real e a linguagem, o significante e o significado se confundem na unidade do mundo exterior e do mundo interior. De modo que a maioria dos sistemas mágicos se baseia num tratamento da Palavra considerada como força realmente atuante.

 

Existem palavras secretas, demasiadamente poderosas para serem manejadas pelos não-iniciados. Palavras há sobre as quais pesam interdições, como há palavras que constituem instrumentos operacionais da encantação e do exorcismo... Para o índio da América do Norte, o nome é uma parte do corpo. Maltratar seu nome equivale a um atentado contra sua vida.

 

O fundamento de várias práticas mágicas é a crença de que certas palavras são dotadas de uma Realidade Concreta e Atuante [um Poder], bastando tão-somente pronunciá-las para que sua ação se exerça. É nisto que se baseiam várias orações ou fórmulas mágicas que trazem curas, chuva para os campos, colheitas abundantes etc. [Por isto, por exemplo, na verdade, o Mantra AUM é, de fato, A.'.U.'.M.'. Aquele que, um dia, tiver acesso, por mérito, aos significados do A.'., do U.'. e do M.'. será e estará... Mas, isto só acontecerá após a Terceira Iniciação recebida na G.'. L.'. B.'. Trabalho. Mérito. Bom Combate.]

 

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e 'cicutei' o Sócrates.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e crucifiquei o mestre Jesus.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e queimei Joana D'Arc.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e queimei Giordanos Bruno.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e assassinei o Mahatma Gandhi.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e depus o Presidente João Goulart.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e instalei a ditadura no Brasil.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e editei o Ato Institucional nº 5.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e torturei e matei meus adversários.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e suicidei o Vladimir Herzog.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e vitimei o Juscelino Kubitchek.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e esganei o George Floyd.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e ceifei a Marielle Franco.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e ceifei a Marielle Franco.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e 'pauladeei' o Moïse.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e criei a Lenda do Jacaré.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e aderi aos negacionistas.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e aderi aos anti-republicanos.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e aderi aos antidemocratas.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e aderi aos antivacinistas.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e, cruelmente, invadi a Ucrânia.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

Inconscientemente, mentalmente,
pronunciei uma certa palavra,
e amordacei o meu Deus Interior.
Morri para a POSSIBILIDADE,
e, temporariamente, fui afastado
da Onda Evolutiva da Terra.

 

Como afirma Bronislaw Kasper Malinowski (Cracóvia, 7 de abril de 1884 New Haven, 16 de maio de 1942), não somente existe relação entre a linguagem e o contexto cultural e social, como, talvez, haja também alguma relação, na magia que funciona, entre a palavra, o sopro, o som, a postura, o momento, o lugar e a disposição da assembléia durante a qual é pronunciada a Palavra, com o acompanhamento rítmico e a ação efetiva empreendida. Segundo os Antigos, teria havido, portanto, uma Linguagem Revelada na qual os nomes não seriam meros símbolos veiculares das coisas, mas, sim, a expressão e a realidade da estrutura última dessas mesmas coisas. Portanto, nossas línguas não passam de desbotadas reminiscências desta Linguagem Original e Divina.

 

Na Língua Verdadeira, toda palavra é Saber e Magia, isto é, revelação da estrutura da coisa nomeada e poder absoluto sobre a mesma, repositório de suas significações últimas em sua correspondência com a Harmonia Universal.

 

Existe uma Lingüística Esotérica que é a verdadeira lingüística estruturalista.

 

Fulcanelli, em sua conhecidíssima obra Le Mystère des Cathédrales [O Mistérios das Catedrais], demonstrou que as grandes construções religiosas da Idade Média são, na realidade, livros de pedra que ensinam a Ciência Alquímica, e contêm a mesma verdade positiva e um fundo científico idêntico ao das pirâmides do Egito, dos tempos da da Grécia, das catacumbas romanas e das basílicas bizantinas.

 

Se à idéia de um Conhecimento Superior e Revelado se acrescentar sempre a idéia de Segredo, a idéia de comunicação exclusivamente Iniciática, será lícito imaginar uma escrita conservada oculta aos olhos do vulgo.

 

 

O que significará o Quadrado de Sator, em Oppède, na França

 

Dispomos, atualmente, de processos para registro invisível do conhecimento, desde o disco até a fita magnética, do microfilme aos cristais. Talvez, venhamos a encontrar, algum dia, uma escrita disfarçada, depositada em objetos, em pedra no solo ou então — quem sabe? — dentro de nós mesmos, nas sutis profundidades de nossas células... [no nosso próprio DNA].

