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Spencer Lewis (25 de novembro de 1883 – 2 de agosto de 1939) foi um
famoso Rosacruz, escritor, conferencista, pintor, desenhista, filósofo,
ocultista, filantropo, cientista e místico. Fundou, nos Estados Unidos,
a Ordem
Rosacruz – AMORC
(Antiga e Mística Ordem Rosæ Crucis), sendo seu primeiro Imperator,
de 1915 à 1939. Também foi membro do Supremo Conselho Rosacruz
do Mundo, membro da Rose-Croix Kabalistique da França, membro da
Antiga Ordem Rosacruz, na França, Maçom, Ministro da Legação
Estrangeira, Sacerdote Ordenado da Ashrama Essênia, da Índia,
membro da Ordem Martinista da França, da Bélgica e da Suíça,
membro da Sociedade Alquímica Rose-Croix da França, membro
dos Samaritanos Incógnitos da Europa, membro da Fraternidade Bramânica,
Iniciado dos Ritos Egípcios de Mênfis e Mizraim, Conselheiro
Honorário da Corda-Fratres, da Itália, Sri Sobbhita da Grande
Loja Branca do Tibete, Delegado Americano do Mosteiro da Grande fraternidade
Branca (GFB) do Tibete, membro da Universidade de Andhra, da Índia
e Reitor da Universidade Rose-Croix. Como cidadão americano, foi
condecorado com a Cruz de Honra e nomeado Cavaleiro da Bandeira pela Associação
da Bandeira dos Estados Unidos. Na Europa, recebeu muitas condecorações
semelhantes, inclusive a Cruz de Ouro dos Cavaleiros Templários de
Jerusalém. Foi um dos três Imperators da Fédération
Universelle des Ordres et Sociétés Initiatiques (FUDOSI).
Seu nome místico foi Sâr Alden. A FUDOSI foi fundada em 14
de agosto de 1934, em Bruxelas (Bélgica), como uma federação
autônoma de ordens e sociedades esotéricas. Foi dissolvida
em 1951.
Este
homem, a quem todos os Rosacruzes da AMORC são eternamente gratos,
em sua simplicidade, certa vez afirmou: Eu
nunca me deito, à noite, sem minhas preces de agradecimento pelo
dia e pelas suas oportunidades, oferecendo-me, de todo o coração
e com todas as minhas faculdades, ao Cósmico e à Grande Loja
Branca e seus Mestres, para servir em qualquer possibilidade durante minha
estada no domínio Cósmico. Meus últimos pensamentos,
antes de adormecer, são da subida da minha consciência, da
minha cama para as grandiosas extensões dos céus, e o mundo
todo se torna a minha casa e o meu quarto durante a noite.
Mas
o que é a Grande Loja Branca (GLB)? Por vias indiretas e intuitivamente,
faço uma idéia, que não deve estar muito longe da Sua
própria realidade e existência. Acredito que todos os Mestres
e Adeptos da GLB derivaram, como todos nós, da [In]consciência
Cósmica, descendo ou se afastando (plotinianamente) do centro da
Coisa, e, depois de se tornarem autoconscientes, um dia, deram início
ao Trabalho Místico e Iniciático que acabou os elevando à
condição em que hoje se encontram (Nirmânâkâyas
e Sambogâkâyas).
São
Seres Divinos, mas ainda finitos, limitados, pois a Escada é ilimitada.
A Consciência Plena obriga à uma espécie de (re)fusão
com a [In]consciência Cósmica, e, nesta fusão, a finitude
se transmuta em infinitude e a limitação veste a roupa da
ilimitabilidade – o que redunda em [in]consciência. E tudo recomeça...
Mas não devemos nos enganar ou esquecer: são milhões
de quilhões de zilhões de eras para que
este processo se complete. Mas é para todos, sem exceção.
