Para
que possamos investigar a Base, há certas exigências mínimas,
que são: silêncio absoluto, vazio integral e nenhum sentimento
de egotismo. Isto significa completa erradicação do 'self'.
As grandes perguntas são: esta[re]mos
realmente dispostos a atravessar a Porta, para descobrir que a Grande Base
existe? Esta[re]mos
realmente dispostos a abrir mão do apego e a vencer o medo, a tradição,
a ilusória segurança das nossas crenças infundadas,
os nossos arraigados preconceitos, as nossas teorias, as nossas conclusões
e a não incluir o tempo [que
não é Tempo], para descobrir que a Grande Base
existe? [Jiddu Krishnamurti
e David Joseph Bohm. In: A Eliminação do Tempo Psicológico
(em inglês, The
Ending of Time), um diálogo entre Jiddu Krishnamurti
e o físico estadunidense David Joseph Bohm.]
Escravo
do
Manipura
—
queria alinhar meu Manipura,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu queria domar meu bute interior,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu queria colapsar o meu Hades,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria evitar o Barco do Caronte,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria não alimentar o Cérbero,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Cérbero
—
Eu queria me dessujeitar dos mitos,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria me liberar dos estereótipos,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria descrer dos deuses ideados,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria renegar os édens inventados,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria não pagar os dízimos forçados,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria ultrapassar a inveja,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria suplantar a sovinice,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria ser superior à cólera,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria sobrepujar a inconstância,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria me afastar do delírio,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria me livrar das miragens,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria desfazer as ilusões,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria cancelar os coisismos,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria zerar os preconceitos,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria desimportantizar a res
extensa,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria priorizar a res
cogitans,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria refazer as conclusões,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria desteorizar as teorias,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria me emancipar das crenças,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria atemporalizar o tempo,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria desespaciar o espaço,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria eclipsar a tradição,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria ultrapassar o cagaço,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria me despegar dos apegos,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu queria me tornar um Discípulo,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu queria, com humildade, Servir,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu queria receber a 1ª Iniciação,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu queria conhecer a G.'. L.'. B.'.,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu queria visitar a Estrela Sirius,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu queria passear pelas estrelas,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria clarear a Noite Negra,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria ser Illuminado
pela LLuz,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria transmutar a minha Cruz,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria vivenciar o anti-horário,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu queria ouvir a Voz do Silêncio,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu queria me tornar um-com-todos,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu queria tanto Compreender,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu queria tanto me Libertar,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu queria perscrutar a Grande Base,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
queria outras tantas coisas,
mas, nunca erradiquei o meu self.
Eu
nunca conquistei zerolhufas,
porque nunca erradiquei o meu self.
E, até fim, tentei, sem conseguir,
porque sempre fui escravo do meu
self.
Já morto, ao chegar do lado de lá,
vi que tudo foi uma ilusão o meu self.
Um dia, reencarnei mais uma vez,
para tentar me alforriar do meu self.
E, mais uma vez, estou sentindo
que não erradicarei o meu self!
E,
novamente, estou convencido
de que sou o cadáver do meu self.
Vivendo
como o Prometeu
Acorrentado,
sou
um inocente útil do meu self!
Sou
o cadáver do meu
self!
Música
de fundo:
Mantra
RAM
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=0FhXeM5dllM
Páginas
da Internet consultadas:
https://www.deviantart.com/
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https://giphy.com/
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