 

 

DNA
(Simbolicamente)

 

O Manuscrito [medieval] ou Códice Voynich [hoje, conservado na Biblioteca Beinecke de Livros Raros e Manuscritos da Universidade de Yale] pode constituir uma bomba colocada sob nossos conhecimentos e destinada a explodir no dia em que ocorrer o deciframento. [David Kahn (7 de fevereiro de 1930).] Sua autoria foi atribuída a Roger Bacon (Ilchester, Somerset, 1214 Oxford, 1294), também conhecido como Doctor Mirabilis (Doutor Admirável), que o redigiu em uma língua desconhecida ou que teria utilizado um código, como é mais provável. Como supõe David Kahn, dia virá em que o Códice Voynich se tornará responsável pela revolução da história dos conhecimentos.

 

 

Códice Voynich

 

A história da Matemática Grega se desvanece de súbito, como uma vela assoprada. Quantas outras ciências de alto nível não se terão desvanecido de maneira igualmente repentina, e por que motivo? [Bartel Leendert van der Waerden (Amesterdão, 2 de fevereiro de 1903 – Zurique, 12 de janeiro de 1996).]

 

As coisas, para nós, só adquirem existência real quando nomeadas, e existe e sempre existiu um nome que corresponde a cada coisa, que a contém e que a exprime integralmente.

 

Elias Ashmole (23 de maio de 1617 18 de maio de 1692), um antiquário britânico, político, oficial de armas e estudante de Astrologia e de Alquimia, e também membro da Ordem da Rosa+Cruz e aluno do Alquimista William Backhouse (17 de janeiro de 1593 30 de maio de 1662), escreveu em seu diário, na página reservada ao dia 13 de maio de 1653: Estando doente em sua casa de Fleet Street [Londres, Inglaterra] e receando morrer, meu mestre Backhouse me revelou, hoje, às onze horas da noite, o Verdadeiro Segredo da Pedra Filosofal. [O Verdadeiro Segredo da Pedra Filosofal é a unimultiplicidade de todas as coisas. Quando Compreendermos isto, teremos dado o primeiro passo para Transmutar o nosso chumbo interior em Ouro Alquímico... E, um Dia, de homens eternos nos tornaremos Deuses Imortais! Ora, se o mesmo e outro são UM, se tudo é UM, se o Unimultiverso é UM, zinco, chumbo e ouro também são UM. O busílis heterodoxo é Transmutar um em UM!]

 

Há necessidade de se proceder a uma verificação experimental de todas as afirmações teóricas. [In: Chimie et Scepticisme: Héritage et Ruptures d'une Science. Robert Boyle (Lismore, Waterford, 25 de janeiro de 1627 – Londres, 31 de dezembro de 1691).]

 

Pelo controle e pela experimentação abriremos, para a Humanidade, a senda de novos poderes sobre a Natureza.

 

Não existe um único ser humano capaz de dizer quem ele é... Ignoram todos o que vieram fazer neste mundo, a que correspondem seus atos, seus sentimentos e suas idéias, assim como desconhecem seu Nome Verdadeiro, seu Nome Imperecível no Registro da Luz. [Léon Henri Marie Bloy (Périgueux, 11 de julho de 1846 – Bourg-la-Reine, 3 de novembro de 1917).] Nós somos as letras, as palavras e os versículos de um Livro Mágico Livro Incessante [e Indestrutível] que é a única coisa existente no mundo, ou melhor, Livro que [foi,] é [e será] o próprio mundo.

 

Quanto mais apurado e mais concertado se torna o conhecimento do real, maior é o número de ambigüidades. Por exemplo: onde deverá ser classificada a luz? Na categoria das ondas ou na categoria dos corpúsculos?1

 

A concepção universalista do Renascimento, enriquecida tanto pela influência Rosa+Cruz como pela ascensão do pensamento científico, dava ensejo a que se sonhasse com uma Verdadeira Internacional dos homens de saber e de poder, situada à margem e acima dos Estados. Para a criação desta Internacional, se impunha uma linguagem sintética, de valor enciclopédico. Três séculos depois, ainda está ela tentando se constituir.

 

No mundo, tudo o que existe culmina em um Livro.[Registros Akásicos.] [Stéphane Mallarmé, cujo verdadeiro nome era Étienne Mallarmé, (Paris, 18 de março de 1842 – Valvins, comuna de Vulaines-sur-Seine, Seine-et-Marne, 9 de setembro de 1898).]

 

A escrita não leva a nada, a não ser a ela mesma.

