Este estudo objetivou examinar o pensamento de Henry Rider Haggard e disponibilizá-lo para reflexão.
Breve Biografia
Sir Henry Rider Haggard (Bradenham Hall, 22 de junho de 1856 – Londres em 14 de maio de 1925) foi um escritor britânico, filho de William Meybohm Rider Haggard e Ella Doveton, que escreveu obras como As Minas do Rei Salomão, entre outras, geralmente protagonizadas por exploradores ingleses que viajavam para a África.
Estudou na Ipswich Grammar School. Aos dezenove anos, foi para a África do Sul como secretário do governador da província de Natal. Quando o Transvaal foi anexado à Grã-Bretanha, em 1877, seguiu para lá como comissário especial. Voltou à Inglaterra em 1879, e, em 1880, se casou com Mariana Margitson.
A partir de 1882, começou a escrever romances e, em 1885 lançou com sucesso As Minas do Rei Salomão, assegurando sua independência financeira. Foi agraciado em 1919 com o título de Sir, por seus feitos brilhantes.
Como funcionário da Coroa Inglesa na África do Sul, Rider Haggard pôde conhecer vários países e uma enorme quantidade de costumes, crendices e lendas, que influenciaram fundamentalmente seu gênio literário.
Além de administrador colonial, foi também agricultor.
Pensamentos Haggardianos
É mais fácil destruir o conhecimento do que reuni-lo.
Aqueles que vão secretamente, vão mal; e pássaros sujos adoram voar à noite.
— Em segredo, conspirei.
Em segredo, apocopei.
Em segredo, destruí.
Em segredo, extingui.
Em segredo, deletei.
Em segredo, assassinei.
Em segredo, só urdi.
Em segredo, abscindi.
Em segredo, fiz o mal.
Em segredo, fui abnormal.
Em segredo, usei plutônio.
Em segredo, fui demônio.
A flecha de minha vingança caiu sobre minha própria cabeça.
— Um inimigo me lesou,
e, por isto, eu o matei.
Não sabia, mas, agora sei
que, com ele, morri também.— O Universo é uma unidade;
não há qualquer separação.
Portanto, só há um Coração
que pulsa em todos os seres.— Uma de suas Leis ignoradas é:
Todo homicida é um suicida;
todo suicida é um homicida.
Não saber isto é não saber nada.
Minha morte está muito perto de mim, e estou feliz por isto, pois, prosseguirei minha busca em outros reinos, como me foi prometido.
Que homem há que não preze aquele presente tão raro e tão belo, aquela coisa perfeita que nenhum ouro pode comprar – o amor não fingido de uma mulher?
Ouço! O que é a vida? É uma pena, é a semente da grama, soprada de um lado para outro, às vezes, se multiplicando e morrendo no ato, às vezes, levada aos céus. Mas, se essa semente for boa e pesada, ela poderá, porventura, percorrer um pouco o caminho que quiser. É bom tentar seguir seu próprio caminho e lutar contra o ar. O homem deve morrer. Na pior das hipóteses, ele poderá morrer um pouco mais cedo... Do escuro nós viemos, para o escuro nós iremos. Como um pássaro impelido pela tempestade, à noite, voamos para fora de lugar nenhum; por um momento nossas asas são vistas à luz do fogo e, eis! Nós iremos novamente para lugar nenhum. Por um lado, a vida não é nada; por outro, a vida é tudo. É a Mão com a qual impedimos a Morte. É o pirilampo que brilha à noite e é preto pela manhã. É o hálito branco dos bois no inverno. É a pequena sombra que corre pela grama e se perde ao Sol poente.
— O que é a vida?
Para o mentiroso é mentir.
Para o ladrão é roubar.
Para o corrupto é mamar.
Para o poluidor é poluir.
Para o político é se eleger.
Para o serial killer é matar.
Para o estuprador é estuprar.
Para o ermitão é fugir.
Para o religioso é rezar.
Para o néscio é acreditar.
Para o nefelibata é sonhar.
Para o negacionista é negar.
Para o maquinador é conspirar.
Para o imitador é arremedar.
Para o caguinchas é medrar.
Para o déspota é tiranizar.