GALHARUFAS

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

O Tolo

 

 

 

Nem sofrendo

o tolo quer se modificar.

Mesmo morrendo,

ele insiste em aprontar.

 

Alguns avisam,

mas, o tolo não dá bola.

E repisam...

e a tolice não de(s)cola!

 

Tudo é chiste;

só armação para vantajar.

Dedo em riste,

ele diz: — Vou arrebentar.

 

E o babaquara

corre atrás das galharufas.1

Quebra a cara;

mas, não adianta bulhufas.

 

Vida de tolo

é chulamente desprezível.

Topa o dolo

para abocanhar o incabível.

 

Lá um dia,

o tolo bate a bota. Sozinho!

Só accidia;

ele, que era tão espertinho!

 

Bem, agora,

não tem mesmo mais jeito.

Soou a hora,

e o bolo está sem confeito.

 

O que era

já não é nem poderá ser.

Só espera

por um (talvez) vir-a-ser!

 

Mas, quando?

Sensação abambulante!

Deplorando,

a demora é angustiante!

 

 

 

Demora Angustiante

 

 

 

_____

Nota:

1. Galharufa é um objeto inexistente que, a título de trote, é costume ser pedido aos atores principiantes.

 

Música de fundo:

These Foolish Things (Remind me of You)
Composição: Jack Strachey (música) & Eric Maschwitz (letra)
Interpretação: Frank Sinatra

Fonte:

http://www.4shared.com/mp3/
NMifGhFP/09_these_foolish_things.html

 

Páginas da Internet consultadas:

http://kootation.com/

http://www.netanimations.net/

http://www.amenidadesdodesign.com.br/
2010/11/inspiracao-retro.html

 

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