 

Não poderemos compreender o Livro, antes de havermos estudado a língua e os caracteres com os quais foi escrito. É matemática a língua deste Livro, e os seus caracteres são triângulos, círculos e outras figuras. [Galileu Galilei (Pisa, 15 de fevereiro de 1564 – Florença, 8 de janeiro de 1642).]

 

 

Simbolicamente

 

 

Nossa linguagem, mesmo em suas mais sábias combinações, não passa de sombra projetada e deformada de uma Grande Língua Desaparecida ou ainda por vir, e, quem sabe, talvez, simultaneamente, desaparecida e ainda por vir – uma Grande Língua Desaparecida da totalidade do real [e do Eternamente Atual] – uma Linguagem pela qual a inteligência neste mundo, conhecendo-A, possa declarar Eu Sou, e possa definir sua natureza e o estado de seus conhecimentos, se fazer ouvir e obter respostas, enfim, uma verdadeira Enciclopédia Universal (um Graal Linguístico de um Escritura do Absoluto) para nos comunicarmos com o Ilimitado, ou seja, um Alfabeto para obtermos, como disse o astrônomo britânico Fred Hoyle (Bingley, 24 de junho de 1915 Bournemouth, 20 de agosto de 2001), nossa inscrição no catálogo do telefone galáctico.

 

Talvez, esteja próxima a hora em que tomaremos conhecimento da existência de sinais sistemáticos e de operadores de um telégrafo astral, em um ponto qualquer do imenso Círculo de Inteligência, com que sonhou Ivan Yefremov (22 de abril de 1908 5 de outubro de 1972).

 

Se a inteligência é o que se passa quando nada impede a Inteligência de funcionar, isto significa permitir que ela se manifeste, lhe proporcionando um meio de expressão que não constitua um empecilho. Todas as nossas linguagens são sistemas impeditivos. [Robert Anson Heinlein (Butler, 7 de julho de 1907 Carmel, 8 de maio de 1988).]

 

Viver mais tempo é aumentar o nosso tempo de consciência [consciente].

 

Os paradoxos [proposição ou opinião contrária à comum; aparente falta de nexo ou de lógica; contradição; pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano] nascem do conflito entre o Espírito, infinitamente flexível, dúctil e poliédrico, e as estruturas lineares e dualistas das nossas modalidades de expressão, tanto faladas quanto escritas. [Robert Anson Heinlein.]

 

Paradoxos originam desavenças.
Paradoxos originam conflitos.
Paradoxos originam discórdias.
Paradoxos originam guerras.
Paradoxos originam destruições.
Paradoxos originam mortes.

Paradoxos originam desarmonias.
Paradoxos originam desrazões.
Paradoxos originam escravizações.
Paradoxos originam causas nocivas.
Paradoxos originam dores e aflições.
Paradoxos originam compensações.

Paradoxos originam retrogressões.
Paradoxos originam escuridões.
Paradoxos originam más interpretações.
Paradoxos originam oposições.
Paradoxos originam resistências.
Paradoxos originam impedimentos.

Paradoxos originam maldades irreparáveis.
Paradoxos originam não-entidades absolutas.
Paradoxos originam fracassos da Natureza.
Paradoxos originam seres-sem-alma.
Paradoxos originam perda e aniquilação.
Paradoxos originam a Oitava Esfera (+ entropia).

 

O Homo novus está destinado a, no futuro [na Sexta Raça-raiz] – suceder o Homo sapiens.

 

Sonho cabalista: restauração da Palavra Perdida [Verbum Dimissum et Inenarrabile] e reintegração do homem em seu Estado Divino.

 

O aparecimento da linguagem teria precedido, com antecedência, talvez, bastante sensível, a emergência do sistema nervoso central, peculiar à espécie humana, contribuindo, na realidade, de maneira decisiva, para a seleção das variações mais aptas a lhe utilizar todos os recursos. Em outras palavras: seria antes a linguagem que teria criado o homem, e não este aquela. [Jacques Lucien Monod (Paris, 9 de fevereiro de 1910 – Cannes, 31 de maio de 1976).]

