(Globalização
egípcia, Globalização greco-macedônica, Globalização
romana, Globalização muçulmana, Globalização
ibérica, Globalização britânica, Globalização
nazi-fascista e Globalização estadunidense)
Primeiro:
Processo
econômico e social que estabelece uma integração entre
os países e as pessoas de todo o mundo. Através deste processo,
as pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações
financeiras e comerciais, e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos
do planeta.
Segundo:
Processo
pelo qual a vida social e cultural nos diversos países do mundo é
cada vez mais afetada por influências internacionais em razão
de injunções políticas e econômicas.
Terceiro:
Intercâmbio
econômico e cultural entre diversos países, devido à
informatização, ao desenvolvimento dos meios de comunicação
e transporte, à ação neocolonialista de empresas transnacionais
e à pressão política no sentido da abdicação
de medidas protecionistas.
Quarto:
Espécie de mercado financeiro mundial criado a partir da união
dos mercados de diferentes países e da quebra das fronteiras entre
esses mercados.
Quinto:
Integração
cada vez maior das empresas transnacionais, em um contexto mundial de livre-comércio
e de diminuição da presença do Estado, em que empresas
podem operar simultaneamente em muitos países diferentes e explorar
em vantagem própria as variações nas condições
locais.
Sexto:
Processo
de integração econômica sob a égide do Neoliberalismo,
caracterizado pelo predomínio dos interesses financeiros, pela desregulamentação
dos mercados, pelas privatizações das empresas estatais e
pelo abandono do estado de bem-estar social, sendo responsável pela
intensificação da exclusão social (com o aumento do
número de pobres e de desempregados) e de provocar crises econômicas
sucessivas, arruinando milhares de poupadores e de pequenos empreendimentos.
Sétimo:
Processo
ainda em curso de integração de economias e mercados nacionais.
No entanto, ela compreende mais do que o fluxo monetário e de mercadoria;
implica na interdependência dos países e das pessoas, além
da uniformização de padrões, e está ocorrendo
em todo o mundo, também no espaço social e cultural. É
chamada de Terceira Revolução Tecnológica (processamento,
difusão e transmissão de informações) e acredita-se
que a Globalização define uma nova era da história
humana.
Oitavo:
Um
dos processos de aprofundamento da integração econômica,
social, cultural e espacial, e barateamento dos meios de transporte e comunicação
dos países do mundo no final do século XX. É um fenômeno
observado derivado da 'necessidade'(?) de formar uma Aldeia Global que permita
maiores ganhos para os mercados internos já saturados. As principais
características da Globalização são a homogeneização
dos centros urbanos, a expansão das corporações para
regiões fora de seus núcleos geopolíticos, a revolução
tecnológica nas comunicações e na eletrônica,
a reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais
regionais (não mais ideológicos), a hibridização
entre culturas populares locais e uma cultura de massa supostamente universal,
entre outros.
Nono:
O
cientista político Samuel Huntington, ideólogo do neoconservadorismo
norte-americano, enxerga a Globalização como processo de expansão
da cultura ocidental e do sistema capitalista sobre os demais modos de vida
e de produção do mundo, que conduziria, inevitavelmente, a
um choque de civilizações.
Décimo:
Um brasileiro
– carioca, mas não da gema (filho de pai italiano e de mãe
tripeira) – envia um e-mail a você usando tecnologia
norteamericana (Mister William Henry Gates /Microsoft). Você
lê a mensagem em um computador genérico que usa chips
fabricados em Taiwan. Seu monitor é coreano. Ele foi montado por
trabalhadores de Bangladesh, em uma fábrica de Cingapura, transportado
em caminhões conduzidos por indianos, descarregado por pescadores
sicilianos, reempacotado por mexicanos e, finalmente, vendido a você
por 'certos alguéns' através de uma conexão
paraguaia! O mouse... Ora, a essa altura quem está preocupado
com o mouse?
Décimo
primeiro:
Especulação
financeira. Os novos predadores aniquilam setores econômicos inteiros
de países em operações bolsistas, realizadas alguns
em um ponto qualquer. O capital não tem pátria nem limites
para a sua acumulação. Os meios usados perderam toda a conotação
moral; estão convertidos em simples operações financeiras.
Décimo
segundo:
A
Globalização elimina a parcela geográfica do espaço
econômico ao deslocalizar a atividade produtiva, tanto dos centros
produtores de insumos quanto dos mercados consumidores devido às
novas técnicas de organização e distribuição
da produção, aos mecanismos multilaterais da Organização
Mundial do Comércio (OMC), que permitem eliminar as barreiras tarifárias
e não-tarifárias das transações de bens e serviços
entre países não pertencentes ao mesmo bloco e à homogeneização
dos hábitos de consumo. Ela torna o território cada vez menos
importante como elemento fundamental da produção de bens,
por causa das novas técnicas de produção, deixando
para o espaço geográfico apenas a função preservacionista
do meio ambiente e como lugar de lazer para os citadinos.
Décimo
terceiro:
Atividade
econômica real, ou financeira, desenvolvida independentemente dos
recursos específicos dos diferentes países, o que termina
com a importância estratégica de alguns territórios.
