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Nota:
1. Como
explica o Mestre Kut Hu Mi, o
'Devachan' é um estado, digamos, de intenso egoísmo, durante
o qual o Ego (combinação do Sexto e Sétimo Princípios)
colhe a recompensa do seu altruísmo na Terra. Está completamente
mergulhado na felicidade de todos os seus afetos pessoais, preferências
e pensamentos terrenos, e recolhe o fruto de suas ações meritórias.
Nenhuma dor, nenhuma pena, nem mesmo a sombra de uma aflição
obscurecem o brilhante horizonte de sua incontaminada felicidade, porque
é um estado de perpétuo 'mâyâ'. Vai ao 'Devachan'
o ego pessoal, mas beatificado, purificado, santificado. Todo Ego que, depois
do período de gestação inconsciente, renasce no 'Devachan'
é necessariamente tão puro e inocente como uma criança
recém-nascida. O fato de haver renascido comprova, já por
aí, a preponderância do bem sobre o mal em sua velha personalidade.
E, enquanto o 'karma' (do mal) fica temporariamente suspenso, para segui-lo
mais tarde em sua futura encarnação terrena, ele só
leva ao 'Devachan' o 'karma' de suas boas obras, palavras e pensamentos.
Eu me permitirei acrescentar apenas o seguinte: ainda que o Devachan
seja para a maioria, não
é para todos. Homens
e mulheres sem-alma que não se arrependem das barbaridades que cometeram
e se mantêm convictos em suas servidões à crueldade
acabam por desaparecer no seio do pecado irremissível e da bestialidade
em que insistem em chafurdar. Bem, não sou eu quem diz isto. Ouça
Kut Hu Mi: Mal é
um termo relativo, e a Lei de Retribuição é a única
Lei que nunca erra. Portanto, todos os que não
desapareceram no seio do pecado irremissível e da
bestialidade vão ao 'Devachan'. Mais tarde, terão que
compensar, voluntária ou involuntariamente, pelos seus pecados. Entretanto,
recebem os efeitos das causas que geraram. (Grifo
e negrito meus).