 

O Uni[multi]verso está repleto de civilizações à escuta, porém, evitando transmitir. [Carl Edward Sagan (Nova Iorque, 9 de novembro de 1934 – Seattle, 20 de dezembro de 1996).] [Se isto é assim, eu pergunto: por que é assim? Se é mesmo assim, eu só encontro duas explicações: 1ª) porque a nossa Humanidade ainda não alcançou o ponto alcançável e possível de merecer poder fazer contato com Inteligências Mais Avançadas; e 2ª) porque estas Inteligências Mais Avançadas, como é o caso, por exemplo, dos Grandes Adeptos e dos Mestres Ascensos da Grande Loja Branca e dos nossos Irmãos de Shamballa, sabem que não devem interferir diretamente na aprendizagem libertadora, nos compromissos cármicos (tanto individuais quanto coletivos) e na peregrinação educativa de inteligências menos avançadas, o que, no presente, é exatamente o nosso caso. Em outras palavras: as Inteligências Mais Avançadas sabem que não podem fazer o nosso dever de casa. Isto cabe a nós e somente a nós. Portanto, se, um dia, fizermos contato com estas Inteligências Mais Avançadas – e, certamente, faremos – isto dependerá exclusivamente de nós e não Delas. O fato é que, como ensina o secular provérbio, é impossível fazer omeletes sem quebrar os ovos. Em outras palavras: só veremos a LLuz, se sairmos da nossa caverna interior. Enquanto isto, tal como um lobo a uivar à Lua ou tal como um cego no meio de um fogo de fuzilaria, continuaremos a lançar aos céus – ilimitadamente povoados – o pungente lamento das nossas restrições/imperfeições e o comovente queixume das nossas esperanças/expectativas. Bem, seja como for, haveremos de compreender que todos nós, tanto as Inteligências Mais Avançadas quanto as inteligências menos avançadas, sempre participamos – conscientemente ou inconscientemente – do Espírito Unimultiversal. Nós somos todos UM. Nós somos o próprio Espírito Unimultiversal.]

 

Uma linguagem deficitária nos mantém alheios à nossa natureza essencial tanto quanto à natureza dos Outros no espaço, e nós nos achamos à procura da Grande Língua, que haverá de nos restituir a comunicação com o Ser-do-Ser, nesta Terra como nos céus.

 

O projeto mais prodigioso de nosso tempo: a tomada de contato com outras inteligências no Cosmos.

 

Existe uma raça de homens,
Existe uma raça de Deuses.
Colhem ambos, da mesma mãe, o Sopro da Vida.
Mas, seus poderes são separados.
De modo que uns nada são,
E são os outros senhores do céu luminoso, sua eterna cidadela.
Somos todos, no entanto, partes da Grande Inteligência.
Temos algo da Força dos Imortais,
Embora ignoremos o que o dia nos reserva,
O que para nós preparou o destino, antes que caia a noite.
[Píndaro (518 a.C., Tebas – 438 a.C., Argos).]

 

Considerar a Terra como o único mundo povoado no espaço sem limites é uma tolice tão imperdoável quanto afirmar que um imenso campo coberto de sementes só pode produzir uma espiga. Os adeptos desta doutrina incluíam na denominação de "mundos” não somente os planetas, como também todas as espécies de corpos celestes dispersos nas amplidões infindas do Uni[multi]verso.

 

 

 

Continua...

 

 

 

 

 

 

_____

Nota:

1. Mecânica Ondulatória (1924) é uma Teoria do físico francês Louis-Victor-Pierre-Raymond, 7º Duque de Broglie, geralmente conhecido por Louis de Broglie (Dieppe, 15 de agosto de 1892 – Louveciennes, 19 de março de 1987). De Broglie foi um físico francês que, a princípio, afirmou que cada partícula tem uma onda a ela associada e que matéria e energia são estados diferentes da mesma partícula subatômica. A Mecânica Ondulatória é um ramo da Física que estuda a dupla natureza da matéria: ondulatória e corpuscular. A equação de Louis de Broglie é

 

 

na qual:

= comprimento de onda

h = Constante de Plank (6,626 070 15 x 10–34 J.s)

m = massa do elétron

v = velocidade do elétron

 

Hipótese de Louis de Broglie

 

Música de fundo:

Alchemy of Life

Fonte:

https://mp3download.to/9en/1Uo6N8Hu1k0.html

 

Páginas da Internet consultadas:

https://gifer.com/pt/GRYb

https://br.pinterest.com/pin/477100154270113759/

https://www.fluxsci.com/flux/electronduality

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mecânica_ondulatória

https://clipart.world/dna-clipart/molecular
-structure-of-dna-png-transparent/

https://nationalgeographic.pt/historia/grandes-reportagens/29
44-o-codice-voynich-o-manuscrito-mais-estranho-do-mundo

https://pt.wikipedia.org/wiki/Quadrado_Sator

https://www.georgetakei.com

https://br.pinterest.com/pin/685391637025571411/

https://paulocsguimaraes.wordpress.com/2017/12
/16/a-lenda-grega-de-faetonte-e-o-carro-do-sol/

https://gifer.com/pt/1ens

https://pt.wikipedia.org/wiki/Panspermia

https://pt.pngtree.com

https://tenor.com

 

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