VOANDO COMO GAIVOTA

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Confusão

 

 

 

A vida não deve ser guiada pelo prazer, pois, o prazer sempre traz, necessariamente, a dor, a frustração, o sofrimento, o medo, e, como resultado do medo, a violência. A mente que está sempre a buscar o prazer encontrará inevitavelmente a sua sombra a dor embora busquemos o prazer e procuremos evitar a dor. [In: Liberte-se do Passado (título do original: Freedom From The Known), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]

 

A mente que não está tolhida pela memória tem a verdadeira liberdade. Tudo o que é resultado da memória é velho e, por conseguinte, nunca é livre. [Ibidem.]

 

Se pudermos olhar todas as coisas sem permitir a intrusão do prazer olhar uma rosa, uma ave, a cor de um sari [traje nacional das mulheres indianas, constituído de uma longa peça de pano que envolve e cobre todo o corpo], a beleza de uma extensão de água rutilando ao Sol ou qualquer coisa deleitável se pudermos olhar assim, sem desejarmos que a experiência se repita, então, não haverá dor, nem medo e, por conseguinte, haverá uma alegria infinita. É a luta para repetir e perpetuar o prazer que o converte em dor. A própria exigência da repetição do prazer produz dor, porque ele nunca é a mesma coisa de ontem. [Ibidem.]

 

 

 

 

 

Os prazeres não se repetem;

de fato, são variegados.

Os ganguês também não se repetem;

são igualmente matizados.

 

Um namoro não é igual ao outro,

e um beijo também não.

Um orgasmo não é igual ao outro,

e uma emoção também não.

 

Uma existência não é igual à outra,

e uma retribuição também não.

Uma cessação não é igual à outra,

e uma interrupção também não.

 

É impossível reproduzir um regozijo

tanto quanto um mal-estar.

Não é possível repetir um estado rijo

tanto quanto um bem-estar.

 

Ontem, fomos cré; hoje, somos lé.

Tudo muda no Universo.

Hoje, é bolsa; ontem, foi jacaré.

O imerso vira emerso.

 

Ontem, foi Lula; hoje, é Bolsonaro.

Eu desejo paz ao Brasil.

Que possa se alforriar o ignaro,

e findar a hora febril.

 

Ou mudar ou perder o Bonde.

Ou é pau ou é pedra.

Um arquiduque não é um conde,

e quem dorme não medra.

 

As miragens vêm do passado;

as ilusões do futuro.

Mas, não há futuro nem passado!

Só derrubando o muro!

 

E, para derrubarmos o muro,

não adianta mendigar.

Todos temos que sair do escuro,

e, como Gaivota, voar!

 

Não adianta chorar por Therese;

precisamos continuar.

Temos que pôr em prática a telese,
(do princípio ao fim),

e o alvo encontrar!

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

Für Elise
Compositor: Ludwig van Beethoven

Fonte:

http://www.puretune.net/download/213

Observação:

A Bagatela Para Piano – Für Elise – conhecida também Para Elisa, em lá menor, de Ludwig van Beethoven (Bonn, batizado em 17 de dezembro de 1770 – Viena, 26 de março de 1827), é, entre as obras deste compositor, talvez, a mais conhecida mundialmente, a par da melodia da sua famosa Quinta Sinfonia, em dó menor, e da sua Nona Sinfonia, em ré menor. Quanto às origens históricas desta Bagatela para Piano, elas são muito pouco conhecidas. Sabe-se (pelo rascunho encontrado) que Beethoven teria composto esta pequena obra, pelos anos 1808 ou 1810, em honra de uma senhora a quem propôs casamento, chamada Therese Malfatti (1792 – 1851), sobrinha do Dr. Giovanni Malfatti (1775 – 1859), um médico italiano que se instalou em Viena (Áustria), em 1795, e que foi um dos médicos do compositor, tratando-o, inclusive, durante a sua doença final. Enfim, Therese, por achar que Beethoven não seria o seu melhor marido (pois, Beethoven era muito autoritário e desorganizado), casou, mais tarde, em 1816, com o barão von Drosdickem.

 

 

Therese Malfatti

Therese Malfatti

 

 

Páginas da Internet consultadas:

https://giphy.com/

http://rebloggy.com/

https://yandex.com/

https://en.wikipedia.org/wiki/Therese_Malfatti

https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%BCr_Elise

https://krishnamurtibox.wordpress.com/downloads/livros/

 

Direitos autorais:

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