Os
condicionamentos nos fazem viver sempre no passado, com os mortos. O fato
é que nos vemos perturbados a respeito da vida, da política,
da situação econômica, do horror, da brutalidade e do
sofrimento existentes tanto no mundo como em nós mesmos, e esta perturbação
nos revela quão estreitamente condicionados estamos. E vivemos culpando
sempre, por exemplo, os outros, o nosso ambiente e a situação
econômica. [In:
Liberte-se do Passado (título do original: Freedom
From The Known), de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
De
maneira geral, o que acontece é que criamos uma verdadeira rede de
fugas, e estamos e vivemos dominados pelo hábito da fuga. [Ibidem.]
—
Tentei
fugir da guerra,
mas,
a guerra não saiu de mim.
Tentei
fugir da dor,
mas,
a dor não saiu de mim.
Tentei
fugir do deserto,
mas,
o deserto não saiu de mim.
Tentei fugir
da tortura,
mas,
a tortura não saiu de mim.
Tentei fugir
da fome,
mas,
a fome não saiu de mim.
Tentei
fugir da ausência,
mas,
a ausência não saiu de mim.
Tentei
fugir das ilusões,
mas,
as ilusões não saíram de
mim.
Tentei
fugir das miragens,
mas,
as miragens não
saíram de mim.
Tentei
fugir da querença,
mas,
a querença não saiu de mim.
Tentei fugir
do meu país,
mas,
o meu país não saiu de mim.
Tentei
fugir do casamento,
mas,
o casamento não saiu de mim.
Tentei fugir
da brutalidade,
mas,
a brutalidade não saiu de mim.
Tentei fugir
do terremoto,
mas,
o terremoto não saiu de mim.
Tentei fugir
do tsunami,
mas,
o tsunami não saiu de mim.
Tentei fugir
da covardia,
mas,
a covardia não
saiu de mim.
Tentei fugir
da política,
mas,
a política não saiu de mim.
Tentei fugir
da debacle,
mas,
a debacle não saiu de mim.
Tentei fugir
do horror,
mas,
o horror não saiu de mim.
Tentei fugir
do terror,
mas,
o terror não saiu de mim.
Tentei fugir
da crueldade,
mas,
a crueldade não saiu de mim.
Tentei fugir
do sofrimento,
mas,
o sofrimento não saiu de mim.
Tentei fugir
do foguete,
mas,
o foguete não
saiu de mim.
Tentei fugir
do muro,
mas,
o muro não saiu
de mim.
Tentei fugir
da perseguição,
mas,
a perseguição não saiu de
mim.
Tentei fugir
da mentira,
mas,
a mentira não saiu de mim.
Tentei fugir
da exploração,
mas,
a exploração não saiu de
mim.
Tentei fugir
do preconceito,
mas,
o preconceito não saiu de mim.
Tentei fugir
da homofobia,
mas,
a homofobia não saiu de mim.
Tentei fugir
do holocausto,
mas,
o holocausto não saiu de mim.
Tentei fugir
da doença,
mas,
a doença não saiu de mim.
Tentei fugir
da morte,
mas,
a norte não saiu de mim.
Tentei fugir
do compromisso,
mas,
o compromisso não saiu de mim.
Tentei fugir
da compensação,
mas,
a compensação não saiu de
mim.
Tentei fugir
do cagaço,
mas,
o cagaço não saiu de mim.
Tentei fugir
da consciência,
mas,
a consciência não saiu de mim.
Tentei fugir
da Verdade,
mas,
a Verdade não saiu de mim.
Tentei fugir
da Noite Negra,
mas,
a Noite Negra não saiu de mim.
Tentei fugir
da Cruz,
mas,
a Cruz não saiu de mim.
Tentei fugir
do karma,
mas,
o Karma não saiu de mim.
Tentei fugir
da LLuz,
mas,
a LLuz
não saiu de mim.
Tentei fugir
da existência,
mas,
a existência não saiu de mim.
Tentei
fugir dos condicionamentos,
mas,
os condicionamentos não saíram de
mim.
Tentei fugir
de você,
mas,
você não saiu de mim.
Tentei fugir
de tudo,
mas,
nada saiu de mim.
Tentei fugir
de mim mesmo,
mas,
meu ego não saiu de mim.
Música
de fundo:
Pomp
and Circumstance (March nº 1)
Composição: Edward William Elgar
Fonte:
http://www.miss-music.com/pomp.html
Páginas
da Internet consultadas:
https://giphy.com/
https://tenor.com/
https://krishnamurtibox.wordpress.com/downloads/livros/
Direitos
autorais:
As animações,
as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo)
neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright
são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a
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