Mas,
deixando de lado estas lucubrações metafísicas, que
até poderão estar meio incorretas, o fato inconteste é
que os Mestres Ascensionados da GLB não andam por aí dando
consultas nem canalizando através de presumidos médiuns, que
têm o descaramento, geralmente mal-intencionado, de dizer que são
seus interlocutores ou discípulos preferenciais. Poucos – na
verdade, pouquíssimos – foram aqueles que tiveram o Privilégio
de fazer contato com um desses Illuminados.
Na modernidade, Madame Blavatsky (1831 – 1891) , fundadora da Sociedade
Teosófica, e Harvey Spencer Lewis foram dois desses Privilegiados,
que conheceram, por exemplo, o Mestre Kut Hu Mi. No passado, esses contatos
– com Thutmose III, Akhnaton, Pitágoras, Platão e Plotino,
por exemplo – de certa forma, eram mais fáceis.
Então,
a GLB é uma Sagrada Assembléia de Illuminados
em que todos são Um, mas cada um é cada um. Isto é
assim porque, por serem Seres Divinos, mas ainda finitos e limitados, mantêm
suas personalidades pessoais, ainda ajam, rejam e sintam com um único
ser. Têm opiniões e tarefas específicas, mas não
dissentem quanto ao propósito comum da Grande Obra e às Regras
de Conduta que norteiam a GLB. Eventualmente, por amor e volitivamente,
encarnam como seres humanos, e, nesta condição, existem temporalmente
em conformidade com as Leis que regem o Planeta Terra, vivendo no mundo,
mas não pertencendo ao mundo.
Aquele
que se tornou digno poderá, se o tempo (que é tempo e que
não é tempo) e a necessidade combinarem, se tornar um discípulo
aceito por um desses Mestres, mas a última coisa que este bem-aventurado
dirá é que é um chela
de um Mestre Ascensionado. E, se disser, será porque foi autorizado
e instado a fazê-lo, como foi o caso de Helena Petrovna Blavatsky.
Por
tudo isto, é fácil de se compreender que um contato com um
Mestre da GLB é algo muito raro e vestido de silêncio, se e
quando ocorre, se e quando ocorrer. Mas, isto não quer dizer que
nós não podemos nos colocar à disposição
desses Mestres e da própria GLB. Podemos. E como isto pode ser feito?
Como fazia Harvey Spencer Lewis, que antes de dormir, depois de agradecer
pelas oportunidades do dia que passou, oferecia-se ao Cósmico e à
Grande Loja Branca e seus Mestres, de todo o coração, com
todas as suas faculdades, para servir em qualquer possibilidade durante
sua estada no domínio Cósmico.
Quem
sabe, uma forma de facilitar esta entrega seja, como mostra a animação
abaixo, desenhar mentalmente uma Estrela de Seis Pontas (que não
é sem razão que represente o chacra cardíaco), e, psiquicamente,
mergulhar no Hexágono (o Portal de Entrada), colocando-se em disponibilidade
para o serviço que melhor convier ao momento. Deve-se evitar, nesta
hora, fazer escolhas ou determinar qual o trabalho a ser feito. Devemos,
insisto, entregar nossa força pessoal, nosso Bem e nossa Beleza à
GLB, para que, a critério dos Mestres, possam ser usados onde for
mais necessário.
Finalmente,
não se deve confundir a Grande Fraternidade Branca com a Grande Loja
Branca. A Grande Loja Branca é uma Assembléia Sagrada cujos
membros raramente se dão a conhecer. Já a Grande Fraternidade
Branca é a escola ou fraternidade da Grande Loja Branca, não
tendo local visível para reuniões. Seus membros jamais se
reúnem fisicamente. Portanto, cuidado: qualquer organização
física que afirme ser (ou representar) a Grande Fraternidade Branca
é falsa.
Fundo
musical:
Pax
Deorum (Enya)
Fonte:
http://www.angelfire.com/ny5/davesworld56/EnyaMidis.html