Na medida em que o território perde importância, o espaço
econômico é modificado, ficando apenas as relações
abstratas entre os diferentes agentes econômicos. A Globalização
da economia está alimentada pelo desenvolvimento das tecnologias
da informação, pela abertura de novos mercados (onde os salários
são baixos) e pela mobilidade do capital financeiro que escapa a
qualquer controle nacional.
Décimo
quarto:
A
Globalização econômica é um processo que ocorre
em ondas, com avanços e retrocessos separados por intervalos que
podem durar séculos. A quarta e atual Globalização
passou a ocorrer logo após a Segunda Guerra Mundial e se acelerou
bastante com o colapso do Socialismo em 1989-1991. Essa retomada da tendência
à Globalização é caracterizada pelo aparecimento
de organizações internacionais (ONU, Gatt - substituído
pela OMC, Bird etc.), pela formação de blocos regionais, como
o Mercado Comum Europeu (atual UE - União Européia), pelo
enorme surto de expansão das empresas multinacionais, pelo crescimento
do comércio internacional e pela interligação dos mercados
financeiros, possível graças à revolução
da telemática. A Globalização, em sua fase atual, teve
uma contribuição importante dos japoneses com o conceito de
just in time, aplicado à produção, sobretudo industrial.
Com o just in time, começaram a surgir vários conceitos, como:
reengenharia, downsizing, terceirização e qualidade total.
Décimo
quinto:
O
fenômeno – ou melhor, o processo – não se expressa
de forma organizada, estruturada. Seu sujeito oculto, o mercado, é
um ordenador invisível, com regras sem paternidade impostas pelas
forças dos fatos, quase como se fossem leis da natureza. O agente,
talvez, mais audaz (tão desejado quanto temido) da Globalização
é o capital financeiro, que alcança hoje cifras inauditas
e se encontra no ápice de seu poder e brilho. Anônimo e desterritorializado,
ele se desloca mercurialmente pelo mundo, movido pela telemática,
em busca incessante de maiores interesses. A instantânea fluidez e
o desimpedido movimento são vitais a sua existência e multiplicação.
Por isso, em seu afã especulativo, ele rejeita regras, ignora fronteiras.
Defende com unhas e dentes essa sua liberdade de circulação,
e escapole ante qualquer sinal de seu cerceamento. Volatiliza-se quando
pressente por perto riscos maiores. Migra célere para as plagas mais
longínquas se vislumbra nelas melhores oportunidades de lucro.
Décimo
sexto:
A
população mundial, nos dias atuais, está envolta na
teia do que se denominou chamar de Globalização. Esse fenômeno,
que invade fronteiras, modifica costumes, expande novas técnicas
científicas e tecnológicas, constrói e destrói
mercados, com a sua nova dinâmica, dificulta o controle estatal sobre
ele. Novas formas de atividades são levadas a cabo, a exemplo da
tecnologia da informática e de transações comerciais
feitas entre países em questão de segundos, obrigando as instituições
estatais a repensar suas estratégias. O sistema capitalista que se
disseminou pelo mundo, trazendo consigo a idéia da individualização
do lucro e do pensamento neoliberal, exige a abertura das fronteiras de
todos os países do globo, conduzindo com isso a várias formas
de dominação das potências desenvolvidas sobre países
do Terceiro Mundo.
Décimo
sétimo:
Com
a Globalização, há o favorecimento ao sistema capitalista
de governo e um mais acentuado emprego do Liberalismo econômico, que
reflete de forma negativa, principalmente, nos países periféricos,
e que acarreta um desnivelamento do poder econômico das populações,
gerando um distanciamento maior entre as camadas sociais, fazendo surgir
um tipo de apartheid.
Décimo
oitavo:
Essa
nova forma de dominação, que se pode denominar colonialismo
de mercado, subordina povos e governos ao jogo anônimo e às
manipulações deliberadas das forças desse mercado,
uma situação sem precedente histórico nesta escala...
A prosperidade e o consumismo modernos ficam restritos aos países
ricos e a pequenos bolsões nos pobres... As políticas ditadas
pelo FMI e o Banco Mundial acentuam as disparidades sociais entre as nações
e no seu interior. Mas a realidade é cada vez mais camuflada por
uma ciência econômica global.
Décimo nono:
A
Globalização tem um significado para os globalizadores e outro
para os globalizados. Desde sempre, pois acentuou de forma dramática
a percepção das desigualdades entre os povos. Como disse Vamireh
Chacon, haverá muitos globalizados e poucos globalizadores. Quem
não se deixa globalizar por bem, como o Brasil, a Argentina e o México,
é globalizado à bala, como o Afeganistão e o Iraque.
As bolas da vez são a Coréia do Norte, o Irã e
sei lá mais quais... quais... quais... quais... quais... quais...
quais... quais... quais... quais... quais... quais... quais... quais...
quais... quais... quais... quais... quais... quais... quais... quais...
quais... quais... quais... quais... quais... quais... quais... quais...
quais... quais... quais... quais... quais... quais... quais...
h!
Como eu adoro a Globalização!
Ficarei
very rich e comprarei um carrão...
Terei
um iate e meu próprio avião...
Serei
o sacanocrata-mor da especulação...
h!
Como eu detesto a Globalização!
De fome morrem irmãos em cada grotão...
Geometricamente progride a poluição...
Aumenta a miséria de milhão em milhão...
ue
fazer? Que fazer? Que fazer?
Eu
não
sei. Perhaps, a Grande Solução
ocorra
no Dia da Transformação!